As Viagens Da Vida. escrita por Charlie Fabray


Capítulo 7
Lance.




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Schue se virou e me encarou, ele bebia um drink de cor gradiente em cima amarelo e em baixo vermelho, parecia Sex on the Beach. “Olá.” Ele parou de beber e sorriu diretamente pra mim.

“Diz a ele que ele é um gato!” Meredith falou alto me fazendo pular no meu lugar, me recompus e sorri sem graça pro Schue.

“Oi... sou Quinn.” Sorri sem graça e estendi a minha mão lentamente em comprimento.

“Quinn, nome bonito, acho que combina bastante com você.” Ele sorriu abertamente e piscou tocando minha mão de forma carinhosa, o que foi um pouco estranho pra mim.

Todos os garotos do colegial falavam a mesma coisa quando queriam ficar comigo, Quinn era parecido com Queen que significava Rainha.

“Olha, o Schu sabe flertar?” Charlie riu.

“Parece que não.” Meredith brincou. Ele percebeu que fiquei quieta com o comentário.

“Sou William, mas pode me chamar de Will.” Ele se apresentou. “Quer beber algo? É por minha conta.” Ofereceu Will.

“Ah, claro.” Não pude recusar já que precisava relaxar, aquelas duas na minha cabeça não iriam me deixar sair dessa e Will estava a favor delas sem querer. “Uma Margarita” pedi ao garçom no balcão.

Will terminou sua bebida devagar, eu bebi um pouco da minha e ele me encarou. “Vamos dançar” falou animado me puxando pro lugar onde tinha muita gente dançando musica eletrônica.

Dançamos bem perto, por falta de opção minha, ou já tinha fugido dali. A bebida começou a fazer efeito em mim fora terceira da noite e sempre fui um pouco fraca pra isso. Me entreguei a dança e consequentemente ao Will, dançando bem perto dele.

Ele me tentava sempre que podia, tocava minha cintura, depois alisava minha mão, sussurrava algo do tipo “Você é muito quente” e esse tipo de coisa no meu pé de ouvido eu apenas sorria e voltava a dançar.

“Você é uma ótima dançarina, Quinn” ele falou quando a musica acabou.

“Fala algo quente, te desafio.” Meredith me atormentou.

“Desafio dobrado” Charlie completou e eu aceitei mentalmente.

“Eu sei fazer muitas outras coisas bem, tipo...” eu me aproximei do ouvido dele e sussurrei. “Algumas besteirinhas no banheiro, topa?” senti o arrepio dele.

“UI! Agora sim!” Meredith e Charlie comemoraram.

Schue me puxou pro banheiro do lugar, que era unissex. O lugar não era agradável, mas não tive tempo de checar, Will foi me agarrando assim que chegamos lá dentro me surpreendendo. Ele era um homem experiente, tinha lá seus quarenta e poucos anos, mas se eu não o conhecesse diria que ele era bastante novo.

Sua mão percorria as minhas costas, por baixo da minha blusa folgada subindo e descendo, ele aprofundava o beijo a cada segundo, sua língua logo pediu permissão e eu abri espaço segurando-o por seus cabelos castanhos cacheados. Will me levantou um pouco, fazendo eu prender minhas pernas em volta da sua cintura e me encostou em uma das paredes do lugar, me beijando urgentemente.

Gemi um pouco assustada comigo mesmo, eu estava gostando daquilo, mas não era certo, ele tinha seu par perfeito no futuro, que eu respeitava e apoiava sempre, não seria eu quem estragaria aquele romance lindo.

Parei de beija-lo e ele pareceu confuso, suspirei. “Preciso ir, está tarde” voltei a por as pernas no chão e o encarei. Não era minha intenção magoar, mas ele já parecia abatido, então sorri e dei um beijo breve nele. “Tchau.” Disse por fim e sai do lugar.

“Você é tapada ou o quê?” Meredith gritou comigo no caminho pra casa.

