POV ROSELIE*

Era noite, o céu estava estrelado, e em uma cor azul escuro brilhante, um típico céu de “felizes para sempre”, ai o príncipe beija a princesa e a câmera foca no céu estrelado, que dá um ar “romântico” na cena.

Eu estava sentada em um balanço, do parque, ali só havia algumas crianças, mas nenhum adulto...É como se aquelas crianças fossem independentes e não precisassem Dos pais para os proteger, isso me fez lembrar da minha trágica e irritante infância.

Mas, uma criancinha, dentre todas aquelas me chamou a atenção, lindos cabelos caracolados, loiro escuro, que iam ate as costas, pele branca, com a bochecha rosada, e um corpinho minúsculo, eu reconheceria essa criançinha em forma de anjo em qualquer lugar...

—CLAR !!! —Gritei pulando do balanço e correndo em direção á ela.

Ela me olhou, e um brilho forte brotou em seu olhar, e um lindo sorrisinho se fez presente em sua face.

—ROSE !! —Ela gritou assim que á alcancei e, á abracei fortemente.

—Oh Clar....—Falei sussurrando, sentindo seu corpinho apertando meus braços.

—Rose, porque você deixou ? —Ela perguntou me largando e me fixando com um olhar tristonho.

—Não, não deixei...Eu estava no hospital, e...O Braian disse que você estava segura...—Falei alisando aqueles lindos cabelos sedosos.

—Eu estava segura...Mas ai então...Ele apareceu e....e...a Titia não resistiu e....Ah Rose, estou com medo, vem me salvar...Por favor....Eu não quero morrer... —Ela disse chorando e sua imagem foi ficando transparente.

—O que? Não, não, Clar, não vai embora !! QUEM APARECERU CLAR ?? CLAR AONDE VOCÊ ESTA ?? CLAAAAAAAR !! —Gritei desesperadamente assim que ela desapareceu no ar, me deixando ali, em desespero.

Olhei ao redor, e as crianças haviam sumido, agora só havia um parque vazio, com um céu nublado, e um vento violento, que balançava os balanços, dando ao lugar um cenário “sombrio”.

Olhei para o chão, e vi sangue...Muito, muito sangue, que estava saindo de meus cortes, mas eu não sentia dor, eu só sentia minha vida se esvaziando, cada vez mais, e mais...

Mas eu não posso ir embora agora..Eu preciso achar a Clar, ela precisa de mim...Eu...Eu preciso dela.

—Clarie... —Sussurrei acordando daquele pesadelo, um de tantos que eu já tive nessas semanas que fiquei aqui trancada nesse quarto, mas esse, sem duvida foi o pior.

Olhei ao redor, e encontrei as mesmas, roupas espalhadas no chão, os mesmos pratos de comidas cheios de formigas, as mesmas gotas de sangue seco no chão, a mesma bagunça....

Suspirei profundamente, e me surpreendi quando achei um celular no chão, com um chip lacrado do lado, e um bilhete, andei ate o celular e o peguei na mão, junto com o chip e o bilhete, e comecei a ler.

Roselie

Sei que você não esta em um momento fácil, na verdade você esta passando por tudo, menos uma coisa fácil...Reconheço que neste momento você quer se isolar do mundo e de todos, eu sei porque eu já passei por isso, e você sabe, porque foi você quem me ajudou, graças á Deus e á você hoje eu tenho uma carreira, uma família que me ama, uma vida...E agora eu quero te ajudar, a reconstruir sua vida, só que dessa vez, vamos reconstruir uma vida “melhor”, uma vida que você irá amar, uma vida que você viverá com prazer em abundancia...Bom, pra começar, vou refazer os mesmos passos que você fez comigo, primeiro o celular e o chip por debaixo da porta, igualzinho á alguns anos atrás lembra ? “Rsrs”, Primeiro você irá colocar o chip no celular, e irá cadastrá-lo em uma promoção, não se preocupe eu irei pagar tudo, depois que cadastrá-lo, eu quero que você arrume seu quarto, porque eu não estou ai dentro,mas já passei por isso, e sei que a primeira coisa que fazemos é quebrar espelhos, porta-retratos, rasgar roupas, jogar comido no chão, sujar o chão de sangue, Aaah por falar nisso, tente ao Maximo não encarar a lâmina, não mantenha contato visual com a lâmina, depois que você fazer tudo isso, espere alguns minutos, eu te ligarei, Rose, não se preocupe, todos nos passamos por momentos difíceis, isso não significa que você seja fraca, isso significa que você tem uma vida, porque toda vida, tem problemas, eu vou te ajudar, e tenho certeza que você saíra dessa, porque eu não descansarei ate eu ter certeza que você esta melhor, Eu Te Amo Roselie, Com amor, seu Primo...

