Agora que estava em sua casa, acolhida por sua cama. Bella sofria antecipadamente com o seu futuro. Se ela quisesse que a sua família ficasse bem, teria que ceder a Klaus. Ele tinha mostrado todo esse tempo que não tinha medo, nem sentimentos, que estava disposto a fazer qualquer coisa para que ela ficasse com ele.

Imaginou se seus tios sabiam sobre esses bebes, sobre essas humanas que podiam desenvolver em seu ventre meios vampiros. Sentiu repugnância ao se imaginar com Klaus. Não podia deixar de sentir náuseas ao imaginá-lo tocando-a intimamente, fazendo sexo com ele. Deus! Como poderia dormir pensando nessas coisas? Temeu por sua sanidade mental, sentia-se prestes a enlouquecer.

Sua noite foi inquieta, não conseguia manter-se em sono. Logo que dormia seu inconsciente a despertava. Foi com alívio que viu o dia amanhecendo, pois poderia levantar-se e fazer algo para esquecer por algum tempo Klaus e sua ideia louca de tê-la como sua procriadora. Era mesmo o que faltava! Como poderia se livrar disso? Não podia enganá-lo tão fácil, ele mostrara que sempre estava à frente. Ao levantar sentiu-se meio tonta e uma dor de cabeça aguda que aliviou depois do banho.

– Levantou cedo. – Helena surpreendeu-se com Bella já de pé. Estava preparando um suco para a sobrinha, a mesa do café estava muito variada.

– Estou sem sono.

– Preparei um café especial para você. – Bella fez uma careta. – O que foi?

– Não estou com muita fome. – Na verdade, estava sem fome nenhuma. Helena aproximou-se dela e envolveu seus ombros com seu braço.

– Nada disso, você tem que se alimentar direito. – Helena com as pontas dos dedos levantou o seu queixo para olhá-la. – Olheiras... Não está dormindo muito bem.

– Com todas essas coisas acontecendo... Esme e tudo o mais.

– Sei querida. Também estamos sofrendo, mas deveria ter ficado um pouco mais na cama hoje. A noite acontecerá o baile, tem que estar linda. Ao menos uma distração para aliviar a tensão. – Sorriu.

– Não estou muito no clima. – Helena encostou sua testa na da sobrinha.

– Tente se animar um pouco querida. Fará bem. Ok? - Mesmo não tendo certeza, assentiu.

– Ok. – Helena sorriu e a fez sentar-se à mesa para comer um pouco.

– Então... Vamos sair um pouco do assunto “Klaus” e toda a sua confusão para abordarmos um assunto... Digamos mais humano. – Helena puxou assunto sentada ao seu lado, servindo-se de suco.

– Tudo bem. – Falou comendo um pedaço de bolo.

– Porque resolveu dar aquele show, um tanto inapropriado no colégio? - Não estava acreditando que sua tia ainda tentaria falar sobre sexo com ela.

– Só senti vontade de dançar. Não pensei que seria ofensivo. – Ela tentou desviar de sua verdadeira razão.

– Não seria porque você anda curiosa sobre sexo? - Bella arregalou os olhos. – Não se preocupe Stefan não está. – Bella ficou um pouco mais tranquila, mas ainda assim incomodada com a pergunta da tia. - Ele saiu com Damon, foram caçar. Stefan pelo menos, Damon talvez tente. Ele ainda fica enjoado quando se alimenta de sangue animal. – Helena olhou por um instante a sobrinha que parecia ainda sem querer responder. – Então, vai me responder?

– Não estou curiosa sobre sexo.

– Acha que não percebo a tensão entre você e Damon? Ele está sendo um cavalheiro. – Bella bufou. – Você acha que chegou o momento?

– Por acaso Damon andou comentando sobre isso com você?

– Até parece que você não o conhece. – Helena riu. – Como eu disse, percebi o que estava acontecendo e fui conversar com ele.

