2:45 Hs escrita por Isleane Ellen


Capítulo 19
Ligação inesperada


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas lindas, como vão ?
Não postei antes por causa da gincana no colégio, não tinha tempo nem de respirar
Boa Leitura:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/344491/chapter/19

Já faz um mês desde que sai do hospital, desde desse dia, venho me recuperando bem e já voltei as atividades normais. Nada de mais aconteceu nesse período, eu tive uma pequena discussão com Sophie. Nicholas, declarou que gostava de mim, mas eu pedi um tempo para poder pensar, e acho que ele já desistiu. Eu e Matt estamos bem próximos, e para Henry e Melinda, já vejo um casamento próximo. Quando eu soube o que Melinda fez por mim, para pegar a assinatura, quase morri de rir, aliás, estou devendo uma á ela, um dia sem querer se esbarramos com o doutor, e ela caiu no chão para poder se esconder, é deve ter sido constrangedor mesmo.

Depois de ter terminado de fazer o trabalho de Geografia atrasado, desci para a cozinha a fim de comer algo. O Domingo estava um tédio, o dia estava frio com previsão de chuva para mais tarde, isso acabou com meus planos de fazer uma caminhada no parque. Fiz pipoca e me sentei no sofá colocando o filme Mama Mia para assistir. Mas então, o telefone tocou:

- Alô? 

- Gostaria de falar com Jade Bauer - uma voz grossa falou do outro lado.

- É ela mesma, quem é?

- Somos alguns... - ele parou e riu - amigos de seu pai..

- O que vocês querem?

- Eu acho que você sabe bem o que eu quero - falou ameaçador.

- Se eu soubesse não estaria perguntando! - bufei.

- Olha o tom mocinha, é só eu estalar os dedos que seus amiguinhos vão para o ar!

- Escuta aqui você, me fala logo o que quer, não tenho tempo para ouvir suas ameaças. E encoste um dedo nos meus amigos que você nunca mais vai ver o chip , se é isso que você quer.

- Oh, não sabia que você era tão valente, é bem diferente do seu pai, alias ele era um covarde.

- Você tem 2 minutos, e irei desligar o telefone. Não estou para brincadeiras.

- Tudo bem. Só liguei para avisar que você prepare o chip, e o preço de vocês, ligarei depois para dar mais informações. - e desligou o telefone. Suspirei, não podia negar que estava com medo do que podia acontecer daqui pra lá, se meter com esses caras não era nada agradavel, óbvio, por que não é nada fácil lidar com quem ameaça matar sua familia e amigos. Peguei meu casaco e fui para a casa de Matt, chegando lá sua mãe me cumprimentou com um abraço e depois subi para o seu quarto, abri a porta e ele estava deitado em sua cama desenhando algo no caderno.

- Boa Tarde ! Desenhando o quê ? - ele se assustou quando me viu - Ui, sou tão feia assim? - ele negou.

- Não, é que.. eu estava concentrado, me pegou de surpresa! - ele riu, colocando o caderno debaixo do travesseiro, me sentei ao seu lado - Como vão as coisas?

- Estou cansada de tanto escrever, como pode em 3 semanas os professores passarem tantos trabalhos assim? - eu disse abrindo e fechando minha mão, estava dolorida.

- 3 semanas é muita coisa Jade! - ele revirou os olhos sorrindo, não sei por que mas aquilo mexia comigo.

- Não é não. Alias, um homem me ligou hoje..

- Que homen? - ele se sentou, se aproximando mais.

- Não sei, ele só disse que era um amigo do meu pai, pensando bem, acho que não era. E falou para separarmos nosso preço e pois eles queriam o chip. - ele me olhou pensativo.

- Você vai entregar ?

- Não tenho outra escolha - suspirei, anos de trabalho do meu pai, vai ser jogado no lixo em alguns dias.

- Mas vamos tentar aquilo que Max nos propos não é? De tentar com que o chip se auto destrua?

- Temos que tentar, pelo menos.. - suspirei, ele veio até a mim e me deu um abraço forte.

- Não se preucupa, vai dar tudo certo!

- Assim, espero ! - abracei sua cintura forte. Desde quando Matt tinha ficado mais forte? Enxuguei umas lágrimas que teimavam em cair e me separei dele. - Quando você pode ir comigo conversar com Max?

- Que tal amanhã? Tudo bem pra você? - assenti, ele tinha se movido pra ficar de frente pra mim, tirou uma mecha de cabelo que caia no meu rosto e sorriu. - Será que são os mesmos da festa de aniversário do Prefeito? - ri tentando imaginar o prefeito com aquelas saias rodadas de balé.

