39º Jogos Vorazes - Quill Rivera escrita por Time


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite, caros leitores!
Peço mil desculpas pela demora!
Minha vida estava uma loucura! Mas eu, FINALMENTE, estou de férias!!!! Liberdade!!!! o/
Espero que gostem desse capítulo!
Ainda não é o banho de sangue, mas já está bem próximo!
Boa leitura e até as notas finais!



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Quill já há havia roído todas as unhas das mãos e olhava as de Pacco com certo interesse. Ela não sabia ao certo quanto tempo estava esperando o aerodeslizador, mas para ela era uma eternidade.

“Algum problema, Rivera?” Sibilou Destinee “Está assustada? Não acredito que a Srta. Coragem está tremendo de medo!” ela gargalhava da própria piada.

“Mãe...” Pacco falou timidamente

“Quieto Pacco.” Cortou a Sra. Holcomb “Deixe a Srta. Coragem se defender! Afinal, se ela não consegue rebater um mero insulto, não vai durar nem 2 segundos na arena!”

“Você poderia me deixar em paz por míseros minutos?!” Quill implorou “Eu só te peço um minuto de paz!”

“Paz?” Holcomb falou, aproximando-se do rosto de Quill, que sentia a respiração quente da mentora no seu pescoço. “Você realmente acha que vai ter paz?! Sua vida na arena vai ser um inferno. Cada minuto, cada segundo, será o pior da sua vida!” Ela se aproximou do ouvido dela e continuou “E se, por um milagre, você retornar, EU farei da sua vida e da sua família um inferno...”

“Já chega Destinee!” Mira disse, puxando Quill para longe da mentora “Você está bem Doçura?”

Quill não ousou responder. Ela suava frio. As palavras de Destinee Holcomb ecoavam na sua cabeça. Ela não estava bem. Estava indo para uma arena, lutar até a morte com vinte e quatro pessoas e, provavelmente, ela não retornaria para casa, para sua avó. Ela, definitivamente, não estava nada bem.

***

A viagem no aerodeslizador foi, relativamente, tranqüila. Agonizante, porém tranqüila. A grande maioria dos tributos ficou em silêncio. Nenhum deles ousava falar nada. Até mesmo o mais corajoso sabia que essa poderia ser sua última viagem, seu último momento de paz. Ou, pelo menos, o mais próximo disso.

Quill estava uma pilha de nervos. Ela nunca havia voado na vida. Para ela, o céu era lugar para os pássaros. Se os seres humanos não tinham asas, eles deviam ficar bem presos ao chão.

Quill tentou se distrair durante a viagem, mas o fato de estar sendo encaminhada para o matadouro da Capital não ajudava muito. Nem mesmo enrolar seu cabelo ela podia. Em parte devido ao penteado que Kya havia feito nela: Um coque no alto da cabeça. Fora que seu braço estava muito dolorido, por causa da agulha que injetava o rastreador na sua pele.

“Dói, né?”

Quill se virou um pouco assustada de mais. Seus olhos encontraram uma garota pequena, frágil e incrivelmente bonita massageando o mirrado braço: A garota do Distrito 5. Um pouco sem jeito, Quill pigarreou e tentou responder:

“Um pouco...”

As duas passaram um longo tempo encarando o chão. Para Quill, aquele não era exatamente o melhor momento para começar uma “amizade”

“Seu nome é Aneliese, certo?”

“Uhum...”

“Hum...”

“Err... Quill?”

“Sim?”

“Só um aviso... Não confie em ninguém...”

Quill quase riu com o que a garota disse. Era um conselho tão... óbvio.

Aneliese suspirou ao ver a expressão de Quill e continuou:

“Eu vou tentar ser mais clara. Não sei o porquê de estar te falando isso, mas me senti incomodada com o que estou vendo...” Ela se endireitou e continuou “Você deve ter muito cuidado com quem vai se relacionar na arena... Uma pessoa com certeza vai tentar se aproximar de você... Cuidado com ela. Até os menores lobos são perigosos...”

