Aquela noite, haviam combinado de voltar no dia seguinte pra partirem todos juntos. O local de encontro? A casa da professora Washu, já que eles iriam passar na cidade de Ryuken quando partissem e ela os disse que queria pedir um favor já eles passariam por lá, e assim eles fizeram, pelo menos a maioria deles.

– CADÊ O CHIN?!– Perguntava Takuya já impaciente de braços cruzados e batendo o pé no chão.

– Tô aqui.– Disse ele assustando a todos quando apareceu sorrindo na janela, com uma toca de dormir daquelas que parecem um gorro com uma bolinha na ponta.

– Tá fazendo o quê ai dentro moleque!?

– Bom... Como eu fiquei com medo de não acordar... Dormi aqui mesmo.

Falou ele como se fosse a coisa mais normal do mundo, e então a professora abriu a porta.

– Ah, que bom que já estão todos aqui. Entrem, entrem.

Disse ela os fazendo entrar, e depois voltou pra sua mesa altamente bagunçada, deixando alguns dos meninos nervosos pelo modo que estava trajada. Ela notou os olhares desviados e então pensou que soubesse o que fosse.

– Por favor desconsiderem a bagunça. Ela é justamente o motivo de eu tê-los chamado aqui hoje.

– Se tá pensado que vamos arrumar isso aqui, tá muito enganada minha tia.– Retrucou, Takuya.

– Não, não, não é isso. Eu jamais pediria uma coisa assim. Não sou o Professor Carvalho que vivi se aproveitando dos treinadores!– Dizia nervosa cruzando os braços.

– É impressão minha ou pisei num calo dela?

– Não, você tem razão. Ela e ele não se de dão bem. Rixa antiga sabe?

– Bem, mas como estava dizendo. Fiquei sabendo que vocês vão passar por Ryuken, e eu gostaria de saber se não poderiam entregar uma coisa lá pra mim.

– Ela não acabou de dizer que não gosta de pedir favores?– Sussurrou Matt a Mira e ela riu.

– Por que não entrega você mesma Doutora?

Perguntou Chin mais curioso do que qualquer outra coisa, sentado no chão com uma xicara de chá, perto de onde Absol dormia, pois não gostava de ficar na pokebola.

– É muito simples.– Abriu ela a porta do armário de vassouras, de onde caiu uma montanha de papeis e trabalho.– Por causa da bagunça.

– Ora deixe disso.– Mira.– Podemos levar sua encomenda sem problemas, e a senhora logo vai acabar com seu trabalho.

A professora Washu simplesmente caminhou até outra porta de onde caíram ainda mais papeis.

– Isso se o trabalho não acabar com ela primeiro.– Rony.

– E nem me peçam pra abrir o banheiro. E então podem me fazer esse favor?

– Claro! O que estamos esperando? Vamos pra Ryuken já!

Disse o garoto pardo já pronto pra partir. Alguns minutos depois, já estavam indo, com Rony carregando um saco com o que pelo formato pareciam ser bolas de futebol, mas não podiam vê-las. Washu acenava pra eles dá porta, gritando...

– Lembrem-se, é pra Professora Keron na cidade de Ryuken!

Eles apenas acenavam de costas já longe. Quando finalmente sumiram, ela levou o dedo a boca tentando se lembrar de algo.

– Humn... Tinha algo muito importante sobre essa encomenda, mas não consigo me lembrar bem o quê que era.– Forçou ainda um pouco mais sua mente brilhante, mas não se lembrou.– Ah, deixa pra lá. Não deve ser nada de mais.

Fechou sua porta, que fez o mesmo barulho que a boca de Matt ao mastigar uma fruta muito dura já no caminho entre as árvores com os outros.

– Arane, você quer uma?– Perguntou ele a garota de cabelos escuros que Bateu seus olhinhos cor de rosa pra falar.

– Viu só no que dá você ficar me chamando pelo sobrenome Takuya? Meu nome Myanna gente, Myanna.– Ela respirou fundo pensando se memorizariam.– Mas tá, eu quero sim Matt, obrigada.

