"E se esse idiota tiver razão?"

Essa pergunta fuzilou meus pensamentos por alguns segundos.

– E então.. mesmo depois do que te disse, você pretende ficar ai parado e deixar Suzuki nas mãos de Shigeto? - perguntou Hiroto, ficando sério e cruzando os braços.

– É Suzuno..e..bem.. - olhei para ele mal humorado. Ele pensa o que? Eu ainda não estava totalmente seguro de sua teoria estupida. Já que nela estava explícito que eu teria algum sentimento em especial para Suzuno Fuusuke. O que não era o caso.. é claro!

– VAI ATRÁS DELE LOGO SEU IDIOTA - gritou Hiroto apontando para a porta.

Tudo bem, eu poderia dar um soco na cara dele e ignorar tal ordem, mas.. por algum motivo eu apenas o olhei feio e levantei. Quando dei-me conta, estava correndo em direção a casa de Shigeto.

"Mas que merda você esta fazendo, Haruya?" Perguntava a mim mesmo, "mesmo que você goste daquele cara... pelo menos um tiquinhozinho.. uma pitadinha de nada... não há nenhum sentindo em acreditar nas bobagens de Hiroto! Ele sempre foi um tanto romantista e via coisa onde não tinha! E nunca, em hipotese alguma, Shigeto iria gostar de Suzuno... ainda mais Suzuno que tratava ele como se não fosse nada! Isso não tem sentido!".

Parei em frente a uma casa amarela, consideravelmente mais pequena do que a minha, porém ajeitadinha. Bati na porta e escutei os sons de passos vindo me atender.

– Shigeto - falei quando ele abriu a porta - Onde esta Suzuno?

Shigeto me olhou um pouco sonolento e parece que a mensagem havia levado certo tempo para ser processada por ele.

– Ah, Suzuno está dormindo - disse ele, esfregando os olhos e me dando passagem para entrar.

Arregalei os olhos para ele.

– O que? Suzuno ainda esta dormindo? São quase 11 da manhã! - falei, assustado, enquanto entrava.

– Ele parece um tanto preguiçoso, na verdade - falou Shigeto, enquanto me seguia - eu não perdi tempo e já fui em direção ao quarto dele- eu tentei chama-lo algumas vezes, mas ele não levantava.. então eu deixei ele lá.

"Que estranho. Suzuno fazia questão de acordar cedo quando estava em casa.." Pensei.

Parei na porta e olhei para Shigeto, sério e desconfiado.

– Onde você dormiu? - perguntei, firme.

Ele me olhou confuso.

– Huh?

– Onde diabos você dormiu essa noite? - repeti mais forte.

– Ahh, eu dormi no sofá, É CLARO - respondeu, sem jeito.

"Tsc.. mas é claro, o que diabos eu estava pensando?".

Abri a porta e fui até a cama de Shigeto. Suzuno estava enrolado numa montanha de cobertas das cores que ele mais odiava - tons de vermelho quente, amarelados e tons de marrom-, ele sempre dizia que essas cores davam muito calor. Aliais, o quarto inteiro de Shigeto era decorado com esses tons. Não era atoa que seu apelido era Heat (ou seja, calor).

Puxei as cobertas e ele quase veio junto, mesmo assim, nem se quer olhou para mim, apenas pegou o travesseiro e cobriu a cabeça.

– Me deixa em paz - falou.

– Levante dai, seu energumeno - falei, bravo.

– Huh? - ele se virou para conferir de quem era tal voz. Eu acho - Haruya, o que você esta fazendo aqui?

– Vim acordar a bela adormecida - falei.

Suzuno bufou e se sentou na cama.

– Não se pode ter paz, realmente - comentou.

– O que? Você dorme até essa hora desde quando?

Ele me olhou irritado.

– Eu demorei para dormir ontem anoite.. esse lugar é muito .. quente!

– E você acha que se enrolar nas cobertas vai ajudar em alguma coisa? Você é idiota?

