39º Jogos Vorazes - Quill Rivera escrita por Time


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Olá, olá leitores queridos!!
Primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas pela demora (que, dessa vez, foi fora de todos os limites) EU, REALMENTE, SINTO MUITO!!!
Tive inúmeros problemas nestas últimas semanas (pessoais, com o PC, com a internet, com as provas...)
Eu espero que vocês entendam...
Espero que gostem do capítulo
Eu tentei colocar as notas e as entrevistas num capítulo só, mas isso daria tipo umas 20 páginas!!!
Boa leitura, companheiros!



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“Vamos, Quillana! Ande logo! Não podemos nos atrasar! Hoje é um grande dia!” Mira dizia enquanto apressava ainda mais os passos.

“Já estou indo!” Quill não conseguia entender como alguém conseguia andar tão rápido com saltos daquele tamanho.

O “Grande Dia” ao qual Mira estava se referindo era o dia das audições individuais. Nelas, os tributos teriam que impressionar os idealizadores dos Jogos no menor tempo possível, para conseguirem boas notas, que sempre atraíam os tão sonhados patrocinadores.

Quill correu um pouco para conseguir alcançar sua acompanhante, que estava tão absorta em seus pensamentos, que estava falando sozinha. Mal percebeu que Quill a havia alcançado.

“Como você consegue ser tão rápida vestida desse jeito?” Quill perguntou um pouco esbaforida pela corrida.

Mira procurou não se ofender com o “desse jeito”. Para ela, estava fantástica. Ela usava um vestido de seda rosa, estampado com vaquinhas amarelas, que era bem marcado na cintura e se abria em uma grande saia armada. Usava botas azuis com detalhes amarelos e luvas também azuis. Seu cabelo estava laranja bem vivo, caindo em cachos.

“Prática.” Ela respondeu, tentando ser o mais simpática possível.

“Você sabe que não precisava vir hoje...” Quill perguntou na esperança de que Mira mudasse de idéia e voltasse para o quarto.

“E deixar você vir sozinha!? Já que vir com Holcomb é a mesma coisa que vir sozinha...” Ela pausou um pouco e continuou “Como sua Acompanhante-mentora, eu me sinto no dever de lhe acompanhar num dia tão importante!”

Quill sorriu um pouco com Mira. Apesar de ser uma cidadã da Capital, ela era uma boa pessoa, mesmo que a sua maneira louca.

Quill tentava se distrair enquanto as duas caminhavam até o Centro de Treinamento; tentava se concentrar no barulho que os saltos de Mira faziam ao andar, mas era tudo em vão. Ela estava desesperada. Mais um pouco e ela começaria a hiperventilar.  Para sua sorte, Mira interrompeu seu desequilíbrio emocional antes que ela corresse de volta para o quarto.

“Hã... Florzinha...”

“Sim!” Quill respondeu um pouco alto demais, por causa do nervosismo, o que a fez corar e começar a enrolar seu cabelo.

“Você já sabe o que irá apresentar aos idealizadores?” Mira perguntou o mais cautelosa possível. Não queria pressionar Quill, mas o suspense estava consumindo seus neurônios.

Quill gelou com a pergunta. Ela não tinha pensado em absolutamente nada para apresentar aos idealizadores. Não tinha nada em que se sentia boa o bastante. O plano de Quill era bem simples: Ela iria esconder de tudo e todos que ela não tinha preparado nada e, na hora H, ela iria pensar em alguma coisa. O plano não a agradava muito, na verdade, a fazia surtar, mas era tudo que ela tinha.

“Hã... Claro!” Ela disse tentando parecer sincera.

Mira a ficou encarando, como se esperando algo, fazendo com que Quill enrolasse cada vez mais seu cabelo.

“E seria...” Mira perguntou sem esconder sua curiosidade.

“Bem...” Quill disse, tentando pensar em alguma coisa o mais rápido possível “Será... uma surpresa!”

“Uma surpresa?” Mira disse erguendo suas sobrancelhas, vasculhando algum vestígio de mentira, mas a Srta Applestorm era muito ingênua para perceber isso.

“Claro!”

“Ai! Adoro surpresas! Acho isso super!” Ela disse com uma empolgação louvável. “Querida, só mais uma coisa...”

“O que?” Quill disse nervosa. Se Mira pressionasse mais um pouco, ela não saberia mais o que fazer.

“Se você torcer mais o seu cabelo, algum pássaro pode confundi-lo com um ninho!”

“Você também!?” Ela disse rindo, mais de alívio que de qualquer outra coisa.

