Fale O Que Quiser Mas Sou Uma Garota escrita por Risadinha


Capítulo 42
Como não notamos isso antes?!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Capitulo novinho que acabou de sair do forno. Bem, já vou avisando que não tem nada demais no capitulo, sem trolagem. Apenas no próximo vai vir a ação de verdade. Nessa semana eu ainda posto capitulo de algumas das minhas fics. Pela primeira vez eu faço um capitulo grande em três dias... Meu recorde! Que felicidade.
Boa Leitura.



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Depois daquele "pesadelo", Lass tomaria mais cuidados com as coisas. Sabia que um passo falso e tudo acabaria sendo destruído. O problema seria ele não dar o passo, mas sim outras pessoas. E que talvez ele mesmo não conseguisse impedir.

E falando no albino. No momento ele acordava, vagarosamente por causa do sono que ainda sentia. Se levantava aos poucos, até ficar sentado na cama. Só para confirma, passou novamente a mão na bochecha.

– Mas que droga. - Sussurrar.

Ficou lembrando de seu "pesadelo" que teve noite nessa noite. Sabia que aquela coisa, como Lass preferira chamar, não era seu amigo... Nem mesmo inimigo. Apenas uma coisa dentro dele e que fazia parte de sua vida. A única solução pra resolver aquilo era ignorar e seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

Olhou para a porta, vendo que ela estava sendo aberta por alguém. Viu quer era Elesis, trazendo com ela uma bandeja.

– Você acordou. - Fecha a porta e se aproxima do albino. - Pensei que ia ficar o dia todo dormindo. Aqui, troce um lanche pra você.

Coloca a bandeja do lado do ninja. A ruiva se senta um pouco a frente de Lass.

– Valeu. - Já se preparava para atacar o café da manhã. - Onde que tá o resto do pessoal?

– Eles foram ver algumas coisas sobre a ilha com aquele tiozinho do templo. Disseram quer era melhor eu ficar por causa do meu machucado. - Cruza os braços e dar uma bufada. - Como se precisassem se preocupar com uma bobagem dessas.

– Bobagem dessas, é?

Olhava para as mãos da ruiva, que segurava o próprio braço. Via que ela apertava com força o seu braço, como se algo a tivesse incomodando muito. E Lass sabia do que aquilo se tratava.

– Se isso é uma bobagem, então você não deveria está sentindo dor, não é?

A ruiva olhou surpresa pra Lass. Para escapar daquela situação mostrou um sorriso falso e desviou o olhar.

– Isso é nada. - Forçava a risada. - Apenas uma dorzinha boba. Nada para se preocupar.

– Nada para se preocupa? Você nem tá aguentando direito.

Colocou a mão sobre o machucado, querendo esconder ele.

– Eu to bem. - Respira fundo, como se não aguentasse mais aquilo. - Podemos mudar de assunto?

– Claro. Por que do lanche? Você não é de fazer isso, não por mim.

– Olha, eu tava entediada. Aí eu decidi fazer um lanche pra você. - Se levanta. - Então não reclama. - Dar as costas e segue até a porta.

– Não, não vou reclamar. - Negava com a cabeça. - Não posso reclamar da comida da 'pessoa que não confia em mim'. É como se fosse uma regra.

Elesis parou de andar e deu uma virada pra ver o que Lass tinha acabado de dizer. A ruiva ficou com um olhar sério, em quanto Lass ficava com uma de não estar nem aí.

– O que? - Pergunta ele estranhando a cara de Elesis. - São palavras suas.

– Por que está falando disso agora?

– Ah você sabe. - Deu de ombros. - Sou uma pessoa de frases aleatórias.

Continuou com o olhar sério para o albino. Não entendia do por quê dele está falando aquilo pra ela. Mas que dava raiva, dava.

– Já falei meus motivos para não confiar em você.

– Você fala como se eu pudesse confiar em você. - Toma um gole do café, assim deixando Elesis com uma expressão de confusa. - Pensava que você era uma pessoa, e de repente você vira outra. Assim fica difícil.

– Tanto como você que mantêm seus segredos sob um olhar frio, eu mantenho os meus sob um sorriso.

A ruiva dar a última olhada, em seguida sai do quarto. Lass começa a ficar com um olhar sério igual ao de Elesis. Passa a mão no rosto, parecendo está decepcionado com algo.