– Não.. eu nem havia notado que estava fazendo isso..

– Babaca.

– Cala a boca.

Ele se levantou, saindo sem se quer falar com Shigeto, que estava parado na porta com cara de taxo.

– Não se preocupe, Shigeto, vou te livrar dele hoje.. - falei.

– Ah, tudo bem. Ele não dá tanto trabalho, na verdade ele quase não faz nada.

– É verdade? Ele não ficou irritando você?

– Huh, não.. não foi muito gentil - olhou para o teto - mas também não me irritou ou coisa assim.

– Hmm.. - que papo estranho.

Sai do quarto e puxei Suzuno, que havia parado no meio da sala sem saber o que fazer.

– Banho - falou ele, quando o agarrei pelo braço.

– Você toma em casa.

– Em casa?

– Sim, na minha casa, idiota.

– Ah, porque? Porque não posso tomar banho aqui?

– Porque não tem roupa? Você acordou meio lerdo, né?

Ele franziu a testa.

– O que inferno você veio fazer aqui, Haruya?

– Buscar você, não é obvio! Eu não vou deixar você aqui o dia inteiro.. maltratando Shigeto.

– O QUE? Eu não maltratei ninguém!

– Mesmo?

– Claro, seu cérebro de tulipa.

Shigeto olhava para nós dois, encostado na parede, suspirando. Eu nem havia lembrado que Suzuno era invísivel para outros, até que do nada a mãe de Heat apareceu do além, um pouco assustada.

– Ah, Nagumo, então é você... - falou ela - estou ouvindo uma discussão.. vocês estavam brigando?

Olhei para Shigeto, num pedido de cumplicidade.

– AH não, mãe, só estávamos ... ah, praticando nossas falas.. peça de teatro na escola - falou Heat, sem jeito, fazendo gestos na frente da mãe - nada demais..

Fiz uma careta.

Que merda de desculpa era essa? Nós nunca entraríamos num teatro.

– Vocês fazendo uma peça? Essa eu quero ver - ela deu uma risadinha e saiu.

Suspiros.

– Você não podia ter pensando em algo melhor? - perguntei.

– AAAh, eu fui pego de surpresa! Falei a primeira coisa que me veio a cabeça, sei la - se desculpou o garoto.

– Af - Suzuno fez uma careta e cruzou os braços - vocês não sabem ser discretos mesmo.. estão falando com alguém que ninguém mais enxerga e gritando feito loucos.. quero dizer, Haruya esta fazendo isso.. na verdade, sempre fez.. né?

– Cala a boca e vamos logo - falei, voltando a puxar ele em direção a porta - Até mais Shigeto.

Shigeto nos olhou um pouco abatido. Abatido? Porque? O que que é? Você queria que ele ficasse, né, seu otário?!

– Eu sei andar sozinho! - falava Suzuno, enquanto eu o arrastava para fora.

Shigeto nos seguiu até a porta, e então, se sentou na beirada e ficou nos olhando ir.

– Porque você esta fazendo isso? Pra que essa pressa toda, bastardo? - perguntou Suzuno, quando estávamos um pouco mais afastados.

– Não complique as coisas, Suzuno! Eu não sei, mas eu não queria te deixar mais por lá!

– Porque? - Suzuno sorriu malicioso - sentiu minha falta, né? Você é tão idiota..

Bufei.

– Pare de falar bobagens! Eu acordei cedo, terrivelmente cedo! E Hiroto apareceu e falou um monte de besteiras e quando eu vi estava correndo para você.. quero dizer, para te arrastar de volta, antes que .. sei la.

– Hiroto? O que ele disse?

– Besteiras, você não ouviu?

– Ah, claro que são besteiras, né?! Tô perguntando que besteiras, palhaço!!

Virei acara.

– Ah, ele disse que quer acreditar em você, é isso..

– E ISSO É BESTEIRA?! ISSO É..

