Os Mortos Também Amam - Livro 1 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 42
Rara Humana


Notas iniciais do capítulo

Edward se expos a Bella e agora um clima diferente ronda os dois.
Damon está ainda mais enciumado e pode explodir a qualquer momento.
Klaus parece empenhado com o seu plano. Bella deve temê-lo, mas escondendo tantas coisas, será que conseguirá proteger a todos?



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Enquanto corriam, Bella sentiu o vento frio congelando seus cabelos. Involuntariamente apertou-se mais ainda no corpo de Edward e depois se sentiu estranha estando tão próxima a ele. Não saberia explicar o que se passava, só estava sem jeito depois de ter tido aquela experiência com ele.

Já em frente a sua casa Edward a desceu de suas costas. Os dois olharam para cima, pois tinha começado a cair pequenos pingos de chuva. Edward abaixou a cabeça devagar olhando para ela e encontrou-a olhando pra seus olhos, era como se tentasse desvendar algum mistério. Será que ficara chocada com seus sentimentos? Talvez ela nem tenha notado o tamanho do amor que ele guardava em seu peito por ela. Bella ao fitar seus olhos verdes transparecendo tanto carinho, achou que seu coração vacilaria se permitisse.

– Obrigada, Ed.

– Não foi nada, Bella. – Sorriu sem jeito. – Você está mesmo bem?

– Sim. – Entraram lado a lado e encontraram Stefan, Helena e Damon esperando por eles. Eles tinham esperado por Bella fora do colégio por muitos minutos. Achou que ela estivesse conversando com as amigas. Helena foi procurá-la, mas não a encontrou. Ao sair viu Leah e Emily e ao perguntarem por Bella estas disseram que a sua sobrinha estava no banheiro se trocando, mas Helena tinha procurado em todos os lugares.

Eles já iriam sair para procurá-la quando receberam a ligação de Edward e foram para casa esperá-los. Agora os três estavam ali preocupados e querendo algumas respostas ao seu desaparecimento. Ficaram ainda mais assustados ao verem as condições das roupas de Bella e dos vestígios de sangue em seu corpo.

Edward apressou-se a contar a sua parte da história. Depois da apresentação dela Edward foi para fora tentar respirar melhor e tranquilizar a tensão sexual que ela tinha lhe causado. Algumas garotas lhe pararam para conversar. Agora que era o Conselheiro da escola, elas faziam fila para serem ouvidas por ele. Foi quando viu Damon sair, parecendo aborrecido. Logo em seguida viu Stefan e Helena que se juntaram a Damon. Imaginou que estariam esperando Bella. Os seus irmãos continuaram dentro do colégio aproveitando os momentos de distração. Algumas pessoas começaram a sair também e do outro lado da escola viu quando Bella sorrateiramente pegava a moto de Riley e saia em disparada. Foi atrás sem pensar em mais nada.

Edward explicou que quando a alcançou, já estava no chão, a moto de Riley sobre ela. Com cautela ele contou que Bella estava muito machucada e sentia muita dor então teve que dar o seu sangue a ela para que se curasse. Stefan pareceu um pouco desconfortável com a informação, mas aceitou já que sabia que o amigo só faria isso se preciso. Helena agradeceu por ele ter ajudado a sobrinha, no entanto, Damon parecia horrorizado com aquilo. Não queria o sangue daquele metido em sua namorada. Bella teve que intervir.

– Damon, ele fez isso apenas para me ajudar. Minha perna doía muito e não conseguia me mexer direito. – Damon sentia ciúmes e também preocupação. Ele tinha dado sangue a ela e com certeza não deve ter controlado seus sentimentos, deve ter sido exposto. Sabia que Edward tinha revelado pelo menos parte de seus sentimentos. Edward não esboçou nenhuma sugestão de resposta aos pensamentos de Damon.

– Há coisas mais importantes a serem discutidas. – Bella tomou a atenção para si. – Saí do colégio sem avisá-los porque Klaus esteve lá e disse que seus lacaios estariam sequestrando Esme naquele instante.

– Esme? Deus! – Helena apavorou-se.

– Ele fez algo com você? – Damon preocupou-se apenas com ela.

– Não, Damon. – Mentiu. – Ele só falou que a pegaria por garantia.

– Garantia do que? – Stefan perguntou. Bella calou-se, fingindo não saber.

– Edward o que farão? – Helena perguntou querendo ajudar a amiga.

– Liguei para meus irmãos. Eles estavam indo para o café. Encontrarei com eles para saber se Klaus a pegou mesmo. Vasculharemos essa cidade toda até encontrá-la. – Edward parecia agora muito irritado.

