Anima Dead- Fic Interativa escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 15
Kim Williams- Capitulo 3- Um dia inesquecível.


Notas iniciais do capítulo

Aqui começa a terceira parte da historia. Esse pode ser considerado até agora um dos capitulos mais tristes, ou não, espero que gostem, amanhã tem mais, até, abraços



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Kim


Dia 2-


Preciso mesmo de um banho. Depois converso com o pessoal. Pego minha mochila e vou até o lago que não fica tão longe.

É um lago pequeno, meio escondido entre rochas e arvores, está vazio, hum... É perfeito. Fico somente de roupa intima e salto no lago como se fosse um peixe que viveu a vida toda no aquário e agora tem total liberdade. Que agua refrescante, meu corpo chega a arrepiar de tão bom. Mergulho, salto e dou várias risadas sozinha. Esse é o momento mais feliz que estou tendo até agora. A agua é rasa até, bate em meus seios, vejo vindo da estrada Penny, ela vem até o lago e senta na beirada me olhando. Ela diz:


– Esse lago foi o motivo de montarmos o acampamento aqui, a agua não ia acabar e teríamos um lugar de lazer. – Ela sorri enquanto chuta algumas pedrinhas.


– É o melhor banho que já tomei em minha vida! – Mergulho na agua refrescante do lago, volto a superfície e Penny se senta observando uma fotografia em mãos. Fico olhando-a por algum tempo, ela nota que a observo meio triste e sorri enquanto diz com os olhos cheios de lágrimas.


– Era minha irmã mais nova. – Ela diz sorrindo com lágrimas escorrendo pelo rosto.


– Como ela se chamava?

– Pam. Ela é minha irmã gêmea.


– E... – Penso bem na pergunta que iria fazer mas acabo não terminando, ela é jovem. Não é fácil aceitar essas coisas, são complicadas.


– E como aconteceu? Não precisa ter medo. Eu não mordo. – Ela volta a sorrir.


– É... – Falo meio sem jeito ainda dentro da agua.


– Eu não sei bem se ela está morta, mas eu sinto falta dela.


– O que aconteceu?


– Quando os militares estavam evacuando o acampamento onde estávamos passando as férias eu acabei me perdendo dela e não me deixaram voltar... Eu me culpo por isso.


– Você não teve culpa por nada. Você é tão nova para carregar esse fardo.


– Eu sei... Eu quero encontrar ela um dia. Sei que ela está viva.


– E você vai encontra-la, eu vou te ajudar. – Ela me olha com os olhos brilhantes cheios de força de vontade e esperança.


– Jura? Você faria isso mesmo por uma pessoa que mal conhece?


– Com certeza. Se eu estivesse no seu lugar ia querer muito ajuda para encontrar as pessoas que... Amo. – Neste momento me lembrei de John, Murphy e Cole... Como eles fazem falta em minha vida. Foi o grande motivo de ter me tornado perita criminal antes disso tudo.


– Obrigada senhora, muito obrigada mesmo!


– Senhora não, por favor né! Hahaha. – Ela ri enquanto tira os sapatos para entrar na agua. – Me chame de Kim, só isso.


– Feito Kim! – Penny pega seus sapatos e leva para perto das arvores, para evitar que molhem. Escuto um tiro vindo de perto dali e em seguida um grito. Penny se assusta, olho ao redor e vejo vários mortos caminhando em direção ao acampamento. Um deles está atrás da arvore onde Penny foi levar seus sapatos, distraída o morto puxa seu braço e o morde bem no antebraço, ela olha assustada e grita enquanto a criatura arranca um pedaço de sua carne com os dentes sujos e degusta de seu sangue. Saio da agua rapidamente e pego minha faca que estava encima de minhas roupas, arremesso a faca na cabeça da criatura demoníaca que fica presa na arvore.


Oh deus! Penny grita de dor toda agonizada, tento me aproximar mas um dos mortos me derruba no chão, ela fica gritando olhando o ferimento que está muito grave. Tento lutar contra o morto, ele está aproximando sua boca de meu nariz, mais cinco vem em nossa direção, merda! Merda! Merda! Seguro a criatura pelo pescoço mas ele é resistente, um dos mortos agarra Penny e a derruba no chão, em seguida começa a morder seu pescoço e muito sangue logo se espalha no gramado, outro mordeu sua coxa e outro sua barriga. Ele abre sua barriga com as mãos e começa a comer seus órgãos, ela tenta gritar mas não consegue, comente fica agonizando enquanto é devorada. Meu deus... Penny... Tão nova e não merecia uma morte assim, tão cruel... Mas tenho que sobreviver por ela. Minha historia não acaba aqui! Soco várias vezes o rosto do morto encima de mim até desnortea-lo, jogo seu corpo de lago e corro até minhas roupas, ao lado vejo a foto de Pam, irmã gêmea de Penny, isso vai ser útil. Pego a foto e corro desviando da horda, tenho que avisar os outros. Me desculpe Penny... Mas prometo encontrar Pam por você, eu prometo.

