Esme sentiu a lágrima quente escorrer pela sua bochecha. A vontade de gritar era imensa. Mas seu medo não permitia que emitisse qualquer som.

Ela abaixou o rosto e o escondeu entre as mãos. No completo breu, se sentia no fundo do poço e não conseguia gritar para pedir socorro. Queria chorar.

- Esme? - Carlisle perguntou. Ela levantou o rosto, a primeira pontada de alívio se estabeleceu em seu corpo ao ouvir a voz conhecida.

Seus sentidos avançados voltaram ao normal e a permitiram sentir o perfume amado.

- Carlisle... - ela sorriu o abraçando. Carlisle também estava com medo. Medo de não saber onde estava. Relaxou ao sentir o cheiro da esposa e retribuiu seu abraço.

Sem solta-la, ele encontrou o interrupitor. Logo o lustre acendeu e ao olhar pela primeira vez o rosto de Esme, percebeu as lágrimas em seu rosto.

- Querida, estava chorando? Aconteceu algo com você?

- Não Carlisle, estou bem. Eu chorei por medo, medo de não te encontrar e ficar sozinha, medo de nunca mais lhe ver... - seus soluços voltaram apenas por lembrar da sensação horrivel que sentia.

- Estou aqui. - Carlisle a apertou em seus braços e a beijou lentamente. Queria sentir os lábios da esposa nos seus. Ela relaxou em seus braços e retribuiu o beijo.

- Olha só quem está aqui! - disse Charles entrando na sala.  Esme recuou e apertou o braço de Carlisle. Imediatamente Carlisle entendeu: quem estava em frente a ele era Charles. O homem que fez sua pequena sofrer e ter medo de amar.

- Afaste-se dela. - Carlisle rosnou. Esme não parava de soluçar.

- Eu fui o primeiro marido dessa inútil!

- Ninguém chama minha esposa de inútil.

- Você quis dizer MINHA esposa. - ele provocou.

- Deixa ela! - Carlisle gritou e foi para cima de Charles.

Os dois começaram a brigar violentamente, Carlisle estava preste a golpear a cabeça de Charles, mas ele foi mais rápido e colocou as mãos ao redor do pescoço dele.

O pânico tomou conta de Esme quando ouviu um barulho de algo rachar.

Sem pensar dua vezes, ela pulou em Charles e arrancou sua cabeça num movimento brusco.

- Carlisle? - ela chamou. Ele a olhou ainda confuso.

- Eu tenho a esposa mais ágil do mundo. - os dois sorriram.

- Eu não ia deixar ele te machucar, eu não saberia viver sem você.

Se beijaram lentamente. Chegaram no quarto e Carlisle  a deitou delicadamente sob o colchão macio.

Ele acariciou seu rosto. Sabia que teria que ter calma, ver Charles foi demais pra ela.

- Eu te amo. - ele sussurrou contra seu pescoço.

- Eu te amo. - ela riu e suspirou ao sentir os lábios queridos do marido em seu pescoço.

Abriu a camisa dele e alisou seu peito,  trazendo para mais perto.