Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 14
Capítulo 14. Número Um na Lista Negra


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos, que saudadeeeeeeeeeee!!!!!!!!!
Quem quer matar a autora aqui? Okay podem abaixar as mãos. kkk'
Vocês não sabem o quanto eu amo vocês! Sério, de verdade!
Eu sinto muito pela demora, sinto muito mesmo! A minha vida deu um UP e eu quase não tive tempo para escrever. e sempre que eu conseguia tempo, eu só conseguia escrever um ou dois parágrafos. Então, me perdoem!
Espero que não tenham me abandonado...
Boa leitura!
Não fiquem zangados comigo!
Beijos, bye!
.-.



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POV. Strangers In Paradise

A risada infantil preencheu o aposento onde a família se encontrava. Sentados no sofá, a menina de sete anos ria, enquanto seu pai fazia cócegas em sua barriga.

– Pára, papai! - ela tentava dizer entre as risadas. - Eu não consigo respirar!

Ela tentava se libertar do apego do pai, mas fora em vão. Ele, sorria ao ver a felicidade de sua filha, assim como sua esposa ao seu lado.

– Frederick, deixe-a respirar. - ela pediu sorrindo ao ver o rosto sorridente de sua filha avermelhar.

– Está bem! - ele afirmou, e assim parou de fazer cócegas em sua filha, que ainda ria. - Vem cá, Annabeth.

Ele a pegou e colocou entre os dois no espaço do sofá. Atena observou sua filha recuperar o fôlego enquanto seu marido ligava a TV com o controle remoto. Annabeth era muito parecido consigo, porém, com algumas pequenas diferenças: os cachos ela havia herdado da mãe, porém, em vez de castanhos eles eram loiros, iguais aos do pai. Annabeth tinha os olhos cinzentos iguais de sua mãe: misteriosos e belos. Desde pequena, Annabeth demonstrara uma inteligência superior do que das crianças de sua sala. E Atena não duvidava nada que Annabeth, era uma pequena cópia de si mesma. Ela, de certa forma, se sentia orgulhosa em pensar assim.

– Bota no Bob-Esponja, papai! - Annabeth pedia ainda um pouco sem fôlego.

– Quer uma água, filha? - Atena perguntou e ela assentiu.

Enquanto Atena se levantava para buscar a água, Frederick perguntou para a filha:

– Que tal olharmos um filme?

– Toy Story! - ela respondeu animada, fazendo seu pai rir.

E quando Atena voltou á sala com o copo d'água, as luzes se apagaram. Tudo ficou em silêncio por alguns instantes, até que o som da porta se abrindo paralisou todos. Nenhum ruído há mais fora ouvido, até que o som do copo se quebrando ao encontrar o chão ecoou pela sala. Frederick abraçou Annabeth, que estava quieta, domada pelo medo. Não muito diferente de seu pai.

– Atena? - ele perguntou com a voz trêmula, com a esperança de ouvir a voz de sua esposa.

Mas em vez dela, ele ouviu uma outra voz.

– Faça exatamente o que eu mandar e talvez eu não a mate.

POV. Annabeth Chase

Sabe como é acordar com o coração batendo tão forte em seu peito que achou que ele fosse explodir? Ou acordar e se sentar na cama ao despertar de um sonho? Ou acordar sentindo o medo pulsar em suas veias, assim como aquele mau pressentimento dominado todo o seu corpo? Se não você não sabe, deseje nunca acordar assim. Se você sabe, então consegue imaginar como acordei.

Eu suava frio, meus olhos estavam arregalados, meu coração batia com força em meu peito, eu não conseguia respirar e sentia meu corpo tremer.

" Foi só um sonho. " eu repetia isso milhares de vezes em minha mente, tentando me acalmar. Eu estava apavorada. Fazia meses que não sonhava com aquela noite. E sempre que eu tinha esse sonho, parecia que eu estava revivendo o momento mais uma vez. O que era mais assustador e real ainda.

Não sei se se passaram horas ou simplesmente minutos quando finalmente consegui me acalmar. O quarto estava escuro, eu não conseguia ver nada á um palmo de distância. E somente agora que percebi que estava chovendo, pois consegui ouvir o som da chuva lá fora. Olhei para o despertador e vi que era de madrugada, nem cinco da manhã não era. E eu sabia que não conseguiria voltar a dormir nem se quisesse.

– Faz tempo, não faz? - a voz de Thalia me surpreendeu, mas ela não conseguia ver minha face, então não conseguiu ver minha expressão.

