Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 41
Malditas sejam elas.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tô aqui só para jogar essa batata para vocês. * Joga a batata e sai correndo* Até lá as notas finais.
Boa leitura.



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Já estava de manhã. Um belo dia tenso... Não, não estava ensolarado. Apenas um clima frio e cinzento. Como um certo alguém.

Lass acordava aos poucos e já sentia a mudança do clima. Olhou pro lado e viu Jin dormindo, e babando, em quanto abraçava o urso que Elesis tinha dado pra ele, a Dona Perona. O albino se levantou e foi vestir alguma roupa quente.

Após ter saído do quarto foi em direção a varanda. Mas antes que chegasse lá, viu alguém na varanda. Sim, era Elesis. Para não chamar a atenção foi recuando aos poucos, com passos sutis.

– Bom dia, Lass. - Diz Elesis olhando pra ele.

– Merda. - Pensa decepcionado.

Não tinha outra escolha. Foi até onde a ruiva estava.

– Bom dia.

Elesis usava roupas quentes também, mas parecia que aquilo não era o suficiente. O albino se apoio nas cerca da varanda, ficando mais longe o possível da espadachim.

– O tempo já mudou. - Menciona ela olhando para o céu acinzentado. - Temos que ver logo isso.

– É. - Tentava evitar contato visual. - Ainda bem que vamos hoje resolver isso.

– Só falta a Mari chegar com equipamento. Deve ser importante pra ela tá demorando assim. - Faz bico. - Tomara que seja importante mesmo.

Lass ficou em silêncio, pretendia falar nada.

– Posso te fazer uma pergunta? - Olha curiosa.

– O que? - Diz com medo do que fosse pergunta.

– Por que tá com a sua katana? - Aponta para a arma em sua cintura.

Olhou para arma e voltou a olhar para a ruiva.

– Por segurança. - Inventava algo. - Pode acontecer qualquer coisa e eu já vou ter minha arma aqui. É mais prático.

– Se proteger de que?

– De criaturas satânicas e imprevisíveis. Elas são as piores.

– É claro. - Achava estranho a resposta.

Passou um vento gelado, deixando ambos com mais frio.

– Eu vou ficar esperando ali dentro. - Diz o albino já saindo. - Está mais quente lá.

– Espera. Eu posso te fazer outra pergunta?

– O que é? - Olhou já não aguentando todo aquele interrogatório.

– Ontem, quando estávamos na cozinha. Você ia mesmo fazer aquilo? - Perguntava com nenhuma expressão.

– Fa-Fazer o que? - Seu rosto começa a esquentar.

– Como assim "fazer o que"? Você sabe muito bem. - Cruzou os braços. - Você ia mesmo me beijar?

O rosto do albino ficou vermelho pela aquela pergunta. Conseguia nem olhar para ela.

– Ham... - Não sabia se respondia ou ficava quieto.

A ruiva esperava a resposta. Mas via que o albino agia estranho em relação a aquela pergunta.

– Você ia ou não?

– Eu... Eu... - Não sabia o que dizer, estava num beco sem saída.

– O que tá acontecendo? - Pergunta Mari aparecendo do nada.

Lass não sabia se ficava aliviado pela chegada da azulada ou se tomava um susto pelo o seu aparecimento repentino.

– Tá meio atrasada, Mari. - Diz Elesis. - Você terminou?

– Sim. Com toda certeza isso vai adiantar. - Coloca uma bolsa no chão e de dentro tira uma máquina de porte médio.

– Parece até mais um dos seus robozinhos bonitinhos. - Se abaixa para ver melhor a máquina. - Como que ela funciona?

– Eu fiz uma fusão das manas -- Mari é interrompida.

– Mari, não precisa me explicar. - Elesis não entendia muito daquilo. - Apenas me diga o que ela faz.

– Bem, quando ligar a máquina ela vai emitir uma barreira de 40 metros, onde qualquer criatura que atravesse ela seja afetado por ela.

– Afetado em que sentido?

– Deixará a criatura muito fraca. Isso vai fazer que ela não tenha força para nos atacar.

– Você pensou em tudo, Mari. - Diz Elesis impressionada. - Você pode ligar ela pra eu ver?

A tecnomaga se aproximou da máquina e fez algumas coisas para que ligasse. Logo o aparelho é ligado.

– Já ligou? - Pergunta a ruiva estranhando que nada acontecia.

– Sim. Você não pode sentir porque você é humana. Não há efeito em nós.

– Entendi.