– Tia, isso não foi tipo uma invasão? - Bella sentiu-se com a intimidade violada.

– Fiz o que uma mãe faria. Vejo um problema acontecendo com a minha filha e tento ajudá-la.

– Tia... – Bella sentiu-se comovida. – Adoro quando me chama de filha. – Helena sorriu e a abraçou. – Mas me conta que conversa foi essa com Damon?

– Arranquei dele o que estava acontecendo. Bella... Acredite, se Damon te achasse mesmo criança, não estaria com você de forma alguma. Ele só esta querendo que você faça as coisas com certeza. E ele tem razão. Você é muito jovem sim, porque não aproveitar aos poucos o que o relacionamento de vocês pode oferecer?

– É claro que estaria do lado dele. – Bella falou como se fosse óbvio. – Tudo bem, tia, prometo maneirar. Estou me sentiu uma deflagradora de inocentes. – Helena riu divertida.

– Bem... Temos outro assunto para falar. – Bella fitou-a desconfiada. – Nós conversamos e achamos melhor passarmos um tempo na casa dos nossos amigos. Será mais seguro para todos. – Concordava que era mais seguro, porém...

– E Damon?

– Damon... É Damon. – Helena disse e Bella soube que ele resistiu à ideia. – Stefan esta com ele para fazê-lo ceder e ficar conosco. – Ela sabia sobre o que o seu namorado achava sobre Edward, mas se ele resistisse, o obrigaria a ir.

– Para o bem dele espero que aceite logo. – Disse firme.

– Então depois do baile, vamos todos para lá.

Depois do café as duas foram para a casa dos Cullen, Alice queria assistir a um filme de comédia, segundo ela todos precisavam. Bella todo o tempo que esteve assistindo evitou contato visual com Edward. Atitude muito diferente de antes do seu acidente com a moto, pois adorava assistir filmes deitada em seu colo. Mas o que ela poderia fazer? Sentia um clima diferente entre os dois, algo quase tangível.

Às vezes notava o olhar dele sobre ela e aquilo a queimava. Era uma sensação diferente, como nervoso, ansiedade e medo. Oh droga! Agora ficaria desse jeito na presença dele? Parecia que sim. Era uma tensão estranha, tinha medo de que alguém notasse. Edward não conseguia tirar os olhos dela. Bella parecia sem jeito e ele não queria tê-la afastado. De vez enquanto sorria discretamente por conta do filme, mas parecia tensa. Não sabia o que fazer dali em diante, mas teria que tentar algo.

Ainda era muito cedo quando o filme acabou todos eles continuaram juntos conversando. Bella saiu para beber um copo d’água, mas de lá invés de voltar para onde todos estavam, foi para a varanda da casa e sentou-se nos degraus. Forks estava ainda mais fria, mas pelo menos aquele dia não chovia tanto e naquele momento havia parado totalmente de chover.

Edward sentou ao lado dela, sem dizer nada, o que a assustou. Seu coração deu uma acelerada e ela se odiou por isso, porque claro que ele notara. Ela por um momento o fitou pega de surpresa, mas logo desviou o olhar. Ele estava com fones no ouvido e ficou olhando para o horizonte em silêncio. Bella corou quando ele ficou admirando-a.

– Esta diferente, desde o dia do acidente quando lhe dei meu sangue. – Esse era o tabu em que ela não sentia nenhuma vontade de tratar. Bella abriu e fechou a boca tentando falar algo que negasse o que foi dito, balbuciou alguma coisa, mas desistiu. Ele a conhecia muito bem para tentar uma interpretação naquele momento. Ele riu amargo. – Foi muita informação... Os meus... Sentimentos. – Sua voz era intensa e tinha uma pitada de tristeza. Ela o estaria entristecendo? Quis estrangular-se por isso. Nunca, jamais, quisera isso, mas tinha que falar a verdade.