– O quê? - perguntei, tentando me fazer de desentendida.

– Você sabe do que estou falando.

– Eu te acordei? - perguntei depois de alguns instantes em silêncio, tentando mudar de assunto.

– Talvez sim, talvez não. - ela respondeu no escuro. - Está tudo bem?

" Não, não está. " pensei em dizer a verdade, mas esse era um dos meus defeitos: eu era orgulhosa de mais; não confiava fácil nas pessoas; e nunca revelava as minhas verdadeiras emoções.

– Estou bem, foi só um sonho estúpido. - respondi e me deitei em minha cama, me cobrindo com o cobertor até a cabeça, tentando fazer tanto barulho que conseguisse para Thalia perceber que eu não queria conversar e que tentaria voltar a dormir.

Ouvi um suspiro, e em seguida a voz baixa de Thalia dizer:

– Eu estou aqui Annie. Sempre estive e sempre vou estar. - e assim, o barulho de sua cama e o som dela se ajeitando nos cobertores me fizeram pensar que ela iria tentar voltar á dormir.

" Eu sei Tha. " pensei, enquanto olhava para a escuridão do quarto, ainda ouvindo o som da chuva lá fora. " Mesmo eu não merecendo, você sempre esteve ao meu lado. "

[...] Algumas horas depois....

A manhã se passou rapidamente. Piper estava tinha ficado junto conosco durante o café e a atividade que Ella havia nos passado - já que o Sr. D não estava presente pois pegou engarrafamento ao vir para a academia e assim, Ella, á pedido de Poseidon, assumira a atividade de hoje.

FLASHBACK ON

– Vocês irão escrever nesta folha as características de cada pessoa nesta sala. - Ella falou, nos entregando uma folha em branco e uma caneta Bic vermelha. - Podem usar uma palavra ou uma frase. Vale qualquer coisa, isso incluí desenhos, conselhos, xingamentos... Mas quero que entendam que essa dinâmica será feita para vocês saberem o quê os outros pensam de vocês. Sejam honesto. Ah! A folha tem que ser entregue anônima para mim para no final eu ler á vocês.

FLASHBACK OFF.

Depois que entregamos nossas folhas para ela, Ella leu em voz alta tudo que estava escrito.

Para mim, a maioria tinha colocado que eu era vadia, interessante, misteriosa ou um simples não conheço. Já Thalia, teve principalmente os comentários de punk, e você me assusta. – teve até um que tentou desenhá-la, o que foi ilá-rio, pois ele ou ela desenhou-a com roupas de menininha e trancinhas no cabelo, o total oposto da Thalia que conheço. - Já para Piper, a maioria colocou que ela era quieta e tímida. Mas o que surpreendeu-a foi que um anonimo colocou que ela tinha cheiro de morango e que achava-a bonita. Nem preciso dizer que quando ela ouviu essa parte dos anônimos, seus olhos brilharam em expectativa de quem poderia ser.

O que eu coloquei? A maioria coloquei o que realmente aparentavam como: Calipso, duas caras; Reyna, não conheço; Silena, estilosa; Drew, cobra venenosa; e assim por diante. Mas, eu não saberia o que colocar se a única pessoa que faltou estivesse presente: Percy Jackson.

Eu estava confusa em relação á ele. E eu não gosto de ficar assim, com esse sentimento de dúvida. Nunca gostei. Sempre, em toda a minha vida, eu gostei de ter tudo calculado e nada fora do horário, sempre sabendo quais jogadas eu iria jogar. Toda a minha vida foi assim, planejada na medida do possível. Mas, não posso negar que gosto de surpresas. E agora? Percy Jackson seria uma surpresa boa ou ruim em minha vida?

[...]

Durante o horário livre, eu estava no meu quarto terminando de desenhar o Empire State quando Piper entrou como um furacão em meu quarto.

– Adivinha quem eu vi na biblioteca?! - ela perguntou, deixando a porta do quarto completamente aberta.

– Quem é? Ah! Pode entrar, Piper! A porta está aberta! - eu disse, porém Piper parecia não ter se ofendido com a brincadeira que eu tinha feito.

– Para de drama e adivinha logo! - ela insistiu.

" Deuses, o Jason não. " pensei, tentando esconder o meu caderno de desenho discretamente dela.

– Quem? - perguntei, confesso que um pouco curiosa.

– Percy! - ela respondeu como se esperasse que eu surtasse e começasse a ter um ataque de fangirl.

– E...? - perguntei enquanto girava a cadeira para ficar á sua frente, me fazendo de desentendida.

