As Viagens Da Vida. escrita por Charlie Fabray


Capítulo 5
Consciência "C".




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Personagem surpresa:

Charlie Fabray: A consciência desajuizada de Quinn que tentará ajuda-la.

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Momentos depois minha mãe voltou e me tirou da minha confusão mental me levando para o seu carro. Ficamos a viajem inteira sem falar nada, eu me sentia dolorida cansada e, principalmente confusa pra falar algo. Então apenas fechei meus olhos e ouvi o som do vento que passava pela lateral do carro audível.

O dia estava bonito, o céu estava completamente azul e a luz do sol iluminava toda a rua. Era a tarde perfeita pra uma folga. Chegamos em casa, quando reparei que a “casa” na qual minha mãe estava se referindo era a casa onde nós moramos depois que ela se separou do meu pai. Não tive forças pra dizer que queria ir pra “minha” casa naquele momento, mas o pior de tudo é que eu não sabia mais onde era a minha verdadeira casa.

Digo, eu sei o endereço de cor, mas não é bem assim.

Entrei naquela casa com cheiro de canela que me levava ao passado, respirei bem fundo enquanto minha mãe me ajudava a subir as escadas até o quarto. Meu quarto, aquele foi o meu lar durante anos e estava exatamente como antes. Cheiro de tutti frute rondava o espaço, minha cama estava arrumadinha como sempre minha mãe deixara na adolescência e meu primeiro urso de pelúcia, Teddy, parecia novo em folha e estava ali na cama pronto pra receber meu abraço.

“Qualquer coisa, me chame. Venho te trazer o remédio daqui a duas horas.” Judy me examinou pelo pescoço outra vez e saiu porta afora.

Eu me sentia em casa como nunca antes, de volta ao lar. Fui até a minha penteadeira e examinei minha escova de cabelo, novinha em folha. Depois de um tempo parada ali resolvi me olhar no espelho.

“Mais o que diabos” Eu disse quando vi duas de mim refletindo no espelho, mas isso não foi o mais assustador, eu e a outra eu parecíamos ter 16 anos de novo.

“Diabos nenhum.” Respondeu a outra eu do espelho em um tom bobo, me fazendo virar e procura-la. Lá estava ela, bem atrás de mim.

 Ela sorriu sarcástica quando a encarei apática. “O que foi?” ela perguntou normalmente.

“Como assim o que foi?!” Eu respondi como se ela fosse entender o que eu estava tentando dizer, e ela sorrio como quem entendeu.

“Calma, Quinn! Só estou tentando te relaxar. Vamos às apresentações então...” ela riu.

Apenas suspirei enquanto ela me encaminhou até a minha cama e sentou ao meu lado com a mão estendida.

“Sou Charlie, a sua consciência sem juízo.” Ela brincou.

“Charlie? Por que diabos minha consciência se chama Charlie e por que eu estou falando e vendo a minha consciência?” eu franzi o cenho.

“Por que eu me chamo Charlie? Por que você gosta desse nome. Por que está falando comigo? Por que você precisa de mim. Por que está me vendo? Por que é o único jeito de você acreditar no que eu falo.” Ela resumiu e eu fiquei ainda mais confusa.

“A próxima pergunta é: ‘O que aconteceu comigo, Charlie’? “Ela imitou uma vozinha.

“É o seguinte, você não morreu...” ela falava.

“Isso eu já percebi! Eu voltei no tempo ou o quê?” eu a interrompi.

“É quase isso, você teve sorte com o destino.” Ela me encarou sorrindo.

“O que quer dizer.” Perguntei.

“Quer dizer, querida, que você não estava feliz com a vida que tinha, pode tentar se enganar, mas eu sou a sua consciência e a mim você não engana. Portanto o destino resolveu dar a chance de você ver o que vai te fazer feliz, mas o único jeito de fazer isso era voltar pra onde as más escolhas que você teve começaram. Então, você deve tentar fazer tudo ao contrário do que você já fez antes e eu estou aqui pra te ajudar.” Ela detalhou tudo me dando um toque estranho na mão.

“Me ajudar como?” continue a interroga-la.

“Como, ajudar como? Você não faz escolhas sem a sua consciência. Mas o meu trabalho aqui é te fazer experimentar tudo até achar o que te fará feliz.” Ela revirou os olhos explicando como se eu fosse uma retardada.

“Experimentar tudo?” eu franzi o cenho. “Tudo o quê?”

“Tudo o que a vida tem a te oferecer, querida. T.U.D.O!” Charlie se levantou me puxando pelo braço, levando-me até a janela gesticulando pra tudo ao redor.

Eu sabia que podia tentar me enganar, mas a verdade é que eu iria amar aquilo.


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Notas finais do capítulo

Querem que a Charlie seja pervertida ou só eu quero? Aha!
Quero Reviews, please!