– Por que diabos eu disse isso? - Fala com um tom de raiva.

Fechou os olhos, ficando concentrado. Até que lembro que seu "amigo" poderia o afeta desse jeito. Até que o albino começaria a se encher de raiva mas se lembrou que deve se controlar, principalmente as emoções.

Elesis, ainda de cabeça quente, foi para seu quarto. Assim ficaria longe de qualquer coisa que a irritasse. Até que lembrou que seu machucado estava doendo muito. A ruiva levantou a metade de sua blusa, para que visse o machucado.

– Não parece muito bem. - Dizia em quanto olhava o estado do corte.

Se sentou na cama. Em seguida tirou as fitas que estavam em volta de sua barriga. Jogou aquelas fitas foras, já que estavam manchadas com sangue. Então pegou curativos novos, mas aquilo não aliviaria a sua dor.

– Se eu soubesse uma magia de cura... - Queria muito que Arme tivesse ao seu lado para cura-la. - Ou qualquer coisas que fizesse isso sarar de uma vez.

Pensou em algo, mas acabou que encontrou nada. Porém, em vez de aparecer uma ideia em sua mente, apareceu uma memória de seu passado.

***

A pequena ruiva estava na Guilda, Cavaleiros Vermelhos. Sempre com sua espada ao seu lado, pra qualquer coisa que acontecesse ela está preparada. No momento estava sentada no banco, assistindo Gerard treinar.

– Gerard, eu ainda não entendi por quê você tá fazendo esse treinamento. - Falava Elesis confusa.

– Desisto. - Sai da posição de meditação. - Se você ficar falando não vai dar pra fazer isso.

– Fazer o que?

– Tem uma técnica que existe que você pode prever o movimento do adversário. Mas para isso, tenho que ficar muito concentrado. - Coloca as mãos na cintura. - Só que você fica falando toda hora, assim não dá.

A pequena abre um longo sorriso de surpresa.

– Sério?! - Se levanta e vai até o ruivo. - Que técnica legal!

– Você realmente não ouviu eu reclamar de você, não é? - Suspira cansado.

Mas logo o cansaço do rapaz some quando sente uma dor muito grande em seu ombro. Olhou para Elesis e viu que ela estava com a sua espada, e a enfiando em seu ombro.

– Você não previu meu ataque. - Dizia ela com um tom de inocente. - Então essa técnica é uma falha.

– É claro que não. - Se senta no chão, assim ficando do mesmo tamanho da ruiva. - Porque eu não sei fazer isso ainda!

Finalmente tira a espada de seu braço, deixando um corte bem fundo.

– Tá doendo?

– Que nada. - Dizia irônico. - Só um pouquinho.

– Desculpa. Eu não queria machuca-lo.

– Ia enfiar uma espada em mim e não queria me machucar?

– Ai! Você entendeu o que eu quis dizer. - Fala emburrada. - E eu já pedi desculpa.

Gerard olhava pro machucado, pensava em algo para curar o machucado.

– Quer que eu pegue alguns curativos? - Se oferece a ruiva.

– Não precisa. - Olhava sério pra espada. - Eu já tenho uma ideia. - Sorrir.

Gerard colocou a espada pra frente e se concentrou nela. Até que a arma ficou em volta de chamas. Elesis vendo aquilo ficou com os olhos brilhando, pois não sabia ainda invoca suas chamas.

– O que você vai fazer? - Olhava curiosa.

– Eu vou sarar meu machucado o fogo. Isso vai fazer o corte fecha. - Já preparava para fazer.

– Mas isso não dói? - Começava a ficar preocupada.

– Muito.

O ruivo encostou a espada com as chamas em seu ombro. Como ele tinha dito: O corte estava se fechando, porém estava sendo queimada por aquilo. E que logo ficaria uma cicatriz. Gerard fechava a cara com aquela dor que sentia, mas ele foi rápido para "cura".

– Você tá bem?

– Está doendo. - Toca no ombro vendo a cicatriz que ficou. - Mas logo isso passa.

Viu que Elesis estava com um olhar estranho a aquele tipo de "cura". Gerard passou a mão sobre os cabelos da ruiva. A fazendo ficar mais calma com isso.

