~três dias depois ~

Depois de três longos dias, finalmente chegou o momento de entregar o chip para os traficantes, eu logo iria me livrar disso e estaria livre dessa loucura inteira. O despertador tocava irritantemente, ainda era 8:00 hs da manhã de sabado, não sei por que raios, acordei tão cedo. Me levantei preguiçosamente fui até meu guarda roupa e peguei um short jeans e uma camisa caida nos ombros e fui tomar um banho. Demorei um pouco e quando por fim sai me senti mais despertada.

– Bom Dia! - beijei minha mãe e vovó, elas estavam sentadas tomando o café da manhã.

– Hum, acordando tão cedo! - Maggie disse - O que aconteceu?

– Nem eu sei - ri, pegando um copo de suco e uma fatia de bolo - estou tão nervosa...

– Por que o nervosismo? - minha vó perguntou.

– ahn, eu? Nervosa? - tomei um gole de suco - Ah, lembrei agora que tenho que ir na casa do Matt.. - me levantei - tchau gente!

– Ei, mas você não comeu nada! - ouvi minha mãe gritar, mas ja era tarde demais ja estava do lado de fora da casa. Era impressão minha ou aquela espera toda estava me deixando louca? Respirei fundo e fui até a casa dele, contra a minha vontade, não sei como eu iria encará-lo depois das mensagens que eu tinha mandado para ele ontem. Eu provavelmente posso ter acabado com todas as chances que eu tinha com ele. Bati na porta, nínguem atendeu, bati uma segunda vez, nada, suspirei sentindo as lágrimas querendo vir á tona, me virei para ir embora.

– Jade? - olhei para a porta e lá estava a mãe de Matt. - Você que bateu na porta?

– Ahn.. Foi, é que.. - ela me interrompeu.

– Entre querida, Matt deve estar no quarto, venha ande! - ela acenou para que eu entrasse e assim fiz - Provavelmente deve estar dormindo, quer ir acorda-lo?

–Claro! - subi as escadas, e entrei no seu quarto.

Dava pra distinguir qual era a porta, já que ali ainda tinha a placa ' Não pertube'. Girei a maçaneta, ele estava deitado na cama de costas pra cima coberto por um lençol. Oh Deus, que ele esteja vestido por favor. Antes de acorda-lo, mirei seu quarto, que não havia mudado muita coisa desde que entrei ali da última vez, a parede com papeis estava mais volumosa, pois tinha se acrescentado mais desenhos ali, alguns bem bizarros como uma cabeça de elefante no lugar de uma cabeça de robô, a paisagem era nada mais, e nada menos que uma praia. As que eu mais gostava era uma de Henry e Melinda que ele havia feito, e mais para o canto da parede pude perceber alguns desenhos meus também. Matt conseguia ser fofo até quando não queria. Me sentei no chão de modo que ficava de frente para ele, estava tão leve e sorridente enquanto dormia que me deu pena de acordá-lo, então passei a mão entre seus cabelos negros, repousei a cabeça por cima de meu braço na cama mirando seu rosto. Com sorte eu teria acabado com todas as chances de ter um relacionamento com ele. Isso tudo é culpa minha na verdade, eu com essas ideias e medos mirabolantes que sempre acabam com tudo e quando vejo, tenho estragado metade da minha vida, Parabéns Jade, você é uma completa idiota!

***

– Jade? .. Jade? O que está fazendo aqui? - abri meus olhos devagar e vi Matt sentado na cama sem camisa passando a mão no rosto, seu cabelo estava bagunçado e a cara amassada. Sorri tirando esses pensamentos maliciosos da minha cabeça.

– Eu não sei .. - disse baixo levantando a cabeça e bocejei.

– Ah, então você se telestranportou da sua casa até aqui.. - ele sorriu.

– Provavelmente - levantei do chão me espreguiçando - Na verdade eu vinha te acordar, mas não tive coragem e acabei dormindo.

– Não me diga! - ele me puxou pela cintura me fazendo cair na cama,fazendo cosquinhas e se deitou ao meu lado se apoiando no cotovelo. - O que foi aquilo ontem a noite hein? - ele me olhou sério - Eu fiquei preucupado com você, quase não dormi.

– Não precisa perder seu sono comigo, eu estou bem!

– Não fuja do assunto Jade, por que faz isso comigo? Sabe que eu gosto de você.. - ele me olhou triste enquanto enrolava meu cabelo nos dedos, me apoiei no cotovelo a fim de encara-lo.