– E por incrível que pareça o Jason também está lá! - ela disse a beira de um colapso.

" É claro que o Superman tinha que estar envolvido. " pensei, lembrando o apelido que Thalia havia criado para Jason.

– Por favor, vai lá comigo! Eu preciso ir! - ela pediu se aproximando e eu congelei por um instante. O meu caderno ainda estava aberto bem na página do Empire State. Mas qualquer movimento meu seria suspeito para ela.

– Piper, eu não posso ir. - falei, colocando o meu braço esquerdo em cima da minha escrivaninha, exatamente onde o caderno estava aberto, tapando então um pedaço do meu desenho.- Olha o meu estado! Estou horrível! - nisso ela tinha que concordar: meus cabelos estavam soltos, eu tinha olheiras da noite mal dormida, e ainda tinha aquela espinha no meu queixo. Ah! Sem comentar que eu estava vestida com o meu pijama e as minhas pantufas de porquinho.

– Por favor! - ela implorou se aproximando, com as mãos juntas. - Por favor!

Algo nas palavras de Piper quase me fizeram aceitar e ir com ela para a biblioteca. Quase.

– Desculpa, Pips. - eu disse, olhando nos olhos caleidoscópios dela. - Mas eu não posso ir.

– Ah, por mim! - ela disse mas eu a ignorei, girando a minha cadeira para ficar de frente a minha escrivaninha, para sem seguida fechar o meu caderno discretamente. E assim que eu retirei o meu braço esquerdo em cima do caderno, vi a mão de Piper, em um movimento ágil, pegá-lo.

– Piper! - gritei quando o desespero me atingiu ao vê-la correr em direção á porta. E sem pensar duas vezes, literalmente me joguei da cadeira e comecei á correr atrás dela. Quando eu saí da porta do meu quarto, vi Piper correr em direção ao elevador, no final do corredor, não muito distante de mim.

Ela corria rapidamente, quase tanto quanto eu. Mas eu sabia que ela tinha vantagem pois estava calçando sapatilhas, enquanto eu estava de pantufa. O meu caderno estava em sua mão esquerda - pelo fato dela ser canhota - enquanto a sua outra mão segurava o seu cabelo, principalmente as pequenas tranças, para que as mesmas não fossem em seu rosto. Ela ria, mas eu acho que ou era do meu desespero ou ria por rir mesmo.

Piper, quando chegou no final do corredor, virou a direita, desaparecendo por alguns instantes até que eu a alcançasse e a visse novamente. E sinceramente, quando eu fiz a curva para entrar no corredor, eu achei que fosse cair de cara no chão por causa das pantufas que escorregavam no piso frio da academia.

– Piper, pára! - gritei para ela, o que a fez correr mais ainda, rindo. Mal ela sabia do meu desespero para conseguir recuperar aquele caderno.

– Vem pegar! - ela gritou, levantando o caderno no ar, balançando-o, visivelmente se divertindo com o que estava acontecendo. E quando eu vi as folhas se movendo freneticamente, assim como ouvi aquele som de páginas sendo chacoalhadas, senti meu coração pular uma batida


"SE.
ELA.
RASGAR.
OU.
DANIFICAR.
QUALQUER.
UM.
DOS.
MEUS.
DESENHOS.
ELA.
MORRE. "


Piper correu até o final do corredor e virou a direita novamente, desaparecendo.


" Quantos corredores essa academia tem? " pensei, enquanto tentava correr mais rápido para alcançá-la. E quando me deparei no corredor que ela havia seguido, quase caí. Não era um corredor. Eram escadas. " O quê? Aqui é Hogwarts por acaso? Escadas aparecem por se moverem do nada? " Eu conseguia ouvir os ágeis e rápidos passos de Piper descendo os degraus das escadas rapidamente. E fora preciso uma fração de segundos para eu perceber o plano dela: ela queria me levar até a biblioteca.

E o que eu iria fazer? Deixá-la ir? Não. Eu não conseguiria. Ela tinha uma das minhas fraquezas. O meu caderno de desenho era meu refúgio. Ninguém, absolutamente ninguém deveria saber que eu o tinha. E por um descuido meu, talvez, toda a academia iria saber. Mas... Piper, não iria fazer isso... Ou faria?

E assim, eu desci as escadas.

Piper estava bem distante de mim. Enquanto eu ainda estava descendo as escadas do quinto andar, ela já estava no começo das escadas do quarto. Eu literalmente voava pelos degraus. Meus pés doíam assim como as minhas pernas e pulmões. E, talvez mais do que nunca, o desespero e o medo estavam controlando.