– Tá tudo bem, Elesis. Isso é algo que eu, o teimoso, faz. - Mostra um sorriso confiante. - Não precisa ficar com esse olhar de preocupada, ok?

– Ta bom.

– Mas me faz um favor? Não conta isso pro seu pai.

A ruiva não entendeu aquele favor, mas acabou confirmando.

***

Tinha acabado de lembrar de um pedaço do seu passado. Estava com um olhar sério até demais. Foi até as suas coisas e pegou sua espada. Olhava seu reflexo na lâmina da espada. Pensava em que fazer, se fazia isso ou não. Mas ela já tinha decidido há muito tempo.

Tinha se passado meia hora...

Lass continuava em seu quarto, descansando. Até que a porta é aberta, mostrando Jin com sua alegria contagiante.

– Voltamos! Senti falta?

– Não.

O albino estava deitado na cama, com o braço sobre o rosto. Parecia está dormindo mas estava acordado.

– Que seja. Vem aqui pra sala. Eu e a Mari trouxemos algumas coisas sobre as irmãs.

O albino se levantou da cama e foi pra sala, de pijama mesmo. Chegou lá e viu um monte de papeis e coisas do tipo espelhada pelo o cômodo. Só em ver aquilo já bateu uma preguiça.

– O que é tudo isso? - Se encostou na parede.

– Todos os relatos dos acontecimentos sobre a ilha, até mesmo das irmãs. - Responde Mari já olhando os papeis. - Aliás, cadê a Elesis? Ela não está no quarto dela.

Antes que pudesse responder, a ruiva aparece na varanda. Por visto toda molhada por causa da chuva que acontecia. Ontem o tempo esteve nublado, hoje chovia.

– Onde você esteve? - Pergunta Mari vendo o estado da garota.

– Fui dar uma volta. - Apontava pro lado de fora.

– Nessa chuva? - Estranha Jin. - E o seu machucado? Você ainda não tá boa pra sair, muito menos na chuva.

– Gente, eu to bem. - Começa a andar até o quarto. - Agora parem de se preocupar comigo, e comecem a se preocupar com isso. - Aponta para os papeis. - Eu vou colocar uma roupa seca para poder ajudar vocês. - Abri a porta do quarto.

– Por que está com a sua espada? - Pergunta Lass.

A ruiva parar o passo antes de entrar no quarto. Olha para o albino já sabendo que resposta dar.

– Ah você sabe. - Dar de ombros. - Pra se proteger de criaturas satânicas e imprevisíveis.

– Verdade, elas são as piores. - Diz entrando na "brincadeira".

Ignorou a resposta que recebeu, então entrou no quarto e fechou a porta. Deixando aquele silêncio incomodante.

– Voltando pro trabalho. - Diz Mari quebrando aquele gelo. - Resumindo: Cada um vai pegar uma parte e vai dar uma analisada. Se acharem alguma coisa, avisem.

– Que saco. - Sussurraram ambos.

Cada um pegou uma quantidade e começou a dar uma lida. Logo Elesis aparece com uma roupa diferente, e quente, usando. Sem falar que estava com uma toalha sobre a cabeça, pois estava com preguiça de seca-los.

– Aqui, Elesis. A sua parte. - Mari entrega outra papelada pra ruiva.

Deu uma olhada e só em ver deu vontade de dormir, pois era muita coisa pra ler. Olhou pra a azulada com uma cara de coitada, talvez Mari tivesse pena dela. É, mas acabou que não rolou. Elesis teve que ler aquele negócio.

Para piorar, tiveram que ficar estudando aquilo a tarde toda. Felizmente, estava aquele frio gostoso que os deixaram mais confortáveis.

– Aqui não diz nada que nos possa ajudar. - Dizia Lass de baixo de uma lençol, e tomando um café para se esquentar.

– Aqui também não. - Fala Elesis dando uma mordida no picolé.

– Você tá comendo sorvete nesse frio? - Estranha Jin, que estava enrolado em um coberto.

– Não existe tempo para não comer sorvete. - Apontava com o palito do picolé, já que tinha acabado.

– Sei lá. Eu prefiro tomar algo mais maduro nesse frio do que um sorvete pra ficar com mais frio ainda. - Dar um gole do seu achocolatado.

