ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 31
Segunda temporada O5 「Festa」


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei a postar, mas tenho minhas desculpas! Hm, aparentemente meu outro projeto "Fire With Fire" deu mais rendimento em questao de agradar e tal, entao dei atenção a ele. Icegirl tem poucos comentarios, mas eu prometi que ia acabar, entao me acompanhem até la. :3

Eu tentei mudar um pouco a escrita, vocês vao perceber isso!



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Depois de alguns dias, o aniversário de Rosalya estava próximo, então eu tratei de pensar em algo pra dar a ela – Até porque, ela me dava coisas, e este era um bom ritual – que ela goste. Pensei em diversas coisas, como roupas e joias, mas provavelmente muitas pessoas dariam esse tipo de coisas pra Rosalya.

Sendo assim, vou até seu namorado, Leigh, e inicio perguntas.

- Carne crua? – Indago, pendurada em um cabide.

- Provavelmente não – Ele sorri, e depois se concentra em arrumar as peças de roupas.

A loja estava calma e monótona, coisa que aprendi que era normal nessa cidade. Era uma das únicas lojas de roupas, e por eles serem namorados acredito que ela tenha acesso a elas. Então seria inútil um presente desses. Rosa gostava muito de passar as tardes comigo – Pelo menos foi o que ela me disse – tomando chá e comendo alguns biscoitos. Geralmente senhor Luvinhas ficava com a gente, e como ele sempre ficava comigo, passava algum tempo com Rosa, já que gostava dela.

Então eu tive uma ideia.

- Sabe se ela gosta de bichos? – Olho para Leigh, sorrindo.

- Gosta sim, mas – Ele para de arrumar as roupas e se concentra em mim, e eu fico feliz – Ela teve um cachorro que morreu...

- Isso é mal, meus lobos morriam às vezes – Digo, um pouco triste. Não gostava quando meus lobos morriam, então Rosalya não deveria gostar também – Então acho que sei o que dar à ela.

Conto a ele que vou tentar encontrar um gato para ela, já que gatos de rua são mais dóceis. Leigh pergunta se eu quero arriscar.

- Se não der certo, tenho um plano B!

Despeço-me de Leigh e já estou correndo loja a fora. Meus cabelos eram repelidos do rosto pela velocidade, e percebo que talvez eu esteja indo rápido demais, já que faço um senhor perder o equilíbrio. Ajudo o moço e volto a correr, mas um pouco mais devagar. Onde eu encontraria um gatinho em apenas uma hora?

Geralmente, eu andava por ai e sempre encontrava gatos e cães perdidos, mas agora que eu realmente precisava de um, não tinha nem pássaros voando.

Subo em algumas árvores, mas não encontro nada.

- Porque não desce daí e para de mostrar sua calcinha pra todo mundo? – Olho para baixo, e percebo que Kentin está vermelho como um pimentão.

Não entendo. As pessoas ficam tímidas com calcinhas e sem calcinhas. Não tem um jeito de agradar essas pessoas? Era a mesma coisa que um biquine.

- Mas só tem você ai – Digo, e era verdade.

Ele olha para os lados, como para ter certeza, depois volta a me fitar enquanto eu desço mais um galho, ficando bem próxima do chão. Precisamente dois metros e meio do chão.

- Pula – Kentin diz, seus olhos verdes brilhavam enquanto ele estendia os braços – Eu pego você.

Sem pensar muito, pulo de costas, observando os galhos que, segundos atrás estavam tão próximos, ficando distantes. Ele não me deixa cair, seus braços mal se flexionam ao receber meu peso.

- O que estava fazendo em uma árvore, afinal?

Kentin anda comigo em seu colo por um tempo, e eu não reclamo. Ultimamente, tenho recusado beijos de Castiel ou de qualquer outra pessoa, também não tinha trocado uma palavra sequer com Nathaniel. No entanto, quando Kentin me tocava eu não conseguia negar. Seus braços se encaixavam perfeitamente em mim, e eu me sentia feliz com ele. Mas isso, meu coração quis manter em segredo. Eu acabei descobrindo e testando o que “tímido” queria dizer. Não é muito útil, se quer saber.

- Procurando um gato – Respondo normalmente – Para o aniversário dela.

Kentin começa a gargalhar muito alto, e mesmo tento mudado muito, sinto que ele está o mesmo de antes quando começa a rir daquele jeito. Era tão refrescante e jovial.

- Você não tem jeito mesmo – O comenta, me deixando no chão delicadamente – Vou te ajudar.

Fito Kentin observar o sol se por, sinal que meu tempo estava acabando, mas naquele momento eu estava fissurada por ver seu cabelo balançando por causa do vento. Era bobagem, mas de alguma forma era agradável.

