2:45 Hs escrita por Isleane Ellen


Capítulo 20
Hey Max


Notas iniciais do capítulo

Só nçao me matem ..
Estou sofrendo seriamente de bloqueio imaginário, estou com muitas dúvidas e ideias para o final dessa história, mas estou insegura , quero que saia perfeito enfim.. não quero decepcionar !
Tenham paciencia comigo por favor, se tiver algum erro na história , me perdoem, fiquei com preguiça de revisar.

Boa Leitura



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Faltava 20 segundos para o sinal do intervalo tocar, guardei meu material e enviei uma mensagem para Matt confirmando se ele iria na casa de Matt comigo hoje, e ele disse que concerteza, então o sinal mais irritante e esperado do dia tocou, e todos se levantaram indo em direção á saída.

- Ei Jade, que tal sairmos pro Shopping hoje? - Melinda perguntou vindo até mim.

- Hoje não dá amiga, tenho que resolver uns problemas. - ela revirou os olhos.

- Vamos ? - Matt parou ao meu lado, colocando a mão por cima dos meus ombros, assenti, desde ontem, eu não me sentia bem perto de Matt, na verdade, eu acho que estava com vergonha por ter beijado ele, eu tenho medo do que ele pode falar para mim, tipo um ''Desculpa Jade, foi coisa do momento'' , '' Era só carencia'', '' Estava com pena de você", esses tipos de frases negativas que qualquer pessoa odiaria escutar de quem gosta, e não estava preparada pra escutar isso agora.

- Que problemas você vai resolver com o Matt hein? - ela perguntou maliciosa e revirei os olhos.

- Muito engraçada você, por que não vem com a gente e descobre por si mesma?

- Não obrigada, odeio ficar de vela! - ela piscou pra mim.

- Você vai sim, e quem sabe depois podemos passar no shopping, assistir um filme! - eu disse tentando convence-la, eu realmente não queria sair sozinha com o Matt.

- Tá bom, me convenceu! Mas se me deixarem de vela, prometo comprar um alcool e usar um pouco do meu fogo e incendiar vocês! 

- Até parece! - Matt revirou os olhos. Ele ficou o caminho até a casa de Max sério, ele estava no banco da frente, olhando pela janela pensativo, argh, como eu gostaria de ler a mente das pessoas pelo menos por um momento, aquele inclusive seria perfeito. Depois de alguns minutos, chegamos a casa dele, já fazia bastante tempo que eu não andava por ali. Antes de batermos na porta, ela se abriu.

- Achei que tinha ouvido vocês chegarem! - Max parecia um outro homem, sua barba estava bem feita, e o cabelo não parecia que tinha sido cortado em frente a um espelho pequeno do banheiro, seus olhos castanhos estavam brilhando e não demonstravam mais cansaço. Estava bem vestido, usava uma calça escura e uma blusa pólo verde e as roupas pareciam novas em folha. Sorri ao vê-lo, por instinto fui até ele e o abracei, ele não reagiu no começo, mas depois retribuiu. Me desvencilhei do abraço, e olhei ao redor, estava tudo tão organizado.

- Contratou uma empregada? - perguntei passando o dedo nos móveis antigos, e notei que não tinha nenhuma poeira.

- Na verdade, eu limpei tudo! - ele sorriu vitorioso. Ele havia trocado o sofá pequeno por um maior, não tão luxuoso, mas que combinava com a simplicidade do local, ele havia pintado a casa na cor amarelo claro, e branco, em alguns pontos. Suas invenções não estavam mais por ali, por um momento perguntei se ele havia jogado tudo no lixo  e mudado de carreira, apontei para a estante que agora tinha um jarro de flor, e um porta retrato de um garoto jovem, provavelmente o seu filho. - Eu consertei tudo e coloquei em um local mais reservado, não é legal ter bombas e materiais destruitivos na sala de estar da sua casa. - assenti rindo.

- Estamos com problemas.. - eu disse me sentando no sofá, o sorriso em seu rosto desapareceu, ele fez sinal para que Melinda e Matt se sentassem.

- Vou buscar algo para comermos - e saiu em direção a cozinha, suspirei, odeio acabar com o dia das pessoas, ele voltou com alguns sanduiches e copos de suco, colocou na mesinha de centro e nos serviu, agradeci - O que aconteceu?