***

Lass já tinha saído do lugar quando Mari tinha chegado, assim fugiria da pergunta. Estava dentro de casa, indo em direção ao quarto para acorda Jin. Só que quando ia até cômodo sentiu algo muito forte. Não tinha nem forças para andar, então caiu aos poucos no chão.

– Mas que droga é essa? - Pensava com uma grande exaustão. - Me sinto tão fraco.

Não sabia o que era aquilo. Mas não era algo natural. Aquela coisa ia direto em sua alma, que o fazia ficar mais fraco ainda. Sua respiração ficava ofegante a cada momento.

– Tenho que levantar. - Falava com as poucas forças que ainda tinha.

Se esforçava o máximo. Sabia que não conseguiria ficar de pé, então acabou ficando sentado.

***

Após ter mostrado como a máquina funcionava, desligou ela. Depois colocou dentro da bolsa.

– Então, podemos partir? - Pergunta Elesis já animada.

– Agora mesmo.

– Ótimo. Vou chamar o Jin para partimos. - Entra na casa.

Quando entrou se deparou com Lass sentado no chão.

– Tá fazendo o que? - Coloca a mão na cintura. - Isso não é hora de dormir, muito menos no chão.

– Você não sentiu? - Percebe que o efeito tinha parado.

– Senti o que?

O albino ver que apenas ele tinha sentindo aquilo. Já Elesis, Mari e até mesmo Jin não tinham sentindo aquilo.

– Deixa pra lá. - Se levantou um pouco tonto. - A gente vai agora ver isso?

– Sim. - Vai em direção ao quarto onde o ruivo estava. - Vou acorda o Jin aí a gente vai.

Não disse nada, pois estava mais preocupada com o que tinha acabado de acontecer. Até que iria pegar algumas coisas para ir para ilha mas somente a katana já dava conta.

Depois de Jin ter acordado, se arrumado e reclamado que ainda estava com sono foram em direção ao objetivo.

– Eu to com fome. - Reclamava, novamente, Jin.

– Para de reclamar. - Diz Elesis. - Depois que a gente volta, almoçaremos.

Já tinham chegado no porto, onde alugariam um barco para ir até a ilha. Claro que ninguém os levaria, pois o barco era automático.

– Mari, prepara logo esse negócio antes que a chegue na metade do caminho.

Todos abordo e o barco já indo em direção à ilha. A azulada já estava arrumando a máquina para que funcionasse.

– Pra que isso? - Pergunta Jin.

– Isso vai fazer que as criaturas não nos ataquem. - Explica Mari.

– Entendi. Mas eu acho que nem seria necessário isso. Posso muito bem lutar contra essas coisas. - Batia com o punho no outro.

– Pare de se gabar. - Diz Elesis querendo se achar a maior. - Você sabe muito bem que precisaria da minha ajuda pra isso.

– Eu acho que não.

– Eu acho que sim.

Mari via a "discussão" dos dois e não entendia nada. E nem queria saber do que se tratava aquela idiotice. Já Lass estava no canto do barco, apenas olhando aquela máquina estranha. Quando a azulada ligou o albino sentiu novamente, e aos poucos foi caindo até se sentar no chão.

– Essa coisa, por algum motivo, está me afetando.- Pensava seriamente.- Se acontecer algo, eu vou tá ferrado.

Deu uma suspirada, sabia que estava com um problemão. Torcia para que nada acontecesse. Porém algo acontece, Mari o faz companhia.

– Você parece cansado. - Diz a azulada. - Aconteceu algo?

– Aconteceu nada. - Não estava afim de conversa. - Mas qual é daquela máquina? Ela afeta outro tipo de criaturas?

– Como assim "outro tipo"?

– Sabe, asmodianos e haros. São espécies que não são humanas.

– Não tinha pensado nisso. - Coloca a mão sob o queixo. - Pelo os meus cálculos... - Pensa em menos de um minuto. - Sim, afeta. Por que a pergunta?

– Só acho que pode ser perigoso uma dessas espécies passa por perto e ser afetado por isso.

– Estamos no meio do mar. Não tem como chegar até eles.

– Pode ser. - Dar de ombros. - Posso te pergunta algo?

– Sim. - Se sentou ao lado dele.

– Você conhece a Elesis a bastante tempo, né? - Ela confirma. - Você sabe alguma coisa sobre essa vingança que ela fala?

Mari ficou surpresa com a pergunta.

– Como que você sabe sobre essa vingança?

– Ela me contou uma vez, mas foi bem pouca coisa. - Diz lembrando aos poucos. - Você sabe alguma coisa sobre isso?

