Desejo Sombrio escrita por Cami Costa


Capítulo 3
Capítulo 2: O Julgamento


Notas iniciais do capítulo

Tá aí o segundo capitulo. Boa Leitura!



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Part. 01: Edward

“Ainda não acredito que estou fazendo isso” pensei enquanto carregava a garota que se jogou do penhasco. Quem em sã consciência se jogaria de um penhasco, só pode ser maluca mais confesso que é uma maluca bem gostosinha.

Eu a coloquei em cima do cavalo, observei as suas delicadas mãos e consegui ver o sinal na mão esquerda. “Isso é loucura” gritei, ter um sinal no braço não significa ter poderes mágicos, pensei em leva-la para a cidade e entrega-la nas mãos do meu pai. Mais algo em mim dizia para não fazer isso, e se ela não fosse uma bruxa? E se ela morresse em vão? Não posso fazer isso. Eu preciso conhecê-la primeiro.

Pensei em conversar com Jacob mais ele estava tão envolvido nessa caçada que mal me daria ouvidos, eu precisava encontrar uma forma de mantê-la protegida. Pensei em leva-la para o porão da minha casa, era um lugar abandonado e ninguém suspeitaria de lá. Eu só precisava entrar com ela sem que ninguém percebesse, se isso fosse possível.

Cheguei em casa, percebi que não havia nenhum dos empregados fora de casa, estavam todos assustados com o que havia acontecido, foi mais fácil leva-la ao porão do que eu imaginava. Coloquei-a sentada nunca cadeira, com as mãos amarradas com a corda que a impedia de usar seus poderes, a mesma que Renée nos entregou para amarramos as bruxas da floresta e a deixei lá.

Fui para a sala onde minha mãe Esme e minha irmãzinha Renesmee estavam aflitas.

-Onde vocês estavam Edward? -Esme me perguntou.

-Estamos caçando as bruxas. Onde estão os nossos empregados?

-Seu pai os dispensou. O que vão fazer com elas?

-Provavelmente as matarão. -Sussurrei.

-Oh meu Deus, então era verdade. -Ela olhou para Nessie.

-Tranque a casa, leve a Nessie para o quarto e fique com ela. Eu vou para a cidade ver o que esta acontecendo. -Peguei o meu casaco e saí antes que ela me disse para não ir.

A vila estava um caos, as pessoas estavam apavoradas nas ruas, armaram um palco no meio da cidade, lá estavam trinta pessoas amarradas, entre elas as mulheres que pegamos na floresta, algumas crianças e outros homens e mulheres. Meu pai junto com os outros conselheiros estavam no palco. Era um verdadeiro filme de terror. Todos os outros moradores da cidade saíram às ruas com castiçais, facas e outros objetos cortantes e gritavam em forma de coro “Matem as bruxas”.

Fiquei horrorizado com o que vi, mesmo se fossem bruxas isso não daria o direito de serem tratadas daquela forma. Amararam todos os acusados amontados em um único tronco onde ao redor só se viam palhas.

-Caros morados de Salém, há muitos anos vivemos com medo e assombrados por uma terrível lenda. Por muitos e muitos anos acreditávamos que não passava de uma lenda mais hoje meus amigos lhes falo que eram verdadeiras. Elas conviviam entre nós como se fossem pessoas normais, matavam brutalmente nossos amigos e viviam livres. Antes de chegarmos a qualquer acusação vamos ouvi-los, saberem o motivo, daremos a chance de se defenderem perante todos os habitantes de Salém e serão os próprios habitantes que os jugarão. -Carlisle falou perante a multidão.

As pessoas que passavam pelos acusados os vaiavam, cuspiram e continuavam em coro a gritar “Matem as bruxas”. A cidade estava mesmo louca.

-Edward onde estava? O julgamento está quase começando. -Jacob me encontrou no meio da multidão.

-Tive que passar em casa. O que vão fazer com elas? -Gritei, pois o barulho que as pessoas faziam era muito auto.

-Carlisle vai fazer com que as pessoas decidam. -Ele me respondeu também gritando.

-As pessoas vão condená-las. -Afirmei.

-Edward porque se preocupa tanto são apenas bruxas. -Ele me olhou nos olhos.

Eu fiquei sem resposta, não tinha o que dizer, talvez fosse melhor assim, talvez meu pai estivesse certo seria melhor evitarmos mais vítimas. Fomos em direção ao palco, Renée não estava mais lá quando o julgamento começou.

-O que vocês têm a dizer sobre a acusação? -Carlisle perguntou aos acusados.

Os acusados ficaram em silêncio, isso irritou a multidão. Eu pude ver o medo nos olhos das pessoas, pude ver as crianças aos prantos não pareciam ser pessoas maléficas.