– Eu tenho uma coisa que me afasta das pessoas sabe.. Eu não sei te explicar, eu tenho bastante medo de gostar de alguém e no final ela me decepcionar. Por que é sempre isso que acontece, as pessoas gostam de mentir pra mim como se eu fosse uma criança que não fosse capaz de entender tudo. Entende?

– Não, não entendo. Na verdade, a cada dia que passa mais eu tenho vontade de ficar ao seu lado. - o olhei boba.

– Juro que estou me segurando pra não te beijar agora.. - ele riu.

– Não se segure! - ele se aproximou e me beijou levou sua mão até minha nuca me puxando para mais perto. Por mim eu ficaria até a eternidade ali, mas eu ainda precisava respirar. Me separei dele ainda com os olhos fechados.

– Não faça isso, sou uma moça de família! - eu ri sentindo ele me selar de novo - É errado beijar um garoto na cama dele sem estar namorando.. - ele me olhou pensativo.

– Sem problema então - ele se levantou rápido e foi até seu guarda roupa, pegou algo e se jogou na cama novamente, ele estava segurando uma caixinha preta e me olhou sugestivo, ele abriu a mesma revelando dois aneis de compromisso - Então, eu não sei fazer isso direito, então vou direto ao ponto. Jade, eu te amo, quer namorar comigo? - o encarei com a boca escancarada, me sentei na cama analisando os anéis.

– Vou pensar no seu caso - reprimi um riso.

– O que? - ele se sentou na minha frente me encarando perplexo, ele revirou os olhos - Vou encarar isso como um sim! - ele disse vindo até a mim para me beijar novamente e me levantei da cama me afastando.

– Ah, qualé Matt.., nem um textinho fofinho pra me convencer? - balancei a cabeça negativamente - Eu esperava mais de você..

– Você quer um texto? - ele se levantou - Tudo bem, vamos fazer isso completo então - Espera um minuto - foi até o guarda roupa, vestiu uma blusa, arrumou o cabelo e colocou perfume, saiu do quarto e voltou com uma rosa. Ele veio até mim e se ajoelhou na minha frente.

– Não precisa di.. - ele me interrompeu.

– Shiu.. não diga nada.. - ele pigarreou - Jade Darren, Você é tudo que eu sempre sonhei, na verdade, é muito além disso. Eu te amo. Quando olho pra você ou até mesmo quando penso em você eu te amo um pouco mais. Eu amo sua coragem, eu amo que você faça tudo pelas pessoas sem esperar algo em troca. Amo que, secretamente, você tem um coração imenso cheio de bondade, que faz com que você perdoe até quem talvez não mereça perdão. - nessa altura, eu já estava chorando - Eu amo sua generosidade, sua inteligencia, sua humildade, sua beleza, sua bravura, sua criatividade, o poder que você tem sobe mim. Eu amo seu senso de humor as vezes meio rebelde. Seu sorriso é magico, e é super fofo o jeito que você fecha os olhos quando sorri. Você é a mulher da minha vida, menina rebelde, minha pirralha.. Namora comigo? - ele sorriu.

– Eu fecho os olhos quando sorriu? - ele revirou os olhos.

–Posso considerar isso um sim? - assenti rindo.

Ele se levantou e me beijou abraçando minha cintura com os dois braços e me apertou com força, apertei o pescoço dele também e envolvi minhas pernas no seu quadril.

– Eu te amo muito viu.. - ele roçou seu nariz no meu.

– Awn, eu também ..

– também o que?

– Me amo, ora mais! - sorri convencida..

– Ah sua convencida! - ele me abraçou forte - Vamos ver quem te ama mais aqui! -ele mordeu minha bochecha e soltou minhas pernas e me puxou pela mão até a cama, abriu a caixinha e colocou o anel no meu dedo, e fiz o mesmo no dele. - Aqui dentro tem escrito ' Que seja eterno enquanto dure'

– Vai ser eterno! - assenti o beijando. Eu estava assustada com aquele momento, eu ja tive um namorado antes de Matt, mas foi diferente - Matt - o chamei, me separando dele e fitando o anel.

– O que foi? - abri a boca, para tentar lhe dizer mas não consegui, falar isso pra algum amigo ou familiar, era diferente. Mas para um namorado, aquilo exercia uma pequena pressão sobre mim, era uma coisa meio óbvia, mas que eu tinha medo de admitir, por que nunca se sabe se o nosso namoro vai perecer. Pare Jade, você está sendo idiota! Sim, eu estou. Imaginando um fim, para algo que começou á alguns minutos.

– Eu .. - pigarrei, olhando para baixo. Encare, não sinta medo. Olhei para seus olhos verdes, eu não acreditava que estava travando uma batalha comigo mesmo. Fale logo sua idiota. - Eu te amo Matt! - sorri envergonhada.

