"Bom dia telespectadores... Gostaria de começar com uma noticia mais calma nesta manhã, mas acabo de ser informado que mais um "acidente" estranho aconteceu pelo mundo. Desta vez foi na Grécia, no meio da praça Syntagma, em Atenas. Misteriosamente, magma começou a surgir do chão e das fontes que se encontravam na praça, assustando muitos frequentadores, que foram evacuados junto com a população do entorno da praça. Em instante teremos mais informações e imagens ao vivo do local. Mas enquanto isso vamos ver a repórter Jullien Hulmen que se encontra em frente ao..."

Naquele momento, a televisão acabara de ser desligada. Todo santo dia acontecia algo "surpreendente" no mundo, alguns malucos, diziam ser o fim do mundo, mas era apenas vulcões entrando em erupção, terremotos, tsunamis e furacões, o que tinha em todo o mundo a toda hora. Jaime já estava achando tudo aquilo chato, principalmente os malucos que ficavam no meio da rua com placas penduradas no pescoço com inscrições tipo: "O Fim está próximo!", "Começa o apocalipse!". Sinceramente, aquilo era chato, se dependesse de Jaime, o fim realmente iria começar... para aqueles malucos.

Jaime era um rapaz com seus Vinte e cinco anos, com cabelos desarrumados negros e olhos tão negros como os cabelos, sua pele era morena, por pegar sol todos os dias, enquanto caminha na rua, o que claro ajudava a deixar seu corpo malhado, mais em forma ainda. Não trabalhava no momento, tinha terminado seus estudos e agora queria uma paz. Morando com sua irmã Julia - dois anos mais velha e com a mesma aparência tanto em cabelo, olhos e pele - não tinha do que reclamar.

– Jaime, ainda são 7:30 da manhã, o que foi? Sua cama te empurrou para fora do quarto? – Julia achava um milagre ver seu irmão fora da cama tão cedo, já que o mesmo só acordava lá para as dez da manhã.

– Rá rá, engraçadinha. Ninguém me empurrou para fora do quarto não! Apenas perdi o sono mais uma vez... – aquilo andava acontecendo muitas vezes com Jaime, nem mesmo tomando alguns remédios tarja preta ajudava a dormir, muitas vezes o próprio remédio não fazia efeito, mas isso nem era importante, pois assim ele conseguia caminhar mais e aproveitar o dia melhor.

– Olha, comprou até o pão e já fez até o café da manhã... Ok, quem é você e o que fez com o meu irmão? – Julia perguntou pegando uma faca pra pães na mesa e apontando a mesma em direção ao irmão, logo caindo na gargalhada, junto com o mesmo.

– Minha irmã é uma palhaça mesmo... – Jaime ainda ria, enquanto se sentava na mesa, junto com sua irmã. Moravam em uma pequena casa de dois andares em San Diego. Casa que a garota ganhara dos pais quando fizera seus vinte anos e agora dividia a casa com o irmão, que tinha ido para lá, por causa dos estudos. – Bem, vamos tomar café? As torradas estão esfriando...

Depois de um bom café da manhã, Jaime também lavara a louça suja e decidira mexer um pouco em seu computador. Como era um dia de sábado, não tinha muito o que fazer, por isso ficou em casa mesmo. Já Julia, iria sair com as amigas ou era isso que Jaime entendeu quando a mesma se despediu.

Até mesmo na internet tinha alguns fanáticos sobre o fim do mundo, dizendo que o mesmo estava chegando fazendo com que Jaime só ignorasse tudo aquilo. Decidira apenas mexer em seu facebook e ouvir algumas músicas, antes de procurar algo para fazer fora de casa.

Por fim, depois de uns 30 min, ali, escolheu sair. Talvez ir a algum cinema ou teatro ou a praia. Iria escolher depois, mas agora iria chamar alguns amigos, o que foi rápido, já que a maioria estava on-line na internet e toparam sair juntos. Combinado tudo, Jaime iria esperar seus amigos chegarem, duas garotas e mais um garoto, que chegaram rápido até. O primeiro a chegar fora Lucas, corpo um pouco malhado, pele clara, cabelos castanhos e olhos de um verde para castanho.