A ruiva ficou com uma cara de "Tá de sacanagem". Já Mari tomava um chá e estava tranquila até o momento.

– Bem, o que temos até agora é quase nada. - Confirma Mari. - Sabemos que a irmã que sobreviveu nunca saiu da ilha, isso prova que aquela garota que vimos lá era ela. E que a outra irmã nunca mais teve um aparecimento desde de sua morte, que isso prova: Nada de maldições.

– O problema não é as irmãs, e sim aquela mulher. - Dizia a ruiva séria. - Ela tá escondendo algo. E eu vou descobrir o que é.

– Ela está protegendo a garota. - Menciona o ruivo. - Com certeza a garota é o centro dos problemas, por isso ela está a protegendo.

– Talvez seja isso que ela quer que agente pense. - Diz o albino se levantando. - Que ela não é o centro disso tudo, e sim a garota. Então ela sai como meio vilã da história, a outra parte maior leva a menina.

Termina de falar e vai pra cozinha pegar mais café.

– Pode ser verdade. - Concorda a polaris. - Mas uma coisa eu posso confirmar: Aquela garotas, Amaya, não é humana.

– Co-como assim? - Pergunta Jin já ficando assustado.

– Ela não tem corpo.

– Eu sabia! Ela é um fantasma. - O ruivo se tremia de medo. - Devia ter tacado sal naquela coisa quando eu tive tempo. E talvez ela seja a assombração da ilha, fazendo o tempo mudar toda hora. - Não conseguia de parar de falar coisas sem sentido.

A azulada foi até o lutado. Colocou as mãos sobre os seus ombros e olhou bem fundo nos seus olhos.

– Jin...

– O que? - Ainda estava assustado.

Mari apenas abri a palma da mão e mete na cara de Jin, fazendo um lado de seu rosto fica com a marca da mão da garota.

– Seja homem! - Voltou pra o seu lugar.

O ruivo ficou reclamando da dor que sentia pelo tapa que recebeu.

– Como eu ia dizendo. - Continua o que estava falando. - Ela não tem corpo porque os dados revelaram que ela não tem temperatura corporal, que é algo que qualquer humano tem.

– Qualquer humano tem? - Elesis falava de um jeito como se tivesse lembrando de algo.

– Sim. E também, ela possuía um núcleo mágico que distribuía uma magia para o seu corpo, que se chama Kxxt.

– Ta bom, eu nunca ouvi falar dessa magia antes mas o quer que tem ela?

– Kxxt é uma magia usada para dar vida a máquinas. - Responde Lass voltando com o seu café. - Por exemplo: Os robôs. - Toma um gole da bebida quente.

– Então está querendo dizer que... - Olha assustada para Mari.

– Aquela irmã que vimos é uma farsa. - Dizia séria.

– Mas se ela não é a verdadeira, onde que está a original? - Pergunta Jin. - Pelo o que sabemos, uma morreu e a outra ficou viva.

– Esse é o problema. - Confirma a polaris. - Se não é aquela, quem é então? E ainda tem aquela mulher que é um mistério maior ainda.

– Então por que a gente não desliga ela? Já que ela é um robô. - Sugere a ruiva. - Seria um problema há menos.

– Só que eu não sei como desativar uma máquina. Apenas ativa-las.

– Bem, eu tenho um livro aqui que talvez diga como desativar. - Elesis se levanta e vai até o seu quarto, e volta com uma bolsa. - Mas deixe eu procura ele primeiro.

A ruiva estava praticamente cavando um buraco naquela mochila atrás do livro. Até pegava algumas coisas e jogava pra trás, que na maioria das vezes era outros tipos de livros.

– Quanta tralha. - Menciona Mari vendo aquela bagunça.

A azulada ver saindo de dentro da mochila da espadachim. Pegou ele de curiosidade e o abriu, viu que era uma foto.

– Quem é esse? - Pergunta ela.

Jin e Lass vão para trás da polaris, assim vendo a foto melhor.

– É a Elesis vestida de Eléo. - Responde Jin.

– Ah, então é assim que você fica no colégio?

– Você falando desse jeito parece que eu to fazendo algo de errado.

– Tecnicamente, sim. Você está fazendo algo errado. - A azulada volta a olhar pra foto.

Até que percebe algo de estranho na imagem. Ela ajeita os óculos pra ver melhor.