– Tá bem "Mya", pega.

Ele jogou a fruta pra ela pegar, mas alguém a interceptou no meu do caminho. Um jato de ceda que agarrou a fruta e a puxou pro pokémon num galho de árvore.

– Vocês viram isso?! Aquele Trapinch usou o jato de seda!– Disse Matt empolgado.

– Tra, o quê?– Puxou Mya o seu Dexter, que começou a falar.

✫ Trapinch, um pokémon formiga terrestre que adora terra. Suas fortes presas conseguem mastigar qualquer material, desde frutas a pedras, seu ataque principal é o mordida.✫

– Isso quer dizer que ele é algum tipo de inseto?– Perguntou ela, e Rony respondeu.

– Isso mesmo, mas ele não deveria ter jato de seda, nem estar em cima de uma árvore já que é mais um tipo terrestre.

– Criatura revoltante.– Disse Takuya que não ia muito com a cara dos tipo inseto.

– Ora gente, quê isso? O carinha se adaptou as dificuldades, só isso.

"Esta falando dele ou de você Matt?" Pensou Mirajane lembrando do passado do garoto, que logo continuou dizendo, que queria aquele pokémon, e isso fez Chin se lembrar que as coisas aconteceram tão rápido, que ele nem sabia quem eram os parceiros de seus amigos, mas logo veria, já que Matt cresceu a pokebola iniciando a batalha.

– Vai, Mudkip!

– Isso vai ser interessante.– Disse Takuya irônico, sentando em seu Metagross, e quando viu, os outros também já estavam ali em cima formando uma plateia.– Oh quem convidou vocês?

O Trapinch pulou da árvore encarando o outro, como se aceitasse o desafio. Mudkip partiu por ataque, mas quando chegou lá onde deveria estar o Trapinch, ele havia sumido.

– Pra onde ele foi?– Perguntou Matt, só então percebendo um par de olhos que brilharam no buraco abaixo de seu pokémon.– Cuidado!

Trapinch saltou do tunel que havia feito, tentando morder o azulzinho que desviou, e quando viu o inseto terrestre sair dali quase que voando no ar, seu parceiro gritou.

– Mudkip, jato d'água!

– Muud–kip!

O jato d'água o acertou em cheio enfraquecendo metade da força dele, que assim que caiu no chão cavou outro buraco.

– Ele está fugindo?

– Claro de está, Mya. É mais do que logico. Trapinch é um pokémon de terra, logo tem fraqueza a um tipo água como o Mudkip.

– Então foi uma boa escolha a do Matt.

– Pura sorte. – O de cabelos brancos deu de ombros.

– Seu chato.– Mya mostrou a língua, enquanto a batalha continuava.

– Atrás dele Mudkip!

O mesmo correu e tentou entrar no buraco, mas ficou com a cabeça presa nele, empurrando as patinhas no chão tentando se soltar, desabando as risadas de Takuya que não sabia se ria ou falava.

– Pura sorte, como eu disse.

– Você que pensa.– Disse Matt se voltando pro pokémon.– Mudkip.

Ele parou de se mexer pra ouvir o que Matt dizia, e foi então que viu os olhos do Trapinch brilharem de novo no buraco escuro, e ele vir subindo, preparado a bocona aberta.

– Jato d'agua!!

Ao ouvir o comando, Mudkip o usou de novo. O tunél ficou inundado e começou a jorrar água no outro buraco como se fosse um chafariz, empurrando pra fora o Trapinch desacordado.

– Agora é com você.– Ele beijou a pokebola e a arremessou, acertando bem na cabeça laranja dele que foi capturado, pra alegria de Matt, girando de mãos dadas ao seu parceiro.– Conseguimos, conseguimos!

– Que bom... pra você.– Disse Rony já fraquejando por ter ficando esse tempo todo com o saco nas costas, e então soltou o mesmo que caiu de mau jeito no chão.

– Oh seu tapado. pode ter alguma coisa de quebrar aí dentro.