– Edward... – Ele forçou a olhá-lo, mesmo sendo difícil. -... Talvez não seja real. – Ela se lembrou do que Klaus tinha lhe dito sobre ser uma geradora de filhos vampiros e sobre os vampiros inconscientemente a querer. – Talvez esteja enganado e seja só uma confusão. – Edward sorriu triste e tocou-lhe o rosto.

– Acha mesmo que me enganaria quanto a isso? - O seu coração disparou e enrubesceu novamente. Ele admirou o rubor em seu rosto. – Prometo não forçá-la a nada, prometo não expor os meus sentimentos. Não quero que se afaste de mim... Jamais. – Ele a beijou carinhosamente no rosto. – Por que não treinamos um pouco para o baile? - Falou agora como se fosse o Edward de sempre. Ele tirou os fones do ouvido e o desconectou do seu celular. – Tenho a música perfeita. – Então colocou no alto falante “Flightless Bird, American Mouth” de Iron & Wine. Edward a pegou pela mão e a levantou junto a ele. Segurou a sua cintura com delicadeza com a mão esquerda enquanto a outra segurava a sua mão. Bella sentiu o calor de antes lhe subir novamente. Edward sorriu e ela também e começaram a valsar.

Eles valsavam sem perderem a conexão visual. Mesmo que quisessem desviar, era impossível. Bella de repente se sentiu em casa e toda a tensão e estranheza se foram. Aquele era Edward Cullen, uma das pessoas que mais amava. Ele tinha sido o seu grande amigo todos aqueles anos e percebeu que provavelmente se Damon não houvesse aparecido, ela arriscaria algo com ele. Não parecia uma coisa do outro mundo naquele momento, parecia o mais natural possível. Ele a girava fazendo-a rir, sempre foi assim. Gostavam-se, foram sempre unidos, seria o ideal, fácil. Edward enquanto dançava com ela, percebeu o olhar diferente que ela lhe lançava aquilo o fez ter ainda mais esperanças.

A música parou e eles pararam de dançar, mas continuaram se admirando. Bella tinha certeza de três coisas aquele momento. Primeira: Edward Cullen nutria sentimentos românticos por ela. Segunda: Que se não fossem as circunstancias estariam sem dúvidas juntos. Terceira: Ela amava Damon Salvatore. Eles ouviram palmas a sua frente e se afastaram sem jeito.

Damon estava ao lado de Stefan e aplaudia. Seu olhar era duro e tinha um sorriso mordaz nos lábios. Bella mais uma vez corou. Stefan segurou o ombro do irmão para que este se controlasse, mas Damon não estava se importando.

– Essa sem dúvida, foi a cena mais romântica que já vi há muito tempo. O que achou irmão? - Perguntou a Stefan. Sua voz carregada de lasciva.

– Acho que não precisa fazer isso. – Stefan respondeu.

– Mas eu só estou elogiando. - Seus lábios se contorceram em um esgar. – Foi tão romântico o que vi que quase me comovi. E só tem um detalhe Topetudo: Bella é minha namorada! – Falou enlouquecido. Bella assustou-se com o tom de voz dele e a raiva exposta. Edward assim como no dia do aniversário dela ao ver Damon, tomou a sua frente para protegê-la. Damon estava tomado de ira e não queria que ela se machucasse.

– Vá para dentro, Bella. – Ele pediu e Damon sorriu diabólico.

– Ainda não se convenceu que ela é minha? Eu posso te fazer entender. – Bella tentou sair de detrás de Edward, mas ele a segurou.

– Por favor, Damon... – Iria implorar para que ele não fizesse nada. Os outros Cullen saíram de dentro da casa assim como Helena.

– Conversaremos depois agora o meu assunto é com ele. – Apontou para Edward. – Afaste-se dela, Cullen ou o matarei com o maior prazer.

– É melhor começar a tentar, Damon. Porque nunca me afastarei dela, não enquanto ela quiser que fique. – Aquilo fez Damon ferver mais ainda. – Vá para dentro, Bella. Esse é um assunto nosso. – Edward falou para todos para que não se intrometessem.