– Iremos com você. – Helena falou prontamente.

– Não. – Edward se lembrou do que tinha visto antes de se aproximar de Bella. Evitou pensar no que aconteceria caso não chegasse a tempo. Ele tinha visto Tanya aproximar-se por trás de Bella. Aquela era outra questão que resolveria. – Fiquem aqui com Bella. Não podemos ficar sozinhos, temos que nos proteger agora.

– Helena pode ficar aqui com Damon e Bella, mas eu vou com você, meu amigo. – Stefan disse firme e Edward agradeceu.

– Edward! – Bella o chamou quando já estava na porta. – Muito obrigada mesmo. – Ele sorriu. – Tragam Esme de volta. – Pediu.

– Cuide-se princesa. – Falou antes de partir.

Bella não conseguiu dormir e então ficou andando de um lado a outro da casa esperando assim como Helena e Damon notícias sobre as buscas. Edward havia ligado algumas horas antes dizendo que Esme não foi encontrada no café e nem na casa deles. Tinha amanhecido e Bella ainda não tinha dormido. Ela odiava-se por ser a causadora de tantos problemas, antes nunca ter existido, teria sido muito mais fácil para seus tios e para os Cullen.

Seu celular vibrou avisando ter recebido uma mensagem. Ela o pegou no bolso da calça e abriu a mensagem que dizia: “Eles nunca irão encontrá-la. Pronta para negociar? Espero-te no colégio às 15hs. Você não ajudará na decoração do baile? K.” Bella ficou horrorizada ao se dar conta que Klaus tinha o número de seu celular e ficou ainda mais horrorizada com a sua maneira mórbida de se divertir. Pelo menos tinha certeza de que Esme estava viva. Se quisesse ajudar a resgatá-la tinha que ir encontrá-lo. De qualquer maneira marcou com as amigas de ajudar na decoração do baile do dia seguinte, mesmo não tendo animo nenhum para bailes.

– O que foi? – Damon perguntou vendo a sua expressão assustada em seu rosto.

– Ah... Tinha esquecido completamente que marquei com as meninas de ajudar na decoração do baile hoje à tarde. – Disse prontamente. – Eu acho que devo ir... Talvez quem, sabe, não encontre uma pista de onde Esme esteja?

– Ou talvez encontre Klaus novamente. Você não vai sozinha, pode ter certeza. – Ele avisou.

Stefan ligou em seguida falando do fracasso que tiveram na busca por Esme. Falou que todos estavam na casa dos Cullen e que ele ficaria por lá para tentar ajudá-los de alguma maneira. Bella pediu para Helena e Damon a levaram até lá e eles não puderam dizer não. Helena também queria ficar com os amigos.

Quando chegaram lá viram todos os Cullen abatidos principalmente Carlisle que não fora nem ao hospital naquele dia. Estavam muito preocupados com Esme. Bella mesmo com a certeza de que ela estava viva não podia dizer nada. Tinha medo de contar algo demais e Klaus acabar matando-a. Alice estava concentrando-se em Esme, para ver se captava alguma decisão feita por ela, mas o véu que protegia Klaus e seus lacaios tinha caído sobre Esme também. Alice estava triste com a sua inutilidade e de tanto forçar ver algo sobre a mãe acabou ficando com dor de cabeça. Para um vampiro ficar com dor de cabeça era porque tinha forçado em excesso o seu dom. Mas a vantagem dos vampiros é que podem se curar com mais rapidez, logo ela estava melhor.

No horário combinado, Bella foi com Damon até o colégio, muitos alunos estavam chegando para ajudar na decoração do baile. Bella discretamente olhava para todos os lados tentando encontrar um vampiro com um senso de humor terrível que ela queria muito que morresse. Todos os amigos de Bella estavam ali se divertindo, Bella também fingia que se divertia, mas estava atenta a tudo. Até Damon fingia se divertir ao ajudá-los, mas ela sabia que ele também estava em alerta.

– Precisamos de mais desses. – Emily apontou para os papéis prateados.

– Vi uma caixa lá na sala dos professores. – Leah lembrou.

– Porque não trouxeram tudo para cá de uma vez? – Bella perguntou. – Vou buscar. – Ela disse, mas Damon a deteve.

– Claro que não. Fique aqui enquanto vou lá e trago rapidamente. – Disse prestativo.

– Muito obrigada. – Ela sorriu e lhe deu um selinho.

– Ai que lindo... – Emily disse brincalhona para Leah que sorria. Bella rolou os olhos com as suas amigas.