– Eu acabei de ganhar meu dia! - ele sorriu me puxando para mais um beijo. Esse garoto não cansa?

***

Já era 20:00 hs e estava esperando Max do lado de fora de sua casa junto com Matt. Era agora ou nunca, iria me livrar desse chip de uma vez por todas e viver normalmente.

– Eu quero ir com vocês, estou com um péssimo pressentimento. - Matt me abraçou.

– Você vai ficar aqui na casa do Max, a gente volta o mais rápido possível. Eu prometo. - escolhi ele para me acompanhar, por que enfim, acho que ele gostaria de ir comigo, ja que ele teve tanto trabalho, por outro lado foi maldade minha também, ele vai ver anos de trabalho serem destruidos na frente dele.

– Acho isso totalmente injusto..

– Se você soubesse como eu não queria ir .. - abracei ele mais forte. Vesti uma roupa mais quente, ja que São Paulo fazia bastante frio, principalmente agora á noite. Max abriu a porta e entregando a chave a Matt.

– Podemos ir ja, desculpem a demora. - assenti me afastando, olhei o relógio - Vamos logo, temos que estar na rua 21:00 hs.

–Sim, verdade.. vamos logo então. Fica ai tá, voltamos logo! - ele me beijou.

– Cuide dela por favor! - ele pediu a Max que assentiu. Entrei no carro, no banco do lado do motorista, acenei para meu namorado e Max pisou fundo no acelerador. Liguei o som em uma rádio qualquer para preencher o silêcio no carro, depois de 30 minutos na estrada, ainda não haviamos chegados, alem do que o lugar era bem estranho e escuro.

– Falta muito? - perguntei.

– Estamos chegando, o local é bem longe..

– É eu percebi. - disse com um tom de preucupação e nervosismo na voz, acho que ele percebeu isso.

– Vai dar tudo certo, pode acreditar! - ele sorriu confiante, um sorriso que eu nunca tinha visto nele. Um sorriso que te enchia de esperança. Alguns minutos depois ele parou o carro no acostamento. - Chegamos..

– Algum sinal deles? - me inclinei para ver pela janela, a rua estava escura e vazia, o que a iluminava era o farol do carro, ali em frente havia uma lanchonete fechada e um beco sem saída. - Estou com um mal pressentimento.

– Não se preucupe - ele sorriu segurando minha mão - Não vou deixar que nada de mal te aconteça. - ele suspirou, dava pra ver a tensao ali - Vamos sair do carro, eles provavelmente devem estar escondidos por ai, alias, no carro tem fumê, eles não nos veria de qualquer forma - sorri assentindo. Passei para o lado de fora, e me encostei ali no capô, Max se juntou a mim e olhou o relógio. - Bom, eles realmente ja devia estar aqui. - quando ele terminou de falar, ouvimos o barulho de pneu de carro na pista, logo a frente um carro esportivo preto vinha em nossa direção á toda velocidade, ele parou a aguns metros de nós. Um homem forte e careca saiu dele, ele usava um terno e seu parceiro de lado estava carregando uma arma ao seu lado, o moreno sorriu.

– Creio que sejam Max Polerman e Jade Darren .. - olhei preucupada para Max e assenti - Queiram me acompanhar por favor..

– O acordo era nós entregarmos a encomenda aqui..

– Bom senhor Max - o moreno falou levantando a arma para deixarmos ve-la melhor. - Creio que queira deixar as coisas mais fáceis, acredite estou com sede de matar alguem e não uso essa belezinha á algum tempo. - engoli em seco.

– Vamos logo Max - o incentivei - Vamos acabar logo com isso. - ele assentiu , enquanto andávamos em sua direção, o casaco do meu bolso parecia pesar uma tonelada, a caixinha com o chip estava me deixando nervosa.

– Que garota esperta .. - o careca riu abrindo a porta de trás, entramos e ficamos la esperando eles começarem a dirigirem. Os dois foram conversando coisas que eu não entendia o caminho inteiro.

– Pra onde estão nos levando? - Max perguntou.

– Sem respostas pra você rapaz, você ja verá.. - bufei pedindo a Deus que fizesse o tempo passar logo para que tudo isso acabasse e eu enfim levar uma vida normal. Depois de alguns minutos, o carro parou e eles sairam do carro, abrindo depois a porta para nós fazermos o mesmo. Nos guiaram por uma rua estreita e escura que nos levou até a borda de um porto de barcos e navios. Eu reconhecia aquela praia, foi ali onde ela fez o seu primeiro passeio de barco com o pai. Respirei fundo para afastar aquela lembrança. Ali havia um grande iate, alguns homens como o moreno e o careca estavam ao redor, subimos a ponte de madeira e depois fomos para dentro dele. Ele era branco com alguns tons pretos, ali perto havia garrafas de champagne, garçom e outros serviçais.