“Schue se casará com Emma e não sou eu quem atrapalhará isso.” Falei um pouco alta.

“Ela tá certa, Mé...” Charlie me apoiou.

“Não, ela não está, Emma pode ter um futuro sem Will se for pro seu bem.” Meredith interrompeu Charlie.

“Você está sendo egoísta.” Charlie e eu falamos ao mesmo tempo e Meredith se irritou revirando os olhos em desacordo com nós duas.

Cheguei em casa sem fazer barulho, minha mãe não sabia que eu tinha ficado fora a noite e nem saberia se eu tivesse sorte.

Fui dormir, sabia que no outro dia estaria com uma daquelas ressacas insuportáveis e o pior, eu não conseguiria me olhar no espelho normalmente tão cedo depois de ter ficado com o Will naquele bar.

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“Lucy, acorde” minha mãe chamou pela quarta ou quinta vez aquela manhã.

“Pare de me chamar de Lucy pelo amor de Deus!” berrei com a voz rouca e ela se assustou.

“Desculpa, não quis gritar com a senhora.” Me apressei em pedir desculpas.

“Que desculpa que nada, para com essa babaquice de criança.” Meredith resmungou já de pé na frente do espelho maior no meu quarto se olhando.

“Tudo bem, Quinn. Vá se arrumar pro colégio, sim?” Judy falou pegando as roupas sujas que estavam no chão, eu não jogaria roupas no chão, mas Meredith e Charlie com certeza.

Levantei e me arrumei, vesti minha roupa de Cheerio e fui no meu Fiat 500 rosa prateado pra escola.

Cheguei um pouco mais tarde na escola, os corredores estavam esvaziando por que a primeira aula já ia começar. Pro meu azar a minha era o treino das Cheerios e a treinadora era a pessoa que menos tolera atrasos no mundo, na verdade ela é a pessoa que não consegue tolerar nada que não seja do seu gosto, ela mal parece uma pessoa pra ser exata.

“Desculpa pelo atraso treinadora Sue.” Falei entrando esbaforida na quadra de treinamento.

“Vamos! Entre! Não se atrase mais!” Ela gritou com seus cabelos curtos fazendo movimentos de tanto esforço pra falar.

Sue começou a ordenar que fizéssemos movimentos, me juntei a um grupo e comecei os exercícios.

“Então você é a famosa líder suprema?” Uma latina fingindo se esforçar falou comigo.

“San... digo, Sim, sou eu.” Falei tentando ser simples.

Sue mandou a gente caminhar pela quadra.

“Sou Santana Lopez.” Ela se apresentou.

“Sou...” eu falava quando ela me interrompeu.

“Quinn. Eu sei quem você é, a garota mais popular nesse lugar.” Ela sorriu caminhando ao meu lado.

“Yeah...” falei meio sem graça.

“Fala pra ela algo que preste pra eu ganhar meu dia...” Meredith me cutucou entediada.

“E você a Latina mais quente, suponho.” Falei a primeira coisa que veio na minha mente.

“Tá, isso foi eu quem pensou.” Charlie riu.

“Sou eu mesma, ao seu dispor.” Ela piscou e passou na minha frente correndo de costas sorrindo, depois virou-se e seguiu o caminho.

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Já era a ultima aula do dia, Espanhol, eu estava tão cansada do treino que queria muito que a aula estivesse vaga outra vez. Demorou alguns minutos até que um professor pra lá de seus quarenta e poucos chegou de colete social, um pouco brega pro meu gosto.

“Oi, gente... sou o professor de espanhol de vocês” ele entrou sem olhar pra classe escrevendo seu nome no quadro e eu estava um pouco desligada.

“Me chamem de Mr. Schue” eu fiquei tensa e olhei pra direção da voz masculina, era ele, William Schuester, o carinha do bar, aquele que eu não lembrava que foi meu professor de espanhol.

“Puta merda!”

...


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Notas finais do capítulo

Que acharam? Alimentem-me com reviews, até o proximo capitulo.