De: Daniel

Para: Roselie

Encarei aquela carta e reli umas milhões de vezes, O Dan esta aqui...Mas ele mora lá no Canadá, o que ele esta fazendo aqui?

Essa carta me trouxe lembranças, de quando ele estava em um Depressão terrível, ele morava no final da rua, ele tinha uns 17 anos, e eu tinha 15, quando ele entrou em depressão por causa de uma menina que o traiu no dia do casamento dele, meus pais me proibiram de ir na casa dela, nessa época meu pai e minha mãe não estava em uma crise tão forte, mas lógico, sendo como sou, eu desobedeci, e comecei á ajudá-lo, li revistas, visitei sites, tudo para saber como ajudar alguém que esta em depressão, e no fim eu consegui, sempre o incentivando a sair para passear, agente ia em parques, e riamos a tarde inteira.

Demorou uns 5 á 6 meses para tirá-lo da depressão, e quando eu conseguir libertá-lo, ele conseguiu uma bolsa na faculdade de direito no Canadá, e se mudou, ele sempre mandava cartas, e quando ele se formou e virou um advogado, ele me mandava vídeos de tribunais, e eu via ele defendendo as pessoas, e eu me orgulhava disso, mas então ele conheceu uma moça, acho que se chamava Lise, e se casou com ela, teve uma filha chamada Catrina, e ai ele parou de mandar cartas, Mandava só de vez em quando, e dizia que com os tribunais, a Catrina e sua esposa, não lhe sobrava tempo para mas nada.

E quando eu fiz 18 anos, e comecei a pinchar, e ir pra cadeia, eu parei de responder as cartas, e ele parou de mandar cartas.

E agora depois de todos esses anos ele esta aqui, será que ele trouxe á Catrina e a Lise ? “Tomara que não”

Coloquei o chip e o cadastrei na promoção, joguei o celular na cama, e fui arrumar o quarto, quando minha mãe me mandava fazer alguma coisa, eu encarava como se ela estivesse tentando me controlar, e isso me irritava, então eu não obedecia, mas quando o Daniel me fala para fazer alguma coisa, eu não encaro como se fosse uma ordem, eu encaro como se fosse um pedido, ele me dá a opção de fazer e não fazer, e isso me motiva e obedecê-lo, se todos me entendesse como o Daniel entende, eu seria muito feliz....

Joguei os cacos de vidros no lixo, junto com as roupas rasgadas, passei uma roupa molhada no chão, para limpar as gotas secas de sangue, peguei as comidas do chão e as joguei no lixo, e os pratos eu lavei na pia do banheiro, e os coloquei empilhados no chão ao lado da porta, arrumei minha cama, ajeitei os livros, CD’s, DVD’s, e Revista na prateleira, coloquei meu Skate junto com meu violão, guitarra, e teclado, no canto do quarto, limpei a mesinha aonde fica o notebook, ajeitei os lápis e canetas no pote, guardei meus sapatos, e arrumei os poucos porta-retratos que ficaram inteiros, e finalmente acabei.

Abri meu guarda roupa e peguei uma calça Leing preta, uma blusa preta de manga cumprida de um ombro só que estava escrito no centro “Rock é vida” tinha o desenho de uma caveira prateada em baixo da frase, peguei meu All Star Braco, e meu boné de aba reta também Branco, com detalhes prata.

Entrei no banheiro tentando não encarar a Lâmina, liguei o chuveiro e deixei que a água quente penetrasse cada centímetro do meu corpo, e mas uma vez aquele ardor indesejável surgiu assim que a água tocou meus ferimentos, tentei ignorar a dor, e me esfreguei, lavei meu cabelo, e logo sai do chuveiro, já estava vestindo a blusa quando meu olhar se encontrou com a Lâmina.

