The Dark Princess escrita por Gustavo A


Capítulo 8
Conversas Familiares


Notas iniciais do capítulo

Eaeee, voltei com mais um capitulo para vocês, espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/347258/chapter/8

- Tem certeza de que não quer ir para a Sala Precisa? - perguntou Mark no meu ouvido assim que chegamos ao vilarejo.

- Não podemos adiar isso por muito tempo. - eu disse. - Mesmo que você possa fugir dos seus pais, não se esqueça que os meus pais tem seguidores na escola, eu não conseguiria fugir.

- Tem? - ele perguntou me olhando confuso, eu não devia ter dito isso! - Quem? - ele perguntou curioso e eu olhei para o chão chutando a grama.

- Não importa agora, eu tenho que ir. - eu disse e dei um último beijo em Mark, um beijo que para mim era mais como uma despedida, já que eu não sabia se conseguiria voltar viva depois do meu encontro com meus pais.

- Fique viva e quando você voltar damos o fora daqui. - Mark me disse fazendo com que eu risse e revirasse os olhos, ele realmente não tinha nenhuma noção de que isso era impossível?

- Não me espere aqui, nos encontramos no salão comunal mais tarde e haja o que houver, em hipótese alguma venha atrás de mim está ouvindo? - eu disse. - Essa ordem não poderá ser quebrada Mark, é sério.

- Tudo bem. - ele disse depois de bufar. - Mas não se esqueça eles são sua família, não vão te matar.

- Até logo. - eu disse me separando dele e seguindo para o Caldeirão Furado.

Eu fui andando rapidamente até o bar fedido, e eu continuava pensando no que Mark havia dito. Os Lordes das Trevas eram meus pais, mas eles prefeririam me ver morta a me ver como uma traidora e disso eu não tinha nenhuma duvida, mas eu já havia preparado tudo para caso a conversa desse errada, eu só esperava que meu plano desse certo. Eles podiam ser os bruxos mais temidos em todo o mundo, mas como filha deles eu aprendi algumas coisas, eu só esperava que a sorte estivesse ao meu favor. Por que eu não pensei nisso antes? Eu poderia usar a Felix Felicius! Agora era tarde demais, eu fechei meus olhos e senti a sensação estranha em minha barriga. Quando abri os olhos eu já estava na frente do bar abandonado de um galpão abandonado em uma das ruas de Londres. Entrei pelo buraco que havia atrás de uma grande lixeira e vi a lareira no final do galpão.

- Demorou. - disse a voz de alguém fazendo com que eu me virasse apontando a varinha imediatamente para onde a voz havia saído.

- O que está fazendo aqui? - perguntei com raiva na voz ao ver a típica roupa das aves negras, ou como eu preferia chamar, águias assassinas.

- Vim lhe buscar para garantir que você não use a lareira para outros fins. - disse ele fazendo com que meu sangue fervesse.

- Olha aqui, eu não sou uma medrosa. - eu disse com raiva no olhar, minha vontade era jogar um avada nesse imbecil, mas eu sabia que não poderia fazer isso, pelo menos não aqui e nem agora. - Vamos logo encontrar seus queridos mestres. - eu disse zombando e ouvi ele rugir. - Pelo que eu saiba águias não rugem. - zombei ao mesmo tempo em que eu corria para a lareira e jogava pó de flu. - Mansão Lestrange!

Eu odiava viajar por pó de Flu, mas por enquanto era a única maneira que eu tinha de ir para a Mansão Lestrange na Rússia, já que as águias assassinas - eu - não haviam dominado o ministério inglês.

Depois do que pareceram horas, finalmente eu senti meus pés tocarem o chão. Eu estava do lado de fora da casa, já que meus pais exigiam segurança máxima. Revirei os olhos e passei pelos seguranças assassinos da porta.

- Obrigada elfos. - eu disse com um sorriso superior e tenho certeza de que se não fossem pelas máscaras ultrapassadas eu veria os olhares raivosos deles.

Eu nunca havia me sentido assim, por mais que eu estivesse voltando para casa eu não me sentia como se estivesse realmente em casa, por ironia do destino tudo que eu queria agora era voltar para Hogwarts, voltar para perto de Mark o fim de tarde só intensificava minha solidão.

Mais um do clã assassino abriu a porta para mim, eu não podia negar, meus pais eram bons, a ponto de terem pessoas para conseguir fazer o trabalho de elfos, era impressionante.

- Venha comigo. - disse um homem que me esperava no saguão.

- Não precisa, eu sei o caminho.- eu disse e sai a frente dele, agora era como se eu fosse realmente uma inimiga, eles não estavam mais vindo me abraçar como faziam quando eu chegava aqui quando era pequena, isso só me fez lembrar de quanto tempo fazia que eu não vinha aqui. Desde meus doze anos eu não voltei mais, não adiantava eu chorar ou fazer ameaças, tudo se resumia á focar no plano de conquistar o ministério.