– Como...

Olhava pra Elesis e pra imagem, fazendo uma rápida comparação. De repente soltou a foto e foi pra cima da ruiva, assim segurando os seios dela com as duas mãos.

– Como que você consegue esconde isso naquele uniforme apertado? - Pergunta Mari curiosa.

– O-O que você tá fazendo?! - Elesis fechou o punho e deu uma na cara da azulada, que se afastou. - E do que você tá falando?! - Dizia vermelha de vergonha.

– É mesmo. - Concordava Jin vendo a foto e olhando pra ruiva. - Como que você faz isso?

– Do que isso importa?! - Começava a ficar nervosa.

– Se bem que... - Menciona Lass olhando pra sua mão esquerda.

O albino lembrava daquela vez na missão do navio, onde "sem querer" pegou em um de seus seios.

– Você usa algum tipo de magia, né? - Fazia a pergunta como se ela fosse importante.

– Seus... - Ficava com mais vergonha e raiva a cada momento.

– Eu não acho que exista um tipo de magia que faça isso. - Jin discutia como se a conversa fosse importante.

– Por que estão levando isso tão a sério?!

– Sabe, eles são meios grandes para caber num espaço tão pequeno. - Fala Mari. - É como se fosse... Mágica.

Confirmam os dois.

– Meios grandes? - Pergunta Lass estranhando. - Eu acho que eles são maiores do que isso. Deixa eu ver.

O albino coloca as mãos nos seios da ruiva. Era a gota d'água. Elesis ficou mais vermelha do que os próprios cabelos, tinha chegado ao seu limite. Fechou o punho e...

Depois de alguns minutos. Lá estava Jin com um galo enorme na cabeça; Mari também com um galo na cabeça, mas estava trocando os óculos quebrado por um novo; E Lass... Inconsciente num canto da parede. Elesis estava em pé com uma metade de uma vassoura em suas mãos.

– É, acho que isso quebro. - Joga em um canto qualquer e se senta novamente, agora pegando o seu livro.

– Meu rosto dói. - Fala Mari colocando a mão no rosto.

– Meu bumbum dói. - Fala Jin chorão.

– Minha virilha dói. - Reclamava Lass. - Junto com o resto do meu corpo.

– Bem, vejamos... - A ruiva já estava tranquila, assim poderia procura o que queria no livro. - Aqui. Droga, não diz como desativa. Mas se pensamos, talvez quem possa desativa seja o criador.

– Que é aquela mulher. - Diz Mari. - E é claro que ela não vai fazer isso.

– Por que isso é tão difícil?! - Reclamava Jin se deitando no chão. - Não podemos simplesmente ir lá e acaba com isso na base da porrada?

– Até que não é uma má ideia. - Diz a espadachim pensativa.

– Elesis... - Avisa Mari.

– Ta bom. - Diz derrotada. - Mas o que vamos fazer? Não temos nada até agora.

A azulada demorou um pouco pra responder, pois estava distraída com o brilho da lua que mesmo com o tempo nublado ela aparecia.

– Vamos esperar até amanha e torce para que a gente ache algo. - Se levanta e começa a arrumas os papeis, da sua parte. - Bem, eu já vou indo.

– Nessa chuva? Por que não fica aqui?

– Não, eu não confio neles. - Apontava para Jin e Lass. - E também, tenho algumas coisas pra fazer. Então, até amanhã. - Vai embora sem falar nem mais nem menos.

Aproveitaram que teriam uma folga até amanhã, então acabaram dando uma arrumada naquela bagunça. Como já estava de noite, apenas comeram algum lanche e foram dormir, porque amanhã teriam um grande trabalho pela frente.

Elesis estava em seu quarto, sozinha. De baixo do coberto, parecendo está com medo de algo.

– Vamos, Elesis. - Sussurrava. - Seja corajosa. São apenas uns raiozinhos bobos. Não tem do que ter medo.

Desde pequena, a ruiva tinha medo de trovões. E para piorar, nesse dia estava trovejando. A cada estrondo o seu coração dava uma acelerada. Sua pele estava pálida e seu corpo não parava de tremer.

– Acho que não foi uma boa ideia em ter ficado em um quarto sozinha.