– Bem, sei o suficiente. Elesis nunca foi de falar muito sobre isso, sempre falava um pouco e mudava de assunto.

– E o que ela dizia?

– Algo relacionado com a sua antiga guilda e seu pai. Ela disse que aconteceu algo no passado dela que marcou a sua vida, e que a deixou profundamente magoada e furiosa com isso.

– Antiga guilda? Está falando dos Cavaleiros Vermelhos?

– Sim. Porém essa guilda nem existi mais hoje em dia. Parece que aconteceu alguma coisa no passado, que tem relação a vingança da Elesis, que fez a guilda fecha. Ninguém fala sobre isso.

– E você sabe algo que fez a guilda fecha?

– Não. Mas acho que sei quem é o culpa disso. - Falava pensativa. - E da pessoa de quem Elesis procura a vingança.

– E quem é? - O albino estava muito curioso.

– Gerard Palenwhite. - Fica séria. - Ele é um dos membros dos Cavaleiros Vermelhos.

– Nunca ouvi dele. - Tentava reconhecer o nome. - Ele era algo da Elesis?

– Não. Mas vou só vou te dizer algo. - Olha para o ninja. - Nunca fale desse homem para a Elesis, não pergunta sobre ele ou a vingança dela. É algo muito delicado para ela, então se você quer saber do que se trata é melhor procura por outros meios em vez de pergunta diretamente a Elesis.

O albino lembra de ontem, quando os dois estavam juntos. Lembra que ela tinha mudado repentinamente por algo que ele disse. E que ela não confiava totalmente nele. Talvez tudo isso fosse traumas do passado.

– "Pelo o seu bem". - Repete Lass fazendo Mari olhar pra ele. - Você sabe alguma coisa sobre essa frase em relação a Elesis?

– Não, sinto muito. Mas por quê isso tem haver com a Elesis?

– Parece que alguém já disse isso pra ela, e a deixou furiosa. Você sabe se a Elesis tem algum problema em confiar nas pessoas?

– É difícil dizer. - Olhava para a ruiva "brincando" com Jin. - Ela sempre foi imprevisível. Se confiar ou não, isso depende só dela. Se bem que confiar em alguém tem relação com o passado dela. É compreensível.

– E as amigas dela? Elesis confia nelas?

– Sim. Eu acho que são as únicas em quem ela pode confiar. Foram elas as primeiras amigas. Se alguém fizesse algo contra elas, Elesis ficaria furiosa.

– E só para deixar claro o que já está. Tente alguma coisa com as minhas amigas e você vai sofrer, e muito. - Vinha na mente de Lass, Elesis o ameaçando.

O albino olhava pra ela com uma seriedade. Via ela sorrindo e se divertindo, algo totalmente diferente da Elesis de ontem.

– E eu?

– Hum?

– Você acha que ela confia em mim? - Olha sério para Mari.

A azulada demorou um pouco pra responder.

– Sinceramente? Não. - Antes que Lass falasse, Mari continua. - Mas, talvez, um dia ela confie em você.

– Quando?

– Você vai saber quando chegar a hora. - Se levanta do chão. - Logo estaremos chegando. Agora eu vou ver umas coisas.

Mari tinha que ver algumas coisas também antes que chegassem na ilha, que não demorou muito. Depois de alguns minutos, finalmente chegaram. Todos saíram do barco, mesmo Lass tendo que se arrasta para sair.

O começo da ilha era uma praia, pacifica e calma. Foram adentrando cada vez mais no local, e acabaram chegando num vilarejo. Algumas casas estavam destruídas, outras em ótima forma. Era uma cidade deserta praticamente. Foram andando por aquele lugar até que achasse algo.

– Parece até uma cidade fantasma. - Menciona Jin já ficando com medo.

– Faz sentindo. - Concorda Elesis. - Muitas pessoas morreram aqui.

De repente passa um vulto passando de uma casa para outra. Jin soltou um grito e abraçou a primeira coisa que viu, que era Lass.

– Me solta! - Como o albino estava fraco e o ruivo se jogou pra cima dele, ambos caíram no chão. - Seu infeliz.

– Deve ter sido algum animal. - Diz Mari tranquila. - Não temos o que temer.

Continuaram a seguir em frente. Jin se levantou e deu uma ajudinha ao Lass.

***

Mari tinha deixado a máquina ligada no barco. Só que foi um erro dela ter deixado.

Alguém vindo da ilha vai até o barco. Sobe nele e se depara com o aparelho.

– Então é isso.