Eu passei na frente da porta onde era meu quarto quando eu era pequena e contive minha vontade de pular na cama e me afogar em lágrimas desesperadas.

- Entre. - eu ouvi a voz fria de minha mãe assim que eu bati na porta.

- Ora, ora. - disse meu pai da cadeira de couro de dragão dele assim que eu entrei, fazendo com que eu revirasse os olhos.

- Quantas vezes vou ter que repetir que ninguém fala mais assim? - perguntei irritada e vi um olhar furioso do meu pai sobre mim, assim como eu recebia todas as vezes que eu o corrigia, mas dessa vez a raiva não era só pela correção.

- Crucio. - gritou minha mãe e eu desviei.

- Até você? - eu perguntei indignada. - Agora vejo a lavagem cerebral que meu pai está fazendo com todo mundo está dando certo mesmo.

- Crucio. - dessa vez a maldição veio do meu pai e me atingiu em cheio.

A dor era forte, mas meu orgulho era maior ainda. Lágrimas caiam dos meus olhos, mas eu não me atrevi a gritar.

- Olha só, pelo menos a convivência com o Potter não te fez uma covarde não é? - perguntou meu pai cuspindo ao pronunciar o sobrenome do meu namorado.

- Chega. - disse minha mãe. - Não estamos aqui para discutir infantilidades. - ela disse com um ar sério. - Queremos que se afaste desse garoto.

- Não. - eu respondi e ela cerrou os olhos.

- Se não é por bem, vai por mal. - ela disse jogando as mãos para cima e virando de costas.

- O que quer dizer com isso? - perguntei nervosa.

- Querida, você sabe muito bem quem somos não? - ela perguntou pegando um cigarro. - Sabe muito bem o que fizemos para chegar aqui e não iremos permitir que nossa própria filha se vire contra seus próprios pais.

- Vocês não lembraram de que eu era sua filha quando me jogaram uma maldição. - eu disse irritada me levantando. - Não se lembraram de que eu era sua filha quando mandaram um seguidor qualquer me levar para a escola pela primeira vez em outro país, não se importaram em me mandar uma missão e me proibirem de voltar para casa, não se importaram em ficar longe de mim no Natal, no Ano Novo, no dia dos Pais, dia das Mães e até mesmo no meu aniversário.

- Oh querida estamos lidando com uma adolescente rebelde aqui. - disse meu pai dando um sorriso sarcástico á minha mãe e fazendo meu sangue ferver.

- Eu não sou uma adolescente rebelde! - gritei. - Eu não me importo mais! Esqueçam que um dia eu fui a filha de vocês, tenho certeza que não exigirá esforço algum.

- Pode parar ai. - disse minha mãe, que agora já tinha parado de fumar. - Sempre te demos tudo o que queria, você sempre esteve segura, suas tias sempre cuidaram de você, agora não vem dizer que a culpa é nossa não, você sabe muito bem que não se pode ter sentimentos.

- Foi isso o que você disse á ela todos esses anos? - perguntei para meu pai, ou melhor, o Sr. Lestrange. - Que se eu não tivesse amor eu conseguiria ser fria como vocês? Sério isso?

- Não é isso que está em questão. - disse meu pai de braços cruzados. - A questão aqui é nós mandamos e você cumpre nossas ordens.

- Desculpe te decepcionar papai, mas não sou um dos seus elfos. - eu disse cruzando meus braços.

- Cadê o respeito que te demos todos esses anos? - perguntou minha mãe irritada.

- Correção, o respeito que mandaram me dar. - falei.

- Já chega. - disse meu pai. - Você precisa aprender algumas coisas. - ele apontou a varinha para mim rapidamente e me lançou um feitiço mudo antes que eu pudesse bloquear.

Minha pele queimava, eu sentia todos os meus ossos se quebrando pelo meu corpo, a dor era terrível, ainda pior que o crucio. Com certeza um feitiço inventado pelo meu próprio pai. Assim que minhas pernas caíram no chão eu cai em cima de uma poça, a poça do meu próprio sangue. Eu queria gritar, mas minha voz não saia, eu não tinha forças para nada e percebi que eu estava ficando sufocada. Levei minhas mãos a minha garganta enquanto me debatia em busca de ar. Vi de relance meu pai e minha mãe abraçados como se nada estivesse acontecendo, eu não conseguia ver o rosto da minha mãe, mas meu pai ainda apontava a varinha para mim.

Eu sabia que eu não deveria ter vindo, ou deveria pelo menos ter tomado a poção da sorte, quem sabe assim eu não estaria morrendo agora e tudo o que eu consegui pensar antes de cair no sono profundo foi em Mark, eu realmente esperava que dessem a ele a carta que estava em baixo do meu travesseiro e que ele soubesse que eu realmente o amei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Dark Princess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.