ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 27
Segunda temporada O1 「Infantil」


Notas iniciais do capítulo

OK, EU NAO AGUENTEI. ESCREVI E JÁ POSTEI!
BEEEEM vindos a segunda temporada de ICE GIRL. Eu mudei o nome porque achei melhor, o guilty Smile e tipo uma indireta para os sorrios da Ailyn, que sempre sorri.

Existem personagens novos e situações novas, bem como uma nova Ailyn. Espero que comentem e gostem!



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Escutei o som de patas afundando em meu colchão, provavelmente senhor Luvinhas subindo em minha cama. Era a terceira vez. Ele não me acordou nenhuma delas. Como poderia? Eu já estava acordada. Rolei na cama, angustiada por não ter conseguido dormir. Uma bruxa me jogou algum feitiço!

Enquanto acariciava meu gato, o despertador toca e eu o desligo. Bom, era agora ou nunca! Suspiro profundamente, olhando ao meu redor. A cama ainda era a mesma, mas o resto... Agora havia uma estante de madeira com livros, uma penteadeira, uma mesa para os estudos, um lugar para o abajur e o despertador.

Ao levantar, sinto o carpete macio nos meus pés enquanto vou até o banheiro do corredor. Enquanto me arrumo para ir para escola, sinto o cheiro do meu café da manhã. Minha tia estava fazendo algo especial para meu segundo primeiro dia de aula. Alexy e Rosalya iriam comigo para a escola, e eu estava muito ansiosa para revê-los.

- Está bonita Ai – Elogia Tia, enquanto me aproximo da mesa do café – Nada de roupas invernais esse ano?

- Esse ano não tia – Começamos a rir com as lembranças do primeiro dia de aula. Eu estava com um blusão muito quente e botas de inverno! Ah, como estava quente.

Eu estava com uma saia azul-marinho bordada, um tênis que parecia mais uma meia com sola chamado de “All star” e uma blusa branca com mangas que iam até os cotovelos. Rosalya havia deixado de natal na casa da minha tia, e eu já tinha um presente preparado para os dois!

Meus cabelos já estavam na altura do ano passado, e eu me sentia renovada e a mesma de sempre ao mesmo tempo. Eu aprendi tantas coisas, tudo foi tão valioso para mim. Li uma vez que o ser humano tem mania de lembrar-se de uma coisa boa na medida em que recorda de cinco ruins. Porque esquecer os bons momentos? Eles te ajudam a seguir adiante.

Pego minha mochila e me despeço de Tia, a campainha havia acabado de tocar, e sabendo quem é abro com um sorriso estampado no rosto. Os dois ficam primeiramente parados, mas logo começam a sorrir e me abraçam juntamente.

- Ai, você ficou linda nessas roupas! – Ela comentou enquanto se afastava ainda emocionada.

- E esse cabelo de primeiro-dia-em-Sweet-Amoris? – Gargalhou Alexy. De fato, ele estava longo como da primeira vez.

Entreguei meu presente a eles. Os dois ficaram surpresos no mesmo instante e começaram a rir, mas eu não entendi então fiquei apenas sorrindo como uma boba. Meu presente eram duas patas de coelho. Algo errado? Dizem que dá sorte; O senhor Luvinhas gostou.

Falando em Luvinhas, ele chega e deixa que Rosalya faça carinho em sua cabeça, mas quase arranca o braço de Alexy fora. Eu olho para ele apreensiva, me desculpando. Depois disso, descemos o prédio de Tia; Eu, Rosalya, Alexy e senhor Luvinhas. Ele estava sentado na minha mochila e com as patas dianteiras apoiada nos meu ombro esquerdo.

Como fomos andando, deu tempo de falar sobre tudo nas férias. Alexy ficou em casa jogando com o irmão – do qual eu raramente conversava – enquanto Rosalya viajou com Leigh para uma praia. Eu fiquei feliz, porque eu nunca fui a uma praia, e estava curiosa. O aniversário de Rosalya estava chegando, e ela queria comemorar com todos em um Kara-alguma coisa, eu não entendi muito bem, mas era para cantar.

Estava andando animadamente pela entrada da escola quando esbarro em alguém, e por descuido meu acabo caindo.

- Pensei que já havíamos deixado bem claro que você deve olhar para onde anda – Castiel esticou sua mão até mim, e eu a peguei com firmeza. Oh não, não acredito que não estava olhando!

- Me desculpe por esbarrar em você – Disse triste, eu não mudava nunca?

Ele apenas me abraçou apertado, de forma que meus braços estavam moles ao lado do meu corpo. Não esperava por um abraço. Luvinhas que estava “atrás” deu uma miada furiosa, e Castiel rosnou para ele de brincadeira. Meu gato ficou chateado, mas deixou o ruivo me abraçar. Era bom vê-lo novamente, senti-lo. Quando ele me largou, apenas acenou e riu. Ele nunca ficava perto de mim quando havia muitas pessoas, e era a mesma coisa agora. Ele desaparece dentro do colégio. Será que eu fedia?

Estávamos no terceiro ano agora, mas apenas Alexy era meu colega. Rosa foi para a ultima sala no primeiro andar, entretanto eu e Alexy fomos até o segundo. Assim que subimos a escada, nos deparamos com uma cena que me deixou desconfortável.