Damon foi direto para a sala dos professores. Entrou na sala que estava vazia e tinha algumas caixas por lá. Abriu uma e deu sorte por serem os papéis de que precisavam. Ia carregá-la quando sentiu algo em suas costas, virou sabendo que não estava sozinho.

– Olá, Damon! – Klaus estava a sua frente e levantou rapidamente uma barra de ferro que parecia ter feito parte de uma das carteiras do colégio e o golpeou com ela, mas Damon segurou-a a tempo. – Hummm... Rápido, mas será que é tão rápido assim? – Damon ficou confuso quando não mais viu Klaus a sua frente, ele estava segurando a barra ainda quando tarde demais o sentiu em suas costas. – Acho que não. – Damon não viu mais nada, pois Klaus quebrara seu pescoço. Ele caiu ao chão e antes que a barra caísse a pegou. – Entrem! – Ele ordenou e dois dos seus vampiros entraram na sala. – Levem-no para o banheiro. – Eles o pegaram e levaram para o banheiro que ficava do lado direito da sala. Klaus os seguiu ainda com a barra em mãos. Eles jogaram Damon em um canto. Klaus abaixou na frente dele e olhou por alguns segundo. – O que as garotas veem em você? – Pegou a barra e enfiou na mão direita de Damon, prendendo-a ao chão. – Quando acordar sentirá um grande desconforto.

*****

– Damon está demorando. – Bella pensou alto e logo recebeu uma mensagem em seu celular.

“Preciso que venha até a sala dos professores agora. K” Ela se assustou. O que ele teria feito ao Damon. Nesse momento dois rapazes que ela se lembrou de ter visto na inauguração do café apareceram com as caixas que Damon deveria ter levado.

Sem esperar que eles dissessem alguma coisa, correu para a sala dos professores. Precisava ver Damon de qualquer maneira. Abriu a porta esbaforida e encontrou Klaus sentado tranquilamente no sofá da sala. Ele ergueu os olhos para ela devagar.

– O que fez com ele?

– Ele ainda esta com o coração no lugar. Mas seria muito fácil tê-lo arrancado. – Ele levantou-se. – Imaginei que o Salvatore viria com você. Tão previsíveis.

– Onde ele está? – Perguntou novamente.

– Precisa se acalmar, querida. Devolverei o Damon e a Esme depois das negociações. – Disse tranquilamente.

– O que quer negociar? – Bella sentia todo o seu corpo tremer. Estava a ponto de ter um ataque nervoso.

– Você. – Ele sussurrou. – Eu te falei sobre as pessoas raras, falei que você é uma delas. – Klaus ergueu a mão direita para acariciá-la.

– Não toque em mim. – Falou enojada. Bella viu um breve olhar de raiva passar pelo seu rosto, mas depois ele suavizou a expressão abaixando a mão.

– Você será a minha companheira. – Aquelas palavras foram como um banho de água gelada em seu corpo. Ela ficou paralisada. – Será a minha companheira, dividiremos a eternidade juntos e seremos felizes com os nossos descendentes. – Aquilo deu um nó na cabeça de Bella.

– Descendentes? – Falou meio incerta de ter ouvido certo. Ele sorriu parecendo maravilhado. Pelo que seus tios lhe informaram, vampiros não podiam procriar.

– Você é uma joia rara. Um segredo escondido por nós para evitar clãs mais poderosos que pudessem destruir a sua própria espécie. Suponho que já tenha ouvido falar nos Volturi. Eles são um dos mais antigos que estiveram presentes nas catástrofes do nosso povo. Foram eles que destruíram os bebês...

– Fala das crianças imortais? As crianças que foram criadas por vampiros? – Bella tinha ouvido falar nessa história.

– Você ouviu falar nas crianças imortais... Mas não dos bebês... Os bebês meio humanos.

– Bebês meio humanos? - Bella ficou apavorada com essa ideia.

– Isso, diferentes das crianças imortais que eram crianças humanas mordidas por vampiros e não tinham controle sobre seus impulsos, os bebês nascidos de mães humanas, podem adquirir consciência rapidamente. Os antigos descobriram que era possível humanas gerarem e darem a luz a filhos de vampiros que poderiam ser muito mais fortes que os vampiros normais. Mas encontrar alguém que possa é quase impossível.

– Você acha que eu posso ter um bebê meio humano, meio vampiro? - Bella estava estupefata pelas informações.

– Tenho certeza. – Disse com convicção.

– De onde tirou essa certeza?