“Do que, ou melhor, de quem você está falando?” Quill disse inquieta.

Antes que Aneliese pudesse responder, o aerodeslizador pousou, e os tributos foram imediatamente conduzidos para suas respectivas salas. Deixando Quill com mais dúvidas e incertezas do que nunca.

***

“Cada minuto esperando nessa sala é um inferno!”

“Calma garota. Você deveria aproveitar esse tempo que tem antes da arena para se acalmar e se preparar...”

“Que se dane! Eu não agüento mais isso!” Lágrimas começaram a brotar dos olhos de Quill, fazendo com que ela se mais ódio de si mesma. “Por que eu tenho que ser tão fraca? Tão chorona?” Ela pensava.

Kya apenas observava Quill. Ela sabia que a garota precisava extravasar, liberar toda essa carga emocional que todos os tributos carregam.

“Eu quero que a Capital se dane! Que ela exploda! Ela e esses malditos Jogos!” Quill esfregou os olhos e continuou “Eu quero voltar para casa. Para minha avó...” Ela se detestou por ter dito isso. “Ótimo. Agora virei um bebê chorão novamente...”

Quill encarou Kya, que a fitava com seus estranhos olhos, causando calafrios em Quill.

“Sabe o que minha avó faria se me visse assim, Kya? Me daria um cascudo e diria que eu deveria parar de chorar feito uma cabrita mal amada e encarar a vida com superioridade.”

Kya não pôde deixar de sorrir. Ela já havia ouvido falar da velha Jodhi.

“Então faça isso...” A estilista falou com uma calma quase indiferente.

Quill encarou a estilista e, quase que como mágica, ela se sentiu corajosa, superior.

“E eu vou fazer isso. Vou ganhar essa porcaria. Não por mim, mas pela minha vó e...” Quill hesitou “E pelo Ney...”

Ney. Fazia tempo que ela não pensava nele. Estava tão absorta com os treinamentos e estratégias que quase havia esquecido o real motivo que a mantinha lutando. Quase. Ela se lembrou do sorriso sincero e brincalhão de Ney. Aquele sorriso que a aquecia e encantava  toda vez que o garota a oferecia. Quill sempre se perguntou se o amor que ela sentia por Ney era um amor fraterno, ou um amor diferente... Mas, agora, isso não importava mais para ela. Importava apenas que ela o amava e que lutaria até o fim por esse amor. Lutaria não só por ele, mas pela sua Avó, pela Livian, pelo Marshal e, até mesmo, pela Filles.

“Eu juro que vou ganhar essa bosta...” ela sussurrou.

“Ótimo.” Kya disse ainda um pouco indiferente “Mas nosso tempo está quase acabando...”

Kya remexeu seu bolso do casaco e entregou a Quill um colar.

Quill analisou o cordão. Era bem fino e delicado, de ouro, com um pequeno pingente nele. O pingente tinha a forma de uma das feiosas bonecas de palha que a avó de Quill sempre fazia. Antes que Quillana pudesse falar qualquer coisa, Kya se antecipou:

“Mira me falou sobre as bonecas. Achei que daria um ótimo símbolo do seu Distrito...”

Quill pensou em falar milhões de coisas para Kya, mas se deteve a um singelo “Obrigada...”

“Não agradeça... Agora ande! Você precisa entrar nesse tubo. Ele irá te conduzir até arena.”

Quill colocou o cordão em seu pescoço e entrou no apertado tubo, que rapidamente começou a se fechar, fazendo a garota voltar a ficar nervosa.

“Boa sorte, Quill!” Kya gritou “Ganhe essa ‘bosta’”

Quill riu para a estilista e voltou seu rosto para cima. Uma comporta estava se abrindo lentamente, enchendo o recinto de luz.



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Notas finais do capítulo

E aí galera? Gostaram do capítulo?
Ficou pequeno, mas era um capítulo necessário...
Agora que estou de férias vou poder postar mais regularmente (ÊÊÊÊ!!!!")
Peço desculpas por qualquer erro gritante (ou não) de português!
Até a próxima amigos!
Abçs!!