Quando finalmente consegui ver os cabelos de Piper enquanto eu descia para o terceiro andar, parecia que ela tinha acelerado mais o passo. E eu não conseguia mais ouvir o som das folhas se debatendo numa das outras, o que me fez ficar mais desesperada ainda.

Quando terminei o lance, vi Piper correndo em direção á biblioteca. Eu já estava completamente esgotada, mas ainda sim, corri atrás dela. A porta da biblioteca estava entreaberta, o que foi fácil para Piper entrar e assim, desaparecer de minha visão. Quando entrei na biblioteca, primeiramente não a vi.

Aonde ela tinha se escondido?

– Hey, cuidado! - ouvi a voz baixa de Percy vindo das prateleiras, e deduzi que Piper tinha se escondido ali.

No momento a minha mente estava dividida assim:

1°: Ela estava preocupada com o caderno.

2°: Ela estava focada em como recuperá-lo de Piper.

3°: O resto que estava domada pelo desespero.

4°: A parte que não estava domada pelo medo.

5°: O que Percy e Jason estavam fazendo ali?

– Piper! - gritei, e corri até a prateleira, vendo uma parte do corpo de Piper correr pelo outro lado da prateleira, e Percy com um livro na mão e com um pano de limpeza na outra.

Em uma ocasião normal eu teria rido muito da cena. Mas agora, eu não tinha tempo, e estava concentrada em outra coisa.

– Piper! Me dá o caderno! - gritei, correndo atrás de Piper, que agora tinha me despistado nas mesas de estudo, se pondo atrás de uma, nos separando. O caderno estava em suas mãos, e ele estava fechado. Dei graças á Deus por ela não ter tido tempo para analisá-los.

– Não! - ela disse, sorrindo, quando tentei fazer aquele jogo que geralmente fazemos quando é pega-pega: ir para um lado e enganar o pegador e depois ir para o outro.

– Piper, por favor, me devolva! - pedi olhando em seus olhos, mas ela desviou o contato visual e correu de volta para as prateleiras.

Quando corri, senti o olhar de Percy sobre mim. O que me fez ter vontade de ter um anel, uma capa e até mesmo um boné da invisibilidade para sumir, pois eu estava um lixo. Eu nem deveria ter colocado o meu pijama, mas ele me pareceu tão confortável quando eu voltei para o meu quarto que não resisti e vesti-o, já que não tinha nenhuma vontade para almoçar, então ficaria no quarto. Para mim, esse plano não tinha nenhum erro, mas agora, parecia que fora o pior plano que eu já bolara na vida.

Quando Piper ia fazer o mesmo caminho da primeira vez, nós duas nos assustamos quando Jason apareceu entre as prateleiras e pegou o caderno de suas mãos.

– O que está acontecendo aqui? - ele perguntou e eu esbarrei em Piper, que parecia que tinha congelado no lugar.

– Piper! - gritei quando me choquei contra ela, fazendo nós duas cair.

– Ai, sua gorda! - ela disse meio abafado, enquanto eu ria de nervosismo. - Sai de cima de mim!

Senti alguém puxar o meu braço e me ajudar a ficar em pé. O que me assustou foi que, ao sentir o toque da pessoa, eu me arrepiei toda, pois eu estava gelada, e ele estava quente. Ao ficar de pé, me senti um pouco tonta e com uma dor em uma certa área da cabeça, acho que foi por eu ter batido com a cabeça forte demais no chão.

– Você está bem? - era a voz de Percy.

Ai. Meu. Deus. Não pode ser.

– Não. - respondi, sentindo o seu perfume.

" Por quê será que homem é sempre mais perfumado que mulher? " a parte irracional de minha mente falou mais alto, mas ignorei-a.

– Hii, isso vai ficar bem feio. - ele falou e eu olhei para ele. Seus olhos verdes-mar ficaram conectados aos meus. E eu ainda me sentia arrepiada com o seu toque, pois sua mão ainda permanecia em meu braço.

– Ãhn? - perguntei confusa. Minha cabeça estava doendo demais.

E quando ele ia me responder, Jason o interrompeu.

– Vem, vamos para a enfermaria. - ele estava segurando Piper com uma mão em seu braço e a outra em sua mão, cobrindo a dela com a sua. - Acho que ela quebrou o pulso, temos que ir ver se Apollo ou a enfermeira estão lá.

Olhei para Piper, que não estava com uma cara muito boa por causa da dor em seu pulso ou mão direita.