Sabia que não conseguiria dormir com todo aquele medo. Teria que passar a noite acordada por causa de um medo, ou...

Lass dormia tranquilamente, em quanto Jin dormia mais tranquilamente ainda. Para o ruivo, nada atrapalhava seu sono, até mesmo os sons dos trovões. Mas para o albino não era fácil, pois qualquer barulho que ouvia ficava em alerta. E falando em barulho, o ninja ouve passos. Então se sentou na cama e viu alguém no canto do quarto com um coberto branco, parecia até um fantasma. Lass até que se importaria se não fosse o fato de tá morrendo de sono, então acabou achando aquilo imaginação dele.

– Bem... Eu posso dormir aqui? - Era a Elesis a pessoa por baixo do lençol.

Ficou olhando com uma cara de cansaço.

– Não. - Se deitou e voltou a dormir.

– O-O que? - Sussurrava para não acorda o Jin. - Qual é, deixa eu ficar aqui.

– Já disse que não.

Como sempre: A ruiva não gosta de ouvir um "não" como resposta. E o albino estava nem aí pra se ela gostava ou não. De qualquer jeito, acabou sentindo a ruiva se deitando atrás dele.

– Tá de sacanagem. - Pensava Lass.

Foi dar uma olhada pra trás, só que Elesis o impede dando um pequeno chute em suas costas.

– Apenas me ignore. - Dizia já com o rosto escondido de baixo das cobertas.

Ficou quieto por um momento mas estava curioso pra saber o que a ruiva fazia ali.

– Tá com medo de algo?

– Claro que não.

Aceitou isso como um sim. Só em vê-la tremendo daquele jeito deu pra percebe que estava com medo de algo.

– Tem medo dos trovões?

Não respondeu. Estava mais do que óbvio que era isso. Dessa vez se virou pra ver a ruiva, sorte dele não ter recebido outro chute. Como previa: Ela estava escondida sob o coberto.

– Quem tem medo de trovões? - Estranha esse medo dela.

– Eu, seu idiota. - Fala friamente.

Lass sabia muito bem como era sentir medo, e como era sentir medo e está solitário ao mesmo tempo. Queria poder falar algo para deixa-la mais confortável, mas não era o forte dele fazer as pessoas se sentirem confortáveis.

– Então tá. Boa noite. - Se virou e voltou a dormir.

Antes que se virasse, Elesis o segura pela mão. O albino estava torcendo para que ela não fizesse aquilo, queria manter distância o máximo o possível.

– Deus, me ajude. - Pede Lass não aguentando aquela pressão.

– Sua mão... - Mencionava Elesis. - É gelada.

Olhou pra ela confuso. Ele sabia que era gelada, mas por que Elesis estava dizendo algo óbvio?

– Tão fria que parece que você não tem vida.

– Hum? - Ficava mais confuso ainda.

– Mari disse que todo humano tem seu calor próprio. Mas mesmo quando está um dia quente, você continua gelado. - Aperta um pouco mais a mão do albino. - É como se você não fosse humano.

O ninja não falava nada, apenas continuava a olhar a ruiva com o lençol cobrindo o rosto. Mas a cada som de trovão, mais Elesis apertava sua mão. Chegava até a doer mas isso não importava, se assim fizesse ela ficar mais calma.

– Mas eu posso ser uma pessoa quente se quiser.

A ruiva tirou o lençol de seu rosto, assim mostrando uma expressão de mais confusa do que o albino. Lass olhou pra ela e viu que ela tinha entendido errado, fazendo o albino ficar vermelho de vergonha.

– Nã-Não nesse sentido. - Quanto mais tentava se explicar, mais enrolado ficava. - Bem, eu posso ser uma pessoa quente nesse sentindo, ma-mas... Esquece. O que eu to querendo dizer é que: Não é o que você tá pensando.

A espadachim apenas deu uma pequena risada da cara do ninja. Elesis estava até esquecendo os trovões com a bobagem que Lass diz.

– Acho melhor eu dormir agora, amanhã vou ter muita coisa pra fazer. - Dizia já fechando os olhos.

O albino apenas ficou olhando a ruiva cair no sono. Ela estava com uma expressão tão tranquila comparada com a que ela fica nervosa.

– Por que... - Não pretendia pergunta aquilo mas já que tinha começado. - Por que você não confia em mim?

