– Humn... É isso aí... Humn... Peguei você...

Eram o que murmurava o garoto Chin, ainda deitado em sua cama. O dia já havia começado fazia tempo, mas ele havia ido dormir tarde preparando a mochila para sua grande viajem. De repente a porta de seu quarto rangeu de leve ao abrir, e segundos depois, havia um pequeno peso sobre ele, cutucando seu rosto para que acordasse. Os olhos abriram de leve e viu que era Rose. Olhou pro outro lado e viu o relógio na cômoda.

– AAAAAHHHHHH!!! EU VOU ME ATRAZAR!!!!

Gritou Chin se levantando do nada, tão rápido, que o supetão derrubou Rose da cama. Se levantou rápido e correu pra o banheiro. Saiu de lá ainda molhado e correndo, já colocando sua jaqueta de uma manga só, e as luvas diferentes, enquanto as damas da casa o observavam correr. Na mesa comeu tudo tão nervoso, que bebeu a torrada e comeu o suco. Na hora de sair, ainda estava tão agitado, que na fuga, ainda prendeu a trança na cerca.

– Tenho que chegar. Tenho que chegar!

Repetia a se mesmo correndo Gabu a dentro, e depois floresta adentro, já que era a única maneira de chegar ao laboratório da professora Washu.

Enquanto isso, no laboratório, uma garota de cabelos branco e ondulados, olhava preocupadamente para a trilha que ali daria, ao lado de seu loiro amigo Matt, que já estava cansado de esperar. Matt e Mirajane já haviam chegado ali faziam horas, mas como sempre pensa nos outros antes de si, ele resolveu ficar e esperar também.

– Viu só, Mira. Eu disse que devíamos ter passado na casa do Chin antes de virmos.– Dizia Matt colocando os braços atrais da cabeça e se escorando no murro.– Chin pode ser muitas coisas, mas desde criança não tem a cabeça no lugar.

Matt era sempre pontual, responsável e preocupado, mas conhecendo bem o garoto, sabia que mais cedo ou mais tarde, Chin daria seu jeito. Mesmo assim não entraria no laboratório pra pegar seu parceiro, se tivesse de deixar dois pra trás.

– Tudo bem, Matt. Vamos entrar.

Disse Mira também acreditando no melhor. Quando entraram as instruções já estavam sendo dadas aos iniciantes finais, pois a maioria já havia partido.

✫¸.•°*”Bosque de Gabu”*°•.✫

De volta ao bosque, Chin vinha correndo e pulando as raízes de árvores mais altas, com o pensamento. "Tenho que chegar." De repente algo chamou sua atenção.

– Que barulho é esse?

Era o som de algo mecânico e um alto rosnar de dor. Olhou pra trilha a sua frente, pensando que poderia perder sua chance se parasse pra ajudar. E então Chin continuou correndo, mas na direção oposta a seu caminho, indo encontrar o barulho. Logo chegou a uma clareira onde uma estranha maquina na forma de Tangela, estava apertando com os tentáculos, um Pikachu e um Absol.

– Isso é muito estranho. Desde quando existem Tangelas desse tamanho?– Foi então que ele percebeu que havia um Meow, um homem e uma mulher, controlando a maquina.– Ei vocês! O que estão fazendo?!

– Quem é o pivete?– Perguntou James ao ver Chin se jogar em um dos tentáculos, batendo nele com uma pedra.

– Eu sei lá! Só derruba logo ele.

– Her... Gente...

– O que foi Meow?

– Tarde demais.

– O QUÊ!!!

Disseram os dois quando viram a pedra abrir o buraco na armadura do Tangela gigante, e o Absol enfiar a pata ali pra se soltar e abrir uma fenda no meio do robô com as lâminas de vento. E então um grito que não veio do garoto, surpreendeu a todos.

– Magby, Punho do dragão!!

– Maaaaaaagby!

Do ataque, só se viu um baixinho vermelho passar correndo e acertar a maquina bem na fissura em que o pikachu disparou o choque do trovão que a fez explodir, e os três bandidos saírem voando.

– Equipe Roket decolando de novo!!!

Assim que aqueles bandidos sumiram no horizonte, Chin acompanhado de Pikachu e Absol, começou a andar na direção de Garoto que deveria ser o treinador de Magby.

– Quem é você?

– Eu sou Rony Frine.

– Chin, Chin Oribu.

– Muito prazer Chin. Este é o meu Scyther.– Apresentou ele, mas gentil do que aparentava ser.– E o magby que capturamos, não é muita sorte? Acabamos de sair do laboratório e já peguei um.

– Puxa! Você pegou um pokémon de fogo com um inseto?! que legal! – Dizia ele até se lembrar do que Rony falou.– AAAHHH NÃO, O LABORATÓRIO! Esqueci completamente! Nunca vou chegar a tempo.

– Pow cara, sinto muito. Se o Scyther tivesse lugar pra dois, podiamos ir nele.

"Isso era pra ser a piada, que ia me animar?" Pensou Chin de baixo astral, até perceber que Asbol estava tentando chamar sua atenção.

– O que foi?

Ele batia a pata no chão e corria um pouco, mas o garoto não entendia o que ele queria dizer.Foi então que Pikachu foi até o outro pokémon, apontou pra Chin e montou no Absol razoavelmente grande.

– É sério?! Eu posso mesmo?!

O Absol assentiu com a cara misteriosa que a espécie tinha e então as orelhas de pikachu se moveram sozinhas e ele saiu correndo.

– Ei pikachu, pra onde você vai?

– Pikachu, ei pikachu, cadê você?

Escutou-se uma voz estranha de um outro garoto, sair de dentro do mato.