***

Após chegarem ao Centro de Treinamento, Mira teve que deixar-la, porque tinha que resolver alguns ajustes nos preparativos para a entrevista. A temida entrevista. Mas Quill decidiu enfrentar um problema por vez.

Praticamente todos os tributos já estavam lá.  Todos estavam muito tensos. Nem mesmo os carreiristas conseguiam disfarçar.

Quill logo encontrou Lori e Pacco, que conversavam animadamente.

“Quill!” Lori disse radiante. Seus cachos estavam presos em um belo rabo-de-cavalo, que ressaltava os traços delicados do seu rosto.

“Oi, Lori” Ela disse um pouco envergonhada, tinha alguns problemas no quesito relacionamento.

“Quill” Pacco disse com um sorriso besta na cara.

“Oi, Pacco...”

“O que aconteceu com o seu cabelo? Um rato teve uma ninhada nele?” Pacco disse gargalhando. Até mesmo Lori não conteve um risinho.

“Não comece Pacco! Hoje eu não estou boa!” Quill disse tentando parecer irritada, mas Pacco, sem que ela sentisse, começava a conquistá-la aos poucos.

“Eu e a Lori estávamos discutindo sobre alianças novamente...”

“Vocês estão com cabeça para isso?” Ela perguntou “Porque eu só penso nessas audições...”

“Nós também” Lori disse naturalmente “Mas o melhor seria não penar muito nisso, para não ficarmos nervosos demais...”

“Além do mais” Pacco continuou “Estamos preparados, certo? Todos preparamos algo ‘especial’.”

“Exatamente!” Lori falou animadamente “Eu consegui desenvolver uma armadilha bem simples e de rápida montagem! Ela prende sem machucar ou matar a vítima. É claro que, provavelmente, eu perderei muitos pontos por ela não ser letal, mas espero que eles dêem pontos pelo trabalho em si” As palavras jorravam da boca de Lori com uma naturalidade incrível. Ela adorava explicar, ensinar. Lecionar sempre foi seu maior desejo. Um desejo que poderia ser destruído como o de muitos outros, ceifado pela Capital.

“Sinto muito, Lori. Mas eu não pretendo ser tão bonzinho assim.” Pacco disse também muito animado “ Treinei bastante  minha habilidade com espadas! Vou ser o mais letal possível nas audições!” Ele disse finalizando com uma risada macabra bem forçada.

“E você” Lori disse “O que preparou?”

“Eu!?” Quill falou assustada

“É. Você, né!?” Pacco falou sorrindo

“Será uma surpresa...”

“Uma surpresa, Quill?” Pacco perguntou um pouco sarcástico

“É...”

“Quillana Rivera, você preparou alguma coisa, certo?” Lori perguntou olhando fixamente para Quill.

“É claro!” Quill tentou parecer ofendida com a pergunta. Ela já havia enrolando tanto seu cabelo que começava a doer na raiz.

“Ela não preparou!” Pacco disse abismado.

“Você está louca!?” Lori disse exaltada. Ela segurava Quill pelos ombros, chamando a atenção de alguns tributos que estavam mais próximos.

“Fiquem quietos!” Quill disse nervosa “Vocês querem que todos os outros escutem?”

“Como você pode ser tão irresponsável?” Lori sussurrou tentando ser discreta.

“Não me julguem! Eu não consegui achar nada que eu fosse realmente boa!”

“Isso é impossível, Quillana.” Pacco disse um pouco mais calmo “Todo mundo é bom em alguma coisa...”

“Se ordenhar vacas servir para alguma coisa na arena, eu, com certeza, tiro um 12!” Quill disse o mais ácida possível.

Um risinho fino chamou a atenção dos três, fazendo com que eles se virassem sobressaltados. Ao se virarem, encontraram duas garotinhas que estavam se cutucando e rindo. Uma delas era bem pálida, ruiva e cheia de sardas. A outra também era pálida, mas tinha os olhos fundos e longos cabelos castanhos desgrenhados e desbotados. Eram as garotas dos distritos oito e seis, respectivamente.

“Você não preparou nada para as audições?” A garota do seis perguntou com um ar de incredulidade.

“Bem, eu...”

“Flightress!” A garota do oito falou exaltada, mas sorrindo “Deixe ela em paz! Não liga pra ela não Dez. Eu também não me preocupei em preparar nada... Na hora a mágica acontece...” Ela disse sorrindo, como se falando de um teste sem muita importância.

“Bem, que bom... eu acho...” Quill disse um pouco confusa

“Eu adoraria conversar um pouco mais, mas eu e a Flighty temos uma missão a cumprir” Ela disse puxando a mão da amiga, seguindo na direção do casal do sete.