-Cara eles vão ser mesmo queimados. -Emmet comentou sorrindo.

-Não concordo com isso. -Falei.

-Edward, Renée nos disse que se não acabarmos com isso agora teremos problemas piores depois. -Jasper segurou no meu braço e viu a cicatriz da mordida na minha mão.

Puxei o meu braço, ele me encarou com espanto.

-O que foi isso Edward? -Ele perguntou.

-Machuquei no portão. -Respondi.

Ele não engoliu essa minha história, mais isso não era um fato para ser explicado agora. A multidão estava enfurecida com a demora, meu pai voltou a falar novamente.

-Meus caros cidadãos a pedido de vocês, eu as considero culpadas.

Houve uma exaltação das pessoas ao ouvirem as palavras de Carlisle.

-Eu em nome de todos os habitantes de Salém declaro a execução de todos os envolvidos. -Carlisle finalizou.

As próprias pessoas acenderam as tochas e castiçais, tive a ligeira impressão de ver o meu pai sorrir, as pessoas condenadas não gritaram − o que foi mais estanho já que elas estavam prestes a ter uma morte terrível −, observei as duas bruxas que pegamos na floresta Hanter segurando juntas um colar antigo. Os filhos do Sr. Clearwater, Leah e Seth foram os primeiros a colocar o fogo das tochas nas palhas ao redor das bruxas, em seguida as pessoas foram fazendo o mesmo.

O fogo foi se espalhando rápido pelas palhas, os condenados se quer se moviam, foi uma verdadeira brutalidade. Em poucos minutos o fogo havia se tornado uma grande chama e os condenados foram pouco a pouco se tornando cinzas, horas depois tudo havia acabado. As pessoas voltaram para suas casas, meu pai e os outros conselheiros saíram, eu fiquei sozinho, me aproximei das cinzas. O cheiro era forte, tive que colocar um lenço cobrindo parte do meu rosto, me abaixei em torno daquela fumaça e peguei o colar que as duas mulheres da floresta seguraram e parti para casa.

Aquela foi à noite mais longa da minha vida, fiquei no meu quarto durante a longa noite analisando aquele colar. Era um colar antigo, com uma enorme pedra preta, cochilei na cadeira e pensei na moça que eu havia encontrado. E se ela fosse mesmo uma bruxa? E se eu estivesse colocando a vida das pessoas que eu amo em perigo? Lembrei de Renée, foi como seu eu tivesse a visto dentro do meu quarto, ela havia me dito a mesma coisa que Jasper me disse durante o julgamento “Edward se não acabarmos com isso agora teremos problemas piores depois”. Acordei assustado, o que ela quis dizer com isso? Mais ela estava certa eu não posso ariscar, tenho que dar um fim nela.

Peguei o colar coloquei em meu bolso, em seguida fui à cozinha, peguei um faça e parti em direção ao porão.

Part. 02: Bella

-Bella, Bella acorde. -Uma voz me chamava, parecia à voz da tia Meredith, abri o meus olhos e realmente eram elas. Estavam lindas, tranquilas parecia um sonho.

-Tia Meredith, tia Cloe onde vocês estão? -Exaltei alegre.

-Bella agora nós estamos bem, mais você vai precisar ser forte. Tem que sair daí agora, você está correndo perigo. -Tia Cloe falou.

-Mais onde eu estou?

-Precisa fugir. -Elas continuaram.

Eu acordei assustada, não sei se foi um sonho ou algum tipo de alerta. Minha cabeça doía muito, meus braços estavam presos a cadeira, não sei onde estou. “Calma Bella, você precisa se concentrar” falei enquanto tentava usar os meus poderes para escapar. Tentei várias vezes me livrar daquelas cordas mais não consegui, algo me impedia de usar os meus poderes.

Vi o trinco da porta girar lentamente, comecei a entrar em pânico, as cordas pareciam estar sobre algum feitiço do qual eu não conseguia me livrar delas. A porta se abriu e eu fechei os olhos. Senti algo se aproximar de mim lentamente, a cada passo que eu ouvia fez o meu coração bater mais depressa, senti um mão passar pelos meus cabelos e relutantemente abri os meus olhos.

Olhei para cima e o reconheci, era o mesmo garoto que me seguiu na floresta, só que desta vez ele estava diferente, os olhos dele estavam diferentes. Ele me encavara, estava com uma faca nas mãos. Ficamos nos encarando, um turbilhão de sensações passaram pelo meu corpo, minha respiração ficou ofegante.

Ele aproximou a faca de mim e a preparou para atravessa-la no meu coração.

-Não. -Sussurrei.

Ele ergueu a faca e eu fechei os meus olhos novamente esperando que ele me matasse.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Essa história está ficando emocionante a cada capítulo. Não percam os próximos capítulos!
Bjs....



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