A luz refletiu na lâmina, fazendo um brilho atingir meus olhos, que me fez fechá-los com rapidez, peguei a lâmina na mão, e parecia que um tipo de ima atraia a Lâmina para meu pulso, quando me dei conta, as gotas de sangue já estavam pingando de meu pulso para a pia, e a lâmina estava suja com meu sangue.

Abri a torneira e limpei meu pulso, e a Lâmina, guardei a lâmina e sai do banheiro, encarando meu pulso.

Vesti minha roupa e fui ate o espelho, meus olhos estavam fundos, eu estava com olheiras profundas, resultado das noites mal dormidas, minha pele estava pálida, meus olhos sem vida, eu estava acabada...

Peguei um Lápis bem preto e contornei meus olhos, Passei rímel, bem forte, pó contacto, blush, e delineador preto, penteei meus cabelos, e os sequei com secador, graças á Deus, que meus cabelos são lisos, assim poupa mais trabalho, coloquei o boné de aba reta e me encarei no espelho, é a maquiagem realmente faz milagres, olhei para a janela e vi que estava sol, ficaria difícil andar de Skate com esse sol na cara, fui ate a prateleira de livros e peguei meu óculos escuro, me joguei na cama, e fiquei pensando, “Aonde eu poderia fazer minha arte?”

♫♪Quem é que vai falar, ou vai contradizer, que eu sou feliz e pá, na na na na na, The, the guie de guie de, the guie de guie de the guie de guie de eu to a pampa♫♪ ....

A musica do Ao cubo, “The Guie De”, Invadiu o quarto, e percebi que era o toque do meu mais novo celular...Claro que o Daniel colocaria essa musica como toque.

Sorri e revirei os olhos...Foi o primeiro sorriso que eu dei, em todos esses dias, peguei o celular e vi no visor “Número desconhecido”, atendi e levei o aparelho ate o ouvido.

Modo Telefone On*

—Alô...—Sussurrei meio insegura.

—Rose ! Nem acredito que estou ouvindo sua voz novamente...—Uma voz masculina disse respirando como alívio e soltando uma risadinha abafada.

—Ãn...Quem é ? —Perguntei confusa e franzindo o cenho.

—Oh Meu Deus, já esqueceu minha voz ?? Sou eu, o Daniel ! —O Dan disse em um tom inconformado, soltando outra risadinha.

“Era Típico dele dar risadinhas....Vai ver é porque ele é muito feliz, ou tenta passar essa imagem de garoto feliz, sei lá”

—Dan...É você mesmo ? —Falei ainda não acreditando naquilo, e não contendo um sorrisinho que surgiu no canto da minha boca.

—Claro que sou eu, quem mais seria....—Ele disse em um tom que indicou que não era uma pergunta então não falei nada.—Como você esta ? —Ele perguntou agora em um tom tenso.

—To bem...—Falei tentando ser convincente.

—Ok...Irei fingir que acredito. —Ele disse soltando mais uma risadinha. —Então, seguiu todas as minhas instruções que eu coloquei na carta ? —Ele perguntou em um tom meio....”Embargado” Sinal de que estava caminhando.

—Sim...—“Quase todas”... —A maioria...—Falei fixando a porta do banheiro.

—Como assim a maioria ? —Ele perguntou parecendo meio confuso do outro lado da linha telefônica.

—Nada...Deixa pra lá. —Falei tentando parecer relaxada.

—Nada disso...Pode me contar. —Ele disse agora em um tom sério.

O Daniel tem um poder de me deixar sei lá... “Boazinha”, não consigo mentir para ele, não consigo magoá-lo, não consigo me irritar com ele, não consigo disfarçar perto dele, eu só consigo, ser verdadeira, simpática, e boa perto dele, é uma sensação, estranha!

—Eu, não conseguir evitar, e quando percebi, já tinha sangue , e a lâmina estava na minha mão...Foi como se eu estivesse em transe, sei lá. —Falei encarando meu pulso,que latejava de dor.

—Tudo bem...Ta tudo bem...Apenas tente esquecer que isso aconteceu ok ? Eu sei que é difícil, mas pelo menos tente não encarar a lâmina, por favor....Por mim Rô...—Daniel disse falando um apelido que só ele usava, e eu não escutava á anos, desde que ele foi embora... “Rô”.

—Ainda lembra desse apelido... —Falei soltando uma risadinha.

—Como eu poderia esquecer ? —Ele disse rindo também. —Promete tentar não encara a lâmina ? —Ele disse voltando e ficar com o tom tenso.