“Simpáticas, não?” Pacco disse ainda um pouco surpreso.

“São Missy e Flightress...”  Lori disse encarando-as “O que elas pretendem fazer com os tributos do sete?”

“Matá-los do coração, como fizeram com agente...” Quill disse irônica.

As duas garotas se aproximaram dos tributos do distrito sete, que, ao verem-nas, ficaram tão surpresos quanto Pacco, Lori e Quill.

Missy se colocou ao na frente da garotinha do sete e falou com uma voz animada, mas aconchegante, quase como um abraço.

“Oi, Tudo bem?”

A garotinha apenas levantou os olhos, encarando Missy. Sua expressão era de tristeza tinha finalmente dado lugar a surpresa.

Missy aguardou um pouco, como que esperando alguma resposta, mas continuou:

“Eu sou a Missy e essa aqui é a Flightress...”

“Pode me chamar de Flighty...” Ela disse timidamente.

“Como você se chama?” Missy perguntou

“Clair...” Clair falou num tom de Voz quase inaudível.

Missy abriu um largo sorriso, fazendo com que Clair também arriscasse um risinho triste.

“Bem, sem mais rodeios, nós temos uma proposta para fazer para você...” Missy falou um pouco mais séria.

Cae, que estava quieto até aquele momento, encarou a garota ruiva. Por mais que ela fosse apenas uma criança, ele não confiava nela perto da pequena Clair. Nem nela, nem em ninguém.

“Que proposta?” Cae perguntou um pouco ríspido.

Missy pareceu ignorar a presença de Cae. Ela nem se deu ao trabalho de olhar para o garoto.

“Clair, eu e Flightress queríamos muito eu você fizesse parte da nossa aliança!” Missy disse sorrindo.

Clair a encarou surpresa, sem saber o que dizer. Foi Cae quem respondeu por ela.

“Ela não está interessada.”

Missy continuou a ignorá-lo e prosseguiu

“E então Clair? Topa?”

“Já disse que ela não está interessada!”

“Deixe que ela decida, grandalhão...” Missy disse muito tranqüila.

“Bem, eu...” Clair não sabia o que dizer. Ela adoraria formar uma aliança com Missy e Flighty. Desde que as viu queria se aproximar, mas estava com muita vergonha e sabia que Cae não deixaria que ela fizesse amizade com ninguém dali. Ele já a havia advertido que ela não poderia confiar em ninguém, que todos eles só queriam enganar os outros.

Clair olhou para Cae, em busca de uma solução, mas ele apenas lhe deu um olhar de reprovação

“O Cae poderia ir?” Ela perguntou baixinho.

“O grandalhão?” Missy perguntou incrédula “Infelizmente não. Seriamos só nós: Eu, você, a Flighty e, talvez, o garoto do nove. Seriamos a aliança dos menores, dos fraquinhos, bobinhos e delicados.” Missy falou, sendo o mais sarcástica possível na parte final. Ela pausou um pouco e continuou:

“Nós mostraríamos para eles que também temos chance de vencer! Juntos, nós os massacraríamos!”

Clair olhou para Cae novamente. Ela já sabia qual seria sua decisão. Ela suspirou profundamente e falou:

“Não. Obrigada, mas não.”

Cae lançou um sorriso discreto para sua companheira. Missy, que parecia claramente desapontada, apenas olhou para Clair com ternura e disse:

“Bem, é uma pena...” Ela olhou para Flighty, que também estava com um semblante triste e disse “Vamos Flighty...”

“Vamos...” Flighty respondeu “Se você mudar de idéia...”

“Estaremos à disposição!” Missy disse, rindo novamente. Ela segurou a mão de sua amiga e voltou a arrastá-la pelo Centro.

“Você cogitou me deixar sozinho, nanica?” Cae perguntou com um ar brincalhão

“Claro que sim.” Clair falou, brincando “Você realmente acha que eu prefiro ficar com um cato como você do que com garotas legais da minha idade?”

“Ah! Sujeita!” Ele disse rindo enquanto atacava ela com cócegas.

***

As audições começaram pouco tempo depois da bola fora de Missy em convidar Clair para sua aliança.

Um a um, os tributos eram chamados para demonstrar suas habilidades aos idealizadores.

“Distrito 1, Zircon McPhee!” Uma voz falou através de um interfone. Pacco, Lori e Quill observaram o garoto do 1 entra no salão com ar de superioridade.