Se aproximou da máquina e deu um toque delicadamente com os dedos. Não aconteceu nada de drástico. A pessoa se levanta e mostra um sorriso macabro.

– Boa sorte em saírem vivos. - Assim vai embora.

***

O grupo já tinham andado bastante desde que chegaram. Todos os locais que eles passavam estavam destruídos por causa da guerra.

– Bem que a gente podia fazer uma pausa, né? - O ruivo já estava cansado.

– Você é um lutador, cadê a sua resistência? - Pergunta Mari.

– Ela ficou lá pra trás. - Apontava com o polegar.

Ouvem um barulho vindo do mato. É como se fosse uma animal correndo, mas não era. Todos ficaram alerta com aquilo. Até que começou a aparecer vultos. Após isso, ficou um silêncio. Nada mais acontecia.

– Quem são vocês? - A voz vem de trás do grupo.

Se viram para ver quem é a pessoa que falava. Jin toma um susto ao ver aquela garotinha aparece do nada, isso o fez pular pra cima de Lass, novamente. O albino segura ele e caiu no chão.

– Para de fazer isso! - Grita o ninja cheio de raiva.

Mari estica a mão e nela aparece o seu revólver. A azulada mira em direção a garota.

– Nós que perguntamos. Quem é você? - Diz séria.

A menina tinha cerca de 8 anos. Seus cabelos eram lisos e escuros, que batiam até sua cintura. Seus olhos eram azul escuro. Sua pela era branca como neve. A jovem parecia ser frágil e delicada. Mas só em ver sua expressão séria já mostrava que ela não era fraca.

– Sou Amaya. E vocês?

– Não viemos fazer mal nenhum. - A ruiva tira a arma da mãos da Polaris. - Me chamo Elesis, essa é Mari. - Aponta para os dois, que ainda estavam caído no chão. - Esse é Jin e Lass. Estamos aqui para ver uma garotinha que muda o tempo. Essa seria você?

Ficou em silêncio, nada disse.

– Tudo bem em vocês nos contar. - A ruiva falava de uma maneira toda doce. - Não vamos machuca-la.

Continuou sem responder. Até que alguém aparece ao seu lado.

– Vejo que temos visita.

Era uma moça adulta. Tinha seus cabelos longos e ondulados com uma cor alaranjado. Seus olhos eram azuis, um poucos mais claros dos de Amaya. Ela era alta, linda e simpática.

– Sou Lucy. Não precisam se apresentar. - Negava com a mão. - Já ouvi seus nomes. Então, o que fazem aqui mesmo?

– Soubemos sobre a história das irmãs gêmeas, e que uma delas tinha um poder bem grande que mudava o clima fora da ilha. Então viemos aqui ver se era verdade mesmo.

– Oh. - Senti a pequena se esconder atrás de suas pernas. - Então é isso. Sinto-lhes informa que essa garota não tem nada haver com isso. - Falava de Amaya. - Ela é a irmã que não ganhou os poderes, e até hoje não ganhou nada.

– Mas ela...

– Desculpe, mas esse problema já foi resolvido há muito tempo. Então o que acontecer de agora em diante não é problema dela.

– Com licença. - Diz Mari. - Mas o que você é dela?

A moça olhou séria pra a azulada.

– Sou a irmã dela. - Disse autoritária.

Olharam surpresos para ela. Pelo o que eles sabiam, a irmã dela tinha morrido. Então como ela estava viva.

– Amaya. - Fala Lucy. - Vá para casa. Vou ter uma conversa séria com esse pessoal, e quero que você fique fora.

– Sim, mana. - A pequena saiu correndo até sumir numa neblina.

– Então... - Elesis fica séria. - Você é a causadora desse problema?

– O que? Eu? - Ela começa a rir da pergunta. - Claro que não! Olha, não quero que vocês contem pra ela. Não sou irmã de verdade da Amaya, eu finjo ser. Só a encontrei a alguns meses ela sozinha e comecei a cuidar dela, e para conquista sua confiança eu tive que falar que era sua irmã. Não tenho nenhum envolvimento com esse negócio do clima.

– Compreendo. - Fala a Polaris. - Mesmo assim, isso não responde a nossa pergunta. Se não é ela que está causando o problema, quem está?

– Não faço a mínima ideia. - Deu de ombros. - Pode ser uma maldição da ilha ou algo do tipo. Mas não é problema nosso.

– Mas se você está na ilha, é problema seu. - Fala Lass com seu olhar sério.

Os dois ficaram se olhando seriamente. Se o albino tivesse forças atacaria ela, mas já que não tinha.

