Sam

- Carly, você não acha demais esperar que eu e O Coisa aí fiquemos juntos mais tempo do que o suficiente? – Essa garota tem que ter bebido muito... Por favor!

- Não acho não. Vocês são adultos! Por favor superem essa criancice e hajam como tais. – Ela foi emburrando a medida que falava.

- Sério Carly? Estamos falando de Fredwardo Benson... Ninguém em sã consciência o atura mais que o possível – falei indignada.

- Por mim tudo bem, e correção: só você não me suporta. Pessoas normais e garotas normais me adoram – ele falava isso olhando duas meninas na mesa a nossa frente. Deu um sorriso sedutor que elas responderam prontamente. – Já você pense nisso como um favor, porque apesar de ter virado um mulherão, linda mesmo, eu garanto que continua intragável. Duvido que outro cara quisesse estar no meu lugar se te conhecesse.

Eu vi nos olhos dele só raiva e amargura. Fiquei chocada, o Benson de que me lembro nunca me diria essas coisas... Não se eu tivesse a chance de acertá-lo.

- Pois fique sabendo, que eu tenho o cara que eu quiser aos meus pés porque eu sou intragável apenas pra você, fracote – eu disse na maior fúria dessa vida – Mas não me importo de salvar moças inocentes de um mala igual a você. Tão olhando o quê? Ele pode até ser gato mas tem o pinto pequeno! – Berrei pras duas loucas que não paravam de acenar pra ele.

- SAM! – Carly gritou, mas já tava dito. O Benson me olhou com o mesmo desprezo com que o olhei.

- Vou nessa Carly, te vejo depois – disse o nerd já saindo.

- Não vai pagar sua vitamina? – berrei, mas já tinha ido.

- Ah, ele não precisa pagar. O Freddie me conseguiu uma filial em Nova York, e portanto ele tem vitamina de graça aqui e lá – respondeu o Costela sorridente.

- Peraí, eu paguei à toa todas aquelas vitaminas? – Minha raiva chegou ao ápice. – Aquele nerd idiota! – Gritei fazendo com que muitos presente me olhassem assustados.

- Acho melhor a gente ir né, Sam? – Carly falou sem graça.

Voltamos ao apartamento dela e silêncio. Eu chingava mentalmente aquele ridículo de todos os nomes possíveis, mas ele me paga.

Freddie

- De hoje a quinze dias é o casamento mais comentado virtualmente, Carly. Ninguém fala de outra coisa na internet – estava sentado no sofá com o notebook nas pernas, Carly estava na poltrona e sorriu radiante com a notícia. Nenhum sinal da loira, mas de verdade... Quem se importa?

- Freddie, foi a ideia mais perfeita de todas mostrar o casamento online para os antigos fãs do ICarly. Como é que você pensa nessas coisas? – Ela realmente estava emocionada.

- Porque se tratando de você, tudo tem que ser perfeito! Você é uma irmã pra mim, Carly, e eu quero te ver feliz, só isso – eu disse sincero, ganhando um abraço de urso dela. – Carly, tá me sufocando...

- D-desculpa... – Ela disse entre risos e lágrimas.

- Que foi Carly? O Benson vai embora pra Tasmânia e você tá chorando de alegria?

- A minha casa tem campainha pra ser tocada, um olho mágico pra eu ver de quem se trata e SE quero atender – falei grosseiro a Sam.

- Ui, foi mal. Da próxima vou ver se lembro – ela empurrou meus pés e se sentou.

- Sam, é a casa dele, um pouco de educação não faz mal – Carly repreendeu, mas ela apenas deu de ombros.

- Esquece Carly, ela não saberia ser educada nem com o papa.

- Claro, porque não vou encontrá-lo em parte alguma de Seatle. E você, faça-me o favor né? – Ela riu irônica. Argh, ela não muda.

Sam

- Sam, eu não acho meus brincos – gritou uma Carly desesperada, e isso porque era só o penúltimo ensaio antes do grande dia.

- Relaxa, Carlotta, é só um ensaio – eu sorri daquela minha amiga desesperada. – Tó! – Dei os brincos a ela e falei:

- Tô indo ficar com o Fredorento lá fora.

- Tchau – ela disse num fio de voz.

- Pronto, insuportável? – Perguntei com deboche. Sempre me deixava desconcertada a maneira como o maldito do smoking deixava ele pra lá de sexy.

- Sempre sua chata – ele revirou os olhos e me ofereceu o braço. Era uma sensação ótima pegar no braço do nerd... Tão forte. Pára com isso, Sam, se controla!

- Que foi? Ainda não se acostumou comigo, Sam? – Ele tava com aquele sorriso de lado, que mesmo com raiva, eu não consigo deixar de achar sexy.

- Quem se acostuma com tamanha feiúra? – Perguntei, disfarçando... Garoto irritante.

- Que pena, porque eu acho que a prima do Lourezzo tá louquinha por mim – ele disse se gabando.

Isabela é prima do futuro marido da Carly, chegou a uma semana. Eu particularmente a achei insossa, mas vai ser da família, então...

- Eu sabia que ela tinha parafusos a menos – respondi fingindo pensar comigo mesma. – Mas já que ela viu graça em você, divirta-se! – Falei isso, mas torci pra ele não ter visto nada de interessante nela. Que é isso Sam? É o nerd, lembra?

- Hum, obrigada, mas de um tempo pra cá eu deixei de ver as morenas meigas em potencial, ando atrás de uma boa loucura – ele disse pensativo. Hey, eu sou uma boa loucura. Samantha Puckett, esqueça isso!

- Boa sorte – eu disse irônica. – Se achar, me conta que eu quero dar os pêsames pra ela.

- Tá, pode deixar. Mas talvez você não diga isso – ficou todo misterioso agora.

- Rá – falei. Será que ele achou alguém? Aff, isso não é importante pra mim.

Mas não importava quantas vezes eu repetisse isso pra mim mesma, eu não estava muito convencida.