Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 10
Para sempre


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Feliz dia das mães para todos *---*

Eu ia deixar pra postar esse capitulo amanha mas senti que ele iria combinar totalmente com o dia, hehehe.
Peço que o Team Jisbon não me mate por favor. Eu sou jisbon tb, juro por Deus.

Bom, espero que gostem pessoinhas lindas, e agradeço novamente todos os reviews e perdão as coisas erradas.



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-A porta está mesmo trancada, Teresa? – Perguntei, referindo-me a porta de sua casa, aonde estávamos a pouco mais de dez minutos.

-Sim. – Respondeu, verificando pela última vez.

-Ótimo.

Fui até seu velho e confortável sofá, e sentei, cruzando as pernas.

-O que nós fazemos agora? – Ela perguntou, parando logo a minha frente.

-Bom... Tem algum vinho em casa? Ou qualquer outro tipo de bebida?

-Eu tenho um vinho tinto especial que guardo na geladeira. Pode ser?

-Claro.

Ela caminhou até a geladeira e retirou de lá uma bela garrafa escura. Dos armários, pegou duas taças de cristal, relativamente grandes e serviu o vinho nelas.

Depois, sentou-se ao meu lado, dando minha taça. Ela deu um gole, antes de começar a falar.

-Vinho de manhã é tão... Estranho... Não acha? Quer dizer... Eu nunca fiz isso na vida.

-Meh, você não precisa se preocupar. – Disse, aproximando-me um pouco mais dela – Essa manhã não é como as outras, então tudo está permitido.

Ela abaixou a cabeça, com um sorrisinho bobo estampado em seu rosto avermelhado.

-Em falar nisso... –Ela prosseguiu – Não acha os outros agentes vão suspeitar do nosso desaparecimento repentino?

-Hum, talvez.

-Como assim talvez?

-Teresa... – Passei a ponta dos meus dedos levemente por todo o seu rosto – Você só precisa desligar seu celular, que depois nós nos entendemos com eles.

-Mas Patrick... Eles vão desconfiar de algo, e eu tenho medo do que possa acontecer...

-Meh Teresa, não se preocupe, eu os enrolo depois. Agora – Coloquei minha mão em sua coxa, a apertando com delicadeza – É apenas nós dois, juntos, com uma garrafa de vinho tinto e uma manhã para aproveitar. 

Ela sorriu, inclinando-se para me dar um beijo. Foi rápido, sendo o suficiente para sentir seus lábios molhados tocando os meus. Era simplesmente perfeito.

-Acho que o sofá vai ser desconfortável para fazer tudo que nós desejamos – Disse, fitando aqueles lindos olhos verdes – E, além do mais, eu gostaria muito mesmo de conhecer o seu quarto. –Sugeri, passando meus dedos pelos seus lábios.

-Eu concordo com você, Patrick – Ela mordeu os lábios e levantou-se, me puxando delicadamente pela mão – Vamos?

-Claro.

Deixamos as taças na mesinha de centro, e de mãos dadas, subimos uma pequena escada e caminhamos corredor adentro até encontrar uma porta de madeira branca, levemente aberta.

Em uma rápida observada, reparei em como seu quarto era arrumado, até para alguém que mal tem tempo pra arruma-la . Cortinas beges cobriam a linda janela que dava para o lado de fora e uma grande e confortável cama de casal, coberta com um lindo edredom branco ganhava destaque.

Ela soltou minha mão, e foi até a janela, a fechando quase que totalmente, para impedir que o vento frio do inverno entrasse. Ainda sem se virar, a abracei por trás, segurando sua cintura com certa força, contra o meu corpo, depositando beijos úmidos em seu pescoço.

-Patrick... – Ela murmurou.

Coloquei minhas mãos por dentro do seu casaco de couro marrom, e deslizei-as retirando seu casaco e o jogando delicadamente no chão.  

Ela se virou, sorridente, e nós nos beijamos apaixonadamente, cheios daquela vontade que estava acumulada desde a nossa noite em Newport Beach.

-Eu acho que nós não deveríamos estar fazendo isso. – Ela disse, entre beijos calorosos.

