Alessa achava o comportamento de Lysandre estranho , parecia estar com medo de algo acontecer.
Alessa: “Está tudo bem?” Preocupada.
Lysandre: “Sim, estou.. É que eu amo tanto você que as vezes me dá medo de te perder.” Beijou a mão dela.
Alessa: “Não vai me perder.. Eu estou com você.” Com agora uma nova certeza. O Castiel já deve ter afundado no seu mar da vida.
Lysandre: “ Mesmo?” Enchia de beijos.
Alessa: “Sim.” Sorriu.
Lysandre: “Você é a única jóia que tenho... “ Declarou-se.
Alessa: “ Mesmo?”
Lysandre: “Sim, minha safirinha azul.” Um novo apelido, que se referia aos seus olhos azuis.
Alessa: “Safirinha azul?” Riu.
Lysandre: “Sim.. Minha safira linda..” Sorriu , mais seguro. Alessa a pertencia.
Alessa: “ Bom , e o ensaio? “
Lysandre: “ Vamos hoje, só que mais cedo. Ás 18. Não se esqueça.”
Alessa: “Quem é você pra me falar pra não esquecer?” Colocou as mãos na cintura e o encarou com uma expressão irônica. Depois riu.
Lysandre: “Engraçadinha demais..” Fazia cocegas.
Alessa: “Ai não , pára..” Ria.
Lysandre: “Acha que vai me zoar assim, hein? “ Brincava.
Alessa: “Eu faço isso sim, sem medo.” Desafiou-o.
Lysandre: “Então vai me dar um beijinho..Beijinho não, um beijão.” Puxou-a para um beijo longo e demorado.

...

Castiel ainda estava chocado, não sabia a saída que poderia tomar. Mas a melhor de todas é recomeçar do zero.  Ele quer consertar o que fez, e o que não fez, mas pretende um dia fazer. Era uma decisão muito forte, que talvez ele não conseguiria seguir em frente... Mas o esquecimento venceu.  Pelo amor que tem a música ele continuaria na banda com o Lysandre, apesar de tudo, é uma parceria profissional assim dizendo.  O tempo estava passando , estava já tarde, o por do sol estava se fazendo.  Joshua enviou-lhe uma mensagem, para poder comparecer no ensaio.
Joshua: “ Qual é a receita do seu chá de sumiço? Cara, aparece daqui a pouco para ensaiar. Se não estamos fritos com a nota baixa.” Castiel leu , tomou a coragem para ir, ele não poderia ficar parado, ele tinha que seguir. Sua razão procurava por mais respostas, ou melhor, ele queria ser o mais racional possível, para blindar o lado emotivo.

Todos lá compareceram , para enfim, ensaiar decentemente. Alessa e Lysandre foram os últimos a chegar, Castiel estava sentando, fiel ao seu violão preto. Armin , Nathaniel e Izabelle estavam papeando.
Lysandre: “ Vamos começar?” Entusiasmado.
Alessa: “É , Vamos..” Estava verificando o seu microfone. Ela apalpou o bolso se sua calça, para ver que a sua amiga gaita estava.
Castiel: “Vamos sim.” Paralelo ao mundo real , mas nem dando ouvidos. E  seu mundo, o mundo orgulhoso e egoísta.

Castiel começou a música, ao som do violão , Armin acompanhava com dedilhados.  Lysandre disse bem baixo para Alessa que começasse a cantar, e assim eles intercalariam a música.

Alessa: “I close my eyes
Eu fecho meus olhos

Only for a moment,
apenas por um momento

And the moment's gone.
e o momento desaparece

All my dreams,
Todos os meus sonhos

Pass before my eyes, a curiousity.
passam na frente dos meus olhos, uma curiosidade

Dust in the wind,
Poeira ao vento

All they are is dust in the wind.
Tudo que eles são é poeira ao vento” Com uma voz suave, calma, com um timbre bem uniforme, com algumas falhas roucas que dava um charme, cantada de olhos fechados, sentindo aquela música.  Aquela voz penetrava nos ouvidos de Castiel, que fazia viajar. Alessa olhou para Lysandre, e deu o sinal para que ele cantasse, e ele respondeu com o sinal de querer mais. Eram os dois que dividiriam os versos... Nathaniel estava preparado para iniciar a bateria, e a Izabelle aguardava o seu solo.

Lysandre e Alessa: “Same old song,
A mesma antiga canção,

Just a drop of water in an endless sea.
Apenas uma gota d'água em um oceano sem fim,

All we do.
Tudo que fazemos

Crumbles to the ground, 
Desaba sobre a terra

Though we refuse to see.
Embora nós nos recusemos a ver

Dust in the wind,
Poeira ao vento

All we are is dust in the wind.
Tudo que nós somos é poeira ao vento” Uma mistura de uma voz grossa porém suave, com a voz de Alessa. Era uma mistura diferente, exótica, perfeita. Logo estragava os ouvidos de Castiel, que só queria ouvir a dela.  A canção não era feliz, mas esta canção poderia mudar a sua escolha.