39º Jogos Vorazes - Quill Rivera escrita por Time


Capítulo 7
A Saleta


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoas do meu coração!
Mais um capítulo saído do forno para vocês!
Espero que gostem!
Abção!



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Quill ainda estava em choque, mas, pelo menos, agora ela conseguia reorganizar alguns pensamentos em sua cabeça. Mas não todos.

Depois da Colheita, os pacificadores a levaram para o prédio da prefeitura, que se localizava em frente à praça. O prédio era bem grande, provavelmente a maior edificação do Distrito 10, mas não muito bonito ou imponente. Sua fachada, que antes era azulada, agora está esbranquiçada e descascando.

Depois de passarem por muitas portas e diversos andares, os pacificadores jogaram Quill em uma saleta. A sala era bem pequena, toda pintada de um bege amarelado. Havia poucas coisas nela: uma mesa, algumas poucas cadeiras, um espelho, uma porta e uma pequena janela na parede de fundo. Logo abaixo da janela, havia, pintado na parede, um enorme emblema da Capital.

Quill tentava amarrar algumas idéias em sua cabeça, para analisar sua situação.

1º Ela teve o desprazer de ser sorteada para participar dos malditos Jogos Vorazes.

2º Seu parceiro seria Pacco Holcomb. Um garoto mais velho, maior e mais forte.

3º Ele era filho de sua mentora, Destinee Holcomb.

4º Ela não tinha nenhuma habilidade útil.

5º Provavelmente, ela morreria.

É... Nada bom. Ela falou para si mesma. Quill afundou o rosto nas mãos e recomeçou a chorar. Ela se sentia perdida. Sozinha.

Um pacificador abriu a porta da sala. Quill logo levantou o rosto das mãos para ver quem era. Jodhi entrou vagarosamente na sala, seguida por Livian e Marshall. Ao ver a avó, Quill correu até o seu encontro e se atirou nos ternos braços da senhora, que a envolveram. As duas passaram um bom tempo abraçadas, chorando. O choro de Quill era barulhento, cheio de soluços e balbucios, o de Jodhi era silencioso e firme. Depois de um tempo, Jodhi afastou a neta e disse, olhando em seus olhos:

Quillana, Nós precisamos conversar...

Vovó, como isso foi acontecer? É uma catástrofe! Eu não sei faze Eu vou morrer! Quem vai cuidar da senhora! Quem... Quill poderia continuar com seu surto de desespero durante muito tempo, mas foi interrompida por um cascudo de sua avó.

Vovó! Ela disse esfregando a cabeça. Eu estou indo para a arena da morte e a senhora fica dando cascudos na minha cabeça!

Jodhi a olhava severamente e disse:

Nós precisamos conversar.

Quill suspirou e se endireitou na cadeira. Jodhi se sentou em outra cadeira e continuou a falar:

Quillana, eu sei que esse está sendo um momento difícil para você, mas precisa se concentrar. Você precisa ganhar.

Quill abafou uma gargalhada nervosa e disse irônica:

Sério, Vovó? O rosto de Jodhi se transformou em uma carranca. Ela se inclinou para frente e deu mais um cascudo na cabeça da neta.

Me respeite, Quillana! Só porque estou caindo as pedaços, não significa que estou demente ao ponto de não perceber sarcasmo.

Desculpe, vovó...

E não me interrompa! Onde você socou a educação que eu lhe dei?! Jodhi parou por um momento e encarou a neta, que olhava para o chão. Quill estava um bagaço. Sua roupa estava toda amarrotada, seu cabelo bagunçado e seus olhos estavam vermelhos e inchados. Jodhi suspirou e disse:

Olhe, querida, se você quer ter alguma chance nesses Jogos precisa me escutar. Jodhi fez uma pausa e continuou:

A sua situação está péssima. Você foi sorteada para os Jogos, sua mentora é uma megera e, ainda por cima, é mãe de seu oponente. Mas nem tudo está perdido.

Mas vovó, eu não sei manusear arma nenhuma!

Outro cascudo.

Pare de choramingar! É essa impressão que você quer passar para os seus oponentes? De uma Maria-Mijona? Você precisa amadurecer Quillana! E pentear os cabelos.

Quill lançou um olhar de incredulidade para a avó. Como ela consegue pensar nisso numa hora dessas?

