ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 17
||EPISÓDIO 17「Ice boy」


Notas iniciais do capítulo

Demorou gente, mastaíq
Eu estava ficando sem criatividade para começar essa "aventura", mas decidi introduzir um novo personagem. Espero que gostem dele!



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Logo após o festival esportivo, vieram as provas finais antes das férias de inverno. Toda a minha turma conseguiu ficar acimada da média, e as minhas notas juntamente com as de Nathaniel foram as mais altas da classe.

Minha relação com a turma ficou muito mais harmônica, piadas para todos os lados, e eu não entendendo nenhuma delas.

A escola organizou um passeio para chalés em uma montanha com neve e aguas termais. Eu não queria ir porque não tinha dinheiro, e não faria Tia pagar; Mas ela decidiu que pagaria pois nunca pode me dar um presente ao longo dos anos, e eu tinha tirado notas altas.

Então nesse exato momento eu estava em um ônibus escolar, viajando com a minha turma. Logo atrás do nosso ônibus, haviam outros. Todas as turmas estavam indo, então de certa forma eu estava feliz.

Toquei no colar de urso que agora pesava em meu pescoço. Ken, era você?

「Time is cold」

Todos estavam se organizando em grupos em seus chalés. Haviam quatro, dois para garotos e dois para garotas. Meu quarto tinham mais 5 garotas: Rosalya, Iris, Violetta, Ambre e sua amiga, cujo nome eu não me recordava.

- Não acredito que vou ficar no mesmo quarto que essa esquisitona – Resmungava ela.

Rosalya estava quase pulando no pescoço dela, mas nós a segurávamos todas as vezes que ela tinha um acesso de raiva.

- O que? Vai me bater? – Ela chegou bem perto de Rosalya e a olhou nos olhos. – Acho que não.

- Ora, sua... – Ela tentava agarrar os cabelos de Ambre, mas a loira deu de ombros e saiu com a amiga.

- Fique calma Lya – Disse Iris, e todas largaram Rosalya – Vamos fazer como ela e relaxar. Que tal as termas?

As garotas se animaram no mesmo instante, e como já havíamos terminado de arrumar tudo decidimos ir.

Chegamos em uma sala com várias estantes quadriculares, onde nos despimos e depositamos as roupas em um cesto que estava no quadrado. Pegamos uma toalha e fomos direto para a agua quente. No começo foi bom, mas depois me senti tonta devido ao calor. Estava muito quente e meu corpo não era acostumado.

- Então saia um pouco – Disse Violetta, preocupada – Você pode acabar se afogando se desmaiar...

Afogar? Não... Eu não sei nadar.

Balancei a cabeça para espantar aquelas memorias que eu não queria lembrar, saí da terma e me vesti. Do vestuário, falei em voz alta.

- Vou estar no quarto!

Assim que saí do vestuário, passei pelo corredor e a área de alimentação. Saí do grande chalé e fui em direção ao nosso, sentindo a neve a baixo da minha sola. Me fazia lembrar de casa. Eu amava a neve. Pequenos flocos caiam sutilmente, e todas as pessoas que passavam por mim levavam um consigo.

- Ei, Ailyn! – Ouvi a voz familiar me chamar, mas não lembrava a quem pertencia – Pode me ajudar?

- Debrah – Ela estava com uma raquete em mãos, vestida para o frio. – O que foi?

- Soube que você era acostumada com a neve. – Ela ficou cabisbaixa – Eu perdi a minha bola, a tacada foi muito longe e....

Eu estava sendo reconhecida? Ah, finalmente eu estava fazendo amigos! E eu nem me esforcei tanto e ela já contava comigo. Debrah era bonita, eu acho, e estava falando com uma pessoa estranha como eu... Talvez ela queira ser minha amiga; Então eu não posso decepciona-la.

- Claro! – Sorri – Pra onde foi?

- Obrigada! – Ela me abraçou rapidamente – Foi por ali! – Debrah apontou para um lugar afastado dos chalés, onde haviam pinheiros altos. – A bolinha é amarela, você deve achar rápido.