– Sim, ótimo, não é?! - ri sem graça.

– O que foi? - perguntou ele.

– O que? - perguntei também.

– Eu perguntei primeiro.

Estávamos já em frente a porta de minha casa.

– Nada.. porque esta perguntando isso? - quis saber.

– Porque.. não sei.. tem algo estranho..

– Bom, é.. bem.. eu..

De repente, a porta se abre, e Hiroto aparece sorridente.

ESSE MALDITO AINDA ESTAVA EM MINHA CASA, TODO ESSE TEMPO?!

– Aaah, Haruya-chan.. Suzuno esta por aqui - disse ele, olhando em volta, procurando.

– Eh? - Suzuno o olhou um pouco abismado.

Revirei os olhos.

– Sim..

– É? Suzuno-chan.. somos amigos não é? Desculpe, eu não me lembro de você.. nem posso te ver.. haha - dizia o outro ruivo, em um tom animado - mas eu vou tentar, ok? Eu realmente quero ver como eramos amigos..

– Como você conseguiu fazer ele querer me ver..? - perguntou Suzuno, ignorando as declarações.

– Eu..? Nada!

– Hãaa? O que vocês estão falando ? - perguntou Hiroto - eu não posso ouvir ele..céus, isso é tão estranho.. - coçou a cabeça.

Entramos, e fomos para meu quarto. Eu não sei porque Hiroto ainda estava lá, mas.. fazer o que.

Todos sentados no chão.

– E então.. - começou Hiroto, ainda apertando os olhos para tentar ver Suzuno - ele realmente esta aqui, não? Porque eu não posso ver ele.. talvez o sentimento de amizade não seja o que é preciso para ver ele, por alguma razão?

– Do que ele esta falando? - perguntou Suzuno.

– Ignore!! - quase gritei - É só idiotices!

– Achoque só as pessoas que te amam podem te ver, certo? Amam..em um sentido.. romântico - Hiroto sorriu maligno para a direção oposta da qual Suzuno estava.

Suzuno arregalou os olhos.

– O que infernos..?

Pulei e tampei a boca de Hiroto.

– Não diga essas bobagens, seu maldito! Eu já te disse que não é isso! - gritei.

– O que ele estava falando? - perguntou Suzuno - solte ele!

– Não! Ele só fala merda!

Hiroto tentava morder minha mão enquanto resmungava alguma coisa.

– DEIXA ELE FALAR - falou Suzuno, num grito, pulando para nós e tentando puxar-me para longe.

– Saí! - falei, tentando empurrar ele. Mas eram dois contra um. Eu acabei sendo empurrado e caindo sentado no chão.

Suspirei e fiquei ali mesmo.

– Minha nossa, Haruya - falou Hiroto, respirando - não precisava disso! Eu não sábia que você ainda não havia falado com Suzuno sobre aquilo...

– Aquilo o que? - Suzuno continuava perguntando, curioso. Mas Hiroto não o ouvia, então não sabia que Suzuno estava sentado ao seu lado lhe pedindo para contar as coisas. - Você tem alguma coisa para falar para mim, Haruya?

– O QUE? É CLARO QUE NÃO, VOCÊS SÓ FALAM MERDA! EU NÃO TENHO NADA PARA FALAR COM VOCÊ, SEU PICOLÉ DEMONÍACO!

–Aaah, como você é teimoso, Haruya - falou Hiroto, sério - Você não.. arg, tudo bem, eu vou sair, ok? Assim você fica um pouco mais a vontade.

Ele deu um sorrisinho e se levantou.

– Maldito, isso não...

– Até mais, Haruya..Suzuno - falou, fechando a porta.

É claro que eu não sou idiota, fui correndo acompanha-lo até a saída, para não correr o risco de Hiroto ficar atrás da porta esperando ouvir alguma coisa.

– Você não precisava fazer isso, Haruya - falava ele, não muito feliz.