Elesis já tinha pegado no sono. Então nada de resposta. Olhou pro teto e deu uma suspirada. Seus olhos começaram a pesar, logo ele estaria dormindo.

***

– Ei, Lass.

Novamente, naquele mesmo lugar. Naquela mesma prisão. Lá estava Lass de frente para aquela criatura novamente. Que estava deitada no fundo da cela.

– O que foi? Parece mal-humorado. Vamos, me responda. Não tenha medo.

Como sempre: O albino continuava sério e sem responder.E quanto mais Lass o ignorava, mais a criatura gostava. É como se fosse uma provocação.

– Não vai falar nada, né? Bem, acho que nos vemos daqui à alguns dias. Então até lá, amigo. - Terminou com um sorriso.

***

Mesmo que o sonho tivesse sido pequeno, a noite tinha passado rapidamente e já estava de dia. Estar naquele "sonho" é como se tivesse passado vários dias, deixando até mesmo o albino cansado com aquilo, como se não tivesse descansado o suficiente.

Foi se levantar mas foi impedido, pensava que era Jin, novamente, o abraçando. Olhou nervoso pra ele mas logo seu olhar muda. Não era o ruivo que o abraçava dessa vez, era Elesis que o abraçava. Ficou corado na mesma hora.

– Mas que merda! - Pensava nervoso.

Tentou se soltar dos braços da espadachim, porém quanto mais ele tentava sair mais Elesis o abraçava. Isso o fazia ficar mais vermelho ainda. Olhou pro lado e viu Jin ainda dormindo. Ele era a única esperança, única esperança pra desgraça porque o ruivo ficaria rindo da cara dele.

– Caramba. - Sussurrava.

Olhava pra Elesis e ficava mais nervoso ainda. Até sentia algo fofo em seu braço, que foi o motivo de ter apanhado ontem. Virou o rosto pro lado.

– Quente. - Sussurrava Elesis em quanto dormia. - Tão quente...

O albino pensava no que diabos ela estava falando, mas seus pensamentos são interrompidos por um bocejo. Olhou pro lado e viu Jin acordando.

– Tudo pra melhorar a situação. - Pensava Lass.

O ruivo foi abrindo os olhos aos poucos, até ver o albino naquela situação. Se levantou pra ver melhor se era verdade ou não.

– O que a Elesis está fazendo aqui?

– Ham... Dormindo? - Inventa uma desculpa.

O lutado deu uma pensada há mais, depois de um tempo começou a ficar com uma cara maliciosa.

– Então rolou, né? - Perguntava o ruivo abrindo um sorriso estranho.

– Rolou o que? - Pergunta Lass já ficando com raiva da cara que Jin fazia.

– Ah você sabe, Tigrão. - De repente ficou sério. - Perae... Vocês fizeram isso comigo aqui?!

Era obrigado a ficar ouvindo as reclamações de Jin logo de manhã e naquela situação... Nada pior que isso. Sem falar que ele ficava provocando. Então o ninja, já impaciente, pegou o ruivo pela gola da camisa e o puxou para bem perto dele.

– Quer parar de falar e me ajudar logo?

– Você quer ajuda? - Pergunta Jin inocente.

Antes que Lass respondesse, ele percebe que alguém estava na porta vendo aquilo. E era Mari, sem expressão como sempre.

– Elesis. - Chama Mari.

Depois disso...

Saia Elesis e Mari do quarto, a ruiva corada com aquilo. Já Lass e Jin com um galo na cabeça, cada um.

– Por que eu apanhei também? - Perguntava o ruivo quase chorando, de novo.

– Por que diabos que eu apanhei? - Se perguntava o albino. - Eu não fiz nada.

– Tem certeza que não rolou nada? - Já tinha mudado o tom de voz.

– Não rolou nada! - Grita nervoso.

– Nem um pouquinho? - Estranha.

Lass estava em volta de chamas, não aguentava mais aquelas perguntas.

– Aconteceu exatamente nada. - Disse sério em quanto se levantava.

Jin percebe que Lass tinha mudado de humor. Até sabia do que se tratava.

– Me desculpa. - Fala o ruivo com um olhar triste.

– Tá se desculpa pelo o que?

