Fúria Elementar escrita por Moreira


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Entããão, esse foi rápido não? espero que esteja bom, fiz ele todo hoje e já estou postando u.u agora boa leitura



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Enquanto corria ao lado de seus amigos, Jaime ainda falava com a irmã pelo telefone. Com todo aquele vento, parte do teto do Shopping desabou, e Julia ficara presa pelo ombro em um vergalhão da estrutura e agora não conseguia sair. Agora ela estava caída no chão do shopping parcialmente destruído, com um vergalhão atravessado no ombro e cravado no chão. E pelo que ela dizia, de onde estava, conseguia ver a aproximação de mais um furacão. Jaime nem queria mais saber, iria salvar a irmã a qualquer custo, mas antes teria de deixar os amigos em algum lugar, já que eles estavam seguindo o rapaz.

– Lucas, leve as garotas para aquele prédio. Sei que é forte, se não fosse, a policia não estaria levando todos para lá. Eu vou atrás da minha irmã e não se preocupe, apenas cuide das garotas, ok? – Jaime estava agora ao lado de Lucas e tinha que gritar para ser ouvido, quando viu a cara de seu amigo, soube que o mesmo iria discutir, mas Jaime não daria tempo para ele, antes de alguma resposta, saiu correndo para a outra direção, enquanto via Lucas levar as garotas para o outro lado.

Agora Jaime teria que correr, correr e muito e agradecia por fazer caminhada toda manhã, por isso tinha um folego de ferro e as pernas bem rápidas já. Estava correndo na avenida principal, que levava direto para o shopping, que notava estar sem parte do teto realmente.

No caminho, existiam alguns obstáculos, como postes e árvores caídas, carros virados, paredes derrubadas e infelizmente, alguns corpos pelo chão, mas nisso Jaime não queria reparar, pois logo pensava em sua irmã e que se ele não fosse rápido, ela seria um dos corpos sem vida.

Quando já devia estar a trinta metros do shopping, sentiu um frio na espinha, como se algum ruim fosse acontecer com si, se não mudasse de direção. Sem saber o motivo, apenas seguindo seu extinto. Mudou de direção drasticamente, indo agora para a direita e quando menos imaginava, um clarão atrás de si, iluminou toda a rua em que estava e ao se virar, viu que um raio acabara caindo no lugar onde ele iria passar se não mudasse de direção.

A mesma sensação, foi se repetindo e a cada vez que ele mudava de rumo, um raio caia onde ele estava anteriormente. De alguma maneira ele conseguia pressentir os raios e saber onde cairiam antes mesmo deles se formarem e aquilo o estava salvando. E finalmente, alcançou a porta do shopping e passou pela mesma com um pulo, no mesmo instante que um raio atingia a vidraça da porta, e a explodia em mil pedaços.

Sim, Jaime foi atingido por cacos de vidro, seria atingido no rosto, se não colocasse o braço na frente e agora sentia desde sua palma da mão, até o cotovelo ficando quente, por causa do sangue que começava a sair dos ferimentos. Mas não estava sentindo nenhuma dor, era o contrario, estava com mais adrenalina. Agora queria encontrar a sua irmã na praça de alimentação e tirar ela dali de algum jeito, antes que todo o prédio viesse abaixo.

Foi fácil de encontrar a praça de alimentação, mais fácil ainda encontrar Julia, mas o difícil seria Jaime libertar o ombro de sua irmã, já que sozinho não conseguiria levantar o bloco de concreto onde o vergalhão estava preso, para tirar ele do chão, já que o bloco devia ter mais de trezentos quilos só de cimento.

– Jaime me tira daqui, por favor... – Julia chorava e Jaime não sabia dizer se era por dor, ou alegria por ver ele ali.

– Eu vou te tirar daqui, não sei como, mas vou! – agora era a vez de Jaime agir contra o tempo. De onde ele estava só conseguia ver um funil de vento, mas estava longe demais, para o vento que estava ali, então isso queria dizer que o outro estava bem próximo.

No desespero, Jaime se aproxima do tal bloco, tentando empurrar o mesmo para o chão, se conseguisse isso, o vergalhão dobraria e sua irmã poderia deitar de lado e sair aos poucos. Mas era pesado demais para fazer sozinho e corria risco do ferro se partir e atingir sua irmã. Outra alternativa, foi pegar um pedaço de madeira e tentar rolar a pedra aos poucos, mas também não deu certo. Teria que cortar o vergalhão e ele não sabia como.

– Já... já volto. – a loja de ferragens, era para lá que ele correria e foi rápido por sinal. Agora só precisava de um alicate forte ou uma serra potente.
Alicates era o que mais tinha, porém nenhum era forte o suficiente para vergalhões. Ele precisava de um alicate para bombeiros ou algum que ao menos fosse para correntes, assim conseguiria.

– Achei! – finalmente achou um alicate que era usado por pedreiros em obras grandes, para cortar correntes e vergalhões onde as máquinas não alcançavam. Agora era voltar para ajudar a sua irmã, o que também foi fácil. Já que ela estava próxima.

– Pronto, se segura ai, vou cortar isso daqui... – Jaime sabia que assim que cortasse o vergalhão, o bloco iria rolar de algum modo e ele teria que ser rápido, para não deixar sua irmã ser atingida. Quando encaixou os dentes do alicate no ferro, foi apertando aos poucos, estava fazendo com cuidado, enquanto sua irmã olhava para ele. Quando finalmente o vergalhão se rompeu, Jaime largou o alicate para segurar o bloco de concreto, mas encontrou outras mãos puxando a pedra.

Era um homem que devia ter uns trinta e poucos anos, que ele nunca vira. Estava com a testa sangrando e com uma faixa feita de camisa rasgada no braço. Mas fora isto estava bem, os braços eram musculosos, em sua face, tinha uma barbinha preta abaixo do queixo. E suas expressões eram duras e com facilidade, o homem conseguiu mover o bloco para longe dos dois irmãos, enquanto voltava para ajudar Jaime a tirar Julia do chão.

– Vamos garotos, temos que ser rápidos. Não perguntem nada, não falem nada, apenas me sigam. Temos que sair daqui, pois o resto do prédio está ruindo.

Não sabiam quem era aquele homem, nem para onde ele os levaria, mas se tirasse os dois dali seria ótimo. Ajudando Julia, Jaime seguia o homem de perto, que de algum jeito conhecia o shopping. Os levou direto a uma porta de manutenção aberta, atravessando um pequeno corredor. Já no fim do corredor, existiam duas portas duplas de puro ferro, que estavam arrombadas. Quando terminaram de passar pela porta, o resto do shopping desabou atrás deles, enquanto os dois furacões que se dirigiam para o local desapareceram em um estalar de dedos, junto com todo o resto da tempestade, simplesmente sumira com um passe de mágica, o que foi bem estranho. Quando Jaime olhou para o homem que o ajudara, o mesmo sorriu e estendeu sua mão – Sou Michael, ex bombeiro de San Diego...


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Notas finais do capítulo

Foi bom? Ruim? diga nos comentários, adoro ler o que meus leitores acham do que escrevi, então aguardo o reviews...



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