- Está certo, eu trago pra você.

- Ah, mais uma coisa – Eu já estava andando quando ela me fez parar – Castiel... já beijou você?

Hm, era uma pergunta um tanto estranha, mas eu não via porque mentir, uma vez que ela não era noiva do Castiel.

- Sim – Disse confusa.

- Certo... – Ela disse pensativa – Então tá ótimo, melhor ir antes que escureça, está ficando tarde.

Assenti e saí correndo na direção que ela disse que a bola estaria.

「Time is cold

Já estava caminhando a algum tempo, e não havia encontrado nem a bolinha, nem a saída. Os pinheiros pareciam se fechar, corvos batiam asas para todos os lados; Eu girava enquanto olhava para a copa dos pinheiros em busca de sol. Já havia escurecido há horas.

Será que Debrah havia se enganado? Talvez a bolinha tivesse ido para outro lado...

Ouvi um gemido baixo, não muito longe dali. Forcei meus ouvidos ao máximo para descobrir a direção: Direita. Fui o mais rápida que podia à direita, olhando para todos os cantos. Até que vejo, bem à minha frente um garoto estirado no chão de barriga para baixo.

Seus cabelos eram de um azul esbranquiçado, com mechas azuis escuras. Vestia um casaco preto e justo, mas eu não podia ver seu rosto.

Me abaixei diante do homem e tentei toca-lo no ombro. Ele reagiu negativamente, agarrando meu pulso. Caí de bunda no gelo pelo susto, e disse a ele que me largasse.

- Me desculpe, pensei que podia ser um assassino. – Disse o homem com dificuldade.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim, e eu soube que ele sentia muita dor e frio. Eu o puxei para um abraço, justo como meu pai fazia. Por ele ser alto, grande parte do corpo ficou de fora, mas até o umbigo, pude aquece-lo. Aos poucos senti a temperatura dele se igualando a minha; Ele provavelmente estava faminto, precisava tirar ele daqui.

- Obrigada, senhorita – Disse se recompondo. – Eu... Estava nessas montanhas em busca de uma rosa, mas acabei ficado gelado e com fome. Comecei esta amanhã.

- Eu posso te levar para os chalés, mas não lembro a direção.

- Tenho uma bússola, vamos juntos, tenho que agradecer a você senhorita. – Ele sorriu.

Sua pele era um pouco mais escura que a minha, seus olhos azuis e ele era magro. Andamos conversando por todo o caminho, ele me disse que veio buscar uma rosa que só floresce de 10 em 10 anos para criogenia. Seu nome era Garry, tinha 25 anos e estava cursando uma faculdade na França.

Quando finalmente avistamos os chalés, estava tão escuro que só descobrimos que eram chalés porque haviam pessoas com lanternas zanzando para todo lado. Eram bombeiros procurando por mim e Garry.

Nos deram cobertores e comida quente, já que estávamos horas no frio. Garry ficou mais rosado quando recuperou a cor. Rosalya, Violetta, Iris e Nath também me procuravam, e me deram uma bronca por sumir. Eu disse que fui recuperar uma bola de Debrah, e todos ficaram espantados.

- Ela estava enganando você! – Disseram em coro.

- Não... Ela só queria minha ajuda – Éramos os únicos a conversar na sala do grande chalé.

- Senhorita, seus amigos tem razão – Disse Garry – Para ter mandado você andar sozinha tão tarde, ela só podia estar querendo seu mal.

Garry não era meu amigo há muito tempo, mas tinha algo nele que me fazia confiar em suas palavras, como se já tivéssemos nos conhecido antes. Sua voz era suave e bem clara, um tanto juvenil para a idade, mas ele tampouco aparentava ter seus 25 anos de vida.

- Mas porquê? – Disse tristonha – Eu não fiz nada a ela.

- Desta vez é por minha causa, encrenqueira. – Das sombras, Castiel surgiu, e todos praticamente pularam de medo, exceto Garry e Nathaniel. 


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Notas finais do capítulo

ESTÁ AI, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM. que sono rapaz



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