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Prim dormia tranquilamente no colo de Peeta. Havíamos ficado conversando até tarde, e o pessoal só saiu agora.

–Peeta pode levá-la pra cama? Eu estou com dor nas costas de tanto ficar nessa posição.- falei e ele sorriu.

– Claro, se quiser eu levo o Ben também.- falou e eu o cortei..

– Não, leva ela.- falei e ele assentiu. Subi as escadas preguiçosamente, graças a Deus amanhã eu não teria que dar aula e Peeta também não. As turmas, vão acampar a semana toda, então não precisarei ir pra escola. A turma da Prim até vai, mas ela não quer ir, ela não gosta de acampar por que ela tem medo do escuro. Eu até tinha que ir, mas por causa das crianças e eu estar grávida e o Peeta tendo que me ajudar com as crianças, Coin liberou nós dois. Menos uma.

Coloquei meu pequeno menino no seu berçinho, e ele nem se mexeu, só se aconchegou e dormiu rapidamente. Dei um beijo em sua bochecha rosada, e sai de lá, ligando a babá eletronica e apagando a luz, deixando a luz do abajur acesa e somente encostando a porta. Passei no quarto de Prim e Peeta estava deitado com ela aconchegada em seus braços, contando uma das aventuras de “Pequeno Príncipe”.

– “As pessoas grandes são estranhas”.- terminou e saiu lentamente da cama, cobrindo-a e lhe dando um beijo de boa noite.- Boa noite bonequinha.

– Te amo Papai.- falou com a voz rouca de sono. Peeta travou, e eu tapei a boca com a mão, sufocando um grito, ela o chamou de Papai? O Peeta estava paralizado e eu juro que vi uma lágrima descer por seus olhos, já os meus transbordavam em lágrimas de pura emoção.

– Também te amo filha.- ele fala e lhe dá um beijo no rosto. Ele sai do quarto com o sorriso mais lindo do mundo e eu rio com a cena. Abraço-o com força.

– Ela disse papai, como se sente?- perguntei apreensiva, vai que ele não quisesse ser pai de Prim.

– Foi o momento mais lindo da minha vida.- Ele disse e eu sorri. Andamos para o nosso quarto e nos ajeitamos para dormir. Quando já estavamos na cama com Peeta me fazendo carinho nas costas Peeta disse:

– Que tal irmos pra casa dos meus pais na terça?

– Como?

– Quero que todos saibam do nosso noivado, aproveitamos que estamos de folga essa semana e vamos pra Capital, meus pais vão amar as crianças, e vão amar saber que você está grávida.

– Você acha que eles vão gostar de me rever?

– Vão amar, mas eu acho melhor você ir na sua médica antes de irmos, ver como anda o bebê e se você pode viajar assim e toda aquela burocracia.- gargalhei concordando.

– Claro, você quer ir?- perguntei

– Com toda certeza eu estarei lá.- falou e acariciou minha barriga por debaixo da blusa.- Só vocẽ pra me dar presentes assim, nossos filhos, seu amor, seu carinho, não sei o que seria de mim sem você.

– você seria você, só que vazio, o que eu te dou, é só metade do que você me deu e me dá.-- digo e ele me beija delicadamente.

– Eu amo você

– Eu também te amo.- digo e caímos num sono profundo.

***

Acordo sentindo um desconforto no estômago, me desvensilho dos braços do meu marido e me sento na cama, mas quando ponho os pés no chão gelado, meu estômago embrulha e eu corro para o banheiro, vomito tudo que comi ontem, literalmente abraço o vaso, sinto alguém segurar meu cabelo,- Peeta- vomito mais um pouco e aos poucos me acalmo.

– Acho que esqueci o que é estar grávida.- digo fracamente, ouço uma risada leve do Peeta.

– Vai tomando um banho e se arrumando que eu vou preparar algo para comermos e depois vamos ao médico.- disse Peeta e eu concordei. Ele saiu e eu tomei um banho, escovei os dentes e penteei os cabelos. Fui até o closet e peguei a primeira roupa que eu vi, que consiste num vestido leve e uma sapatilha, com uma bolsa tira colo. peguei minhas jóias, fiz uma maquiagem leve e coloquei meu anel de noivado, que era lindo demais. Estava até...Bonita.

Passei no quarto das crianças e vi que elas já haviam descido. Desci e fui até a cozinha as crianças já estavam arrumadas e comendo, Prim estava linda com uma saia azul, tênis, blusa branca e uma bolsinha tira colo rosinha bebê.

– Bom dia!- falei e dei um beijo em cada um.