Livian, que estava observando tudo em silêncio, finalmente falou:

E você não é tão inútil quanto pensa...

Obrigada, Livian Ela disse irônica

Foi um elogio! Você tem um ótimo conhecimento sobre plantas, manuseia razoavelmente bem uma faca e tem um incrível talento com os animais.

Jodhi voltou a falar ainda séria:

Você tem potencial. Mas precisa parar de ser a coitadinha e começar a crescer.

Quill suspirou e olhou para os olhos da avó. Eles estavam muito vermelhos e inchados. A velha senhora prosseguiu:

Nem sempre a força traz a vitória. É a esperteza que dita as regras.

Eu... Eu vou tentar, vovó. Quill balbuciou

Não. Você vai conseguir. Vai vencer com honra e voltar para sua velha avó Jodhi.

Quill olhou ternamente para sua avó. Ela tentaria mudar. Faria seu melhor.

Não me desaponte. Jodhi disse com um sorriso no rosto.

Não vou vovó.

Marshall, que estava encostado no fundo da saleta, caminhou até Quill e disse:

Outra coisa, pequena: Não confie em Destinee.

Ele está certo. Ela sempre foi uma vaca leiteira, e, agora que seu filho está indo para os Jogos, ela fará de tudo para que ele volte. Tudo. Não espere ajuda daquela megera e desconfie se ela oferecer. Jodhi disse com uma expressão de desprezo.

Certo. Quill disse ainda incerta sobre a Sr. Holcomb.

Agora venha aqui e abraça sua velha vovó!

Quill se lançou nos braços da avó.

Eu não decepcioná-la. Quill disse bem baixinho, mais para si mesma que para a avó.

***

Jodhi, Livian e Marshall ainda passaram um bom tempo com Quill, já que o pacificador que os vigiava era amigo de Marshall. Alguns minutos após eles saírem, Quill recebeu mais uma visita.

Ah, Quill!

Ney entrou correndo na sala, tropeçando em uma das cadeiras. Ao vê-lo, Todos os músculos do corpo de Quill relaxaram, seu rosto se abriu em um largo sorriso e se jogou nos braços de Ney. Ela não sentia mais medo, não se sentia só, se sentia segura.

Os dois passaram um bom tempo assim, abraçados, sem troca nenhuma palavra. Afinal, não era preciso. Eles não precisavam conversar para se entenderem. Ney foi o primeiro a quebrar o silêncio.

Quill, me desculpe...

A culpa não é sua, Ney...

Eu deveria ter feito alguma coisa...

Ney...

Mas eu fui um covarde... Ela não escutava. Estava entorpecido pela raiva.

Ney... Quill disse, já um pouco impaciente.

Eu deveria ter me voluntariado...

Ney! Quill gritou, acordando Ney de seus devaneios. Ney, me escute. Você não podia fazer nada contra isso. E eu nunca me perdoaria se você se voluntaria-se para os Jogos Vorazes! Você tem uma vida, um trabalho...

Eu não vou ter mais vida se você morrer...

Quill ficou meio zonza com esse comentário. Era tudo que ela queria ouvir, exceto nessa ocasião.

...uma namorada. Ela concluiu.

Ney compreendeu o recado. Ele suspirou. Seu resto estava triste, cabisbaixo. Aquele garoto sorridente do Distrito 10, não estava mais ali. Quill afagou o rosto dele e disse com ternura.

Não se preocupe. Eu vou voltar. Ela disse com uma certeza que até mesmo a espantou.

O rosto de Ney se abriu em um sorriso melancólico.

O que foi? Quill perguntou sorrindo. Até mesmo esse sorriso triste dele a fazia sorrir.

Parece que sou eu que vou para os Jogos. Eu que devia estar te consolando. Que belo amigo eu sou?

Quillana apenas sorriu e o abraçou de novo. Eu prometo que não é fim Ela pensou.

Após algum tempo abraçados, Ney se soltou dos braços de Quill e disse olhando fixamente para ela:

Tem alguém que eu quero que você conheça Quill tinha uma idéia de quem seria essa pessoa.

Uma ruiva estonteante entrou na sala. Ela era bem alta, tinha grandes olhos castanhos e algumas poucas sardas no rosto.

Quill Ney disse Essa é Filles Cinnamon, minha namorada.


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Notas finais do capítulo

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Abção!



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