– Oh, não, deixe-me ser gentil pelo menos uma vez - falei, o empurrando para fora - agora vá falar com Midori, aquele babaca.

Ele franziu a testa.

– Ah, TUDO BEM, boa sorte - sorriu de novo.

Fiz uma cara de nojo.

– Não fala babaquices e vai logo!

Ele se foi, e eu voltei para o quarto.

Suzuno me esperava, em pé de braços cruzados. Tal visão me fez lembrar de cenas de filmes, onde a esposa sabe que o marido esta aprontando alguma coisa, ou mentindo sobre algo.

– Então.. - começou ele.

– Então nada.. vai tomar o seu banho, que tal? - falei, cortando o papo.

Ele me olhou mortalmente.

– Hiroto INSINUOU que você tem algo para me falar, eu estou CURIOSO.

– Ah, vá.. não tenho nada pra falar com você!

– Vamos, Haruyazinha, você esta com vergonha?

Ignorei a sensação de queimar em minhas bochechas.

– Mas que merda você esta falando, Fuusuke? Eu não estou com vergonha! Porque eu teria vergonha de você, idiota?

Ele suspirou.

– Boa pergunta, você pode me responder?

– Blá, para de falar essas bobagens e me deixa em paz.

– Haruya!

– Não.. eu não vou falar nada..

– Ah, então tem alguma coisa para falar, de verdade!?

– É claro que não, você é doido!

Ele me lançou outro olhar, irritado e incrédulo.

– Deixa de ser criança.. e diga.

– FUUSUKE, NÃO É NADA, É APENAS.. UMAS..bobagens que o Hiroto me disse, teorias idiotas.. vamos continuar com a minha sobre Jack Frost e tentar fazer todos acreditarem em você.. pronto!

Ele suspirou e se sentou no chão.

– Você é tão.. urg..

– Pois é, agora eu vou ver se acho alguma coisa pra comer e você pode ir tomar o seu maldito banho!

Fui até o guarda roupa e puxei uma muda de roupas para ele e joguei em seu rosto - sim, eu já havia separado uma muda para ele, evitando que ele mexesse em minhas coisas e fizesse zona.

Ele pegou e as examinou.

– Vermelho, branco, amarelo e marrom. Você não tem muita variação, né? Acho que vou usar as minhas, devem ter secado.

Voltei para o guarda roupa e puxei o tecido mais colorido que havia. Um tom de lilas que eu nunca realmente soube porque tinha comprado. E para ajudar, era uma espécie de regata.

– ESTA BOM PARA VOCÊ, FLOCO DE NEVE?

Ele sorriu.

– Ah, sim, agora sim.

Sai pela porta, bufando, ignorando completamente o fato de ter corado.

Fui até a dispensa, com esperança de achar alguma besteira. Não havia nada que eu realmente quisesse comer lá. Avancei para a geladeira. Alguém havia comido todo o pudim.

"Suzuno filho da mãe.. com certeza comeu tudo na noite passada!" Osamu não gosta de doces.

Peguei a comida que a irmã de Osamu/suposta prima minha e coloquei no microondas.

Logo ela já estava pronta, mas eu apenas a coloquei em cima da mesa e me joguei na cadeira. Seja lá o que ela tivesse preparado não era bom.. ela cozinhava tão mal que fazia a Natsumi Raimon parecer chefe de cozinha, da FRANÇA!

"Tudo bem, tem alguma coisa errada comigo.." Pensei, deitando minha cabeça na mesa.

"Hiroto tem que estar errado.. eu não posso estar.. GOSTANDO, daquela coisa! Isso é ridículo! Fuusuke é simplesmente..simplesmente o pior."

Suspirei. Logo notei que Suzuno já saíra do banho e estava entrando na cozinha.

– Fome - falou ele, enquanto penteava os cabelos, levemente molhados, com os dedos.

Até que a regata ficou bem nele. É uma cor que combina também.

