I'm Leaving Storybrooke escrita por Mills


Capítulo 2
Second




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A loira foi até a porta quando Regina tocou a campainha. Lá fora a tarde caía. Emma puxou a porta e deparou-se com uma prefeita, encolhida, como se o mundo pudesse machucá-la. A mulher tinha as mãos enfiadas nos grandes bolsos do casaco e, sua mão esquerda, segurava firmemente o espelho que Mr. Gold lhe dera.

– Pois não, Regina? - Emma não tinha mais paciência com a prefeita após todo o mal que a mesma causara a todos.

– Hã... - A morena balbuciou debilmente. - Você está sozinha? - Regina se recusava a tirar as mãos dos bolsos. Cada vez mais remexendo no objeto azul.

– Henry está lá em cima, fazendo a tarefa de casa. - Emma não se sentia confortável em contar essas coisas á morena, porém, achou que, naquele momento, era necessário.

– Posso entrar? - Regina perguntou rapidamente. A loira olhou para dentro da própria casa e depois para a prefeita. Deu alguns passos a frente e encostou a porta atrás de si.

– O que você quer? - A loira voltara a enrolar as pontas dos cabelos volumosos. Junto com a nova aparência, vinha o novo jeito de tratar a prefeita.

– Eu vou embora de Storybrooke. - Ao dizer essas palavras, a morena apertou ainda mais o espelho. Sem querer saber se isso era possível. - Mas, não quero que diga nada ao meu (...) - a própria mulher se censurou, para depois poder finalmente continuar. - Ao seu filho. - Ela tentou enfatizar o "Seu". - Vim te dizer que vou embora para que Henry não saiba. Quero dizer, não quero que ele saiba que eu fui, até de fato ter ido.

– Por que está me contando tudo isso? - A loira indagou, ainda sem se dar por convencida.

– Porque... Na verdade, eu quis me desculpar por tudo o que eu fiz. Eu só pensei em mim mesma e na minha própria felicidade. Com isso, acabei machucando a única pessoa que eu amava. E, isso, me fez de fato mais infeliz. Só queria vê-lo sorrir, porém, ele só sorri verdadeiramente quando está com você. - A morena segurou as lágrimas que tentavam cair. - Eu queria poder ter feito ele feliz. - Ela sussurrou. - Ao menos uma vez. Que nem você faz. Que nem sempre fez. - Sua voz falhara até por fim, sumir completamente.

– Regina... Eu... - O coração de Emma quebrou-se com as doces palavras da amarga prefeita.

A morena a cortou. Pela primeira vez naquela tarde, ela soltou o espelho e tirou a mão no bolso, a balançou um pouco a mesma antes de continuar.

– Tudo bem. Eu só... Estou indo, está bem?! Daqui alguns anos, quando tiver a minha vida novamente estabilizada. Mais certa do que eu quero para mim... - A prefeita suspirou. - Se então, daqui há alguns anos, Henry quiser me ver, quando eu estiver na cidade... - Ela fez uma pausa e apressou-se a terminar. - Se você permitir é claro.

– Eu permitirei. - Emma sorriu fracamente. - Ele precisa escolher o que quer fazer. Não posso prendê-lo para sempre.

– Obrigada Emma e... Novamente... Desculpe por tudo.

A loira forçou um sorriso.

– Henry vai sentir sua falta. Ele sempre sente.

– Ele... Sente? - A prefeita voltou a colocar a mão no bolso, apertou mais forte ainda o espelho.

Emma assentiu a cabeça.

– Me desculpe Regina. Por tudo o que eu te disse. Por tudo que fiz contra você. Por ter tirado Henry de você.

Regina não sabia o que dizer. Emma estava errada. Não era ela que tinha feito a outra sofrer mais. A prefeita tinha. Não podia aceitar desculpas por algo que não havia acontecido. Tudo era culpa de Regina e ambras sabiam disso.

– Emma. Pare. Nós duas sabemos que eu sou a vadia por aqui. Então... É por isso que eu vou embora da cidade que eu construí.

– Você... Vai embora? - Uma nova e terceira voz invadiu a conversa. - Você vai embora mesmo? E... vai me deixar?

Henry havia aberto a porta e estava parado atrás de Emma. Sabe-se Deus a quanto tempo o garoto estava parado ali. Escutando. O que diabos ele tinha ouvido?

– Henry... Regina, ela vai... - Emma virou-se para o garoto, tentou pôr em palavras o que a prefeita estava fazendo. Indo embora para protegê-lo.

– Emma! Estou falando com a minha mãe! - Henry dispensou a loira como havia feito o mesmo com Regina. - Mãe, você vai embora? De verdade? Para valer?

– Sim. Para valer. - Mais uma vez, os olhos da prefeita se encheram de lágrimas, ela se encontrava abaixada na frente do filho. - De verdade. - Ela mordeu o lábio inferior. - Me desculpe.


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