– Bom dia mamãe!- falou Prim.

– Bom dia amor, está se sentindo melhor.- Perguntou Peeta.

– Sim querido, mas estou sem fome, já podemos ir, depois como algo.- digo.

– Está bem, então vamos?- falou e todos concordaram. Saimos de casa rumo ao hospital…

***

– Bem, parece que temos uma grande notícia aqui.- disse a médica movendo o aparelho na minha barriga.

– Tem algo errado com o bebê doutora?- perguntei assustada.

– Não, de forma alguma, os bebês estão ótimos.

– Ai que bom que...BEBÊS?!- gritei a última parte.

– Sim, parabéns vocês vão ter gêmios!.- a doutora falou e eu olhei em choque para o Peeta que me olhava da mesma forma, passou-se alguns segundos e nos abraçamos chorosos, Ben me abraçou, Prim me abraçou, estavamos radiantes com a notícia. É, agora tudo vai ser em dobro…

***

– Não tudo bem, fique ai que eu já volto.- falei e ele sorriu concordando. Estávamos no aeroporto esperando o nosso dar o horário do nosso vôo. Ontem fizemos tudo muito rápido, saímos do hospital, fomos na agência de viagens comprar as passagens, Peeta ligou pro seus pais, dizendo que iria pra lá e que levaria surpresas, e agora estou indo trocar o Ben, com Prim ao meu encalço.

Demorei mais do que eu queria, uns quarenta minutos mais ou menos, e depois ainda fui comprar um lanche pra mim, pro Peeta e pra Prim já que ninguém quis tomar café, por que estava muito cedo quando saímos de casa. Peeta já havia me mandado uma mensagem perguntando onde eu estava e eu disse que eu estava indo já. Cheguei na área e travei, o meu sangue subiu na hora, que ódio! Peeta estava sentado lendo um livro destraidamente enquato várias oferecidas tentavam inútilmente chamar atenção do MEU noivo, será que elas não viram a aliança? Virei- me para as crianças e falei:

– Por que vocês não mostram pro papai o brinquedo que vocês ganharam com o lanche?- elas sorriram animadas e correram em direção ao pai.

– Papai! Papa.- pularam em seu colo mostrando os presentes, e Peeta gargalhou com a euforia.

–Ta bom, ta bom, um de cada vez.- ele disse e eu me aproximei pegando Ben no colo.

– Ei eu também quero ele um pouco pra mim.- digo fingido manha e minha filha sorriu.

– Ta mamãe, mas deixa eu mostrar meu brinquedo primeiro.- falou pidona e eu ri assentindo, ela mostrou o brinquedo, o que ele funcionava etc… Vi que as mulheres que olhavam pro Peeta, ainda jogavam olhares, gente elas não desistem não? Bolei um plano rápido e agi.

– Amor eu não estou muito bem.- falei e ele me olhou preocupado, eu não estava mentindo, eu estava enjoada, só que estava exagerando um pouquinho.

– O que você tem?- perguntou pondo a mão em meu rosto, Prim e Ben já não estavam mais em seu colo, estavam sentados brincando com seus brinquedos.

– Estou enjoada e minha cabeça doi.- falei manhosa.

– Isso é normal, a médica disse, os enjoos são mais fequentes quando se está gravida de gêmios.- ele falou e eu fiz uma careta, não me lembrava disso, eu odeio vomitar.- tem certeza que ainda quer viajar nesse estado?

– Tenho, só preciso dormir um pouco, estou cansada.- falei.- Posso sentar no seu colo?- perguntei pidona.

–Claro, vem, ainda falto uma hora, daqui a pouco te chamo.- deitei em seu colo colocando o rosto na curvatura de seu pescoço e inalando seu cheiro, ele fazia um carinho na minha barriga e sorria pra ela, acho que as mulheres sacaram o amor que ele tinha por mim e isso foi o suficiente para afastar elas.

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– Prim pega a mão de seu irmão por favor.- falei enquanto pegava as malas da esteira de malas. Havíamos desembarcado na capital agora mesmo e estávamos pegando as malas para sair do aeroporto. Peeta não me deixou pegar as malas da esteira por que era muito peso, mas arastar pela rodinha, não exigia esforço algum.

Peeta conseguiu um carrinho pra por as malas e as colocou dentro peguei Ben e Prim pelas mãos e fui caminhando para a portão. Ao longe vi os pais de Peeta, prendi a respiração, eu estava com medo, não sabia que reação esperar, mas me forlçei a continuar, queria ficar com Peeta, com ou sem a aprovação dos pais dele.