Tava bom demais pra ser verdade, depois de um bom tempo longe da escola eu me toquei que em poucas horas eu ia voltar pra rotina de vida de estudante, sério cara, vamos pular pra parte que eu fico rica? Minhas férias tinham sido muito boas, passei todos os dias jogando futebol com o Bê e com a Mina, acordando a hora que eu quisesse, e fazendo a melhor coisa do mundo: NADA.

Eu tava em casa com a Mina, a Lily e o Bê, tínhamos pedido uma pizza pra comemorar nosso último dia de férias.

– Cara, eu não consigo acreditar que amanhã a gente vai voltar pra aquele inferno, eu acho que vou entrar em depressão – Falei chorosa e abocanhando a pizza de catuperone. 

– Eu já penso ao contrário, eu não vejo a hora de voltar pra escola, tá tendo vários boatos de que vai entrar vários gatinhos no 2 ano, será que algum deles cola em mim? – Disse Mina com brilhinhos nos olhos.

– Meu deus!!!!! Eu nunca vi alguém tão nervosa pra beijar na boca, você parece que toda hora senta no formigueiro, se controla baitola! – Lily falou rindo e nós 3 rimos concordando, mas claro que a Mina não ficou calada né? Teve seu direito de resposta.

– Olha minha amiga, sei que eu não ando fácil não, mas a carência tá batendo no peito, já que o Bê não me dá nenhuma chance eu tenho que partir pra outra né? Ela disse fazendo biquinho e o Bê deu um sorriso amarelo.

– Mina meu amor, você sabe que o meu coração sempre foi seu, nossa história foi linda mas você sabe que tudo que começa do nada, acaba do nada. – Ele disse com a mão no peito e piscando um olho.

Pra quem não sabe, vou explanar, o Bê e a Mina SEMPRE tiveram uma queda pelo outro, eles até tiveram uma tentativa de namoro mas eles são muito diferentes e perceberam que não têm nada a não ser amizade. Mas as faíscas ainda correm soltas. A Lily pra variar não fala nada, só observa e ri, nunca vi menina calada que nem ela, mas na hora de me dar esporro, fala que só ela!

Minha mamãe linda desceu cheia de roupa suja nos braços cobrindo seu tronco inteirinho, só dava pra ver seus olhos, saímos correndo pra ajudar ela, antes que ela caísse. Se tem uma coisa que eu herdei da dona Angélica, é a atrapalhação constante, aquele tipo de pessoa que acha que se sair correndo com 10 pratos na mão vai dar certo sabe? Por um lado é bom, isso me dá vontade de fazer tudo o que eu quero sem medo de dar algo errado.

Ficamos conversando e rindo mais um pouco até umas 21h, depois as meninas tiveram que ir pra casa porque suas mãezinhas estavam dando altas ameaças pelo telefone, abuso de autoridade! O Bê continuou comigo, e a gente foi jogar xbox, teve uma parte lá que o Bê teve que concluir a fase sozinha e eu acabei apagando no ombro dele, tava até babando, hehe que vergonha, eu tava tão grogue de sono que só fui vendo o que tava acontecendo em flashes, primeiro eu fui zumbizando pro meu quarto com o Bê me ajudando, depois ele me ajudou a achar a cama, me cobriu e me deu um beijo na testa. Existe melhor amigo do que esse?