Stalker escrita por Fan


Capítulo 6
In Nomine Patris


Notas iniciais do capítulo

Aos leitores de "Stalker", deixo meus sentimentos, e peço desculpas pelo novamente curto, e em caráter extraordinário, de baixa qualidade capítulo.

Feira de Mangaio-Clara Nunes



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Victórius ainda estava sobre o balcão, Catherine berrava do lado de fora do box, minha língua latejava e sangrava. Abri a porta com dificuldade, pois tive que segurar Victor que estava desacordado.
_O que você fez com ele?
_Nada.-respondi seco.
_Ví, você tá bem?
_Ele não pode responder.
_Como assim?
_Ele desmaiou por causa da dor.
_Dor? O que você fez pra ele sentir dor?
_Eu nada, quem fez foi seu namorado cretino!
_Ex-namorado.
_Que seja! O chute, a corrida pra me alcançar e depois a queda, resultaram num deslocamento ósseo.
_Tá! E daí?
_Daí, que eu coloquei o osso no lugar.
_Você é louco? Poderia ter quebrado a perna dele.
_Seria pior se não tivesse feito.
_E esse sangue na boca dele?
_É meu.
_Ele te mordeu?
_Sim.
_Ele te mordeu a boca?
_Não, me mordeu o pé, mas o que sangrou foi ela.- respondi sendo irônico
_Você é super engraçado!-dessa vez a ironia partiu dela
_E você fala demais. Agora vamos, vou levá-lo para casa.
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Meu relógio marcava 10:53hrs quando entramos no meu carro. Catherine sentou-se no banco do passageiro, enquanto eu colocava Victórius deitado no banco de trás.
Dirigia tranquilamente quando Catherine voltou a falar.
_Foi bom?
_O que?- perguntei respirando fundo
_Como o que? O beijo, foi bom?
_Que beijo? Do que está falando?- estava confuso e ela parecia não falar coisa com coisa
_Ele mordeu sua língua, então sua língua estava na boca dele, e se sua língua estava na boca dele, vocês estavam se beijando.
_Eu só fiz isso para distraí-lo da dor, e para que ele não mordesse a própria língua.
_Mas você não gostou de beijá-lo?
_Minha roupa está toda suja de sangue, e minha língua dói. Obviamente, não gostei.- realmente, a dor e minhas roupas sujas eram um incômodo, no entanto, eu o havia beijado e aquilo era indescritivelmente maravilhoso.
_ahhhh!- levamos um susto com o grito de Victórius no banco de trás
_Que foi? Você está bem?- perguntou Catherine preocupada
_Onde eu estou?-perguntou ele, já se sentando
_No meu carro.- respondi
_E esse sangue?
_É meu.
_Então não foi um sonho?
_Não.
_E como saímos da escola?
_Usamos o portão do ginásio de esportes.
_Mas eu não me lembro de andar até lá!
_Não andou, eu te carreguei.
_Para onde estamos indo?
_Pra minha casa.
_Pra sua? Eu quero ir para a minha!
_E vai, só que agora você precisa de um banho e roupas limpas, não pode chegar em casa assim.
_É verdade! Eu tô parecendo mesmo um retirante!- falou rindo, o que me deixou muito feliz
_Peraí, esse carro é seu?- perguntou-me ele
_Sim!
_Você tem um Rolls-Royce Silver Shadow?- certamente havia identificado pelos detalhes inconfundiveis do interior
_Primeiro ano, 1969, motor V8, à gasolina, e o melhor, conversível. Um carro de verdade!
_Sim, um carro de verdade!
_Ei, idiotas! Parem de babar!
_Ah Cath, para de ser chata, o carro do Angel é muito massa!
_Angel? Já estão com essa intimidade toda?- nesse momento, assim como Victor, fiquei vermelho. Me lembrei que momentos antes, havia dito que o amava.
_Não, é que...
_Chegamos!- mudei o assunto, evitando mais constrangimento
_Você mora aqui?- Catherine perguntou, indicando o condomínio vertical com quatro torres
_Sim, no bloco "Bravo"- falei, apontando com o dedo a segunda torre
_Algum problema Cath?-Victor tinha percebido que a amiga demontrava espanto com alguma coisa
_É que um apartamento aqui é caríssimo. Como você... é...
_Como eu comprei? Depois que meus pais morreram no ano passado, eu vendi a casa em que moravamos e comprei um duplex aqui.
_Eu sinto muito por seus pais.- disse Victor parecendo encabulado
_Não sinta, eles viveram felizes e morreram da mesma forma.-fui sincero
Estavamos comemorando meu aniversario de 18 anos num cruzeiro de 8 dias à Fernando de Noronha, mas um surto de infecção alimentícia abateu 47 pessoas entre passageiros e tripulantes, dentre os quais estavam meus pais. Minha irmã mais nova foi morar com nossos avós na Itália, enquanto eu decidi ficar e recomeçar minha vida. Passei os 6 meses subsequentes a morte dos meus pais, longe da escola, apenas cuidando da venda dos imovéis e administração de bens, hoje vivo dos rendimentos das aplicações, e me dedico ao estudo para futuramente cursar direito numa universidade federal.


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Notas finais do capítulo

Só postarei o próximo capítulo, se você, meu mais novo leitor se manisfestar por comentário ou MP.