-Não foi o que você disse lá na padaria. – Respondi, fazendo-a andar de costas até a beirada da cama, aonde ela rapidamente sentou.

-É que a proposta me parecia muito interessante. – Ela disse, sorrindo maliciosamente, enquanto me assistia tirar o terno,sapatos  e desabotoar rapidamente o colete.

Ela colocou as mãos sobre o meu cinto e mordeu os lábios com certa sensualidade, antes de começar a tirar o cinto e, consequentemente a calça.

-Eu sei que você amou a proposta, afinal, quem não adoraria passar uma manhã inteira junto a mim? – Brinquei, a deitando delicadamente na cama e beijando-a.

-Nem é convencido. – Brincou, ajudando-me a tirar sua roupa. Ela estava usando uma linda lingerie branca, sem muitos detalhes, mas mesmo assim muito bonita.

-Eu? Convencido? – Dei uma risadinha irônica – Nunca.

-Imagina se não.

Fitei aqueles graciosos olhos verdes, ansioso com o que aconteceria em seguida. Fazia muito tempo desde que ficamos juntos pela última vez, e tanto ela quanto eu, desejávamos a mesma coisa. Mesmo que seja apenas uma manhã, entre mentiras que usamos para despistar nossos amigos desconfiados.

Dei outro caloroso beijo em sua pequena boca, antes de prosseguir. Ajeitamos-nos maravilhosamente na cama, e em poucos instantes parecíamos que éramos depois de tanto tempo, novamente, apenas um.

Gemidos abafados e barulhos nada convencionais tomaram conta do pequeno e arrumado quarto. Mas, todos esses foram gradualmente diminuídos até se calarem completamente, depois de nós atingirmos o clímax juntos, praticamente abraçados e ofegantes.

Nós nos cobrimos com o edredom – agora todo amassado – e abracei-a, com o rosto perto de seu ombro, sentindo o delicioso perfume que ainda estava impregnado em sua doce pele.

-Eu estou com tanto sono... Seria tão bom dormir um pouco... – Disse com a voz fraca, afetada pelo cansaço.

-Por quê nós não tiramos um cochilo rápido, antes de voltar ao trabalho? – Sugeri, acariciando seu rosto – Ninguem vai perceber.

-Vão sim – Respondeu, lutando para não dormir – E, eu aposto que eles já sabem que algo está errado.

-Não me importo. O único que pode falar alguma coisa ali é o Cho. – Revelei.

-O Cho? – Perguntou surpresa – Como assim?

-Meh, Teresa... Você sabe melhor que eu... a Van Pelt e o Rigsby se amam...

-Eles estão juntos? Desde quando? Como assim?

-Desde sempre, querida.

-Eles não podem fazer isso. – Repreendeu-me como se eu fosse o culpado – Isso é contra as regras.

-Teresa, eles estão apenas aproveitando a vida. Se até eles podem, por que nós não podemos?

-Mas...

Antes que continuássemos com aquela discussão sem futuro, inclinei-me e dei-lhe um longo e merecido beijo. Ela sorriu, fitando-me carinhosamente logo em seguida.

-Vamos dormir? – Perguntei.

-Vamos.

Ela se virou e eu voltei a abraça-la.

Lisbon dormiu quase que instantaneamente. Eu, por minha vez, demorei um pouco, pensativo sobre tudo que estava acontecendo na minha vida ultimamente, em como as coisas estavam se tornando boas, mas ao mesmo tempo, assustadoras, já que cada vez que eu fico com Teresa, sinto que uma coisa ruim acontecerá conosco, como se fosse um pecado nosso envolvimento físico e emocional.

De qualquer forma, aquela manhã não iria sair da minha cabeça tão rapidamente, por um bom tempo.

Eu dormi. Não ouvi ou vi mais nada por horas. Até que um som alto e irritante me acordou. Era meu celular.

Ele estava dentro do bolso do meu terno, tocando sem parar. Levantei-me, observando Teresa acordar levemente irritada, procurando a origem daquele barulho desagradável.

