Stalker escrita por Fan


Capítulo 7
Columnas de sal


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é dedicado à minha amiga thaisg, por atender com carinho e de forma muito atenciosa meu pedido tão difícil.

anathema-lost control



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- Mãe, cheguei!

- Onde você estava? Me ligaram da sua escola dizendo que você havia saído escondido.

- E o que falou pra eles?

- Que você estava com seu pai. Mas onde você estava de verdade?

- Na casa de um amigo.

- Conheço?

- Não, mas de qualquer forma a Cath estava comigo.

- E essas roupas? Onde estão as suas?

- Estão na mochila.

- Tá bom, depois a gente conversa mais. agora vá tomar banho e não fique acordado até tarde, já vai dar onze da noite!
- Tá mãe! beijo!
- Beijo!

Será? Será que alguma coisa havia mudado? Claro que sim, ele me beijou! Por outro lado, como ele mesmo disse à Cath enquanto eu "dormia" no carro, foi apenas para amenizar a dor que eu sentiria.

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Será? Será que alguma coisa havia mudado? Claro que sim, eu o beijei! Por outro lado, ele estava assustado e sentindo dor, eu posso estar confundindo as coisas.

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Acordei às 6:00hrs, estava excitado... mas não me lembrava de nenhum sonho que causasse tal "efeito", de qualquer forma, não era uma ereção matinal comum... estava realmente excitado. Tomei um banho, e no banheiro me aliviei. Já estava vestido quando meu celular tocou, era Cath.

- Ví, onde você está?

- Em casa. E você?

- Na escola, e é melhor vir logo, eu tenho uma surpresa pra você!

- Então tá, daqui a pouco eu chego aí. - O que será que ela estava aprontando?

Vindo de Catherine, poderia ser qualquer coisa. Bem, só há uma forma de descobrir. Caminhei até a escola, encontrando Cath no portão ao lado de um garoto. Quem será ele? Ele é a tal surpresa?

- Victórius meu amor, ainda bem que você chegou!

- Não faça escândalo!

- Nossa, eu te recebo com tanto carinho e você me trata assim? Pois fique sabendo que eu mereço respeito!

- Está bem Cath, me desculpe! De qualquer forma, você disse que tinha uma surpresa pra mim. Qual é a grande novidade da vez?

- Ah sim, já havia me esquecido. Victor este é meu amigo Lúcio, Lúcio este é meu amigo Victórius.

Lúcio, como Catherine havia o apresentado, era um garoto baixo(cerca de 1,65 de altura, eu tenho 1,82), loiro de cabelos lisos sobre o rosto, usava óculos de armação grossa, e tinha a pele lisa como a de um bebê.

- Muito prazer Lúcio! - Felei, lhe estendendo a mão em cumprimento

- Ah.. É... O p... Prazer é todo meu! - Ele estava nitidamente nervoso, sua mão macia e delicada, estava gelada

- Você está bem?-perguntei preocupado, talvez estivesse passando mal

- Ele está bem. - Se adiantou Cath - Só está um pouco nervoso por conhecer um cara tão gato quanto você!

- Catherine! - Repreendeu o garoto

- Não liga não, ela tá só brincando.

- Eu sei... mas é constrangedor.

- É... Você vai estudar aqui?

- Sim, na verdade eu vim de Sorocaba. - Falou de cabeça baixa

E assim continuamos conversando até o sinal tocar 7:00hrs.

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Passei dos limites, me aproximei demais. O que um dia fora apenas curiosidade, tomara proporções gigantescas, e eu, que sempre acreditei ser forte, "à prova de emoções", agora sinto com dor o peso no coração. Não consigo! Não posso! Estou só! Achei que poderia viver sozinho, afastei-me de amigos, de companhias, já não tinha meus pais. Estava errado, descobri que assim como na música, meus castelos também estavam apoiados em pilares de sal e de areia, e agora tenho que os sustentar sozinho.

Oh Senhor! Fazei-me fraco, para que eu caia de joelhos e estas pedras caiam sobre mim! Pois só assim deixarei que caiam os "castelos" do orgulho, egoísmo e arrogância.

Fazei-me cego pela lâmina de uma espada, para que meu olhar não volte a cair sobre aquele garoto.

Arranque Senhor minha mão direita, para que esta não volte a machucá-lo, e para que assim não o arraste comigo até as profundezas de minha loucura.

E se um dia mestre, meu amor se tornar uma obsessão, que eu perca minha vida antes de minha consciência, para evitar que ele se machuque por minha causa.

Ainda dentro do carro, avistei Victórius e Catherine conversando com um garoto na porta da escola. Sim, eles pareciam se entender e Victor sequer reparava meu carro aí parado, estava tudo dando certo, havia cumprido minha missão, ele estava feliz. Saí do carro e caminhei até a entrada da escola. Ao passar por lá, sorri, fora o primeiro sorriso verdadeiro em muito tempo, beijei Victórius na testa e continuei andando sem ser seguido. Lá, na parte histórica da escola(os prédios naquela ala eram centenários), as duas torres erguiam-se imponentes apesar de seus nomes denotarem fraqueza (a torre sul chamava-se "pilar de sal" e a norte "pilar de areia"). Subi a escadaria interna do pilar de sal, e chegando ao topo tive a visão mais bela do Sol , o mesmo Sol que eu acreditava odiar e que agora queria alcançar. Ergui-me sobre o parapeito centenário, sentindo-o esfacelar-se sob meus pés, estava livre, meus braços agora iam se soltando das colunas para finalmente me fazerem voar como um anjo. Assim, por fim, faria jus à meu nome.


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Notas finais do capítulo

Convido-os cordialmente à leitura da one-shot de minha autoria: "Falta pouco!"
http://fanfiction.com.br/historia/347587/Falta_Pouco/



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