– Não importa. - Menciona Elesis acabando com aquele clima. - Se for uma maldição ou não, temos que pesquisar mais sobre isso. Não adianta viemos aqui e acusa alguém sem provas. Lucy, você não saberia de alguma maldição?

– Sinto muito, mas não sei de nada.

– É, parece que não temos nada até agora. - Fala Mari olhando o seu relógio. - E não podemos ficar muito tempo aqui, a máquina tem um tempo limite.

– Entendemos, Mari. Bem, vamos indo pessoal. - Começa a andar. - Obrigada pela a sua tenção, Lucy. Se soubemos de alguma coisa, nós a falaremos.

– Não foi nada. - Dar uma acenada. - Voltem sempre.

O albino passou por ela com seu olhar sério. Sabia que ela escondia algo. Lucy retribui aquele olhar com uma expressão séria também, mas apenas para o ninja.

Seguiram o caminho de volta, passando pelo o mesmo lugar novamente.

– Sério que a gente vai voltar? - Pergunta Jin. - Não descobrimos nada. Devíamos ficar pra procurar mais coisas.

– Não precisamos. - Responde a ruiva. - Já temos o necessário.

– Como assim?

– Já tenho as analises prontas. - Fala Mari olhando um pequeno aparelho. - Quando voltamos, irei dar uma olhada nelas.

– Então está querendo dizer que você podia muito bem ter vindo sozinha e feito essas analises? Sem eu ter vindo? - Pergunta Lass.

– Exatamente.

– Desgraçada. - Pensa o albino. - Me fazendo andar pra nada.

Chegaram no barco e viram que estava tudo normal. Então, deram partida para de volta a cidade.

Mari aproveitava esse tempo para ver as analises da ilha. Estava ela sentada no chão mesmo com o se laptop.

– Então Mari. - A espadachim se aproxima. - Já achou alguma coisa?

– Não exatamente. Os dados dizem que na ilha há uma grande mana. Mas não diz qual.

– Então não temos certeza que a ilha é centro dos problemas?

– Exatamente. Só tenho que dar mais algumas olhadas para ter uma confirmação. - Continuava a digitar cada vez mais rápido.

– Que bom. - Coloca as mãos na cintura. - Não sei se foi só eu mas aquela mulher pareceu que estava mentindo pra mim. Ela deve saber de algo e está escondendo.

– Também senti isso. - Fala Mari olhando para a ruiva. - Mas ao mesmo tempo parecia que ela falava a verdade. No entanto, não podemos acusar ninguém sem ter provas. Como você diz.

– Sim. - Fica com um olhar sério. - Por isso quero que você agilize nas analises.

– Que bom que você percebeu isso. - Aparece o albino, ainda fraco. - Aquela mulher me irrita.

Nesse momento a máquina de Mari que estava sendo usada para afastar as criaturas começa a fazer um barulho. A azulada se levanta na hora e vai ver o problema, mas bota problema nisso.

– Mari, por que isso tá apitando? - Perguntando Elesis.

A polaris mexia em tudo na máquina. Porém, o barulho continuava. Em quanto isso, o albino até sente uma certa diferença. Suas forças estavam voltando.

– Preparem-se porq -- Nem teve tempo de responder.

O barco dar uma parada brusca. Lass como ainda não tinha recuperado as forças, caiu de cara no chão. Jin que estava nas bordas do barco quase caiu na água.

– Que diabos foi isso?! - Pergunta Jin assustado.

O clima começa a ficar mais denso. Uma névoa fica em volta do barco, até mesmo dentro fazendo a visão ficar embaçada. Uma canção é cantada, eram vozes de mulheres.

– Lass, você tá bem? - Pergunta Elesis.

O ninja levantava aos poucos a cabeça. Estava muito tonto com aquela pancada. No canto de sua testa havia dado um pequeno corte, que é claro que sangrava, mas nada que se preocupasse.

O ruivo continuava nas borda do barco. Até que houve uma barulho na água, como se algo saísse dela. Mas logo uma coisa aparece na sua frente. Era uma mulher muito bonita por sinal. Tinham cabelos dourados e olhos azuis. Não usava nenhuma roupa, apenas os longos cabelos que cobria seus seios.

– Caramba! - Jin dar um grito e se joga pra trás, caindo no chão sem querer.

– O que foi? - Dizia ela. - Vem aqui, Jin. Vem pra sua diva. - Sua voz começava a ficar familiar.

