A Harmonia escrita por LittleLemonPie


Capítulo 10
Ódio e Amor.


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de pedir desculpa pela demora mas eu finalmente acabei! Eu estou postando isso pelo celular então não tenho certeza se o leitor html funciona. Espero que sim!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/344254/chapter/10

–Você é um idiota. Por isso eu nunca fui atrás de você. Por isso sempre me escondi de você...pai. - Seraphina disse ultima palavra com a voz baixa e rachada.
–Phina... Filha...-Pitch caiu no chão com a emoção seus olhos formando lágrimas nos cantos.
Ela bufou. Não gostava de ser chamada de filha pelo Pitch dehoje. Mas sim pelo seu pai antes de ser escolhido.
–Eu já desprezo Pitch. Você era um homem tão bom e deixou que o poder ambicioso o consumisse. Você era o guarda da prisão dos medonhos. Libertou-os e ainda aceitou-os como parte de você. -ela franzia a testa ora encarando o pai ora encarando o chão.
–Não! - sua voz era rachada e mesclada com choro. -Não! Abri a porta Seraphina, sim eu abri! Mas porque ouvia sua voz! Sua voz estava lá dentro me pedindo ajuda! Eu já não aguentava mais! por favor, por favor minha filha tente entender!
–Entendo...pai. Mas os aceitou. Os deixou vencer e veja o homem que se tornou! Que se deixou tornar! - Ela respirava fundo. O assunto também tocava-lhe o coração. - Eu o amava, papai. -ela se repreendeu por ora, não o chamava assim haviam séculos. Milênios talvez.
Um silencio caiu e então ela continuou.
–Você não lutou contra isso e machucou e assustou tanta gente sem ao menos se lembrar da sua vida.
Os olhos de Pitch estavam pálidos, ele olhava para a filha que se abaixava para olha-lo nos olhos.
–Eu me lembrava de você, Phina. E de sua mãe,
Ela chacoalhou a cabeça
–Mas você só começou a se lembrar depois de destruir a era Dourada milênios atrás. Depois de matar os pais de Manny, o homem da lua, e depois que ele, aos poucos, invocou os guardiões e Jack Frost para te derrotar. Só então começou a se lembrar. Talvez se não fosse pela garota que acabou de expulsar teria se esquecido novamente! A única pessoa que ainda tinha esperança em você, e a expulsou daqui.
–Porque o Homem da Lua ordenou! - ele gritou quase como um rugido as sombras se aproximando dele. Seraphina recuou e ele então respirou fundo. -Desculpe... O homem da lua me pediu e eu só obedeci.
Ela colocou as mãos nos ombros do pai.
–Ele pediu porque teve medo de que você desistisse de ajuda-la, mas não ordenou que fizesse isso. - ela disse calmamente.
–Mas eu...-ele havia secados as lágrimas e agora franzia o cenho. - Eu a ajudei até agora, por que desistiria logo agora?
–Porque faltam apenas mais dois sentimentos. E um, aposto que já conseguiu.
Pitch pensou por um instante.
–Mas qual? Eu não...-ele encarou um canto vazio do quarto. -Ela saiu triste daqui, e após a tristeza a pessoa entra em estado de...ódio.
Ele encarou a Mãe Natureza esperando uma confirmação mas ela apenas sorriu e desapareceu em uma brisa de ar e folhas. O brisa rugiu, ao sair pela janela, com a voz de Seraphina mesclada à ele "Você tem que ir atrás dela. Prove para mim que ainda é um homem bom."
Ele se levantou imediatamente e se teletransportou pelas sombras, passando por todas possíveis para achar a Harmonia. A garota não era burra, provavelmente estava no lugar mais longe o possível das sombras.
Mas ele ia acha-la. Não queria ajuda dos pesadelos para isso.
***
O sol ameaçava amanhecer quando Phina havia deixado-o sozinho no covil e agora que havia procurado Amber durante duas horas o sol já tinha amanhecido e iluminava boa parte da cidade.
"Ela não pode ter saído da cidade. Não tem nada ou ninguém a não ser cidade onde foi presa durante anos. Nada ou ninguém. Como eu." Ele pensou. "E agora ela odeia a única pessoa em quem meramente confiava. Ódio era um dos dois últimos sentimentos que faltava para Amber voltar a ser vista e acreditada pela sociedade."
Ele entrou numa sombra e saiu por outra de uma árvore. Pitch estava em parque e o sol incomodava sua pele.
Olhou ao redor e viu uma garota sentada no meio do sol, longe de qualquer árvore. "Fora do alcance das sombras. Garota esperta.".
Ele foi se aproximando por trás sem saber ao certo o que dizer. Quando estava perto o bastante para que ela o ouvisse ele engoliu em seco.
–Você não devia ficar no sol, faz mal para a pele.
Amber se levantou rapidamente virando-se para ele. Os olhos inchados, ela o encarava.
–O que você quer?
Ele suspirou.
–Pedir desculpas...
Os dois olhos da garota possuíam a cor da raiva apertando as outras para um canto do olho.
–NÃO QUERO NADA DE VOCÊ. EU NÃO PRECISO DE VOCÊ. -ela se afastou dele e ele a seguiu. Quando ela se virou de novo a raiva havia diminuído de tamanho e a cor do medo ocupava um pequeno espaço porém maior que o das outras cores e do transparente que era reservado para o ultimo sentimento. -Eu tinha amigos...Outros espíritos, sabe? E eu...Eu fui presa e parece que ninguém me conhece mais. Não tenho mais amigos. Não sou ninguém. -Pitch reparou que cor do medo lutava contra a do Ódio por um espaço. -Ninguém... -Repetiu.
–Por favor Amber... Eu cometi um erro. Eu precisei fazer isso... A minha filha...ela me disse que-