– Ora, ora se nao nos reencontramos de novo .. - pulei para trás e virei para encarar um homen loiro de terno - Nao precisa se assustar querida, eu não mordo - seu olhos pretos eram gélidos e trazia consigo um sorriso irônico e uma taça de champagne - mas eu mato se for preciso. - ele riu - Sejam Bem Vindos ao meu humilde barco, sintam-se a vontadem.. Bebem algo? - neguei, olhei para Max e ele permanecia estável do meu lado, mirando com raiva o homem á nossa frente. - Vejo que continua impassivel como sempre Max... Polerman .. Como está o seu filho? Ainda depende da sua mulher...

– Isso não é da sua conta - ele grunhiu - Vamos logo acabar com isso..

– Ah, eu não tenho pressa, esperava ter uma boa conversa com vocês, como nos velhos tempos..

– Eu não tenho nada pra falar com você..

– Mas eu tenho - o loiro o cortou. - Façam o favor de se sentar.. - puxei o braço de max até o sofá mais próximo. - É realmente um prazer conhecer a filha de John. Creio que seja inteligente igual a seu pai.. mas não deve saber de algumas coisas, como o passado de seu pai .. - neguei. Meu coração batia tão rápido que fazia doer. - Ah, antes de tudo, deixe me apresentar, sou Jordan Collins. Estudei na faculdade junto com Max e seu pai. Podemos dizer que éramos um trio inseparável - ele andou em nossa direção, estralou os dedos e dois criados trouxeram uma poltrona e colocaram na nossa frente, ele se sentou com as pernas cruzadas e me olhando fixamente o rosto - Faziamos trabalhos juntos, saiamos juntos, tudo nosso era dividido, menos as namoradas, mas bem que eu queria pegar a sua mãe. - ele riu, supri a vontade de me levantar e socar aquela cara - Me desculpe, mas era verdade. Maggie era uma das garotas mais lindas e cobiçadas do colégio, todos a queriam, e olha só quem ela escolheu.. o meu amigo nerd, ele sabia que eu gostava dela, eu havia o dito. Mas ele me veio com uma desculpa que ela precisava de aulas de quimica e que estava a ajudando.. run, como se eu fosse cair nessa..

– Mas por que vocês se separaram? - minha voz falhou, ele riu.

– Inveja, ciúmes.. tanta coisa envolvida garotinha. Max, Jordan e Jonh deram lugar para Max e Jonh, eles - apontou para Max - começaram a me deixar de lado, agora era a dupla inseparável - ele riu - começaram a fazer planos e essas besteiras que você ficou sabendo que seu pai fez - revirou os olhos, Max que estava calado até esse momento falou.

– Pelo menos fizemos algo de útil na nossa vida, e você o que fez depois da faculdade Jordan? Continuou com os roubos do seu pai?

– Depois da faculdade, meu pai morreu, você deve ter ficado sabendo, antes de morrer ele me falou do tal chip e bem, meu pai pagou por ele, você ficaram com o dinheiro e ele com as mãos abanando, eu quero ele. Mas como eu sou um cara bom, resolvi pagar novamente, para que possam me dar chip de bom grado. Saibam que eu vou por as mãos neles por bem ou por mal.

– Nós já estamos aqui Jordan, vamos acabar logo com isso.. - Jordan suspirou e colocou a taça de lado.

– Tudo bem, eu tentei colocar esse encontro como uma visita de velhos amigos, mas se vocês querem ir logo. Vamos aos negócios - ele sorriu, estralou os dedos e um criado trouxe com ele uma mala prata que colocou sobre a mesa, ele a abriu e mostrou uma grande quantidade de dinheiro que havia ali dentro. - Bom, aqui esta minha parte .. Onde está o chip? - olhei para Max e ele assentiu. Coloquei a mão dentro do casaco e tirei a pequena caixa preta, a abri dando a Jordan a visão do chip, ele a olhou maravilhado e estendeu a mão para pegar.

– Primeiro o dinheiro.. - ele revirou os olhos.

– Eu poderia muito bem economizar esses 500 mil e matar vocês dois, vocês não teriam saida, estão cercados dos meus guardas - entrei em estado de alerta, era possivel Jordan não cumprir a parte do plano dele, nao haviamos pensado nisso - Mas, eu sou um homen de palavra e deixarei vocês irem. Mas com uma condição, o que aconteceu aqui ninguem deve saber, se isso cair na ouvido da polícia, eu saberei que foram vocês, e podem dizer adeus a seus entes queridos.