– Que nada.– Rony brincava pondo um pé em cima do saco de redondas formas.– Ei, eu tive uma ideia. Que tal se fizéssemos uma aposta?

– Que... Tipo de aposta?– Perguntou Mira.

– Vamos precisar de mais pokémon pra passar pelo cemitério, certo? Então nos separamos por aqui, e daqui a uma hora, quem não voltar com um novo pokémon, terá de carregar esse saco.– Pisou de novo ali em cima.– Até a cidade de Ryuken.

– Eu topo.– Disse Chin.– Estava mesmo a fim de uma chance de batalhar com o Absol e capturar meu primeiro pokémon, não é, Ab?

– Ab-sol.

Ele concordou, e logo em seguida Mira e Mya olharam uma pra outra e concordarão também, e por ultimo Takuya que já saiu na frente.

– Vamos Metagross, não temos tempo a perder.

– Gross.– Ele recolheu as Penas e levitou floresta adentro com Takuya sentado nele.

– Ei! Isso não é justo!!– Gritou Mya pulando no mato, assustada em ter de carregar aquele peso sozinha.

– Vamos Scyther, foi dada a largada!– Brincou Rony montando nele e vendo a expressão boba de Matt que havia ficado pra trás.

– E enquanto a mim!?

– Você já tá salvo, só vai ter de carregar o saco até a cachoeira, nos encontramos todos lá!

– Mas...– Ele ainda tentou argumentar, mas Rony havia dito aquilo já indo embora.– Bom, na falta de outro jeito, vamos lá Mudkip.

(...)

O primeiro a encontrar um pokémon, foi Rony. Na verdade, o pokémon que o achou, já que ele voava baixo nas costas de Scyther, e aquela coisa caiu em cima deles, junto com o galho de onde despencou.

– Ai minha cabeça. O que foi isso?– Olhou pra frente, usando a inteligência que ele não gostava de mostrar, pra identificar o pokémon a sua frente e já criar uma estratégia.– Pupitar, não é? Ok. É com você Magby!

Assim que o libertou, Magby tentou cobrir os olhos, por que Pupitar estava usando um dos poucos ataque que conseguia. Tempestade de areia.

– Magby, Lança chamas.

Rony também cobria os olhos, de modo que nenhum dos três o via. O lança chamas não fez nada mais que reluzir a areia, e então o Pupitar caiu sobre ele tentando esmaga-lo com a sua dura carapaça, quebrando o chão quando Magby se desviou, e ficou correndo em círculos com o Pupitar atrás dele martelando o chão.

"Achei que teria vantagem botando um tipo fogo, mas esqueci que o Pupitar tem essa carapaça tão dura. Talvez as laminas de Scyther tenham algo efeito, mas..." Pensava Rony com a cara séria que ele sempre tinha quando em batalha. "Mas séria covardia botar dois contra um. Se for assim... Se for assim, eu prefiro que ele escape."

( ... )

Mirajane estava ficando cansada de andar, já havia se separado do grupo há quase vinte minutos caminhando pela margem do rio enquanto alimentava seu pokémon que seguia felizmente nadando ali dentro.

– Pra você é que tá bom, né Oshawott?

Disse ela à sua parceira que saiu da água atacando com sua concha em punho.

– Eu só estava brincando!

Ela se abaixou rápido e então viu que o ataque não era pra ela, e sim pro Luxio que surgiu atrás dela, roubando o lanche de Mira. E ainda atrevido, a atacou, mas Oshawott a defendeu.

– Seu ladrãozinho!! prepare-se!– Grunhia ela com fogo nos olhos, mudando totalmente de doce, pra violenta.– Oshawott...

– Não Mira! Espera!

– Mya?

Ela pareceu voltar ao normal, se perguntando por que a outra garota estava toda suja de terra e com gravetos e folhas nos cabelos escuros.

– Estava batalhando com esse Luxio, mas ele simplesmente pulou na minha cabeça e fugiu.– Disse Mya se lembrando do morro que ela caiu rolando em cima de Ludicolo.– Mas agora ele não me escapa. Froakie, eu escolho você!

– Certeza que quer usar um tipo água Mya?