– Naquele dia, a Elesis tinha me beijado. E isso foi culpa minha por ela ter feito isso. Sei como se sente.

– Eu não ligo. - Responde friamente. - Isso não me importa.

– Mas você -- É interrompido.

– Eu já disse que eu não ligo. - Olha sério. - Agora esquece isso. - Como já tinha se arrumado, então saiu do quarto.

Jin ficou com um olhar preocupado vendo o seu amigo daquele jeito. Ele sabia que Lass se importava com isso, então quanto mais ele negasse pior era pra ele.

Mari e Elesis estavam na sala conversando.

– Eu to te dizendo. Eles estavam quase se beijando. - Falava Mari tomando um café que tinha comprado.

– Mari, não começa. - Fala a ruiva cheia de sono ainda.

– Eu tenho uma foto aqui, se quiser ver.

– Você tirou uma foto? Ah esquece. - Cai de bruços sobre a mesa, já caindo no sono.

O albino aparece com uma cara de quem não dormiu direito, e que não acordou direito.

– Então, achou alguma coisa? - Perguntava pra Mari.

– Ah sim. - Entrega um jornal, que parecia bem antigo, para ele. - Eu encontrei uma reportagem que diz tudo sobre o acontecimento. Ver se acha algo.

– Acabar logo com isso. - Pega de uma vez o jornal.

Não estava muito a fim de fazer aquilo, mas queria muito que esse negócio acabasse. Decidiu olhar cada detalhe sobre a noticia.

– Achou algo? - Pergunta Elesis ainda com a cara enfiada na mesa.

– Não, eu... - Parar de falar e começa a ver algo de interessante.

Estranha o albino ter parada de falar do nada. Então levantou a cabeça da mesa e olhou confusa.

– Que foi? - Pergunta Mari.

– A garotinha, quando ela morreu ela tinha quantos anos? - Pergunta Lass.

– Uns 5. Por que?

– Estava na nossa cara o tempo todo! - Fala nervoso. - Já olharam a data desse jornal? Ele tem mais de 17 anos.

– Acho que entendi o que você quis dizer. - Se levanta a polaris. - Se ela tinha 5 anos quando morreu e esse jornal veio após a sua morte, então ela não deveria ser uma garotinha como aquela que vimos. E sim...

– Uma mulher adulta. - Completa Elesis. - Então aquela moça é a... Tava tão óbvio assim?!

– Acho que já podemos ir lá e resolver esse problema então. - Diz Mari séria.

– Acho que não vai dar gente. - Dizia Jin da varanda. - Venha ver isso.

Os três foram ver o que era. Quando chegaram lá ficaram surpresos. O tempo tinha mudado para neve, e o que mais surpreendia: O mar estava congelado por completo. Era até uma beleza da natureza com ondas congeladas e tudo.

– Parece que alguém não quer que a gente vá lá. - Menciona Mari.

– Mari. - Chama Elesis olhando para os pequenos pedaços de neve que caia. - Você sabe fazer um barco voar, não é? - Olha pra ela.

A azulada ficou com uma cara de surpresa. Apenas soltou um sorriso, que era raro, e ajeitou os seus óculos.

– Você sabe que isso é minha especialidade. - Diz com uma certa felicidade.

– Bom, porque vamos precisar de um.


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Notas finais do capítulo

Review?
*Mistério sobre a moça só no próximo capitulo.
*Tô deprimida T-T Por duas coisas: Esse último episodio do Noragami que teve quase me fez chorar, mesmo sabe o que ia acontecer; E o outro é para os fãns do Shingeki no Kyojin (Attack on Titan) que foi um choque muito grande em todo mundo, até em mim. Não é considerado um Spoiler porque você já viu isso no primeiro episodio. Mas eu vou deixar um post aqui que explica do que eu to falando, é só botar no Google tradutor e pronto (E sim, o google traduz esse texto direitinho), qualquer dúvida é só pergunta que eu explico:
http://amorphouse.tumblr.com/post/78331846103/shingeki-no-kyojin-attack-on-titan-creator
*Mas eu tô feliz por uma parte porque hoje, exatamente as 02:00 da manhã, eu descobrir sem querer que o canal da Play Tv vai passar animes! MEU DEUS! É claro que é só na tv a cabo. E não tem horário confirmado ainda, estão fazendo uma votação pra isso.