– Não iremos contar nada a ninguem Jordan - Max disse calmo - Só nos deixe ir embora logo..

– Tudo bem - ele estendeu a mão com a maleta e Max a pegou, com a mesma mão estendida, virou para mim, respirei fundo e a coloquei em sua mão. Ele riu maravilhado enquanto analisava o pequeno chip em sua mão - Até que enfim, eu sabia que esse dia iria chegar.

– Bom, então nós ja vamos - Max se levantou e eu o segui..

– Ainda não - os seguranças tamparam a passagem...

– Você ja tem o chip, deixe-nos ir... - Max falou com raiva.

– Você acha que sou idiota Max?

– Quer mesmo que eu responda?

– Vou conferir se o chip está funcionando.. - então eu gelei, o plano era, quando o chip fosse colocado em uso, ele liberaria milhares de vírus que destruiriam o computador e junto com ele o chip. - Nao vou ser enganado igual meu pai .. - Max revirou os olhos e cruzou os braços batendo os pés. Jordan, pegou o notebook do lado e colocou o chip dentro, depois de alguns minutos mechendo nas teclas, ele franziu o cenho, segurei o braço de Max forte, mas ele não esbanjava nenhuma expressão de pânico e tentei ficar do mesmo jeito. Jordan sorriu. - Todo o país agora está em minhas mãos.. Se preparem para ver o Brasil ficar em uma época difícil. Agora, podem ir, minha vez de comemorar - ele riu e colocou o notebook de lado, uma mulher morena saiu da cabine e veio em direção a Jordan, sentou no colo dele e o beijou, ele sussurrou no ouvido dela e olhou para mim - Espero lhe ver outras vezes minha cara, foi um prazer fazer bons negócios com você. - estremeci, olhei para trás e Max ja estava a uma certa distância, corri até ele e fomos guiados de volta, os capachos de Jordan nos levaram de volta até o nosso carro e ouvimos o barulho do carro esportivo indo embora, suspirei aliviada.

– Acho melhor irmos logo .. - Max assentiu em silêncio, entramos no carro e voltamos para a pista.

– Faz tempo que não havia sentido isso.. - ele disse.

– Sentindo o que?

– Alivio ..

– Agora estamos livre dele, podemos voltar a viver nossas vidas normalmente. - ele assentiu - Max, eu quero que você fique com o dinheiro. - ele me olhou.

– Não vou ficar com esse dinheiro..

– Você vai sim. Não é justo eu ficar com ele, você e meu pai trabalharam duro por esse chip e no final ver tudo isso acabado, sei que não deve ser fácil.

– Acredite, nao é fácil. Mas não quero nada que tenha passado na mão de Jordan.. Ele foi um canalha, e pelo jeito continua sendo um..

– Max eu não posso simplesmente entrar em casa com uma maleta de 500 mil reais, o que minha mãe vai dizer? Eu nem mesmo tenho conta no banco pra poder depositar.. Não posso dizer simplesmente dizer que ganhei num jogo ou que achei por ai, você tem que ficar com isso, eu sei que você precisa mais do que eu. - ele me olhou pelo canto dos olhos e cotinuou calado. - Por seu filho Max - senti ele ficar tenso - Sei que você tem vontade de conhece-lo, sei tambem que você vive de uma mesada de sua ex para poder ficar longe do garoto. - lágrimas brotaram de seus olhos - Fique com o dinheiro e procure seu filho. - ele assentiu.

– Tudo bem, eu aceito .. - passei a mão na sua bochecha e enxuguei suas lágrimas - Mas eu vou lhe dar uma parte..

– Eu não quero..

– Você vai aceitar .. pelo seu pai.. - sorri de lado e assenti. Algum tempo passou.

– Por que o chip não destruiu na hora em que ele colocou no notebook?

– Ele vai destruir dentro de 5 dias - ele disse - ora Jade, você acha que sou idiota? - tentou imitar a voz de Jordan.

– Quer mesmo que eu responda? - ele sorriu e parou o carro em frente sua casa, dava pra ver Matt da janela olhando para nós, sorri ao vê-lo sair depois pela porta em nossa direção. Sai do carro e abracei Matt, me senti a pessoa mais feliz do mundo por estar ao seu lado, Max depois se juntou a nós, não resisti e o abracei.

– Max, - sussurrei em sua orelha - depois disso tudo eu vou ser feliz, e espero que você seja tambem.