–Ah! Sua filha. -ela o interrompeu. A raiva empurrava o medo de novo. -Você veio pedir desculpas né? E jogar na minha cara que a razão de me expulsar foi porque encontrou a sua filha!
–Não! Amber você quer, por favor, me ouvir?!
–Eu já disse que não quero NADA de você! - A voz lhe falhava pela angústia.
Amber deu-lhe as costas e para tornar a andar mas ele segurou-lhe a cabeça com cada mão de um lado de seu rosto e ela agarrou e apertou os pulsos dele por instinto.
–Por favor me ouça. -Ela encarou-o e por um segundo ele pensou ter visto uma faixa rosa piscar nos olhos dela. Ela pareceu considerar, respirou fundo forçando o ódio e medo diminuírem até que os outros pudessem ocupar-lhe os olhos igualmente. O ódio já lhe ocupava uma parte dos olhos mas o seu equivalente permanecia transparente. -Eu encontrei minha filha, sim, mas eu falhei com ela há muito tempo. Eu falhei com todos e já não mais volta. Mas, por favor, não quero falhar com você, me deixe te ajudar. Você não é uma ninguém.
Ele soltou o rosto dela e então a beijou, ela fechou os olhos e retribuiu o beijo soltando-lhe os pulsos e evolvendo o pescoço dele com os braços.
Amber tentou abrir os olhos mas eles estavam pesados e impossíveis de abrir, ela continuou beijando-o com um sorriso nos lábios. Ela podia ver o douradoEle se levantou imediatamente e se teletransportou pelas sombras, passando por todas possíveis para achar a Harmonia. A garota não era burra, provavelmente estava no lugar mais longe o possível das sombras.
Mas ele ia acha-la. Não queria ajuda dos pesadelos para isso.
***
O sol ameaçava amanhecer quando Phina havia deixado-o sozinho no covil e agora que havia procurado Amber durante duas horas o sol já tinha amanhecido e iluminava boa parte da cidade.
"Ela não pode ter saído da cidade. Não tem nada ou ninguém a não ser cidade onde foi presa durante anos. Nada ou ninguém. Como eu." Ele pensou. "E agora ela odeia a única pessoa em quem meramente confiava. Ódio era um dos dois últimos sentimentos que faltava para Amber voltar a ser vista e acreditada pela sociedade."
Ele entrou numa sombra e saiu por outra de uma árvore. Pitch estava em parque e o sol incomodava sua pele.
Olhou ao redor e viu uma garota sentada no meio do sol, longe de qualquer árvore. "Fora do alcance das sombras. Garota esperta.".
Ele foi se aproximando por trás sem saber ao certo o que dizer. Quando estava perto o bastante para que ela o ouvisse ele engoliu em seco.
–Você não devia ficar no sol, faz mal para a pele.
Amber se levantou rapidamente virando-se para ele. Os olhos inchados, ela o encarava.
–O que você quer?
Ele suspirou.
–Pedir desculpas...
Os dois olhos da garota possuíam a cor da raiva apertando as outras para um canto do olho.
–NÃO QUERO NADA DE VOCÊ. EU NÃO PRECISO DE VOCÊ. -ela se afastou dele e ele a seguiu. Quando ela se virou de novo a raiva havia diminuído de tamanho e a cor do medo ocupava um pequeno espaço porém maior que o das outras cores e do transparente que era reservado para o ultimo sentimento. -Eu tinha amigos...Outros espíritos, sabe? E eu...Eu fui presa e parece que ninguém me conhece mais. Não tenho mais amigos. Não sou ninguém. -Pitch reparou que cor do medo lutava contra a do Ódio por um espaço. -Ninguém... -Repetiu.
–Por favor Amber... Eu cometi um erro. Eu precisei fazer isso... A minha filha...ela me disse que-
–Ah! Sua filha. -ela o interrompeu. A raiva empurrava o medo de novo. -Você veio pedir desculpas né? E jogar na minha cara que a razão de me expulsar foi porque encontrou a sua filha!
–Não! Amber você quer, por favor, me ouvir?!
–Eu já disse que não quero NADA de você! - A voz lhe falhava pela angústia.
Amber deu-lhe as costas e para tornar a andar mas ele segurou-lhe a cabeça com cada mão de um lado de seu rosto e ela agarrou e apertou os pulsos dele por instinto.
–Por favor me ouça. -Ela encarou-o e por um segundo ele pensou ter visto uma faixa rosa piscar nos olhos dela. Ela pareceu considerar, respirou fundo forçando o ódio e medo diminuírem até que os outros pudessem ocupar-lhe os olhos igualmente. O ódio já lhe ocupava uma parte dos olhos mas o seu equivalente permanecia transparente. -Eu encontrei minha filha, sim, mas eu falhei com ela há muito tempo. Eu falhei com todos e já não mais volta. Mas, por favor, não quero falhar com você, me deixe te ajudar. Você não é uma ninguém.
Ele soltou o rosto dela e então a beijou, ela fechou os olhos e retribuiu o beijo soltando-lhe os pulsos e evolvendo o pescoço dele com os braços.
Amber tentou abrir os olhos mas eles estavam pesados e impossíveis de abrir, ela continuou beijando-o com um sorriso nos lábios. Ela podia ver o dourado piscar nas pálpebras, recuou o rosto do dele e ficou nas pontas dos pés para sussurrar-lhe no ouvido.
–Meus olhos não abrem. -Sussurrou ainda sorrindo. -Eu te odiei e te amei...amo. Eu te amo.
–Eu também te amo. -Ele sorriu, afastando-a para poder olhar seu rosto.
Ela abriu os olhos. Todas as cores estavam em seus olhos, todas ocupavam o mesmo espaço e ela tinha o controle sobre todas elas. Amber beijou-o novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Harmonia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.