Em volta do barco começava aparecer mais daquelas moças. Só que não eram humanas, da cintura pra baixo elas tinham uma cauda de peixe. Sim, elas eram...

– Sereias. - Sussurra Elesis. - Mari, concerta a máquina agora!

A azulada começou a fazer o que foi pedido.

– Jin, sai daí! - Grita a ruiva. - Não ouça o que elas falam!

O lutador nem ouvia o que Elesis falava. Estava muito concentrado na moça a sua frente. A voz dela começava a ficar cada vez mais familiar. E logo sua aparência também. Seus cabelos adquiriam uma cor rosado, seus olhos ficavam castanhos e sua voz fina e irritante, mas para Jin era a voz de um anjo. Era exatamente essa pessoa, era Amy que estava a sua frente.

– Ei, Jin! Vem cá! Eu quero te mostra algo.

– Sim, Amy. - Dizia o ruivo babando. - Estou indo.

Se levantou e começou a andar em direção a "rosada".

– Seu idiota! - Grita Elesis. - Lass, me ajude a tirar essas coisas do barco.

O ninja começou a levantar do chão vagarosamente. Mesmo de pé ainda sentia aquela tontura.

– Proteja a Mari. Eu vou impedir o Jin. - Sai correndo em direção ao ruivo.

– Eu consigo nem mesmo me proteger. - Pensava Lass. - Droga de sereias que decidem aparecer justo agora.

Elesis ao chegar perto do garota começa o puxa pela mão, mas parecia que não adiantava. Foi pra frente dele e o empurrava para longe das Sereias. Mesmo assim, ele parecia uma pedra: Continuava a andar e qualquer esforço da espadachim era em vão.

– Porque você não sai do lugar? - Reclamava. - Jin, acorde desse pesadelo! Isso é uma ilusão!

Os olhos dourado do ruivo nem cor tinha, estavam opacos. Mas sua expressão era de felicidade, e de bobo.

Já Mari fazia o possível para fazer aquela coisa funciona de volta. Lass atacava as sereias que ficavam em volta do barco, mas errava com a sua cabeça rodando ainda. Olhou para Elesis e via que ela ainda estava tendo uma grande dificuldade em impedir Jin. O albino decidiu ir ajudar ela com o idiota, porém ouve alguém o chamar.

– Poxa, Lass. -Outra voz familiar. - Você vai me deixar sozinha aqui mesmo? Que decepção...

Olhou para trás e viu o que mais temia. Era Elesis de um jeito fofo. A sereia tinha se transformado na pessoa que Lass nunca machucaria.

– Fica aqui.... Comigo.

Do outro lado. Já a verdadeira Elesis tinha um grande problema ainda. Foi para trás do ruivo e o puxava, com toda força, pela cintura. Mas não tinha efeito algum. Ela via que estava chegando perto da criatura, então tinha que ter um jeito para impedir ele. E seria meio doloroso.

– Você vai parar é agora!

Pegou sua espada que estava na cintura e mirou a ponta na coxa do rapaz. Respirou fundo e fez de uma vez... No entanto, sua mão tremia. Ela não conseguia fazer aquilo, não com um amigo.

– Por que... Por que eu não consigo? - Sussurrava. - Mas que droga!

Jogou a espada pro lado e foi novamente pra frente do ruivo. O empurrava usando toda sua força que restava. Só que Elesis teria que ser mais rápida, pois o perigo estava perto.

– Há uma grande variedade de monstros nesse mar. - Vinha em sua mente um flashback de Mari falando sobre as criaturas. - Então irei falar de algumas, e como impedi-las.

E Lass ainda continuava a olhar aquela "Elesis" na sua frente.

– Você me ama, não é?

– Eu... - Não conseguia dizer.

Não sabia o que tava fazendo. Ele tinha caído no olhar dela. Agora ele andava até a Sereia, que logo o mataria.

Mas quem estava indo para morte mesmo era Jin, levando Elesis.

– Bem, não tem como enfrentarmos as Sereias diretamente. - Novamente os flashback. - Só se você tiver um coração de pedra. Mas se você for pego pelo feitiço delas há um jeito de fugir.

– Qual é? - Pensava a espadachim .

– Na pessoa que estiver amaldiçoada, você deve dar um... beijo com amor verdadeiro. - E assim acaba o flashback.

A ruiva olhou surpresa para Jin. Não sabia o que fazer, mas se pensasse mais um pouco ela morreria. Ignorou todas as suas fibras dizendo "não" para aquilo, mas era o único jeito. Enrolou seus braços na nuca do ruivo e se aproximou o mais rápido o possível. Assim selando aquela maldição com um beijo.