- Eles me ligaram ontem para saber sobre o chip, pediu para separar-mos o nosso preço e depois desligaram. - ele coçou o queixo pensativo.

- A única saída possível que vejo para nossa situação, é fazer com que o chip se auto destrua com ele. Me desculpa, mas eu tomei liberdade de estudar o chip novamente - ele saiu da sala, e voltou com uma caixa e alguns papeis. A caixa era de um veludo preto, parecida com aquelas que colocam as alianças de casamento, abri ela e vi o chip, ele era pequeno como qualquer um, igual esses de operadora, ele era todo prateado e em cima tinha escrito 245.

- Tudo bem - eu disse estranha, olhei para ele - Obrigada pelo que fez por mim e por ter cuidado dele também! - lhe entreguei a caixa - Faça o que acha melhor Matt, só quero que ele não funcione com esses traficantes e que minha família e meus amigos não corram perigo.

- Vou fazer o possível! Aliás, só precisava de seu concetimento! - ele sorriu pegando a caixa e guardando - Não se preucupe, você está falando com Max Polerman o cara mais inteligente de São Paulo!

- Metido hein - Melinda disse rindo, revirei os olhos.

- Ótimo então, quando você tiver terminado por favor me avise - me levantei seguindo até a porta acompanhada pelos meninos - Obrigada, mais uma vez por tudo ! - ele assentiu acenando. Sai de sua casa mais aliviada, uma parte do problema estava resolvido, mas ainda faltava entregar o chip, o que me faria correr um risco enorme, estar junto com os ladrões.

- Shopping agora? - Melinda bateu palmas animada.

- Ahn, acho que sim - disse vendo Matt revirar os olhos. Mal Humor Detected. 

---

- Olha gente, eu amo esses sapatos! - ela disse vendo um Sneaker bege com marron, revirei os olhos. - Eu preciso deles, volto jaja! - saiu indo até o caixa para fazer o pagamento me deixando a sós com Matt.

- Por que você está assim? - perguntei me sentando no sofá marron da loja de sapatos.

-Assim como?

- Sei lá, tão distante.. - segurei sua mão - Pode contar comigo para o que precisar. - ele sorriu de lado.

- Só que hoje não está saindo como eu queria sabe, queria ficar a sós com você! - ele me olhou profundamente e desviei o olhar, meu coração batia forte e por um momento me senti alegre como uma criança que tinha acabado de ganhar um pirulito. - Não que não gosto da Melinda, mas ela é um pouco ..

- É, eu sei! Hoje ela ta exagerando nas compras mesmo - rimos e logo ela vei saltitante com a sacola de lado.

- Vamos ver o filme? - perguntou animada, Matt bufou, assenti e o puxei pela mão. Já haviamos comprados os ingressos para ver 'Mato sem Cachorro' , parecia ser um ótimo filme e de comédia ainda mais, o que melhorava a situação. Na entrada da sala, Melinda empurrou Matt e sentou do meu lado deixando ele na ponta. - Eu vou ficar aqui, pois não quero servir de vela pra vocês dois. - revirei os olhos, se ela continuasse insuportável desse jeito , Matt irá fazer ela em picadinhos e jogar no mar, não duvido.

No meio filme passou uma cena romântica entre os personagens, o que me fez pensar. Será que Matt gostava de mim, do mesmo jeito que eu gostava dele? Será que ele pensa em mim, como eu penso nele? Não que eu namore pensando em casamento, mas se eu vier a ter um relacionamento sério e por acaso houver um término, quero que seja por ambas as partes, nada de chatiações, ou corações partidos, o que é bem difícil, mas uma coisa que eu realmente odeio é ser magoada por alguém, ainda mais por um namorado, isso me deixa vulnerável ao mundo, como se eu fosse tão fraca a não conseguir superar aquele amor perdido. Olhei de relance para Matt que ria enquanto comia a pipoca, bem que eu gostaria que tivéssemos algo a mais do que amizade, mas não quero decepciona-lo, e deixar de ter contato com ele. De repente tentei imaginar minha vida sem Matt e me deu um aperto no coração, desviei o olhar de seu rosto e mirei a tela de cinema que agora mostrava um beijo do casal apaixonado. Por que como dizia Clarisse Côrrea “Porque amar também é isso. É se doar, é cuidar do outro mesmo estando machucado, é ceder, é estar do lado, é se sentir acolhido num abraço, é ter um ponto de paz.”, e eu não sei se estou pronta para essa paz.