—Prometo...—Falei ficando séria.

—Ok, agora eu to feliz, Faz um favor, apareça na janela,quero ver como você esta...—Ele disse desligando o celular, na minha cara.

Modo Telefone Off*

Joguei o celular na cama, e me levantei, caminhei ate a janela, e vi, algumas pessoas, abri a janela, e pude ver quem era, Daniel, Braian, Peter, Isa e Amber.

Droga !

Não estava pronta para ver eles, não estou pronta para sermões, nem perguntas, nem estou pronta para receber o olhar de pena e preocupação deles... “Daniel você me paga!”.

—Rose, é tão bom te ver. —Peter disse sorrindo, um sorriso assustadoramente lindo e tranqüilo, um sorriso que acalmou meu coração, um sorriso que tinha amor, e paz, e nenhuma pena.

—Não...Deviam estar na escola ?—Perguntei retribuindo levemente o sorriso, e desviando do assunto, não queria falar de mim, e nem do meu sofrimento...Ou será que é drama? ....Dane-se.

—Estamos na semana de “Digam não as drogas”...E eles ficam fazendo umas “feiras”, para mostrar os tipos de drogas, fazendo palestras, e festinhas para incentivar os jovens a beber somente refrigerantes, é bom, porque a presença não é obrigatória, então, estamos uma semana de folga daquela escola. —Amber disse sorrindo e revirando os olhos.

—Digam não as drogas? É parece que esse programa que eles fazem todo ano não ta resolvendo...Se levar em conta que o número de drogados aumentou desde de o ano passado. —Falei tentando ser um pouco...Descontraída.

Eles riram do que eu falei...Mas não era uma piada....Ou era ?

Sorrir e meu olhar se encontrou com o do Daniel, que me olhava tranquilamente.

Ele era loiro, dos olhos incrivelmente azuis claros, pele branca, chega quase parecer pálida, mas suas bochechas tinham uma cor rosada, ele estava mais “incorporado” desde a ultima vez que o vi, e estava um pouco mais...”Macho”, já que quando ele foi embora usava blusas de moletom largas e calças jeans mostrando a cueca, agora ele estava usando uma camiseta branca que marcava seus músculos, e uma calça social preta, junto com um All Star.

—Daniel...Você esta mesmo aqui....—Falei respirando profundamente.

—Claro que estou aqui....Porque você não vem aqui fora, para agente conversar mais... —Ele disse sendo cauteloso.

—Você quer dizer...Sair do quarto ? —Falei fixando Braian e Peter que me olhavam seriamente.

—É...Sair desse quarto, o que você acha ?—Daniel disse agora também muito sério.

Eu sabia que se eu saísse, Amber e Isa iriam ficar, pegando copo de água, salgadinhos, arrumando a almofada, fazendo de tudo para eu me sentir acomodada, mas no fundo elas iriam fazer isso porque sentiriam pena, se visse os meus cortes, Braian iria ficar encarando meus cortes, em silêncio, mas sei que depois, com certeza ele ira fazer interrogatórios, Peter iria ficar me encarando com tranqüilidade, mas depois iria me abraçar e com certeza eu iria chorar, e sentir culpa, mas do que eu estou sentindo, e o Dan...O Dan iria me levar para o parque aonde íamos, e ia cantar a musica que eu cantei para ele quando ele estava depressivo e eu iria chorar...E eu não quero mais chorar...Sem conta minha mãe, que iria surtar se visse meus cortes.

—Desculpe Dan...Mas eu acho que é uma má idéia. —Falei fixando o chão e fechando a janela, pude ouvir Braian me chamar, mas resolvi ignorar.

Fiquei ali parada na frente da janela por mais algum tempo, eu ainda podia ver a imagem desfalcada deles através da janela, por causa da cortina, eles estavam conversando....Ou estavam apenas encarando a janela?

POV BRAIAN*

Muita coisa aconteceu desde que Roselie entrou em depressão, Amber ainda não fala comigo, apenas Oi, e Tchau, bom eu não á culpo, Isa não sabe de nada, porque eu implorei para que Amber não contasse, e só Deus sabe porque ela concedeu meu pedido e não contou.

A mãe da Roselie esta melhor do que nunca, sempre arrumando a casa, cozinhando bolinhos e biscoitos, mas eu sei, que no fundo ela também esta sofrendo, porque um dia eu á peguei encostada na porta da Roselie, chorando muito.