– Não se preocupe, Froakie é mais forte do que parece. Vamos lá garoto, ataque de bolhas!

– Frooa...!

As bolhas estouraram no chão, e continuaram estourando a medida que Froakie atacava e Luxio que pulava em sua agilidade felina.

– Vamos lá Frokie. Mais uma vez!

Ele tomou ar e deu mais uma rajada de bolhas que dessa vez rasgou o saco de biscoitos quando Luxio pulou. Distraído com os biscoitos caindo, ele nem percebeu Froakie disparar o jato d'água que o imprensou contra o tronco de uma árvore por alguns segundos e então ele caiu com o pelo azul e preto, todo molhado.

– Pokebola, vai!

Ela se abriu e transformou Luxio naquela energia vermelha que foi até ela e se fechou, alegrando Mya quando o deu botão dela parou de piscar.

– ISSO!! O Luxio é meu!

Froakie pulou em cima dela e ela em Ludicolo que perdeu o equilíbrio e os três caíram no rio.

– Vai uma ajudinha aí?

– Obrigada Mira.– Ela pegou a mão a sua frente, mas não era a de Mirajane.

– Takuya? O que faz aqui?– Perguntou Mirajane indo até eles com sua Oshawott nos braços.– Por acaso já pegou algum pokemon?

– Mas é claro.

Ele abriu a pokebola em sua mão, de onde saiu um Houndoom.

– Nossa que incrível.– Disse Chin aparecendo nos arbustos com Absol.– E vocês, conseguiram o quê?

– Peguei um Luxio.

– Eu não peguei nada ainda.– Mira deixou a cabeça de cair decepcionada e Oshawott cutucava seu rosto pra que não ficasse tão pra baixo.

– Então estamos empatados Mira, não consegui encontrar ninguém. Espero que Rony esteja se dando melhor do que eu.

– Sabe que ele estiver melhor do que você, você que vai carregar o saco, não sabe?

– Ah é! Eu esqueci.

( ... )

Enquanto isso. Rony ainda estava tendo problemas com o Pupitar, que de tanto usar tempestade de areia, já cobria o garoto dela, até os joelhos. O pokémon casulo, continuava pulando atrás de Magby, e foi então que aconteceu. Quando deu um pulo mais forte, Pupitar afundou metade do corpo pesado na areia, ficando assim atolado.

– Sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Agora Magby, ataque de garras.

Magby freou na areia fina e voltou arranhando a carapaça do Pupitar que parecia brilhar mais.

– Usou endurecer, não foi?.– Rony deu um meio sorriso.– Muito esperto. Agora é que eu te quero de verdade. MAGBY, use o lança chamas de novo, mas desse vez ao redor dele!

Magby o confirmou, e então correu varias vezes ao redor do atolado, cristalizando a areia com o calor do fogo. Quando terminou, Pupitar estava totalmente preso no reluzente vidro que a areia derretida formou, e ele ficava tentando endurecer, mas o brilho só era refletido pelo vidro ficando cada vez mais duro.

– Já era pra você. Pokebola, vai!

Ela quicou e rolou um pouco no vidro até parar na frente de Pupitar, que a observou. Então ela se abriu e o capturou sem esforço algum.

– Há! Eu não disse!– Trocou sua expressão séria pela risonha de sempre.– Tudo bem Magby, pode descansar agora.

Ele recolheu o pequeno cansado e detado no chão, enxugava o suor da testa. No instante em que pegou as duas pokebolas na mão, os outros apareceram.

– Ei Rony! Me diz que você não pegou nenhum pokémon!

– Na verdade, acabei de pegar um, Chin. E pelo visto, você logo estará carregando um belo pokémon saco, habilidade especial, fazer peso.

De repente, a risada de solitária de Rony foi cortada por um horripilante grito de pavor.

– O que foi isso?– Perguntou Chin.

– Veio daquela direção.– Apontou Takuya entre as árvores.

– Mas naquela direção fica...

– A CAICHOEIRA!!! MATT!!!

Gritaram todos juntos correndo pra lá.