– Foi fácil. – Ele riu. – não vê como os vampiros querem tanto tê-la por perto? Como eles fariam tudo para protegê-la? Você é como imã para eles. Quantos vampiros você já enlouqueceu e só tem 16 anos? As vampiras que não te amam muito te invejam e todos esses sentimentos sem explicações concretas. E tem o seu sangue, notei a primeira vez que provei. Não sei ao certo o que há, algum tipo de mutação, mas o gosto é muito diferente, doce, como um vinho raro. Damon não tinha como notar, só um paladar mais apurado poderia. Até o seu cheiro é... – Ele inalou o seu aroma. – apetitoso. – Ele ficou sério encarando-a. – As poucas humanas que podiam gerar nossos filhos, também tinham dons desenvolvidos além do normal para um humano, assim como você. Mas um dia eu te conto a história toda, agora não temos tempo. – Ele respirou fundo. – O que quero é você, além de ser uma humana que pode gerar meus filhos, também é esperta, inteligente, astuta e muito linda. Quero-a, quero-a sem os Cullen e os Salvatore atrás de você para resgatá-la. Quero que atenta ao meu chamado quando for à hora.

– Eu não posso acreditar no que estou ouvindo. – Ela deu um passo para trás afastando-se dele. – Você quer me usar para ter suas crias? - Falou enojada. Ele se aproximou dela olhando-a com carinho. Segurou seu rosto entre as suas mãos.

– Serão nossos filhos, querida. Terão a sua beleza e a minha força. Serão magníficos. – Disse com carinho. Bella o olhou por um instante e depois com repudia cuspiu em seu rosto. Klaus afastou-se dela e limpou o rosto com a mão. Respirou fundo e deu um tapa em Bella que foi ao chão com o impacto. Klaus a levantou sem cuidado algum. Bella sentia o rosto queimar. – Teremos que melhorar seus modos.

– Eu não vou ter filhos com você. – Disse com raiva.

– Não? - Klaus a levou para o banheiro onde Damon ainda estava desacordado. Bella tentou correr para ele, mas Klaus não deixou.

– O que fez com ele? Seu monstro! – Klaus aproximou-se de Damon tirando a barra de ferro de sua mão e enfiando em seu peito perto do coração. Bella gritou quando viu aquilo.

– Bem perto do coração. Quer mesmo ver seu namorado morrer aqui e agora?

– Por favor, pare! – Bella abaixou-se em frente a Damon chorando.

– Então diga o que quero escutar. – Ordenou.

– Não posso... – Klaus afundou mais a barra no corpo de Damon.

– Posso fazer muito pior com a Esme. – Falava desprovido de qualquer sentimento bondoso.

– Tudo bem! Eu serei sua companheira! Irei quando me chamar. – Klaus tirou a barra e a jogou do outro lado do banheiro.

– Ótimo. Assim está perfeito, querida. – Ele abaixou e tentou acariciá-la, mas ela desviou. – Não exigirei mais tanto de você por hoje. – Ele levantou novamente. – Esme voltará para vocês ainda hoje. Só diga aos Cullen para não se meterem em meu caminho. Deixarei que aproveite o baile e depois nos encontraremos. – Prometeu.

Bella abraçou Damon e ao levantar a cabeça não viu mais Klaus por perto. Bella ficou chorando ao lado do seu amor, apavorada com tudo o que tinha acontecido. De repente Damon deu um grande suspiro e abriu os olhos.

– Oh, meu amor. Você acordou! – Bella beijou-lhe os lábios e o rosto. Damon parecia confuso.

– Klaus... – Ele murmurou.

– Ele se foi. – Damon sentou e verificou se Bella estava machucada. Limpando as lágrimas de seu rosto

– Não chore. – Pediu. - Você está bem?

– Sim, Damon. E você? - Damon abriu e fechou a mão direita, sentindo-a um pouco dolorida, mas não estava mais machucada, assim como o seu peito. Apenas a sua camisa estava com um enorme rasgo que ele não se lembrava de como tinha acontecido então ele se deu conta da barra de ferro ali perto ensanguentada.

– Aquele desgraçado! – Esbravejou. – Mas o que ele queria?

– Apenas atormentar. – Ela disse ajudando-o a levantar. – Ele devolverá Esme, disse que só foi um aviso para os Cullen não se meterem com ele.

– E sobre mim, claramente foi uma pequena vingança por Katharine.

Bella ligou para Alice e falou sobre a aparição de Klaus no colégio e sobre Esme.

– Posso vê-la! – Alice pulou feliz ao ver a mãe.

– Concentre-se, Alice. – Edward pediu ao seu lado. Ele como todos os outros estavam ouvindo a conversa que Bella teve com Alice.

– Ela está na estrada principal. – Alice falou.

– Emmet pegue o meu carro e vá para lá, nos encontraremos no caminho. Jasper fique aqui com as meninas. Edward venha comigo! – Carlisle ordenou para o filho.