Caminhamos pela cidade em busca de um gato bem bonito para Rosa, e enquanto isso conversava como nos velhos tempos.

- O que você pretende para faculdade? – Pergunto, interessada.

Ele pensa por um instante e depois me responde “Engenharia Civil”. Eu já tinha pensado sobre, entretanto a profissão não me agradava nem um pouco.

- E você? – Ele me pergunta, olhando beco por beco.

- Eu ainda estou pensando sobre – Digo – Não sei o que fazer, afinal haha

- Acho que você daria uma ótima professora – Ele comenta, parando de andar. Por reflexo, eu também paro. – Fiquei sabendo pelos alunos do segundo ano – Ele da de ombros.

Professora... Como a minha mãe? Pensando bem, não era uma má ideia. Na verdade, era perfeita! Eu gostava muito de ajudar aos outros, e também sabia ensinar – ou foi o que me disseram – muito bem.

Então de repente, o que era pra ser uma caça ao gato, se tornou um caminho para minha vida. Eu estava feliz, e senti uma vontade de abraçar Kentin, e desta vez não era porque ele lembrava um lobo furioso, e sim porque de alguma forma, parecia à coisa certa a se fazer.

Decido que vou ceder a essa minha vontade. Sem avisar a ele – talvez eu devesse ter avisado – o abraço. Na hora pareceu normal, mas pensando bem, se assemelhava a um golpe de luta. Para a minha sorte, Kentin não me levou a mal e entendeu da forma correta. Ele retribui meu golpe de luta, de forma que seus braços se encaixaram perfeitamente ao meu redor. Não faltava ou sobrava. Sentia-me embriagada com o cheiro de Kentin, que me lembrava da natureza.

Por um momento, quando ele tira o queixo dos meus ombros para me encarar, penso que ele ia selar nossos lábios, e eu provavelmente não recusaria. Porem, nós dois escutamos um miado agudo, e sem pensar duas vezes corremos em busca do som.

*

- Chegamos na hora? – Pergunta Kentin, adentrando o lugar.

Rosalya havia me explicado o que era um karaokê, e tinha gostado da ideia. Todos os convidados estavam ai, até mesmo Nathaniel, Castiel e Narine. Narine fez uma careta que me lembrou de um urso malvado, mas eu não dei bola. Estava com uma caixa em mãos, e a criatura que encontramos brigando com diversos cães se remexia às vezes. Rosalya estava vindo nos abraçar quando foi parada por Kentin.

- Primeiro o meu – Ele pisca, depois puxa uma pequena caixinha do bolso – É o melhor – Ele mostra a língua pra mim.

Ei!

Rosalya abre curiosa, e descobre um colar com uma rosa bem bonita. Não era de verdade, mas tinha uma pequena fitinha de seda amarrada em um laço, dando um toque delicado. Ela fica bem feliz e o coloca na hora, assim como eu havia feito. Meu peito se aperta quando eles se abraçam, mas eu ignoro. Rosa volta sua atenção para mim, e eu entrego a caixa, com um meio sorriso. Estava meio insegura.

- “Vale qualquer pedido da Ailyn” – Ela lê em voz alta e sorri.

- É o plano B, caso o A não de certo – Digo, fitando Leigh, depois volto minha atenção a Rosalya.

Ela ergue a tampa, esperançosa. No momento em que ela vê o conteúdo, abre um sorriso largo e depois faz um “onww”. Os miados baixinhos e começam, e ela logo pega o gatinho para mostrar a todos. Ele era banco de olhos azuis, e tinha uma coleirinha enfeitado com rosas.

- Obrigada Ai – Ela me abraça com força, e naquele momento, ela pareceu mais um urso do que Narine. – Onde arranjou?!

Eu ia dizer, mas Kentin coloca a mão na minha cintura, fazendo aquela cara de “lobo solitário que não divide a caça” e terminou com um sorriso.

- Nós procuramos o mais carente para você – Comenta, e percebo que ele lança um olhar para Castiel enquanto sinto sua mão em mim – Gatos mimados sempre ignoram, acho.

O resto da noite foi tranquilo. Cantamos bastante – eu cantei somente o que sabia – e comemos. Na hora da despedida, cada um foi para um lado, mas Kentin quis me levar de carro porque era tarde. EU NUNCA ENTREI EM UM CARRO ANTES! Era tão legal! O do Kentin era maior do que o dos outros, e tinha um cara que não era seu pai dirigindo. Não quis perguntar quem era, até porque estava animada demais com a ideia de entrar em um carro. Quando chegou à minha casa, ele me deu um beijo na bochecha como despedida, e eu sorri.

Mas no fundo, eu quis retribuir.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam? Se gostaram do momento KenAi, vou fazer um encontro deles, caso contrario, PROVAS.



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