Retirei meu celular de dentro do bolso e constatei as minhas suspeitas: Era Lorelei que me ligava.

Sai do quarto e encostei a porta delicadamente,  atendendo o celular.

-Patrick... – Ela disse, com uma voz fraca, quase inaudível.  Me espantei de imediato quando a ouvi.  Senti um frio na barriga. Algo não estava bem.

-Você está bem? – Perguntei preocupado, tomando cuidado para não falar alto suficiente para que Lisbon escutasse.

-Eu preciso de ajuda, minha cabeça... – Apelou, forçando a voz trêmula – Está tudo girando...

-Você desmaiou? Está apoiada em algo?

-Estou na cama... Minha cabeça dói muito, Patrick... Por favor, me ajude...

-Eu estou indo, fique na cama até eu chegar. Está bem?

-Ok.

Desliguei o celular e rapidamente, peguei as minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão e comecei a vesti-las. Teresa, visivelmente confusa, questionou-me:

-O que aconteceu? Algo grave?

-Nada de mais – Menti – Só alguns problemas.

-Problemas?

-É, problemas.

-Com quem?

-Ah, com Danny, irmão da minha ex- esposa... Sabe?

-Sei sim, mas ele não havia sumido?

-Não necessariamente. Eu ainda mantenho contato com ele. – Respondi, já terminando de calçar os sapatos.

-Hum, entendo. – Disse desconfiada.

-Que foi? Acha que eu estou aprontando mais uma?

-Sim. E obviamente não quer me contar.

-Meh Teresa, não estou aprontando nada, juro. – Respondi, inclinando para lhe dar um beijo de despedida.  – Agora preciso ir. Não esqueça de trancar as portas.

-Você vai pra CBI ainda hoje?

-Vou, apareço por lá daqui a pouco.

-Então tudo bem... Até logo, Patrick.

-Até.

Corri até o carro, deixando a porta da Teresa encostada.

Dirigi até o motel, em alta velocidade, quase levando uma multa. A única coisa que eu conseguia pensar, além em se Teresa iria ficar bem sozinha, era em que, Lorelei não poderia morrer, pelo menos não na minha confortável cama de casal. Se ela falecesse, todo meu plano iria junto dela, pra cova. E realmente, não estou aturando-a por três longos meses, pra nada.

Ao entrar no quartinho gelado, me deparei com Lorelei jogada sobre a cama. Sua pele estava pálida como a neve, além de seus lábios estarem roxos.

Ao me ver entrar, ela sequer se moveu. Ficou lá, paralisada sobre a cama. Ainda usava o seu pijama azul claro, comprido, que parecia sujo com gotas de sangue.

-Lore, o que houve aqui? – Perguntei, colocando a mão em sua testa. Ela estava quente demais.

-Tudo ficou preto... – Respondeu ofegante, com certa dificuldade – E eu cai no chão com muita força... Me ajuda...

-Vamos precisar ir ao hospital.

-É perigoso... – Respondeu fechando os olhos.

-Não interessa. Precisamos ir agora mesmo. – Disse, assustado. Como as coisas podem piorar tanto, com apenas algumas horas fora? – Sabe aonde está nossos documentos falsificados?

-Dentro da minha bolsa preta...

-Ok. – Peguei seu sobretudo branco que ela deixou estendido sobre a cadeira, e a ajudei a vesti-lo. Com a bolsa em mãos, segurei Lorelei quase inconsciente no colo, caminhando até o carro. Abri a porta destrancada, e a coloquei no banco do passageiro, deixando sua bolsa sobre suas pernas bambas.

Voltei para o quartinho e tranquei as portas e janelas. Não queria que os mendigos que ficam rodeando o motel, ocupassem o meu quarto.

Foram vinte minutos de pura emoção no volante. Eu esforcei o meu velho carro a andar em toda velocidade possível, enquanto Lorelei soltava alguns gemidos de dor ao meu lado.

Quando chegamos no hospital, nos atenderam na hora, já que eu aleguei que o caso era grave. E era mesmo.

-O nome, por favor. – A moça nada simpática da recepção, solicitou.

