A Harmonia escrita por LittleLemonPie
Notas iniciais do capítulo
Meuuuus amooooores desculpem a demora mas eu estou um pouco enrolada com tudo!! Então para não demorar tanto eu dividi o ultimo capitulo em dois. "Dããã sua esperta então agora não é mais ultimo capitulo!" Exato! Então me perdoem por prometer último capitulo! Ele vai ter que esperar mais um pouquinho! Como sempre podem comentar erros eu ficaria muito grata de corrigi-los!
//eu vou narrar este capítulo//
Breu acordou com o sol queimando suas pernas. Odeio o sol, pensou. Desencostou da parede, onde pegara no sono, e andou até o canto escuro do quarto de braços cruzados e rosto inexpressivo.
Olhou para a cama em que Amber estava deitada. Havia jurado a si mesmo que não olharia mais, mas era algo que fazia sem querer ou pensar. A garota estava dormindo fazia quatro dias, não era bem um coma e não poderia morrer, não havia motivo ou como ela morrer apenas por ter desmaiado daquele jeito. Espíritos como ela eram mortos por forças maiores e não por entrar em coma. Mas ela estava assim por sua culpa. E se... Não. Afastou o pensamento.
Tinha trabalho à fazer mas não conseguia se concentrar. Demorava para "farejar" o medo e seus medonhos ficavam loucos esperando o mestre dizer para onde deveriam ir. Idiota. repetia a si mesmo diversas vezes. Você faz isso o tempo todo, porque não agora? Idiota.
Um pó negro rastejou por debaixo da porta, contornou o sol e foi-se transformando em uma figura bizarra de apenas um corpo flutuante com braços finos e mãos grande ligadas ao mesmo. Ele abriu uma boca pontiaguda para produzir um chiado fino e irritadiço.
–Vá assustar coelhinhos, vá. - Breu respondeu, impaciente, ao chiado, sem tirar os olhos de Harmonia.
O pesadelo chiou novamente passando na frente do seu mestre para chamar-lhe a atenção. Pitch se irritou e aumentou seu tamanho, escurecendo o quarto, e chiou mais alto enquanto curvava o corpo para frente. O medonho se encolheu num sinal de remorso e submissão ao mestre.
–São Francisco. -As coordenadas fluíram em sua mente.- 0301. Crianças acampando no quintal. Divirta-se. -Silabou raivosamente. Respirou fundo para se acalmar e voltar ao tamanho normal. O medonho assentiu feliz com um ronronar calmo e se retirou, animado, da sala.
Breu suspirou e andou pelo canto do quarto se perguntando, novamente, a mesma coisa que se perguntou os quatro dias que ficou naquele quarto, por que? Por que estava lá, e não assustando como sempre? Por que não saía do quarto? Bateu a cabeça contra a parede e olhou para a garota deitada na cama.
Ela se virou.
Aquilo era bom, ela não havia se mexido desde que havia tido aquele surto: Tinha parado de repente e era difícil decifrar a expressão dela de costas, mas ela parecia chocada. Ele a havia chamado diversas vezes mas ela estava paralisada, finalmente quando decidiu virar-se as orelhas estavam abaixadas e parecia esgotada. A cabeça arrastava pela parede, e não demonstrava sinal nenhum de ter sentido a orelha ser cortada pela parede ou de sentir o sangue escorrendo. Breu correu até ela, mas passou despercebido. Amber parecia cega. Ele a tocou nas costas e ela, endireitando-se na forma humana, deu mais alguns passos e caiu, desmaiada.
Infelizmente aquele foi o único movimento que ela havia feito por mais três dias, até que finalmente ela acordou. Breu não estava por perto, recebeu uma noticia durante a noite por um medonho e voltou ao covil. Encontrou-a sentada na cama, os olhos fechados e a cabeça encostada na parede. Ainda não parecia bem.
–Amber? -Ele a chamou.
Ela abriu a boca como se fosse falar, mas nada saiu. Queria falar alguma coisa mas não conseguia, então apenas emitiu um ruído fraco quase inaudível.
–Você está bem? O que está sentindo?
Chegou mais perto e sentou-se na ponta da cama.
Murmurou algo como "eu não" e desmaiou sem completar a frase.
Ia deitar-la na cama mas ela resmungou e afastou sua mão, então ele apenas suspirou e levantou-se para sair do quarto, quando estava perto à porta ouviu um barulho de vento entrando pela janela virou-se instantaneamente e viu um raio lunar.
Um raio lunar!
–Pelo que vai me culpar dessa vez? - perguntou áspero enquanto voltava o olhar para a porta já aberta.
O raio piscou várias vezes até que ele voltasse a olhar para ele, e quando o fez, o raio circulou em volta de Amber e pousou em seu coração.
–Entendo. -disse em um tom calmo e encarou a porta. - Não gosto da sua presença. Sua luz incomoda mais do que o próprio sol. Convido-o a se retirar do meu covil.
Piscou mais vezes.
–Como já disse, entendo.
O raio rebateu no ar e saiu pela janela.
–Parece que seus dias aqui estão contados. - Pitch falou apesar de saber que ela não o ouviria.