Lass sentindo uma fisgada em seu peito, assim acordando daquela maldição. Não sabe por quê mas olhou em direção onde a ruiva estava, fazendo uma péssima decisão. A única coisa que sentiu vendo aquela cena era... Nada. Olhou para frente furioso. A sereia em sua frente sabia que ela não estava mais no feitiço dela, então com as suas unhas grandes e afiadas. Ataca o albino na lateral de seu rosto, fazendo um corte em sua bochecha.

– Morra, homem insolente. - Desse a criatura já preparando para dar outro ataque.

Aquele "arranhão" era nada pra ele. Pegou sua katana e em um rápido movimento, arrancou a cabeça dela. Seu corpo sem vida caiu no mar. Já Lass estava com a cara vermelha, do sangue que saia do corte e do sangue da sereia que acabou espirrando em sua cara.

Os olhos de Jin logo vão ganhando vida. E sua consciência voltando ao normal. Mas quando acordou de vez, viu Elesis o beijando. Pensou em até chama a atenção da ruiva, mas acabou que estava achando aquilo... Bom.

Elesis sentiu algo vindo em sua direção. Que era a Sereia usando também suas unhas como arma. Porém a ruiva foi mais rápida. Empurrou o lutador, que por sorte recuou, mas acabou caindo no chão, junto com Elesis por cima. Mas infelizmente Elesis foi acertada de raspão pela Sereia, que foi na costela direta.

– Mari, liga essa droga! - Gritou.

– Pra já.

Tinha acabado de concerta. Então ligou logo de uma vez. As Sereias que restava no barco caíram de volta para água. Finalmente, aquele problema tinha acabado. Mas para alguém não. Lass sentiu na hora aquele efeito o atingindo. Deu alguns passos para trás e acabou tropeçando nos seus próprios pés. Caiu de costas no chão. Não conseguia respirar direito, não conseguia fazer nada. O sangue que saia de seu corte ficava mais frequente, como se a ferida tivesse piorado. Mas era seu corpo que estava fraco demais para regenerar o machucado.

Jin caído no chão também. Olhava para a cara de exaustão que a espadachim fazia. Estava envergonhado, e vermelho, com o que tinha acabado de acontecer.

– Foi mal. - Diz Elesis um pouco envergonhada. - Era o único jeito.

– T-Ta tudo bem.

***

Já de volta. Tinham voltado para a pousada. Com apenas uma visita naquela ilha, duas pessoas se machucaram. Elesis com um corte na lateral da barriga; E Lass com um corte na bochecha. Jin e Mari estavam de boa.

O albino finalmente tirava o sangue que estava em seu rosto. Tinha chamado bastante atenção quando andava pela rua com aquela cara séria e com sangue em sua face. Estava no banheiro olhando o corte em sua bochecha, que não parava de escorre sangue.

– Por que não para? - Sussurra achando estranho aquilo.

Colocou um pano no machucado e foi para sala, onde o pessoal estava.

– Não é nada, Mari. - Dizia Elesis. - É só um arranhãozinho.

A Polaris enrolava em volta de seu machucado uma fita, que por sinal não adiantava muito.

– Não foi um arranhão, Elesis. - Termina o curativo. - E também não é algo tão sério mas deve tomar cuidado.

– Cuidado? - Faz um "pff". - Você sabe que eu não sou disso.

– Infelizmente. - Dar uma suspirada.

A ruiva percebe o albino olhando pra ela. Ele parecia está mais sério do que o normal, e até triste.

– O seu machucado já melhorou? - Pergunta um pouco preocupada.

– Não. Eu só quero descansar um pouco. - Desviava o olhar.

– Acho melhor colocar algum curativo nisso. - Menciona Mari.

– Não precisa. - Foi andando em direção ao quarto. - Eu só quero dormir.

Entrou no quarto e fechou a porta. Deixando aquele silêncio na sala.

– Ele parece... - Mari tentava achar a palavra. - Zangado.

– Na verdade, ele parece sempre zangado. - Zoa a ruiva, logo se deitando no chão. - Não se preocupa com isso. Daqui a pouco e volta a ser "feliz".

Jin estava olhando a ruiva toda sorridente, como se nada tivesse acontecido. O lutador se sentia tão culpado em relação ao machucado da espadachim. Ele foi burro em ter caído no feitiço da Sereia, se não fosse Elesis naquela hora ele teria se machucado seriamente, ou morrido mesmo.