– Então, cade a gata da Julia? – Lucas sempre fora gamado em Julia, o que fazia Jaime sempre rir, pois sabia que a irmã não dava bola nenhuma para o rapaz.

– Saiu a algum tempo e eu já te falei, esquece ela, pois não vai conseguir nada. – Jaime continuaria a falar, mas a campainha tinha tocado e ele decidira que era melhor ir atender a porta.

Bianca e Luanna chegaram juntas, pois claro não se separavam de jeito nenhum. Bianca com seu corpo em forma, cabelos longos na altura da cintura e de cor dourada, com seus olhos azuis e Luanna, com seu corpo um pouco mais magro do que o da Bianca, com cabelos encaracolados até os ombros de cor vermelha e com os olhos castanhos. Agora estava tudo pronto, só faltavam decidir a onde ir, o que foi decidido pelas garotas e claro que foi praia.

Nem precisavam de carro, já que a casa de Jaime era quase dentro d'água. As meninas já deixavam suas coisas tudo ali mesmo, então só precisaram se trocar e Lucas já estava com uma bermuda que era boa para praia, então era só descer a rua e pronto. Já na praia, que estava já enchendo, as garotas estenderam duas toalhas na areia, enquanto os garotos pegavam quatro cadeiras e guarda-sol, os colocando em local estratégico.

– Então meninos, nós duas vamos pra água, se quiserem vir, fiquem a vontade. – Luanna vestia seu biquíni vermelho e cortininha - dizia ela que era - que dava mais contraste ao seu corpo. Bianca já vestia um biquíni branco no busto e preto na parte de baixo, também de cortininha - que também marcava seu corpo - foram juntas para a água.

– Não sei você, Jaime, mas eu to indo pra água. Esta calor aqui fora e não vou deixar as garotas sozinhas. – Lucas como sempre um safado de primeira mão e esse seu jeito, sempre fazia as garotas rirem dele.

– Não, pode ir. Ficarei para tomar conta das coisas... – Jaime não estava com muita vontade de mergulhar naquele dia, por isso ficou ali sentado em sua cadeira, vendo todos que estavam na praia.

O dia passou, a tarde se aproximou e os quatro continuavam ali na praia. Já devia ser umas duas da tarde. As garotas estavam de volta na água e Jaime notava, que era bom aproveitar logo, pois no horizonte já notava as nuvens de tempestade se aproximando. Seria uma chuva e das feias.

– Cara, vai vir uma das piores chuvas deste ano pelo jeito hein... – Lucas olhava para as nuvens também, enquanto as garotas se aproximavam deles, deitando cada uma em sua toalha.

Jaime já ia responder a Lucas, quando algo aconteceu. As nuvens de algum jeito se aproximaram mais rápido e já estava a 1 km da praia. Mas não era isso que chamava a atenção e sim os raios que delas saiam e os funis que surgiam ao mesmo tempo, devia ser uns cinco a vista. Eram tufões, que logo se transformaram em redemoinhos, e iam juntos a praia.

A correria foi completa, crianças, pais, mães, adolescentes, todos correndo, enquanto cadeiras, toalhas e guarda-sois começavam a voar em direção a água. Jaime e seus amigos também estavam junto da multidão, que corria cada um para o seu carro. Os raios a frente estavam mais próximos e alguns atingiam os carros que acabavam de ser ligados por seus donos, fazendo com que os mesmos pifassem instantaneamente, como se a energia do carro tivesse sido sugada e logo o tal carro atingido, era erguido do chão pelo vento e arrastado em direção ao redemoinhos, que agora já eram furacões na areia.

Jaime corria ao lado dos amigos, enquanto carros e mais carros paravam de funcionar e até mesmo pessoas, eram erguidas do chão como bonecos de papel. No meio da correria Jaime conseguiu ouvir seu celular tocar, e o atendeu, enquanto seguia em direção de casa e do outro lado da linha era a sua irmã que chorava e gritava. – Jaime, socorro!