Living a Teenage Dream escrita por A nova Cinderela


Capítulo 30
Irresponsável


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por ter demorado tanto pra postar, mas é que tive que viajar e lá não tinha internet. Escrevi esse capítulo e estava perfeito, mas eu fiz a besteira de clicar no lugar errado e tive que escrever tudo de novo!
Boa leitura.



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POV JULIA

Eu não sabia o que estava fazendo, mas sabia que era o certo a fazer.

Eu estava encostada na porta de seu carro e olhava para aquele rosto de anjo que jorrava lágrimas de tristeza e raiva. Eu podia sentir sua raiva por era muita.

– Você não pode acabar com tudo isso – disse-me.

– É o melhor a fazer. Não quero te prejudicar mais – murmurei tentando estabelecer um tom de voz adequado.

Ele me olhou profundamente e enxugou as lágrimas que ainda caiam. Eu estava me segurando ao máximo para ser dura com ele.

– Se é assim que você quer, é assim que vai ser – disse com raiva. Dei passagem para ele e ele entrou no carro – Só vou prometer a mim mesmo que nunca mais irei te procurar. Nunca mais. – ele parecia intenso e seus olhos soltavam faíscas de raiva.

Ele ligou o motor e acelerou.

– Cuidado – consegui dizer.

E ele sumiu na noite escura e tenebrosa. A mil por hora naquelas ruas perigosas. Com raiva.

E eu estava ali. Paralisada em frente a minha casa esperando que alguém passasse e atirasse em mim. Eu queria morrer.

Entrei e fui direto ao banheiro, abri o armário e achei uns remédios fortes que minha mãe tomava a alguns anos atrás. Me lembro bem do que o médico disse a ela: "Tome um por noite. Mais que dois e você morre". Perfeito. Enfiei 5 na boca e engoli em seco. Esperei um pouco para ver se fazia efeito, mas parecia demorar demais e então fui até a cozinha. Abri a primeira gaveta, a de talheres. Peguei a faca mais afiada e voltei ao banheiro trancando a porta assim que entrei.

Peguei uma toalha e sentei-me no chão cruzando as pernas.Era idiotice fazer aquilo, eu sei, mas era o único jeito de tirar aquela dor de mim. A dor de um corte de faca seria bem menor do que a dor que eu estava sentindo agora.

Olhei para meus punhos e as lágrimas estavam tapando uma parte de minha visão. Eu poderia atingir uma veia e morrer de imediato, ótimo.

Me cortei, sim, mas não me arrependi. Fiz cortes nos dois braços e a dor em meu coração estava sendo substituída pela dor dos cortes.

As lágrimas não permitiam que eu entendesse muito bem o que estava fazendo, mas ouve uma hora que meus olhos estavam se cansando, o chão, a toalha e minhas roupas estavam encharcadas de sangue. O cheio de meu próprio sangue estava de deixando enjoada, minha cabeça começou a girar e eu apaguei. Pude escutar leves batidas na porta, ou poderiam ser batidas de verdade, mas eu não estava escutando muito bem.

Naquela noite eu tive um sonho. Eu estava em um quarto todo estofado. As paredes almofadadas eram brancas e na parede havia apenas uma televisão. Eu estava jogada em um canto e a TV estava ligada no canal de fofocas. E a moça do programa anunciou:

"O cantor Rafael S.. se casou ontem com a estudante de moda Jade Magalhães e eles compraram uma casa no Rio de Janeiro. É, parece que o casal vai longe e já estão investigando uma suposta gravidez!"

Mas aquilo não era o pior, isso sim foi a gota d'água:

"Rfael admitiu um uma entrevista que a garota que estava na foto com ele saindo de uma boate em São Paulo meses atrás não significa nada para ele e que ele nem a conhece direito."

Eu gritei alto, mas eu sabia que ninguém poderia me ouvir. Segurei meus cabelos com força tentando arranca-los, e então acordei.

Meus olhos demoraram para abrir e quando abriram fechei-os rápido. A luz forte e branca me cegava. Eu estava a ponto de gritar quando minha mãe passou desesperada pela porta. Abri os olhos lentamente.

– Graças aos deuses, você está bem!– disse ela, sempre muito preocupada com sua irresponsável filha.

Comecei a chorar desesperadamente tentando pedir desculpas.

– Mãe me desculpa. Eu não sei por que fiz aquilo! – eu soluçava e as palavras saiam com dificuldade – Desculpa ter virado uma completa irresponsável e maluca! Eu queria ser uma filha melhor, eu juro, mas não dá mais pra viver assim.


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Notas finais do capítulo

Eu estou triste. Isso já aconteceu com uma pessoa próxima a mim e não foi uma coisa legal a se fazer. Desculpem.