Arrastei o prato de gororoba para ele.

– Mas o que é isso? Não tem cereal ou algo assim? - perguntou Suzuno, indignado.

– Tem, mas só de aveia.. aquela coisa ruim.

– Não é tão ruim.. principalmente se comparado a isso ai.. - disse ele, largando o prato e indo em direção a dispensa - se eu não voltar a ser visto logo, vou acabar morrendo de fome.

– Não reclama, maldito.

Ele deu de ombros, puxando a cadeira e se sentando de frente para mim, com a caixa de cereal na mão, olhando para dentro.

– Huh...Fuusuke..

– O que é..?

– Bem.. eu .. - Eu queria dizer alguma coisa, mas ao mesmo tempo não queria.

– Fale de uma vez!

– Ah, espere, não é tão simples, ok?

– O que?

– Bom.. como eu posso dizer... "sentimentos".

Suzuno me lançou um olhar nervoso.

– O que? Sentimentos?

– Sim, maldito, sentimentos.

– Huh..

Silencio por alguns segundos.

– Então.. que sentimentos você esta falando?

– Huh.. talvez.. mas veja, só talvez.. eu.. bom..

– Fala logo!

– Arg, como você é insuportável! Pode me deixar falar? Não é tão fácil!

– Tá, tá.. fala então.

Ele me olhou, esperando.

Olhei para o lado.

– Bom, eu quero dizer.. que TALVEZ..de alguma forma, eu ACHO.. que eu gosto de você.. um pouco, é claro.. Quero dizer, eu não estou apaixonado, isso seria estupido! Mas.. você entendeu..

– Oh.

– Seu desgraçado, acabei de me confessar para você e você só me diz "Oh", qual é o seu problema, idiota?

– AAH, mas você disse TALVEZ..DE ALGUMA FORMA,, e EU ACHO.. como você quer que eu leve a sério.. você é muito burro mesmo..seu asno.

– Não começa, estou tentando me declarar aqui, será que dá para levar a sério.

– Mas eu estou levando..

– O que você queria que eu dissesse? "Fuusuke, eu te amo"? Você é idiota?

– Bom, teria sido a coisa mais bizarra que eu ouviria na vida, eu acho..

– É por isso que você NUNCA vai ouvir..

– .. Mas não seria tão ruim.. ah, tudo bem.

Nos olhamos por alguns minutos. Ambos com rostos vermelhos e fazendo caretas. Céus, eramos mesmo os piores.

– Tá, bom.. - comecei de novo, desviando a cara- mas você entendeu, não é?

Suzuno pensou um pouco.

– Huh.. sim.

– Não vai dizer nada?

– O que? Eu preciso dizer alguma coisa? - virou a cara.

– É claro, né? MEU DEUS VOCÊ ACORDOU LERDO HOJE!

– Ok, eu não sou bom para falar essas coisas.. seu ignorante. Não é simples.

– Eu sei que não é, mas..

– Tudo bem, eu já sei..

– O que?

Suzuno suspirou e se levantou, vindo em minha direção. Senti meu coração congelar. Céus, isso é normal, quando se gosta de alguém? Ou eu era algum caso especial, já que o cara que eu estava UM POUCO apaixonado era algum primo do Iceberg que afundou o Titanic?

Fechei meus olhos. Fiquei com medo de Suzuno zoar a minha cara, mesmo assim, arrisquei, fechando meus olhos o máximo que pude. Eu realmente congelei quando senti seu beijo.

Foi rápido, porém.. foi realmente bonito, pronto, falei.

– Oh - deixei escapar quando nos separamos.

Suzuno corou na minha frente.

– Pronto, agora você já entendeu e não preciso falar nada, certo?

– Ah, você é tão chato, porque não diz..

Ele levou o dedo a minha boca, para me calar.

– Então somos realmente perfeitos um para o outro, porque você é realmente chato.

Resmunguei.