– Elesis. - Chama Jin. - Desculpa por ter te machucado. Foi tolice minha ter sido pego pelo o feitiço da Sereia.

– Não precisa se desculpar, Jin. - Diz sorridente. - Somos uma equipe, é normal um se machucar pelo o outro.

– Mas você está ferida por minha culpa!

– E dai? - Isso deixa o ruivo mais confuso ainda. - Se eu me machuquei por você, foi minha culpa e não sua. Eu decidi entrar na sua frente, então para de se sentir culpado.

– Tudo bem. - Mostra um sorriso forçado.

Mas bem no fundo, ele não se sentia culpada só em ter sido causa do machucado da ruiva. E sim em ela ter te beijado. Elesis agia tão naturalmente. Mas para Jin não era algo simples, era algo há mais... Não era paixão ou algo do tipo. Era um sentimento de traição.

***

Estava de noite. Todos já tinham dormido, e Mari ido para sua pousada. E Lass ainda dormia, tinha sido um dia difícil para ele. Porém, pioraria com o "sonho" que tinha.

Dentro de seu sonho...

O albino estava num lugar escuro, onde havia pouca iluminação. Em um corredor sem fim, ao seu lado tinha celas. Mas dentro dessas celas não tinha ninguém, apenas a escuridão. O ninja foi andando por aquele corredor até que encontrasse algo.

– Faz tempo que você não vem aqui. - Soa uma voz de dentro de umas das selas.

Parou de andar e olho para lado, para dentro de uma das celas. Em meio aquela escuridão estava uma pessoa. Mas apenas um coisa que dava para ver de sua aparência, era seus olhos vermelhos.

– Você mudou.- Sua voz era masculina, como a de um monstro. Rouca e estrondosa. - Não vai pergunta como eu passei esses anos?

O albino pretendia responder nada e nem falar com aquilo. Só continuava com seu olhar sério para ele.

– Como sempre: Calado. Bem, vou ser rápido e curto. Não tem como você me trancar pra sempre aqui, um dia eu vou sair. Sabe por que? - Foi andando até as grades, mas sua aparência continuava sem aparecer. - Quanto mais você sente...

Coloca a mão na grade, ao tocar saiu uma fumaça como se tivesse queimando. Quando tocou na grande, deu pra ver como era sua pele: Acinzentada e áspera, com as unhas grandes e afiadas.

– Mais fraca fica essa barreira. - Abriu um longo sorriso, mostrando seus dentes pontudos.

Lass continuava com a mesma expressão. Para ele, aquela criatura era nada.

– Você sabe, quantos mais sentimentos você sentir, mais eu vou está livre. - Começa a esticar a mão até o rosto do albino. - Ultimamente, você tem estado tão diferente. Sentindo: Raiva, alegria, medo, inveja e... - Passava as unhas na sua bochecha. - Amor. Você precisa de mim, e logo vai precisar da minha ajuda, amigo. - Faz um corte em seu rosto, o fazendo gritar de dor.

***

Lass acorda rapidamente. Estava suando frio, sua respiração estava ofegante. Se sentou na cama. Olhou pra janela e viu que ainda estava de noite, escura como o seu pesadelo. Sentiu algo estranho, então tocou em sua bochecha onde estava machucado.

– Desgraçado... - Sussurra.

O arranhão tinha sarado, e sem ficar cicatriz nenhuma. Estava zangado pelo o que aquela criatura tinha feito com ele... Mas quem seria o seu "amigo"?


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Notas finais do capítulo

Review?
*Não me matem, também não matem o Jin... E nem a Elesis. As Sereias pode ^-^ Eu sei que vocês estão queimando de raiva, mas eu tive que fazer isso. Por que? Eu não sei.
*Capitulo ficou grandinho, eu não sei se peço desculpas ou de nada. Eu postei esse capitulo logo só para deixar vocês assim... Curiosos e com raiva.
*Quem acompanha minha outra fic (Elesis em um Futuro Incompleto) saibam que eu vou postar semana que vem o capitulo. Eu tive que desenvolver mais um pouco, ok?
*Tô triste... Meu PS3 tá com um cabo ruim. Então eu to sem jogar T-T Mas eu zerei meu DMC Devil May Cry! Depois de tantos Spoiler, finalmente eu zerei.
*Ah, mês que vem talvez eu poste os capitulos com menos frequência. Por que? Eu decidi que vou comprar um jogo quando lançar (Dark Souls 2) e vou ter que ficar muito concentrada nele. Mas não se preocupem, eu vou dar um jeito de postar os capitulos direitinho :3