Os três permaneceram em silêncio durante toda a espera. O nervosismo finalmente havia tomado conta de todos eles. Ali dentro, seria definido o destino de cada um na arena.

Cada um procurava se acalmar como podia. Lori estava tentando criar estratégias para os diferentes tipos de arena que poderiam enfrentar. Era assim que ela se acalmava, se sentindo preparada.

Pacco cantarolava uma canção de ninar. Isso o fazia lembrar do seu pai, Daniel. Diferente de Destinee, que era explosiva e desatenta, Daniel era carinhoso e atencioso, criando um laço de afeição extremamente forte entre os dois.

Quill já havia passado do estágio de “enrolar cabelos” para “destruir unhas”.

“Distrito 3, Lori Cooper!”

Lori ficou pálida. Sentiu seu estômago dar voltas, mas se levantou, mesmo que trêmula e começou a caminhar até a porta.

“Hora do show...” Ela disse tristemente.

“Boa sorte, Lori!” Pacco e Quill disseram em um coro.

Lori apenas sorriu e atravessou a porta.

***

Para Quill, demorou uma eternidade para ser chamada. Já faziam mais de 20 minutos que Pacco havia entrado e nada.

Quando ela finalmente havia se distraído com o cantarolar da garota depressiva do distrito 12, eles finalmente a chamaram.

“Distrito 10, Quillana Rivera!”

Quill quase caiu da cadeira ao ouvir seu nome, fazendo com que Nyssa, a garota do 11, começasse a rir, mesmo que discretamente, dela.

Corada com o mico que havia pagado, Quill entrou na sala das audições.

A sala era enorme e circular.  Nela, havia todos os equipamentos de todos os estandes que havia no treinamento, desde espadas e lanças, à material para camuflagem. No alto da sala, no canto direito, havia uma arquibancada, repleta de comida e homens gordos, feios e boçais: Os Idealizadores.

Dois dos idealizadores conversavam animadamente sobre algo que Quill não conseguiu discernir bem, mas todos os outros olhavam fixamente para ela. Os rumores sobre as provocações de Quill e Drielle haviam se espalhado rapidamente. Para eles, alguém que provoca uma carreirista que provou ser extremamente letal nas audições, ou era louca, ou era tão letal quanto. Ou era Quillana Rivera.

Quill não tinha idéia do que fazer. Ela respirou fundo algumas vezes para não desmaiar e foi em direção às facas.

“Eu não acredito que estou fazendo isso...”

Ela se abaixou e pegou uma adaga média, com o cabo de prata. Suas mãos tremiam tanto que era impossível mirar em qualquer coisa. Mesmo assim, ela se virou na direção dos manequins no canto leste da sala e arriscou um arremesso. Errou feio.

A maioria dos patrocinadores estava rindo das habilidades de Quill. “É. É louca.” Alguns debochavam.

O sangue subiu à cabeça de Quill. Se tinha uma coisa que Quill havia herdado da velha Jodhi era o temperamento. Ela nunca voltaria humilhada para casa.

Com a cabeça fervendo, Quill foi à seção de Camuflagem e pegou latas de tinta, depois, passou na de sobrevivência e pegou duas pedras específicas e uma garrafa. Fazendo bastante barulho, ela se dirigiu aos manequins, chamando a atenção de alguns idealizadores. Ela começou a pintar os manequins com ferocidade.

“Eles querem que eu seja letal? Pois bem, serei letal!” Ela gritava para si mesma, como uma louca.

Quill posicionou os três manequins virados para os idealizadores. Neles, estavam escritos três nomes: Carreiristas, Idealizadores e, no terceiro, havia uma interrogação.

“Ei!” Quill gritou, atirando alguma coisa no vidro de proteção. Quando os idealizadores olharam os manequins e viram o que estava escrito, eles começaram a ficar nervosos, olhando assustadamente para Quill.

Quill, ainda sobre efeito do “gene Jodhi”, Quill derramou o líquido todo da garrafa sobre os bonecos, deixando-os encharcados e, depois, riscou as duas pedras para criar uma faísca, como havia aprendido nos estandes de sobrevivência.

Em poucos segundos uma faísca se formou, criando uma mini explosão por conta da gasolina jogada nos bonecos. O fogo chamuscou todos os pelos do braço de Quill, que estava pouco se lixando.

Ela olhou fixamente para os idealizadores, fez uma reverência ríspida e se retirou da sala, deixando todos os idealizadores boquiabertos de susto.

***

Destinee gargalhava animadamente enquanto esperavam o pronunciamento da notas dos tributos.

