As Viagens Da Vida. escrita por Charlie Fabray


Capítulo 15
Diversão e compras.




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“Quinn?” Rachel soprou, me tirando daqueles pensamentos nos quais eu estava presa. Desviei meus olhos dela e olhei pro casal, franzindo o cenho. Tinha que inventar uma desculpa em menos de dois segundos e tudo o que eu consegui foi o que eu disse a seguir.

“O que eu quis dizer é que se a sua mãe sabia que a gente estava planejando queimar suas roupas.” Liberei de forma confusa, tentando deixar claro que não estava nem me importando com o casal do corredor. Entrelacei nossos braços e comecei a leva-la dali, fazendo a menina se esquecer de tudo o que estava acontecendo a volta da gente, é claro, eu havia conseguido, por que ela arregalou seus olhos como se fosse um absurdo.

“Queimar?!” Ela começou uma crise de tosse, o que me fez rir.

“Exagerei, me desculpe, mas sim... Vamos nos livrar dessas suas roupas de senhora.” Comentei em meu melhor tom animado, andando com a menina em passos longos pela calçada. “Deixe-me ver... eu costumava comprar em uma loja quando eu era mais nova.” Disse pra mim mesma, o que fez Rachel me encarar com curiosidade.

“Quando era mais nova?” Ela então deu uma risada.

“Sim, quando eu era do seu tamanho ao menos.” Rebati, provocando. Não como eu a provoquei durante o colegial, mas com um certo tom de amizade em minha provocação, o que eu julgo que ela entendeu pelo riso e pela tombada que ela deu em meu braço com a mão que não estava recolhida por estar com o braço entrelaçado ao meu. “Ali!” Apontei, correndo com ela pela rua como se fosse uma adolescente. E bem, agora eu era, né?

Entramos na ‘Oh, boy’ e passamos o resto da tarde experimentando roupas, quer dizer, Rachel vestindo e eu dando a minha opinião crítica. Se Finn não gostasse das roupas que eu fiz Rachel reservar pra gente ir buscar no dia seguinte eu teria a certeza de que ele não gostava das minha roupas quando a gente era casado. Quando estávamos prestes a sair do lugar é que notamos que o sol havia sido substituído por uma chuva daquelas, o que era péssimo por que o dia estava lindo antes.

“Droga...” Reclamei.

“Mesmo que todo mundo ache que eu sou uma estranha...” Rachel começou, me fazendo olha-la. “Eu continuo sendo a única que se previne trazendo comigo um guarda-chuva mesmo no período de sol.” Terminou com uma risada vitoriosa.

“Rachel, você trouxe?” Perguntei incrédula e ela deu de ombros e me puxou pra fora da loja, ficando de baixo da tenda colorida na entrada da mesma. Ela abriu seu guarda-chuva cor de rosa e seguimos de baixo da chuva, vendo pessoas correndo pra lá e pra cá pra fugir dela. “Rach.” Eu sussurrei, assustando um pouco a garota por estar tão próxima dela que talvez a minha respiração a tivesse feito se arrepiar. “Eu ficarei corcunda.” Continuei, em um tom resmungão, tomando o guarda-chuva da mão da judia pra que eu pudesse ajeitar minha postura de baixo daquele pequeno guarda-chuva que nos fazia ficar grudadas no braço uma da outra pra caber. “Achei que nasceria um chifre em minha cabeça se você continuasse batendo nela pra lá e pra cá com isso.” Sussurrei de novo, fazendo a menina rir. Porém, o único chifre que provavelmente nasceria seria o que Finn ira-me por, quando ele perceber que Rachel é bonita, apesar de irritante.

“Pronto. Nos vemos amanhã.” Fechei o guarda-chuva já na porta de Rachel e entreguei a ela depois de fechar.

“Quinn, ainda tá chovendo, leve... Ou você pode ficar até que a chuva passe.” Rachel disse com um sorriso de canto, dando um passo pra trás, entrando em sua casa.

“Nã-“ Eu completaria se uma voz masculina não nos interrompesse.

“Estrelinha, estávamos preocupados.” Um moreno disse, se aproximando. Ele tinha um sorriso enorme no rosto, que aumentou ao me ver. “Quem é a sua amiga?” Interrogou envolvendo Rachel nos braços e só então vendo alguns pingos nos braços dela. “Vocês tomaram chuva? Vamos, chame sua amiga pra entrar, a chuva não irá parar agora.” Ele disse, mas tinha um certo tom de animação em sua voz e o máximo que eu pude fazer foi entrar na casa dos Berry. Lá, no sofá, estava o outro pai de Rachel, que se levantou preocupado e abraçou a menina com força. Dei um sorriso de canto um tanto envergonhada por me sentir deslocada ali.

“Olá, sou Hiram.” O menor, que nos atendeu na porta, ofereceu um sorriso.

“Sou Quinn.” Eu disse lhe oferecendo a mão, que ele ignorou totalmente me dando um abraço forte.

“E eu sou Leroy.” O outro disse acenando com a mão, aparentemente tímido. “De onde você e Rachel se conhecem?” Interrogou.

“Ela é Quinn... Quinn Fabray.” Rachel respondeu antes que eu pudesse e vi as expressões dos seus pais mudarem. A de Leroy era uma carranca um pouco feia e a de Hiram era um sorriso, mas um pouco mais murcho.

“Quinn, você é muito bonita mesmo, exatamente como Rachel disse.” Hiram soltou, fazendo Rachel repreende-lo com o olhar. Eu sorri pra cena.

“Obrigada, senhor Berry.” Agradeci com o meu melhor sorriso simpático.

“Então vocês agora são amigas?” Leroy perguntou, ainda carrancudo e Rachel acenou com a cabeça cautelosa, parecia esperar uma reação ruim do pai e bem, eu entendia perfeitamente se ele explodisse contra mim, afinal, eu aprontei poucas e boas com ela.

“Bem, foi bom conhece-los.” Disse aos dois senhores com um sorriso educado. “Mas a chuva já passou, então é melhor eu ir.”

“Quinn, espere... Eu tenho que te dar algo.” Rachel me interrompeu e antes que eu pudesse perguntar o que ela estava fazendo eu fui puxada pro andar de cima, até seu quarto. Entramos lá e eu observei o cantinho da pequena, cheio de cartazes e Broadway pra lá e pra cá. “Aqui.” Ela estendeu minha blusa branca que eu havia dado a ela no dia em que Santana havia jogado raspadinha nela. “Muito obrigada, de novo.” Ela sorriu, parecendo um pouco corada quando eu lhe dei um sorriso.

“Sempre que precisar.” Eu disse e me aproximei dela, dando um beijo na sua bochecha, perto dos lábios. O que eu estava fazendo? Flertando? Oh, Deus... Eu estava flertando com Rachel. Socorro. Eu tinha que sair do quarto dela, algo estava afetando a minha mente e eu não conseguia ouvir mais nada ao redor a não ser a onda de pensamentos em minha cabeça. “Agora é melhor eu ir.” Proferi saindo daqueles pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Se estiver uma merda, falem, se estiver bom, falem e se estiver mais ou menos falem, mas como sabem, não fazemos telepatia então mãos a obra e deixe seu review. q Parei. Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo.



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