The Dark Princess escrita por Gustavo A


Capítulo 9
Enfermeiras do Mal


Notas iniciais do capítulo

Eu não ia postar hoje, mas decidi postar logo e não deixá-los esperando, enjoy..



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Eu senti uma dor enorme sobre o meu corpo, pelo menos eu sabia que eu não estava morta, afinal, mortos não sentem dores.

Abri meus olhos devagar e uma luz branca quase me cegou. Fechei os olhos novamente e tentei me acostumar com a luz. Assim que consegui me acostumar com a luz eu pude enxergar melhor onde eu estava, em um quarto todo branco.

- Volte a dormir. - disse a voz de alguém ao meu lado e tudo o que eu pude fazer foi fechar os olhos novamente.

Abri os olhos sem saber novamente onde eu estava, dessa vez o quarto em volta de mim era verde e tinham várias camas ao meu lado, porém não vi ninguém deitado nelas. Eu não conseguia mover direito meu pescoço, pois tinha alguma coisa nele que impedia minha movimentação.

- Não se mexa. - ouvi uma voz ao meu lado e pude ver Eliot ao meu lado. - Não me olha com essa cara, eu estou aqui por que, pelo visto seu namorado não tem permissão para sair da escola e se eu não viesse aqui ver como você está ele me mataria, a propósito, obrigado por acordar em um fim de semana, pelo menos ninguém percebe que eu sai.

- Há quanto tempo estou desacordada? - perguntei com uma voz fraca, mas ele entendeu e passou a mão pelo seu cabelo me fazendo ficar ainda mais nervosa.

- Três semanas. - ele disse a contragosto. - Droga! - ele disse e deu um soco na mesa que tinha ao meu lado.

- O que foi? - perguntei assustada com a súbita mudança de humor.

- Eu sempre imaginei essa cena, alguém me pergunta "há quanto tempo estou desacordado?" e eu responderia dois anos, mas ai chega você e faz essa carinha fofa e eu não consigo falar a frase que eu sempre sonhei. - ele disse se sentando ao meu lado.

Eu não podia acreditar que eu estava mesmo desacordada há três semanas, mas ouvir Eliot falando "carinha fofa" foi mais inacreditável ainda, não nos falávamos muito e sempre nos treinos ele ficava longe de mim.

- O jogo! - eu lembrei e fiz Eliot me olhar assustado com o grito que eu dei. - Tivemos jogo semana passada, quem jogou no meu lugar? Quem ganhou?

Eliot me olhou e começou a rir, mas foi parando aos poucos ao ver minha expressão irritada.

- Você acaba de acordar e em vez de se preocupar com alguma coisa mais importante quer saber o resultado do jogo? - perguntou ele.

- Fala logo. - reclamei e taquei o travesseiro nele, fazendo com que uma dor enorme passasse pelo meu corpo.

- Fica calma. - ele disse pegando o travesseiro e o colocando em baixo de mim novamente. - Nós perdemos e a culpa realmente foi toda sua. - eu ia reclamar, mas ele me interrompeu. - Pois o Potter não jogou direito, ficou o jogo inteiro com a mente em outro lugar, na verdade ele não foi o único, o time todo estava preocupado com você.

- Que lindos. - eu disse e apertei a bochecha dele fazendo meu corpo doer novamente e eu gemer baixinho, mas alto o suficiente para que ele ouvisse.

- Dá para parar de se mexer? - ele disse me olhando nervoso. - Se continuar assim eu vou ter que ir embora. - ele disse e eu fiquei parada instantaneamente, haviam muitas outras perguntas que eu queria fazer.

- Como vim parar aqui? - perguntei e ele sorriu.

- Agora sim voltou a falar como alguém normal. - ele disse e eu revirei os olhos. - Na verdade, ninguém sabe, estávamos esperando você acordar para nos dizer. Mas o que estão dizendo por ai é que você foi para casa para contar a novidade que estava namorando para seus pais e caiu feio. A versão que o Mark acredita é muito diferente, mas não consigo acreditar que seus pais usaram algum feitiço proibido em você apenas por estar namorando ele.

Assim que Eliot me disse sobre a escada, minha mente começou a relembrar disso vagamente, eu caindo terrivelmente da escada, quebrando tudo pela frente e depois a dor enorme em meu corpo, mas a história de meus pais usando alguma maldição imperdoável não saia de minha cabeça.

- Eu não me lembro direito, mas me lembro da escada. - eu disse. - Quando vou poder sair daqui?

- Logo, espero. - disse ele. - Vou chamar uma enfermeira e dizer que você acordou. - ele disse e saiu me deixando sozinha naquele quarto de hospital, me deixando sozinha com meu pensamento.

Eu caindo da escada, era uma lembrança que eu tinha, mas de algum modo, eu levando uma das maldições imperdoáveis também parecia o certo. Minha cabeça começou a doer quanto mais eu forçava minha memória para o dia do acidente, eu tinha que descobrir o que havia acontecido, afinal eu estava com um leve pressentimento que minha memória havia sido alterada, já que eu havia feito esse feitiço várias vezes e os sintomas eram os mesmos, mas a grande pergunta era: por que minha memória havia sido alterada?

- Oi querida. - disse uma enfermeira baixinha. - Como está se sentindo?

- Bem. - menti. - Apenas com algumas dores pelo corpo. - completei ao ver seu rosto incrédulo.

- Ah, sim. - ela respondeu com um sorriso simpático. - Agora que acordou o procedimento será mais rápido, foi um tombo feio. - ela disse.

- Sim, sim... - respondi sem dar muita atenção. - Onde está o Eliot?- perguntei.

- Ele foi embora, eu disse a ele que era melhor você ficar em repouso agora. - ela respondeu, nunca gostei de enfermeiras, sempre com rostinhos simpáticos, mas com um coração de pedra, muito diferente das médicas, que eu amo muito, afinal, tia Juliet é medibruxa.

- E quando poderei voltar para Hogwarts? - perguntei ansiosa.

- Em poucos dias. - ela disse. - A cirurgia já está cicatrizando então logo você voltará.

Cirurgia? Foi isso mesmo que ela disse? Eu comecei a me mover nervosamente na cama, não importava mais as dores que eu sentia, eu precisava sair dali, precisava ficar longe deles, eu estava com medo que enfiassem novamente alguma faca ou instrumentos mortais em mim e precisava saber onde haviam feito a tal cirurgia.

- Fique calma! - gritou a enfermeira.

- Eu preciso sair daqui! - gritei me sentando na cama e urrando pela dor que eu senti ao fazer isso.

A enfermeira colocou um liquido por onde o soro entrava em minha veia e tentei arrancá-lo, mas minha força ia se perdendo enquanto eu gritava agoniada pelo medo e pela dor até que senti minha cabeça cair.


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