*****

Bella, seus tios e Damon, foram à casa dos Cullen. Bella abraçou Esme e quase não a soltava mais. Estava muito feliz por ela estar em. Helena encheu a amiga de mimos. Ao conversarem sobre os últimos acontecimentos, Esme disse que não se lembrava de nada das ultimas horas. Só lembrava-se de ter saído do Café e alguns vampiros a atacaram, depois tudo era um branco. Ela não tinha nenhum ferimento e não parecia ter sofrido.

– Se eu pego esse desgraçado, o faço em pedacinhos. – Emmet disse com raiva.

– Todos nós queremos a mesma coisa, Emmet. Faço minhas as suas palavras. – Edward disse sombrio. O que fez Bella se encolher ao imaginá-lo tentando acabar com Klaus.

– Não será fácil acabar com ele. Ele é o vampiro mais veloz que já vi e talvez o mais forte. Perdemos fácil para ele. - Damon falou.

– Sozinhos, mas juntos podemos derrotá-lo. – Jasper afirmou e todos consideraram o que ele dissera. Bella sentia-se encurralada, não sabia o que fazer.

*****

– Alice, tente só mais uma vez. – Edward pediu. Alice respirou fundo e fechou os olhos se concentrando.

Na mesma noite que Esme regressara a sua casa, Edward pedira para Alice se concentrar em Tanya. Contara para sua família o que tinha acontecido na noite da apresentação de Bella. Algo que não contara aos seus amigos e nem a Bella. Tanya estava lá no lugar do acidente e parecia querer tentar algo contra Bella, ele tiraria essa história a limpo.

Então Alice finalmente a viu. Estava caminhando em direção a uma praça da cidade. Estava sozinha. Edward agradeceu a irmã, pegou o seu carro e foi em direção a praça. Se Klaus não estava cobrindo-a sempre, era porque seus laços não eram tão fortes assim. Chegou ao local e ficou esperando por ela. Não demorou muito viu Tanya caminhando pela praça. Ela o viu e sorriu indo em sua direção.

– Edie!

– Tanya. – Ele a cumprimentou e mostrou o lado do banco vazio. Tanya sorriu esperançosa.

– Edward, sobre aquele dia da inauguração... Eu cheguei a cidade para te procurar, encontrei Klaus no bar. De repente me vi falando tudo sobre mim.

– Você sabia sobre o plano dele na inauguração, sabia sobre a Esme. – Ele acusou.

– Ele disse que não faria mal a ela, era só para assustá-los. – Defendeu-se. – Ele só quer mostrar que não podem com ele, e não podem mesmo Edward. Ele é Klaus, um dos mais antigos. Ele só quer a idiota da Isabella.

– Há algo por trás disso ou devemos acreditar que ele só se encantou por ela? - Ele perguntou duro.

– Não sei. – Ela falou e ele descobriu que era verdade. Klaus deve não ter dito ou tê-la feito esquecer.

– O que estava fazendo no local do acidente de Bella?

– Edward... – Ela choramingou. Ele segurou-a pelo pescoço e a levantou com ele. Tanya o olhou com pavor e Edward através de suas lembranças viu que ela tinha provocado o acidente e que iria matá-la se não chegasse a tempo.

– Tanya, você... – Ele estava tão alucinado que quis matá-la ali mesmo.

– Edward... – Ela implorou e então a soltou. Tanya tossiu e massageou o pescoço.

– Eu deveria matá-la! – Falou descontrolado.

– Como você queria que eu agisse? Tudo é culpa dela. Aquela pirralha desgraçada!

– Não ouse falar dela assim! – Falou alto e severo.

– Falo sim! Você nunca me tratou como trata aquela humana, nunca realmente se importou como se importa com ela. Desde que ela era uma criança era assim. Eu queria ser o centro do seu mundo, mas nunca tive chances com ela no caminho! Ela sempre foi amada por todos e eu não. Agora a vejo sendo desejada por todos, até por você! Até Klaus a quer e me usa para seus caprichos sem se importar comigo. – Edward não se compadeceu de Tanya. Ele tinha se importado com ela, tinha se dedicado, talvez não a tenha amado, mas quis. Tanya não teria salvação, porque ela não a queria.

– Ele não sabe que tentou matar a Bella, não é? - Ela se calou. Se Klaus soubesse disso, ela morreria com certeza. – Imagino que não saiba onde ele se esconde. – Ele vasculhou a mente dela, Klaus tinha se prevenido. – Saia da cidade antes que seja tarde para você, Tanya. – Ele avisou e se foi.


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