-Christine Harvey e David Carter – Respondi, segurando Lorelei para que não caísse.

-Documentos.

Tirei os rgs da bolsa e os entreguei a moça.

-Aqui está.

-Deixa eu ver... – Ela analisou os documentos e logo os devolveu – Apenas  vão a aquela salinha no final do corredor – Disse, apontando para uma pequena sala aonde enfermeiros entravam e  saiam constantemente.

-Ok.

Fomos até a sala, que estava com uma grande placa na porta, com os dizeres: Sala de triagem.

Lá haviam diversas poltronas com soros ao lado, e algumas pessoas as recebendo, deitados com os olhos fechados.

-Olá senhorita – Cumprimentou uma jovem asiática, com lindos cabelos pretos lisos, presos em um delicado coque. – Sente-se aqui. – Apontou para uma das poltronas.

-Ok.

Lorelei sentou, logo se acomodando de um jeito confortável.

-O senhor....

-Carter, David Carter –Respondi.

-O senhor não pode ficar aqui, senhor Carter.

-Ah, não?- Perguntei surpreso. Sempre me deixavam ficar quando era com Angela.

-Não. Aguarde na recepção, qualquer coisa eu te aviso. – Ordenou séria.

-Ok.

Como um cachorro que é expulso de casa, caminhei solitário até a cadeira de plástico colorida, nada confortável por sinal, que ficava bem longe da sala aonde Lorelei se encontrava.

Sem nada para fazer, passei a observar as pessoas em minha volta. A maioria médicos. Grande parte recém saídos da residência, que se achavam os mais inteligentes do lugar, falando com arrogância com os pacientes. E, eu realmente odiava isso. Odiava aquele lugar, aqueles médicos idiotas, aquele cheiro de produto de limpeza, aquele som dos passos pesados no chão frio. Frio. Talvez fosse isso. Tudo lá era tão frio, sem sentimentos, que dava até um aperto no coração.

Aos poucos,  o sol foi sumindo e com ele vários pacientes também. E o tédio tomava conta.

Sem querer, acabei dormindo naquela cadeira horrível que acabou machucando as minhas costas mais tarde.

Eu dormi por  uma hora, talvez duas, até uma sacudida leve no ombro me despertar.

-Senhor Carter, acorde por favor. – Suplicava a asiática que eu havia falado mais cedo.

-Ah, o que? – Minha voz estava embargada pelo sono que eu sentia.

-Eu preciso que o senhor me acompanhe.

-Tudo bem. – Levantei-me e arrumei minha roupa,  que estava super amassada, culpa da posição desagradável que eu ficara.

Ela me guiou até um elevador, praticamente calada. Olhei confuso para ela, pois a sala aonde deixei Lore era do outro lado. Ela logo entendeu minha preocupação e começou a explicar:

-Fomos obrigados a interna-la na enfermaria. Ela estava com um quadro grave de desidratação.

Entramos no elevador, aonde ela apertou o botão do quinto andar.

-Desidratação? – Perguntei assustado – Ela está bem?

-Ela esta tomando os medicamentos corretos. Além do soro que ajuda bastante – Explicou – Mas, você sabe né, isso é normal nas condições que ela se encontra.

Eu a encarei mais confuso e assustado ainda. Que malditas condições eram essas?

-Como assim?

-Você não sabe?

-Sei do que?

Ela deu um grande sorriso, como se fosse explodir de alegria.

A porta do elevador se abriu, e continuamos caminhando, em um longo corredor quase sem ninguém além de alguns enfermeiros conversando perto de uma das portas.

A garota não disse uma palavra. Continuou com aquele sorriso besta no rosto.

Ela parou na porta 503, mas não a abriu.

-E então? – Questionei-a, já me irritando – O que está acontecendo?

A garota sorriu novamente e revelou, toda animada:

-Parabéns senhor Carter, mas Christine está grávida.

-O que?!


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Notas finais do capítulo

Sério não me matem. Eu amo vocês *---*


Espero que tenham gostado, como eu disse, esse capitulo tem tudo a ver com o dia né kkkkkkkkkk.