ICEgirl escrita por NKIDDO


Capítulo 18
||EPISÓDIO 18「Toque novo」


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei um monte, porque tudo que eu escrevia ficava horrível! Então se vocês não estão contentes com esse capitulo, eu tenho uma surpresa!

http://fanfiction.com.br/historia/352816/Duas_Irmas

Eu fiz isso quando estava entendiada, e para compensar eu vou escrever mais rápido o próximo.
E eu queria agradecer aos que comentaram e pelas "indicações"
fiquei mega feliz, porque nunca tinha acontecido antes! :3



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Talvez porque a única luz na sala fosse uma lareira, ou porque Castiel sempre aparecia do nada que eu havia me assustado. Ele estava metade na luz do fogo, metade na escuridão, dando um toque de drama em sua aparição.

– E porque a culpa é sua? - Perguntou Rosalya. Às vezes eu me sentia muito dependente dela, ela se importava mais comigo do que eu mesma.

– Acho que foi porque eu disse que estava interessado em outra pessoa, e não nela. Ela deve ter nos visto juntos e deduziu assim - Ele deu de ombros.

Por alguma razão, ele estava omitindo o fato de já ter dito que se interessava em mim. Nathaniel parecia ter entendido alguma coisa, dava pra ver em seus olhos dourados, uma vez que eles geralmente cintilavam quando ele estava raciocinando. Tudo aquilo era confuso, mesmo que fosse por esse motivo, não fazia sentido ela querer me ferir ou matar, não é?

– Eu não entendi porque ela fez isso - Fitei olho por olho de todos os presentes - Aquilo poderia ter me matado, sabe...

– Ela provavelmente não pensou nisso - Disse Nathaniel - Ela não e muito boa em pensar em consequências.

– Você parece entender bem disso, 'Nath' - Disse com sarcasmo

- Qualquer animal chegaria no mesmo pensamento - Rebateu.

– Não briguem - Sussurrou Violetta, mas foi o suficiente para que eles parassem.

Mesmo que ela sempre falasse baixo, tudo estava tão silencioso que ela parecia ter falado normal. Concluímos que deveríamos dormir e esquecer isso por hora. Mas Rosalya disse que era melhor tentar evitar ser tão crédula na Debrah.

Ao chegarmos ao quarto, Ambre e sua amiga já estavam dormindo a algum tempo, uma vez que eram duas da manhã. Vestimos nossos pijamas silenciosamente: Violetta com um pijama longo e fofo, cor-de-rosa repleto de ursinhos; Rosalya com uma camisola que revelava grande parte de seu corpo moreno; E eu um shorts e uma pijama de manga comprida.

Minha noite foi agitada.

Tive um pesadelo com o dia em que me afoguei enquanto pescava com meu pai. A água era muito gelada, e eu quase morri naquele dia. Meu pai gastou todas as suas economias em tratamentos.

Porém, depois eu tive um sonho bom com nada especifico. Era o Alaska novamente. Eu via a neve cair em pequenos cristais de gelo, o cheiro das plantas da região se misturavam e formavam um odor único e perfeito para minhas narinas. Os animais correndo pela nele, suas patas permanecendo marcada nela. Tudo era único e belo, aquela visão me fez acordar bem e disposta.

Acordamos mais ou menos na mesma hora, e quando coloquei o pé para fora da cama, percebi que havia mergulhado em um balde com gelo. Eu soltei um grunhido pela surpresa, depois ouvi Ambre rir.

– Hora sua! - Gritou Rosalya.

– Até mais! Ela mostrou a língua e saiu correndo.

Eu até que gostava do humor da Ambre as vezes.

– Está bem? Perguntou Violetta Devia estar gelado...

– Estou sim, vamos nos aquecer um pouco

Disse para as duas. Nós três fomos até a terma mista, onde as pessoas usavam roupas de banho. Essa era bem maior que a outra, uma vez que abrigaria os dois sexos. Nath, Castiel e Lysandre estavam lá.

Vi Nath acenando em minha direção, mas por alguma razão senti que não era para mim. Olhei para trás e vi Garry, cercado de garotas acenando de volta para Nath. Ao me ver, correu em minha direção.

– Senhorita!

Ele sorriu, e pude ver as garotas que estavam atrás dele me olhando feio

– Eu tenho algo para mostrar para você depois... dormiu bem?

– Sim, e você? - Perguntei animada.