Por isso Daniel esta aqui, a mãe da Roselie me contou, que ela tinha um primo que já entrou em depressão e a Rose o livrou, então eu decido chamá-lo, para ajudá-la, e agora estou torcendo para que tudo dê certo.

Peter também esta arrasado, ele não sai daqui, da escola pra cá, de cá pra escola, Amber não contou á ele sobre....Eu e a Rose, e eu não sei como ele irá reagir quando souber...Na verdade nem sei se ainda existe eu e Rose...

E um outro problema muito grande....Clarie....Quando Rose foi internada, e a Mãe dela também, eu perguntei á Clar, se existia alguém da família que poderia cuidar dela, ela disse que tinha uma tia, que não mora longe daqui.

Então eu á levei ate essa tia, conversei com ela, e ela disse que cuidaria da Clar quanto tempo precisasse, então deixei Clarie com ela e voltei para o Hospital...Uns dias se passaram, Roselie recebeu alta, eu perdi a memória, depois recebi alta e voltei pra casa, então...O pai da Roselie foi embora, depois Roselie entrou em depressão...

E eu acabei “esquecendo”, que a Clar estava esperando tudo se acertar para que eu a trouxesse de volta, digamos que na semana retrasada, no terceiro dia de depressão da Rose, eu fui ate a casa da tia da Clar, bati na porta, chamei, toquei a campanhia, mas ninguém atendeu.

Perguntei para um vizinho e ele me disse que já havia mas de duas semanas que ninguém morava nessa casa....Bom digamos que eu fiquei bem desesperado, e meu desespero aumentou, quando eu liguei pro celular da Tia da Clar, e um homem atendeu e disse que era filho dela, perguntei aonde ela estava, e o que ele me disse me deixou em pânico.

Ele disse que invadiram á casa dela, quando ele estava trabalhando, e alguém á atacou e á matou, quando ele voltou do trabalho o corpo dela estava jogado em cima do sofá, e a Clar havia sumido...

Claro que depois que soube disse, contratei 5 detetives, mas ate agora não tive nenhuma notícia, mas não descansarei ate achar á Clar, só espero que ela esteja bem...

—Calma, Roselie é assim mesmo, ela irá sair dessa depressão...—Daniel disse se sentando no sofá e fixando o Peter meio tenso.

—O que foi ? —Peter perguntou se sentindo meio incomodado com aquele olhar.

Daniel nada disse, apenas continuou fixando o Peter, que se retorcia incomodado no outro sofá, Daniel piscou quatro vezes rapidamente, como se estivesse saindo de um “transe” e olhou para a mãe da Rose, que o encarava atentamente.

—Eu sei...—A mãe da Roselie disse olhando para Peter, com um olhar tristonho.

—Alguém pode me dizer o que esta acontecendo ? —Peter perguntou agora, olhando para a Mãe da Rose.

—É que...—Daniel disse fazendo uma pausa, e fixando Peter, agora meio triste, ele respirou fortemente e esfregou a cabeça.—Eu não devia contar isso á vocês, é um segredo de família que esta escondido á anos...—Daniel disse fixando o chão, bem tenso.

—Bom...Somos tecnicamente da família então...Conta. —Isa disse se sentando no colo da Amber.

—Roselie, e Clarie não são minhas únicas filhas...—A mãe da Rose disse se sentando no sofá, ao lado de Peter.

—Como assim ? Rose tem alguma outra irmã ? —Amber perguntou agora bem interessada, e séria.

—Não...Ela tem um irmão...—Daniel disse encarando a mãe da Rose.

—Como ela nunca me contou isso antes !?—Isa disse assustada co aquilo, como todos nós.

—É porque Roselie não se lembra dele...Nós o apagamos da vida dela. —Daniel disse fixando Peter, com um olhar estranho.

—Como ele se chama ? —Peter perguntou fixando o Daniel, com um olhar tenso.

Daniel encarou uma foto aonde Roselie estava sentada na grama, lendo um livro de terror e com fones nos ouvidos, ele soltou uma longo respiração, e olhou para baixo, pude perceber que seu semblante mudou.

—Evan...—Ele disse sussurrando o nome, e seu tom de voz estava carregado de ódio e raiva. —O nome dele é Evan...