Escuto vários tiros vindo acampamento, oh droga, os zumbis já estão todos ao redor e as pessoas desesperadas, eram umas nove, vejo Gaspar atirando nas criaturas com seu rifle, Scott está morto encostado em um caixote com uma mordida. Jim atira nos monstros junto a Gaspar, um dos carros do acampamento sai em disparado tentando fugir, Gaspar grita:


– Ei por aqui mulher! – Corro e desvio de um agarrão de um dos zumbis. Pego a arma de Scott no meio da ação e salto atrás do jipe de Gaspar. Jimmy entra em seguida e um garotinho depois. Gaspar atira nos que se aproximam, os tiros são certeiros, ele dá um olhar meio desconfiado e confuso para dentro do jipe e salto dentro. Jimmy acelera para longe dali, Gaspar continua matando os que tentam subir. Depois de um tempo já estamos bem longe dali... Todos ficam quietos enquanto Jimmy dirigi para bem longe. Gaspar recarrega seu rifle, o garotinho parece assustado, ele pergunta no meio da viagem:


– Cadê Penny? – Um aperto em meu coração vem no momento da pergunta.


– Deve ter entrado no outro carro. – Responde Gaspar distraído com a arma.


– Ela morreu. Bem em minha frente. – Digo, todos se calam, Gaspar deixa de observar sua arma e fica me olhando com um olhar espantado. O garotinho começa a chorar, Gaspar coloca as mãos sobre o rosto e larga a arma no estofado.


– Eu disse que elas estavam em apuros Gaspar, eu disse! – Exclama o garoto enquanto chora. Gaspar solta algumas palavras enquanto olha para o chão, parece envergonhado.


– É culpa minha... Eu devia ter ido ajudar... Merda. – Jimmy mantem o foco, mesmo parecendo triste também. – Ela era tão nova... Tão...


A viagem continua e nenhuma palavra é dita, somente os choros do garoto são ouvidos. Não foi culpa de Gaspar, e sim minha...

Já está anoitecendo, Jimmy para em frente a um hotel de estrada. Jimmy estaciona em frente ao portão de entrada. É um hotel típico, um muro grande o separa da floresta e dentro ficam os quartos todos separados por pequenas casas de poucos cômodos. O portão está aberto, Gaspar desce com sua arma e entra, vou em seguida, Jimmy e o garoto esperam no carro, está muito escuro. Gaspar acende a lanterna que tem em seu rifle e ilumina os cantos do hotel, alguns zumbis vagão por lá. Miro em um que está no meio do gramado nos olhando, disparo, o tiro pega em sua boca e em seguida dou um segundo tiro pegando acima da testa. A arma de Scott é uma pistola M9 de quinze balas, ele deve ter gastado algumas, então tenho que economizar. Gaspar atira nos outros três com muita agilidade, matando cada um com um só tiro. É, acho que alguém é bom aqui. Uma das casas está aberta, Gaspar ilumina e dentro tem outro, ele dispara em sua cabeça sem ao menos mirar direito, como ele é bom! Me impressionei com a mira de Gaspar. Ele vai até o portão e o abre por completo abrindo passagem para Jimmy e o jipe. Ao trancar o portão com as correntes que pegou na recepção ele vem até nós que estamos reunidos no centro do gramado escolhendo os quartos que vamos ficar.


– Aqui pode ser seguro. – Diz Gaspar enquanto limpa o suor.


– Sim. Amanhã podemos retirar os corpos e queima-los do lado de fora. – Jimmy fala enquanto checa o pente de seu rifle.


– Esse cheiro é horrível, me dá enjoo.


Vou até a recepção do hotel, lá tem um mural onde ficam as chaves dos quartos. Cada um pega uma chave e parte rumo ao quarto, pego a numero dez. Vou para meu novo lar, abro a porta. Dentro tem uma janela com cortinas fechadas, uma cama arrumada, guarda roupas, um pequeno banheiro, uma mesa perto da janela com duas cadeiras. Abro minha mochila e pego meu ultimo enlatado, feijão enlatado. Meu preferido. Como sentada na minha nova mesa de jantar. Fico olhando pelas brechas da cortina e lembrando dos gritos de dor de Penny enquanto era estripada por aqueles malditos. Oh deus... Vou para a cama e durmo, amanhã o dia vai ser longo.



Escolhas:

1- Ajudar Gaspar a retirar os corpos e queimar.

2- Ajudar Jimmy a explorar o resto do hotel que ainda não foi descoberto.

3- Ajudar o garotinho a limpar a área.


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