Capitulo 9-

“Beth?” A encarei surpresa. Não podia ser aquela Beth, a minha Beth, não era possível.

“Oi?” Ela se virou parecendo um pouco perdida. Não parecia se lembrar de mim, ou me encarar como se eu fosse a mãe chata, ela me encarou como se eu fosse uma garota qualquer e era o que parecia que eu era agora, apenas uma garota que a chamou na rua.

Quando pensei em indagar a garota pra ter alguma informação ela cambaleou pra frente e depois pra trás colocando a mão na cabeça até que desmaiou. Eu consegui segurá-la nos braços, graças ao meu reflexo e força alcançados nos treinamentos das Cheerios.

Consegui leva-la até a emergência que era bem próxima onde um homem alto a carregou e a levamos pra uma sala.

Eu contei a ele o que aconteceu e ele me perguntou se eu conhecia a família dela, eu não podia simplesmente dizer que eu era sua mãe, afinal tinha a idade dela agora, mas isso torna Beth filha de quem?

“Da Shelby sua anta!” Meredith me deu um tapa na cabeça de repente, me assustando. O enfermeiro me encarou e depois voltou sua atenção pra Beth.

“Vou chamar o médico.” Ele falou saindo da sala.

“Como da Shelby? Shelby a mãe da Rachel?” perguntei de uma vez.

“Essa mesmo, nesse universo paralelo seu destino não te leva a ter Beth, mas vocês ainda estão interligadas. Aqui Shelby ainda podia ter filhos, o que torna Rachel irmã biológica da sua filha.” Charlie explicou.

“Confuso não? É assim, você não pariu Beth, Shelby pariu, portando Beth é irmã de Rachel e não é sua filha.” Meredith simplificou e eu tossi.

“Significa que eu não irei engravidar durante a adolescência?” As duas acenaram.

“Devia ficar aliviada.” Meredith completou.

“Não fala assim, Beth significava muito pra...” Charlie falava e eu interrompi.

“Significava? Ainda significa, eu não me esqueci de tudo.” Falei.

“Essa é a parte difícil.” Disse Charlie colocando a mão no meu ombro.

“Claro, tá achando que é mar de rosas, que ia ficar trepando e se divertindo por ai sem sofrer por nada? A vida tem seus baixos, Quinn, acorde pra realidade.” Meredith me bateu outra vez.

“Desde quando isso aqui é a realidade?” bufei.

“Você acha que está sonhando?” as duas falaram.

“Ô pra isso, Charlie...” Meredith riu. “Quinn, tente se jogar da ponte e você vai ver se está mesmo sonhando.”

Apenas balancei a cabeça em um não antes que o médico entrasse.

“Chamamos a mãe dela aqui, você pode ir se quiser.” O Médico disse.

“Mas o que aconteceu com ela?” Eu quis saber.

“Pelo que o enfermeiro me informou, são sintomas de uma gravidez, ela ainda vomitou ao chegar aqui e a mãe dele confirmou que desconfiava.” Ele disse me fazendo engasgar.

“Oh diabos!” falei apática.

Shelby entrou no lugar passando a mão na própria cabeça.

“Quem é você?” ela indagou.

“Uma amiga.” Falei rápido e sai antes que ela me perguntasse algo.

Que notícia, eu não sou mãe da Beth e a Beth vai ser mãe, acho que isso é uma realidade bastante cruel.

“Não achava isso quando estava se pegando com Santana e Brittany na noite passada.” Meredith bufou. “E é serio que você vai dar isso a Rachel? A garota já não se veste mal o bastante...”

“Eu devo isso a ela, afinal Santana é minha amiga e foi quem arruinou o seu suéter, devo dar outro e tive sorte de achar um parecido.” Suspirei.

“Rachel precisa é de um noite com você em um quarto, isso sim seria um imenso favor que você faria a ela.” Meredith riu e Charlie a acompanhou.

“Algo em mim diz que Quinn quer muito isso.” Charlie completou e eu a encarei incrédula, não era justo ter uma consciência fofoqueira, era muita maldade comigo.

“Que seja, eu só vou dar essa droga de suéter a ela essa noite e pronto, não me encham!” me irritei de uma vez.