ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 26
||EPISÓDIO 26 「Só neve sabe」


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Vocês podem considerar isso o final da primeira temporada! Desculpa as pessoas que queriam as aulas direto, mas a votação manda!

Eu quero agradecer a todos os comentários - que poderiam ter mais néahhh - e as recomendações; Eu ficaria muito feliz se as pessoas que acompanham recomendassem, porque é ali que vocês dizem absolutamente tudo sobre o que acham da minha fic!

E A AILYN IA FICAR FELIZ!



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I run off where the drifts get deeper

Sleeping beauty trips me with a frown

I hear a voice "You must learn to stand up for yourself

cause I can't always be around"

Eu cantava alegremente uma das canções que Rosalya havia me emprestado no exato momento em que uma ave cruza meu campo de visão. Sem esperar mais um segundos sequer, a flecha corta o vento e acerta o alvo. Deixo o arco no chão.

- Vejo que não ficou enferrujada Ai! – Dizia meu pai, enquanto me abraça com força me fazendo um mata leão de brincadeira.

- Claro que não pai – Digo sorrindo, me livrando do golpe dele e caminhando atrás da ave, enquanto ando de costas digo – Fui ensinada com o melhor!

Meu pai sorri de volta e eu me viro de frente para encontrar a ave. Não devia estar longe, talvez uns 20 metros no máximo. Tiro do meu casaco de inverno um facão, sempre ando com ele desde o incidente com o lobo, sabendo da cicatriz que eu carregava em minha perna.

Quando encontrei a ave, retirei a flecha dela e a peguei pelas garras, ignorando a neve manchada de vermelho. Corri até meu pai, ignorando a neve se agarrando às minhas botas; Tínhamos que ir para casa logo. Mamãe deveria estar esperando.

Assim que chegamos, – o que foi rápido, uma vez que corremos muito rápido – somos recebidos pela senhorita Akasha. Minha amada mãe. Ela está bela como sempre. Seus cabelos presos em um rabo de cavalo alto e ela usava roupas de inverno um pouco mais leves com um avental. Deveria estar cozinhando alguma coisa. Meu pai abraçou-a como uma criança – como sempre fazia – e beijou seu rosto. Eu entrego a ave e ela me dá um beijo estalado na bochecha. Castiel aparece em minha memória por alguns segundos e eu entro em choque.

Faziam apenas algumas semanas...

- Tenho uma surpresa Ailyn! – Disse minha mãe alegremente, mas eu já não estava lá para avalia-la.

Saio correndo dentro de minha pequena casa e vou até a sala, paro na porta deixando meus cabelos esvoaçarem pela parada repentina. Minha sala estava como sempre; Uma lareira acesa, chão e paredes feitas de madeira, sofás velhos e um tapete pré-histórico. Mas uma coisa era nova.

- Seu cabelo cresceu – Diz Garry enquanto se levanta do sofá – Está bonito.

- Garry...!

Eu sabia! Eu senti seu cheiro... Mas não achei que fosse verdade. Eu apenas saí correndo, mas minha mãe estava acostumada com isso, o cheiro das pessoas sempre ficava em minha memória, uma vez que eu conhecia tão poucas. E do mesmo jeito que corri achando que poderia ser Garry, desta vez de fato corro até ele. Ele ainda era mais alto que eu, de forma que eu o abracei por baixo dos braços. Logo, sinto os braços dele me cercando e apertando com ternura.

「Só neve sabe」

Garry decidiu passar as férias comigo, uma vez que ele descobriu que tinha uma irmã. Ele não ficou com raiva de minha mãe, mas ficou bem chateado com seu pai. Meu pai, Garry e eu ficamos caçando na maioria do tempo, meu pai tentava ensina-lo alguma coisa, mas Garry definitivamente não era acostumado. Mas se divertia.

- Pulso firme – Dizia meu pai.

Garry manda uma lança em direção a uma árvore, mas ela caí antes de chegar em seu destino. Meu pai e eu rimos e Garry logo ri junto. Pego a lança e vou até Garry, e mostro os movimentos e como segurar uma lança. Atiro sem pestanejar, rápido e com força, de forma que quando a arvore é atingida, ela entra uns 10cm na arvore.

- Eu sou uma mocinha mesmo – Ele diz, fugindo chorar.

- Claro que não! – Eu o defendo – É um menino, me-ni-no!

Nós rimos e meu pai decide que vai entrar um pouco, nos deixando a sós. Caminhamos até a cidade, conversando sobre a faculdade e algumas outras coisas da minha escola. Não ficamos dentro de algum mercado ou coisa assim. Apenas sentamos em algum lugar nas proximidades e ficamos observando o “movimento” do Alaska.

- Garry – Comecei, séria – Eu não quis contar aos meus pais, porque sei que eles iriam ficar preocupados demais... mas... Eu acho que posso contar para você.

- O que foi Ai? – Garry parecia ansioso, agitou as pernas e vi que seus olhos brilhavam de uma forma preocupada.

- Quando eu estava terminando o segundo ano, uma coisa estranha aconteceu antes.

Contei a ele sobre Nath e os pais dele. Sobre a droga e o fato de eu estar nua com fotos estranhas a meu respeito. Até mesmo Ambre. Garry entrou em choque, muito mais do que eu havia entrado no momento em que isso aconteceu.

- Eles deveriam denunciar os pais! – Disse ele alterado. – Isso é contra a lei!

- Eu acho que eles não podem... Talvez por não terem mais ninguém. – Disse pensativa. Nem eu mesma sabia o porquê, mas guardaria essa pergunta para depois.

- Se isso acontecer novamente – Ele suspirou pesadamente – Olha, você não é capaz de fazer alguma coisa, até ser capaz. Entende?

- Não – Disse com sinceridade;

- Ai – Ele falou sério – Um dia, você vai acabar sendo capaz de matar alguém, se for necessário.

- Não, eu nunca...!

- Ai! – Garry disse mais alto – Se eu estivesse na mira de uma arma, você não tentaria me proteger?

Eu pensei por um instante. Garry, meu novo irmão que eu amava diante de uma arma? Uma raiva sem fundamento me inundou. Não. Jamais deixaria ninguém machuca-lo. Morrer era... Nunca mais poder caçar com meus pais? Nunca ir na escola? Jamais rever meus amigos? Morrer era o fim, e eu não deixaria isso acontecer com meu irmão!

- Sim.

- É disso que eu estou falando.  – Minha medo era visível – Nesse momento, faça o que achar certo Ailyn, mas evite mortes.

Eu ia responder, mas Garry me abraçou antes. Minhas lágrimas eram quentes, e quase entravam em choque ao tocarem em minha pele gélida devido ao clima. Eu estava angustiada por sentir raiva de uma coisa que sequer havia acontecido, mas imagina-la me machucava. Nathaniel e Ambre deveriam estar sofrendo... Existia alguma coisa que eu podia fazer por eles?

O resto das minhas férias foram tranquilas. Esqueci tudo o que me machucava graças a Garry. No momento de nossa partida, minha mãe derramou lágrimas brilhantes, mas meu pai permaneceu ao seu lado. Será que algum dia eu seria capaz de encontrar alguém que eu amasse e ficaria ao meu lado desse mesmo jeito? Quem sabe.

Enquanto partíamos, meu estomago se revirou. Estava ansiosa com o que esse novo ano ia me proporcionar, e eu deveria estar pronta para tudo isso. Por um momento, me permiti deixar que as lembranças viessem, e sorri com todas elas.


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Notas finais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=jXcTZWOb6Kg
musica ♥

COMENTÁRIOS? se tiver bastante, eu posto o primeiro capitulo mais rapido ♥



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