– Vem, vamos ver se ele não pode curar esse galo também. - Percy brincou e eu finalmente entendi o que ele tinha dito.

Vi que Jason ainda tinha o meu caderno, mas ele deixou de olhar para Piper - um olhar preocupado e carinhoso - para olhar para Percy e disse:

– Não deixe que nenhuma delas pegue o caderno. - e jogou-o para Percy, que pegou com a mão livre.

Quando vi o caderno no ar, senti meu coração pular duas batidas. Mas ele não o deixou cair, nem sequer danificou uma das páginas. Bendito seja aquele que criou a capa dura.

– Não pergunte, só não deixe que nenhuma das duas consiga pegá-lo. - Jason disse e começou a caminhar com Piper em direção á porta da biblioteca.

– Vem. - ele disse e me ajudou a caminhar, fazendo com que o peso de meu corpo ficasse mais leve, pois ele passou o seu braço pela minha cintura, enquanto ele ainda segurava o caderno em sua outra mão. Se eu não estivesse tonta, eu não teria me escorado nele. Só para constatar.

[...]

– Ela não quebrou o pulso, somente o forçou demais. - ouvi a enfermeira dizer para Piper. Mas como eu estava de olhos fechados, deitada na maca, parecia que tudo ao meu redor girava. - Não se preocupe, Jason. Ela vai ficar bem.

Alguns instantes se passaram em silêncio, mas eu sabia como as coisas ao meu redor estavam: Piper deveria estar corando, Jason observando o chão ou olhando preocupado para Piper; e Percy me encarando. Eu conseguia sentir seu olhar em mim.

– Muito bem, o que aconteceu com esta moça? - ouvi a voz de Angélica se aproximar de mim, e por isso já tentei ficar sentada, porém, minha tentativa fora sem sucesso, pois quase caí.

– Hey! - Percy fora ágil, pois me segurou antes que eu pudesse bater de costas e de cabeça na maca. Eu senti a sua mão em meu braço e a outra em minha cabeça.

" Não estou gostando disso. Ele está tocando demais em mim. " pensei, quando ele me ajudou á ficar sentada na maca.

– O que você tem? - Angélica perguntou para mim, quando tentei abrir os olhos.

– Ela tem um galo na cabeça e está bastante tonta. - Percy respondeu por mim, ainda com sua mão em meu braço, porém a outra descansava em minha cintura.

– Não admiro o Jason ter uma namorada, mas você, Percy, aí você me pegou desprevenida. - eu corei, fechando meus olhos.

– Não somos n-namorados. - gaguejei, sentindo a dor em minha cabeça piorar.

– Oh, não são? Bem, me desculpem. - ela pediu constrangida. - Vamos olhar essa cabeça então.

Angélica revirou um pouco o meu cabelo, fazendo com que os cachos ficassem mais bagunçados ainda. Tentei não me imaginar E quando sua mão tocou na área em que doía, gemi baixinho.

– É, você tem um galo feio aqui - ela disse, se afastando, e eu abri meus olhos, ainda vendo tudo um pouco embaçado e trêmulo.- Sua tontura e a dor de cabeça vão passar logo. Já o galo, pode demorar uns três dias para sumir completamente. Você bateu feio a cabeça.

Somente concordei. Mas tudo o que eu entendia era: Bateu feio, sumir completamente, e três dias.

– Tome este remédio e venha me procurar mais tarde. - Angélica colocou uma pípula em minha mão e me alcançou um copo d'água.

Engoli a pípula amarga e quando tomei a água, quase engasguei com o que ouvi:

– E vocês meninos, cuidem bem delas. Não saiam do lado delas, é uma ordem, entenderam?

" Você tem que estar brincando comigo. "

Olhei para Piper, que me olhou com os olhos arregalados.

– Você acabou de ir para o número um da minha lista negra, Pips. Me aguarde.

E ela não sabia se agradecia a Angélica por ela ter mandando Jason e Percy nos cuidarem ou se corria. Ela tinha sorte de eu estar tonta e com a minha cabeça doendo.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews meus amores! Quero muito saber o que vocês estão pensando sobre a fic! Não se preocupem, daqui pouco vai ter mais ação e drama na vida de Annabeth Chase e Percy Jackson!
Ficaram confusos porque Jason e Percy estavam na biblioteca? Próximo cap eu explico!
E porque Thalia não estava com a Annabeth no quarto na hora do Horário Livre?
Próximo cap eu explico!
Beijos!



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