– Ah então é isso. Você já tem dono, não é?– Perguntou Rony montado no Scyther, enquanto o outro garoto subia com cuidado, se perguntando se o Absol suportaria seu peso.– Deixa disso cara, senta logo ou vai mesmo se atrasar.

– Mas e se ele...

– Não esquenta. Absois aguentam dez vezes o próprio peso. Esses unicornio são mesmo um mistério.– "Entendeu? unicornio. ele só tem um chifre"

– Você realmente não sabe fazer piadas.

No segundo em que ele sentou ali encima, a criatura disparou floresta a dentro, saltando entre as rochas e as árvores tão rápido que o menino teve de se segurar bem forte pra não cair. Rony ria muito da cena, voando acima das árvores. Logo estariam chegando, mas talvez o logo não fosse o suficiente.

– Pikachu. Então é ai que você está.– Disse o Seu treinador saindo dos arbustos, antes de uma voz chama-lo de volta.

– ASH, Pikachu, Vamos!

– Já estamos indo.

(...)

– Arane, você viu aquela tal de Mirajane que nos conhecemos na escolha dos pokémons?– Perguntou Takuya, um garoto de cabelos brancos até o pescoço e olhos púrpuros em seu habitual mau humor.

– A Mira? Eu não sei. Acho que ela voltou pro portão com aquele loirinho, o Matt.

Respondeu a garota de curtos cabelos arroxeados, mais escuros que os claros olhos rosados, enquanto ela escovava as costas do seu Ludicolo que ela sempre teve, mas foi ali aquele dia pra registra-lo oficialmente e acabou ficando rapidamente amiga da doce Mirajane e Matt, da mesma forma que era de Takuya, o que pode ser difícil pra outras pessoas, mas não pra ela que era mestra em paciência. Isso era um traço que ficara nela por ter crescido em um orfanato e ter de cuidar das crianças menores, pra facilitar o trabalho das Chanseys de lá.

– Que droga. Estava afim de desafia-la.

Nessa hora, o Metagross shiny dele tentou avisa-lo por telepatia. "Takuya, cuidado."

– O que disse?

– CUIDADO!!!– Gritou Chin pedindo pra ele sair da frente, mas quando achou que o pokémon o atropelaria, Absol saltou por cima deles, pegando impulso na cabeça do Metagross pra chegar mais rápido.– AH... DESCULPA!!!

– EI VOCÊ! VOLTE AQUI!!!

– Não dá! Não sei como para!

Respondeu ele já chegando as portas do laboratório, de onde a professora Washu disse.

– Eu sei como.

Ela estendeu o dedo pra frente, e o veloz pokémon freou antes de tocar a ponta de seu dedo, deixando Chin cair tonto aos seus pés.

– Oi doutora.

– Oi garoto.– Disse ela trancando a porta o laboratório.

– Aonde vai?

– Chin, olhe pro céu, já está escurecendo. É uma pena, é uma pena mesmo, mas você chegou tarde demais.

– Mas professora Washu, a senhora ainda está aqui. Não pode só abrir a porta me deixar escolher meu parceiro?

Dizia em um triste tom de implorar, que chamou a atenção de Arane e Takuya se aproximando aos poucos, assim como Mirajane e Matt que reconheceriam aqueles gritos em qualquer lugar e então haviam voltado pra ver o que acontecia.

– Acontece, que todos os pokémons já foram escolhidos.– Dizia ela também um pouco pra baixo, pois sabia o quanto aquilo significava pra ele que sonhara a vida toda com o dia de ter seu parceiro pokémon.– Sinto muito garoto.– Falou ela pondo a mão em seu ombro.– São as regras, mas sempre tem o ano que vêm, não é? Não posso permitir que saia sem um pokémon e também não posso te dar um dos meus, só o que posso fazer por você...– Ela vasculhou os bolsos do jaleco, como se já os tivesse ali de proposito.–...É te dar as pokebolas e o Dexter.

– Tudo bem então.– Respondeu triste de cabeça baixa, e estendeu a mão onde ela colocou os redondos objetos.

Foi então que o Absol mordeu sua trança e a puxou pra trás derrubando Chin e fazendo as pokebolas voarem alto sob a luz da lua. Tomou impulso e deu a cabeça numa, que a fez crescer e o capturar, deixando a mesma cair no colo dele chacolhando um pouco e depois apagando aquele brilho vermelho.

– Absol... HER!! ABSOL! EU PEGUEI UM ABSOL!!

– Tecnicamente ele se capturou.– Disse professora Washu arrumando os óculos sobre o nariz.– Agora sim você pode iniciar sua jornada com seus amigos.– Olhou ela para o grupo de iniciantes.

– Nós não... Nós... Somos?– Perguntou ele confuso.

– Ei, eu tive uma ideia.– Disse Takuya apontando pra si mesmo.– Porquê não viajamos juntos?

– A professora deu essa ideia.– "Não você" pensou Rony.

– Takuya?

Estranhou Arane enquanto ele pensava, "Assim posso me vingar por ter me tratado como um obstáculo, e quando chegar a hora certa, vou te derrotar com as minhas próprias mão" Seus olhos brilhavam pelo maravilhoso plano.

– É uma ótima ideia!

Disse Mira que queria mesmo viajar com Chin e Matt, mas com mais gente seria ainda melhor. Deu as mãos a Arane com seu belo sorriso branco como os cabelos.

– O que você acha Chin? Chin?– Chamava Matt, mas ele só ficava lá olhando sua pokebola.

– Absol, eu escolho você!

Lançou a mesma para o alto, e ele já saiu de lá parando sobre uma pedra, na pose digna do pokémon mistério que era.

"Embora eu ache que foi você quem me escolheu."