Um moreno beijava Ambre, e com vontade. Não seria tão ruim se não fosse exatamente do lado da nossa sala, e nós teríamos que passar por lá. E se luvinhas pulasse neles? Eu ainda não me acostumava com essas cenas, embora já tivesse beijado algumas vezes. Quer dizer, eu nunca tinha muita escolha, em algumas ocasiões eu até gostava. Beijos demonstravam tantas coisas lindas, poderíamos conhecer qualquer um somente pelo beijo, mas não da forma que eles faziam. A mão do moreno descia até as cochas de Ambre, e eu tive que desviar o olhar enquanto ele acariciava suas pernas.

- Vamos Ai – Murmurou Alexy, que me pegou pelo antebraço. Luvinhas se encolheu nos meus ombros, ficando do lado oposto ao casal.

Assim que chegamos à sala, percebi que havia algumas pessoas conhecidas e outras não. Várias pessoas vieram me cumprimentar, me chamavam de ICEgirl. Eu sorria para todas, e ouvia todas as suas curiosidades sobre as minhas férias, aparentemente eles gostavam muito de saber que eu sou uma caçadora. O que tinha demais?

Nath não estava, mas eu acredito que é porque ele tem que ficar até o intervalo no grêmio. A professora – a mesma do ano passado – chega à sala juntamente com Ambre e o moreno, e eu abaixo a cabeça enquanto eles passam por mim, que estou sentada perto da janela. Quando todos se acalmam, a professora finalmente diz:

- Assim como Ailyn – Ela maneia com a cabeça na minha direção, e todos olham – Temos uma aluna nova, e ela vem do Reino Unido.

Uma garota de cabelos vermelhos como os de Castiel entra na sala. Ela era um pouco menor do que eu, e sua pele era bronzeada. Ela usava maquiagem escura, e tinha uma expressão travessa no rosto.

- Meu nome é Narine Voytena – Ela mesma se apresenta, com um sorriso debochado no rosto.

Ela era bem bonita, e por um instante pensei nela como um guaxinim. Houve muitos murmúrios, e eu me animei com a possibilidade de poder falar com alguém de fora. O sotaque do idioma dela transparecia em suas palavras, sua língua nativa deveria ser inglesa. Eu falava inglês fluentemente, e por conta dessa cidade aprendi a falar francês. Fora esses dois idiomas, ainda utilizava muito Aleut e Yupik que eram línguas que eu usava muito no Alaska. Minha mãe dava este tipo de aula na faculdade, uma vez que quando rica, viajava muito e era obrigada a aprender. Perdida em meus devaneios com o sotaque da moça, quase não percebo que Narine chega e senta ao meu lado sem cerimônias. No meu primeiro dia eu estava tão animada... Mas ela apenas sorria de um jeito estranho.

「Deixe meu gato」

A aula até o intervalo foi rápida, - era historia – e no momento que o sinal tocou, eu permaneci sentada por um tempo. Em certo dia eu e alguns professores chegamos a um acordo que Luvinhas poderia ficar desde que não perambulasse, e no próximo período era o professor de artes, e ele não gostava de Luvinhas.

Abro a janela da sala e Luvinhas pula em meu ombro. Próximo à janela, havia um galho generoso de árvore, perfeito para meu gatinho vagar do pátio até a minha sala. Explico para ele o novo trajeto enquanto Alexy me apressa para ir à cantina.

- Sempre trás os animais para a sala?

Sinto meu corpo congelar. Como não havia percebido antes? Esta voz... Era como o daquela noite. Viro o rosto e vejo o moreno que beijou Ambre antes das aulas começarem. Ele a beijou sem amor, como havia feito comigo antes. Senti-me um tanto desconfortável, queria que ele fosse embora, mas senhor Luvinhas simplesmente pula nos braços dele e se esfrega, como fazia comigo, pedindo por carinho. E ele recebe.

- As pessoas gostam do senhor Luvinhas – Digo ligeiramente irritada. Luvinhas, porque sempre vai até o homem que quer te tirar de mim?!

- Ah é? – Ele ergue uma sobrancelha e deixa meu gato em cima da mesa, que olhava ora para ele, ora para mim.

Ele ficou pensativo por um instante, e a essa altura, nem eu nem Alexy sabíamos o que fazer. Porque aquele garoto era tão malvado comigo? Era um lobo mal! Seus olhos verdes se abaixaram até meus seios, e eu fico corada no mesmo instante.

- Belo colar, mas meio ridículo para a sua idade.

Eu prendi a respiração. O moreno arranca o colar de meu pescoço com uma expressão de deboche, e eu sinto meu pescoço arder. Ele fita o colar que está entre seus dedos por um segundo e sorri. Não! Ken havia me dado aquilo... Não!

Mas meus protestos mentais são em vão, o moreno simplesmente atira meu colar pela janela, e a ultima coisa que eu vejo é um brilho dourado do colar que reflete no sol.

“Você não é capaz de fazer alguma coisa, até ser capaz de fazer”

Essas palavras ecoaram pela minha cabeça enquanto eu me atirava pela janela, atrás do colar. Seguro no galho por breves segundos, ele se flexiona com o meu peso, e eu o solto. Enquanto via o chãos correndo em minha direção, apenas procuro o colar com meus olhos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? COMENTEM!



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