“Bem, Quillana” Ela disse ainda rindo “Acho que você não precisará de mim para sedar mal na arena!” Ela se virou para Pacco e continuou “E quanto a você, espero que saiba no que está se infurnando!”

Pacco apenas abaixou a cabeça. Por mais que ele gostasse de Quill, Le não tinha coragem de enfrentar sua mãe. Mas Mira tinha.

“Ora, cale a boca Holcomb!” Ela disse uma oitava acima da sua voz normal “Pare de falar asneiras!”

“Ela está certa...” Quill disse cabisbaixa. Ela ainda não conseguia acreditar no que havia feito. Para ela, continuar viva era estar no lucro.

“Deixe de ser boba, docinho!” Mira disse com uma voz tenra “Talvez eles não se sentiram atingidos...”

“Claro que não!” Destinee falou com sarcasmo “Já que a pequena notável nem foi direta nas suas ameaças!”

“Ora...”

“Cale a boca Applestorm!” Destinee cortou “Vão começar a divulgar as notas!”

Mira ainda pensou em revidar, mas se calou. Já Quill se sentia mais miserável do que antes. Seu estômago dava piruetas na sua barriga.

A apresentadora, Janycie Fleron, uma loira sorridente e falsa, após muitos rodeios, começou a divulgar as notas

“Luxury Shadower, Distrito 1 – 9!”

“Zircon McPhee, Distrito 1 – 10!”

“Valeria Locke, Distrito 2 – 11! Bela nota!!” Falou a apresentadora animadamente.

“Gabbro Hunter, Distrito 2” A apresentadora fez uma pausa, para criar um suspense e falou “11! Ótimas notas nos distritos 1 e 2!”

“É a vez da Lori!” Pacco falou animado.

“A sabichona do 3?” Destinee perguntou.

“Calada, Holcomb. Eu estou assistindo!” Mira falou cortando a mentora, que ficou roxa de raiva.

“Lori Cooper – Distrito 3 – 8!”

Pacco e Quill se abraçaram de felicidade, mas logo se soltaram, envergonhados. Mira deu uma gargalhada e falou

“Que fofis!”

“Lori conseguiu uma ótima nota...” Pacco falou recobrando a postura.

“É... Ótima nota...” Quill falou enrolando mechas do seu cabelo.

“Flightress Feliciano, Destrito 6 – 6!”

“Dave Lincon, Destrito 6 – 4!”

“Clair Whoter, Distrito 7 – 6!”

“Cae Rivers, Distrito 7 – 10!”

“Wow!” Pacco exclamou “Bela nota!”

“Você, com certeza foi melhor, querido!” Destinee falou com um ar de mamãe coruja, algo que Quill nunca havia presenciado até esse instante.

“Menos mãe!” Pacco falou envergonhado. Quase não se enxergavam as poças sardas que ele tinha nas bochechas.

“Missy Glonsburry” A apresentadora continuou “ Distrito 8 – 9!”

“Caraca!” Pacco deixou escapar “O que aquela pestinha fez para conseguir um 9!”

Quill também estava extremamente surpresa. Missy era tão pequena e frágil. Fora que ela não havia preparado nada para apresentar aos idealizadores.

“Não se pode julgar um livro pela capa...” Quil deixou escapar.

“Pacco Holcomb, Distrito 10...”

“Por que me colocaram primeiro que você?”

“Bem...” Quill falou

“8!” A mulher falou com uma vozinha irritante.

“Parabéns, Pacco!” Quill exclamou. Estava orgulhosa de seus amigos.

Destinee abraçou seu filho e fez um cafuné na sua cabeça

“Meu Garoto!” Ela repetia

“Quillana Rivera, Distrito 10...”

“Oh meu Deus!” Mira falou, apertando a xícara de chá entre os dedos e se inclinando para frente.

O estômago de Quill apertou. Ela sentiu todo o almoço querer voltar. “Lá vem...” Ela pensou, enquanto tentava pensar numa forma de sobreviver sem patrocinadores.

“Nota... 11!?” A apresentadora falou surpresa.

O único barulho que pode se ouvir depois disso foi o de uma xícara se esfarelando no chão da sala.


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Notas finais do capítulo

Olá, olá (novamente...)
Espero que tenham curtido esse cap!
Não vou poder prometer que vou postar o próximo capítulo cedo (Mil desculpas Malu Becker!!!), detesto prometer e não conseguir cumprir...
Bem... é isso.
Não se esqueçam de comentar, xingar, elogiar e corrigir meus erros de português (Sério. Me corrijam. No último capítulo eu destrocei o português e escondi o cadáver...)
Abção!