O Resto do dia inteiro foi tenso, me mantive afastada o tempo inteiro de Matt, para evitar constragimento, o que eu tinha pensado na sala de cinema levei muito á sério, na verdade eu só deva ter uma queda boba por Matt, não é nada demais, eu sei disso. Mas ao contrário de mim, ele se aproximava e segurava minha mão e eu sempre fingia que ia pegar o celular ou coisa parecida para ele me soltar. Por fim resolvemos ir embora, já que ainda tinhamos coisas do colégio a fazer, as férias de julho se aproximavam  eu estava merecendo meu bom descanso. Melinda saiu do carro primeiro e logo depois Félix estacionou em frente de casa, Matt me seguiu até a porta, olhou para mim rindo e veio em minha direção para me beijar, virei o rosto a tempo dele beijar minha bochecha, ele me olhou confuso;

- Eu tenho que entrar, depois conversamos? - perguntei o abraçando.

- Ahn, claro.. - acenei e entrei em casa, que por sinal estava silenciosa. Mamãe e vovó foram para a empresa da família, já eram mais ou menos 17:00 hs, então peguei qualquer besteira na geladeira e subi para o meu quarto, tomei um banho rápido e troquei de roupa, juntei meus livros e os joguei na cama decindo por qual matéria ia estudar primeiro. Decidi começar por Quimíca, o pesadelo das matérias, só não mais que matemática. Depois de algum tempo recebi uma mensagem.

Depois do cinema, você que ficou distante. O que houve?    - Matt.

Passei um tempo pensando em uma resposta concreta, que explicasse algo pra ele, mas não consegui.

Não sei, de repente me bateu um medo de te perder. 

Segundos depois:

Eu já sou seu, não se preucupe.    -Matt

E respondi:

Matt, acho que não podemos passar de amizade. E é sua culpa..

Ah, então, a culpa é minha agora?  - Matt

Não estou dizendo que seja sua culpa, mas sim, a culpa é sua! Desculpa, nem eu estou me entendendo direito. Boa Noite.

Boa noite, ainda te amo. -  Matt.

E então, eu não entendi o por que eu escrevi aquilo, alias, entendi um tempo depois. Por que ele tinha que ser legal comigo a ponto de gostar dele, por que ele tinha aquele jeito brincalhão que me deixa boba, por que ele tinha que ser o Matt? Por que?  

- Ah Matt, Como eu queria odiar a saudade, o tanto quando odeio sentir sua falta. - sussurrei baixo, e logo minha porta foi aberta. Era minha mãe e trazia alguns envelopes na mão.

- Querida, uma carta pra você. - ela jogou um envelope e saiu do quarto , mas antes me deu um beijo. Abri ela rapidamente.

Querida Jade,

Resolvi mandar uma carta dessa vez, para que não tenhamos brigas por telefone e eu não resolver complicar sua vida. Por fim, você terá mais três dias, até o dia de me entregar o chip. Espero que não tenha dado um fim nele, se não ficarei bastante bravo, e espero também que tenha resolvido entregar o chip por vontade própria ao contrário, irá sofrer bastante.

Estou disponível a pagar 500 mil reais em troca, leve o chip para a Rua dos Jardineiros, do lado de uma praça, lá receberá mais instruções. Não envolva polícia no caso, e só terá direito de levar uma pessoa com você para lhe acompanhar. Viu, nem somos tão mals assim, só queremos que Max cumpra a sua palavra , como disse a 7 anos atrás e nos dê o chip.

Cai de costas para cama, torcendo para que tudo aquilo acabasse logo.


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Notas finais do capítulo

Awn meus amores, espero realmente que estejam gostando, sério mesmo !
Estou aceitando tudo viu , comentários, recomendações, pedradas, tomates .. so mandar !
kkkk
beijos , até o próximo capp..