***
Após algumas horas Amber acordou novamente e gritou por Breu, que entrou correndo no quarto assim que a ouviu.
–O que?! - havia um quê de alarme em sua voz.
–Não consigo abrir os olhos!!! -ela gritou.
–Não consegue ouvir também?!
–Desculpe, não sabia que você estava perto. -Diminuiu o volume da voz.
–Deixe-me ver. -Pediu. -Já aconteceu uma vez.
Ela assentiu. Eles tentaram lavar, esfregar e até abrir à força mas nada funcionava.
–Não funcionou... -ela disse quase choramingando.
–Nem pense em chorar! Vamos esperar um pouco mais.
Amber esfregou a cabeça percebendo pela primeira vez que havia um corte e doía.
–Ai...
–Você se cortou enquanto arrastava a cabeça pelas paredes.
–Senti um tom irônico? - Ela deu uma risada meio abafada. -O que aconteceu ontem? Não me lembro muito...
–Ontem? -ele levantou uma sobrancelha. -Você praticamente pirou e desmaiou por dias.
–Pirei?...Oh! Já entendi! -Sua voz tinha uma mistura de ânsia e felicidade. -Foco...
–O que? -A pergunta ficou pairando o ar enquanto ele a observa apertar os olhos ainda mais e logo em seguida se abriram com a cor de ouro.
Amber sorriu e emitiu um grito de alegria ao poder enxergar.
–Verde e azul! - Ela sorriu mais ainda e continuava com tanta emoção na voz que era difícil entender ao meio de seus gritinhos. -Eu me lembro de antes de desmaiar! Antipatia e simpatia! Me senti repugnante por mim e solidária pelos meninos! Me lembro, me lembro!
Ela dava pulos de alegria e atacou-lhe um abraço, e ele hesitou antes de retribuir o abraço com um sorriso. Enquanto a abraçava podia ver a janela e nela havia um raio lunar novamente, o que o fez perder o sorriso. Aquilo brilhava furiosa e impacientemente para Breu.
–Não é justo... -sussurrou pensativo.
Amber forçou o corpo para trás levemente só para que pudesse se afastar do abraço e olhar para ele.
–Desculpe, não ouvi.
–Eu...-olhou para ela e para o raio de luz. Percebendo seu olhar ela se virou para trás para olhar mas o raio se desfez. -Eu disse...que tem que ir embora.
Seu rosto ficou ilegível.
–Como é?!
Ele piscou e a encarou nos olhos, o rosto ficando rígido mas os olhos tristes e pesarosos.
–Vá embora.
–Sério? -ela emitiu um ruído sarcástico como quem tentava entender uma piada de mal gosto. -Agora me deixe falar com o verdadeiro Pitch, por favor.
–Não estou brincando. -Ele estralou os dedos enquanto lançava um olhar de puro ódio para o raio lunar que havia reaparecido. -Rapazes tirem ela daqui. -Não olhou para trás enquanto dois medonhos se entreolhavam como se perguntassem se ele realmente não estava brincando. -Vão. -Os dois não hesitaram novamente e a seguraram gentilmente pelos braços.
–O que deu em você? -Amber sibilou aumentando a voz em cada palavra. -Qual o seu PROBLEMA?!
–Muitos. -Ele se virou de costas. -Levem-a para longe daqui. Qualquer lugar. Longe. - Saiu da sala sem olhar para trás enquanto ouvia ela gritar seu nome, a voz num tom melancólico de quem queria chorar e ao mesmo tempo se segurava para não xinga-lo. Pode ouvir também o barulho da voz dela sumindo enquanto era teletransportada na escuridão pelos medonhos. No final do corredor dois olhos brilhantes o encaravam. -Posso ver nos seus olhos que entende o que aquele raio significa. Eu não quero, sabe disso. Como é mesmo?...Posso ver a resposta nos seus olhos...Gellatin. Deveria acompanhe-a. A ultima coisa que quero é que fique sozinha e enlouqueça de novo. -Se virou enquanto ouvia o barulho da criatura sumir na escuridão. -Obrigado. -Suspirou e foi até a janela mais próxima, a lua cheia brilhava lá fora. -Espero que esteja contente agora.
Voltou para dentro do covil, e com pesar, ficou apenas observando o globo de luz enquanto seus medonhos entravam e saíam.
–Você é mesmo um grande idiota! -Uma voz veio do outro lado da sala o que fez o coração de Breu pular na garanta. Levantou os olhos e viu uma garota de cabelos negros e olhos castanhos estava parada observando-o. Usava um vestido verde e uma coroa de flores na cabeça.
–Phina...
–Não, para você é Seraphina.
***
***
PS: Muitos dias atrás eu ganhei uma fanart da Harmonia e aqui estou eu, dividindo-a com vocês!!!! Foi feita pela Fany (ID #139949) muuuito obrigada Fany-chan novamente! (É bem maior mas eu tive que diminuir pra caber aqui! Thnx :*)
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tive de excluir o capitulo dos desenhos porque não tava funfando esse capítulo aqui!! Vou posta-lo novamente quando eu acabar~