- Não faço a minima ideia, e nem me lembre daquela noite, eu quase morri! - gargalhei, colocando o meu cabelo de lado.

- Mas aquela noite foi tão legal! - ele riu, abaixando a cabeça.

- Aé, me diga que parte foi legal, além do que eu quase fui pega com você no guarda roupa? - o encarei.

- Quando nos beijamos, foi bem legal! - minha boca se abriu em um perfeito O, abaixei a cabeça sentindo minhas bochechas corarem fortemente, ouvi sua risada gostosa, ele levantou meu queixo e me fitou, se aproximando. Ótimo, eu já sabia o que ia acontecer dali pra frente.
 

Então ele me beijou, de uma forma doce e devagar, ele me puxou para mais perto e colou nossos corpos, a intensidade do beijo aumentou, eu sabia que necessitavamos daquilo , eu amava Matt Kelson, e provavelmente, o sentimento era reciproco, já estava na hora de admitirmos isso. Ele separou o beijo me olhando, seus olhos transbordavam de felicidade, ele sorria de forma radiante.

- Quer ser minha namorada? - ele perguntou.

MAS NÃO FOI ISSO QUE ACONTECEU! Desculpa eu tenho a mania de sonhar com as coisas que podem acontecer segundos depois, só deu tempo de ele me dar um selinho e a mãe dele entrou no quarto, estragando tudo. Obrigada, quase sogra!

- Meninos, eu vim chamar vocês para um... - ela nos viu e parou, me separei dele sorrindo envergonhada - Ah, desculpa, não sabia que estavam ocupados!

- Não estávamos - eu disse rápida - estamos só conversando! - olhei para Matt e ele estava rindo, passando a mão no cabelo.

 - Bom, vou fingir que não vi nada! - ela riu - Mas querem comer um lanche rápido?

- Seria ótimo, estou morrendo de fome! - ela saiu do quarto, - Vamos então? - assenti, ele entrelaçou nossas mãos , um frio correu por minha espinha e eu acho que ali foi a primeira vez que algo iria dar certo na minha vinda ao Brasil. Fomos para a cozinha, Katy tinha preparado um lanche reforçado para a gente, ela insisitiu em dizer que estávamos magros e precisavamos comer bastante, isso por que ela era nutricionista e começou a falar o quanto os carboidratos eram importantes, então demos um jeito de sair dali com o nosso sanduiche para a varanda em frente da casa.

- Sua mãe é uma graça - eu disse dando uma ultima mordida.

-É, eu sei - ele riu - imagina só viver com uma nutricionista em casa, é difícil, mas eu consigo superar... - rimos , olhei para  relógio , já ia dar 16:00 hs, e começou a chuviscar.

- Acho melhor eu ir embora, antes que a chuva aumente! - ele assentiu.

- Então nos vemos amanhã e vamos ver o Max né .. 

- Sim, eu posso pedir pra Félix nos deixar lá. Tchau - acenei e ele retribuiu, caminhei até o  portão, abri ele lentamente.

- Jade, espera! - ele me puxou meu cotovelo e me envolveu em um beijo demorado, no começo tentei me afastar assustada, mas me deixei levar pela minha inutil vontade de continuar ali retribuindo seu beijo debaixo da chuva, ele agarrou minha cintura colando nossos corpos e minha mão foi ao encontro de sua nuca, para um segundo beijo aquilo não estava sendo nada mal. A chuva engrossou mais, e surgiu alguns barulhos de trovões no alto, me separei dele olhando para cima e sentido as gotas tocarem meu rosto, aquilo estava sendo muito bom pra ser verdade, eu sorri, ele me abraçou forte e disse no meu ouvido - Agora vai, não quero ser o responsável por você ficar doente amanhã! - ele me selou, e voltou para casa e eu fui correndo para a minha.

Meu Deus, aquilo foi de verdade, não foi sonho, muito menos minha imaginação, Matt Kelson me beijou e eu retribui, e ele ainda realizou meu sonho de beijar o cara que amo debaixo da chuva! Espera, eu disse isso mesmo ? O cara que amo? Será que Matt é esse cara? Será que eu realmente o amo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Estou aceitando tudo, comentários, pedradas, criticas, elogios, recomendaçoes, beliscões e até tomate e alface na cara , so mandar !



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "2:45 Hs" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.