Era tão bom falar com Garry... Me sentia como uma irmã para ele, embora não soubesse muito como era.

– Mais ou menos - Ele riu - Meu colega de quarto ronca alto, então custei a dormir. Por sorte, no almoço, encontrei Nathaniel.

Ele passou as mãos nos cabelos azul-prateados dele e sorriu suavemente. Ver os cabelos dele fazia com que eu me lembrasse dos meus. Eles agora estavam 10cm maiores do que quando fora cortado. Claro, antes eles desciam em cascatas prateadas de tão longos, e agora estava no início da minha espinha, nada comparado.

Mas já era um progresso. Concordamos em entrar na água, e ficamos juntos com todos, conversando. Cada experiência com meus amigos era extremamente valiosa. A cada dia eu aprendia mais, me sentia em casa as vezes. As piadas estavam começando a fazer sentido para mim tudo isso, algo me fazia falta. Saímos da água para poder jogar no salão de jogos. Enquanto me trocava, algo caiu do cesto de roupas; meu celular.

– Quase te esqueci aí - Soquei dentro do bolso do meu blusão - Vamos?

As meninas terminaram de se vestir rapidamente, então fomos no salão de jogos. Lysandre e Castiel estavam disputando um jogo rápido, com raquetes e uma bolinha branca. Eu estava hipnotizada pela rapidez que a bolinha ia e voltava, praticamente babando. Os que não estavam jogando bebiam alguma coisa enquanto falavam sobre uma possibilidade de passar a noite na sala da lareira para assar marshmallow.

Foi quando ouvi um som estridente vindo do meu celular. Peguei o celular de meu bolso e o levei até os ouvidos.

– Que toque horrível Ailyn! – Disse Rosalya – Depois eu troco para você!

Sorri para Rosalya e depois voltei minha atenção para o celular. Por alguns segundos tudo ficou silencioso, mas depois ouvi uma voz, quase sussurrando.

Ailyn

Foi apenas uma palavra, mas eu reconheceria aquela voz de qualquer lugar.

Ken! – Eu estava tão feliz que mal pude me manter sentada.

– Ailyn, você vai passar a noite com a gente? – Ouvi Nathaniel dizer, um tanto distraído, mas ansioso ao mesmo tempo.

Depois disso o telefone desligou. Eu tentei ligar de volta, nada. Mais uma vez, nada.

– Quem era? – Perguntou Violetta.

– Eu não tenho certeza – Disse vacilante.

Eu fiquei triste. Deixei meu corpo deslizar da parede até o banco em que estava sentada anteriormente. Ken, era ele não era? Sua voz estava um pouco mais madura, mas era ele não é? Porque ele desligou?

Nathaniel veio até mim e se ajoelhou ao meu lado, seus olhos brilhavam.

– Está tudo bem? – Ele parecia muito preocupado.

Eu estava bem, é claro que eu estava. Eu só estava um pouco triste mas não era o fim do mundo era? Então eu percebi com o que ele estava preocupado. Eu estava chorando...

Sim, de fato haviam lágrimas deslizando tão suavemente pelo meu rosto, que eu nem havia percebido.

– Nath...

Enquanto todos na sala riam e brincava, Nathaniel me tirou de lá. Senti-me aliviada, de fato não queria estar ali enquanto estivesse chorando. Não queria ninguém se preocupando comigo ou me fazendo lembrar de Ken. Estávamos indo para fora, onde o chão de madeira estava à nossa espera. No caminho, esbarrei em alguém. Pedi desculpas, mas naquele momento não estava com cabeça para isso. Apenas nos sentamos e ficamos conversando coisas bobas.

– Não gosto que chore Ailyn – Ele disse por fim – Quer dizer, é normal mas... Você parece frágil, embora não seja pequena. Parte o coração!

– Eu não parti você, parti?! – Oh, não! Sem o coração dele ele morreria! E fui eu a causar tudo isso... Nunca mais vou chorar!

Ele apenas riu na cara da morte e se aproximou de mim. Seus olhos colados aos meus, e seu nariz fazendo cócegas no meu. E então ele me beijou.

Mas não foi como antes, eu realmente senti algo desta vez...

Senti suas mãos segurando meus ombros, mas elas não estavam me afastando, e sim aproximando.

A lua brilhava logo acima de nós, e ao longe eu podia ouvir os animais noturnos iniciando sua passeada. E aqui, apenas Nathaniel e eu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado /OOOO/



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