– Vamos nos acalmar, discutir isso sem violência. – Carlisle pediu.

– Nem sonhando! – Damon falou já transformado correndo em direção a Edward que fazia o mesmo para ele.

– Oh, meu Deus! – Bella se apavorou quando os dois se atracaram. Emmet segurou Edward por trás e tentava afastá-lo de Damon assim como Stefan fazia com o irmão. Jasper ficou entre os dois para ajudar a separar e usava seu poder para acalmá-los.

– Pare com isso, Damon! – Stefan lhe pedia. Bella de repente sentiu uma irritação lhe atingir ao vê-los daquela forma. Como podiam agir daquela forma tão infantil diante de assuntos mais urgentes? Correu em direção a eles.

– Bella não! – Helena a segurou para que não se aproximasse muito.

– Vocês estão loucos?– Ela gritou. – Nós não precisamos disso, EU não preciso disso. Já tenho um vampiro idiota em minha vida me atormentando, não preciso de mais dois! Querem se matar, ótimo! Façam isso longe de mim! – Eles pareceram se acalmar. – Por favor, me levem para casa. – Ela pediu aos tios e correu para o carro.

Helena a levou para casa. Bella estava horrorizada com o que viu. Com todos os problemas os rondando eles têm um ataque de testosterona e quase se matam. Se continuasse daquela forma, com certeza pegaria suas coisas e iria embora. Não queria ninguém brigando por ela. Sentiu os olhos arderem, as lágrimas queriam romper. Quando chegaram em casa, correu para o seu quarto e logo ouviu as vozes de Damon e Stefan

– Preciso falar com ela. – Ouviu Damon dizer.

– Vamos lhes dar privacidade, mas se controle Damon. – Helena falou. Ela estava em pé esperando por ele quando a porta abriu.

– Não quero conversar com você. – Informou com um nó na garganta.

– Ótimo, porque eu só quero que me escute. – Fechou a porta as suas costas. – Você sabe agora Bella, não acredito mais que esteja na ignorância das intenções do Cullen. Agora se coloque em meu lugar. Queria que reagisse diferente ao vê-la nos braços dele?

– Só estávamos dançando. – Falou pausadamente para não explodir.

– E eu já disse que a cena foi linda. – Falou irônico.

– Saia do meu quarto! – Ela enfim explodiu.

– Eu não vou sair até terminarmos. – Disse firme.

– O que você quer que eu faça? Não posso me afastar dele por sua insegurança. Somos grandes amigos desde que nasci. Não posso romper essa ligação por que você não confia em mim. – As lágrimas romperam a barreira que ela estava impondo e desceram por seu rosto.

– Eu confio em você, só não posso deixar de sentir medo quando o vejo com ele.

– Damon, eu amo você. – Falou entre lágrimas.

– Eu também amo você. – Damon a beijou nos lábios. – Você só tem 16 anos... Queria ter certeza de que não destruirá meu coração ao acordar certo dia e descobrir que não me ama mais. – Bella o olhou confusa.

– Do que está falando?

– Eu te amarei para sempre, mas sendo humana e na sua idade... – Bella afastou-se dele.

– Damon, se você não confia na veracidade do que sinto por você, se essa incerteza de martiriza... Então...

– Então...? - Damon perguntou e agora ele também tinha os olhos úmidos.

– Então é melhor que terminemos. – Damon ficou pálido. – É melhor fazer a sua escolha agora. Eu tenho certeza do que sinto por você, se quer ficar comigo, tem que parar de duvidar e de estipular tempo para nosso relacionamento. – Ele finalmente piscou.

– Eu te amo, Isabella. – Disse baixo.

– Eu te amo, Damon.

Ele a beijou nos lábios. Os beijos ficaram cada vez mais urgentes. Ele a deitou na cama e ficou parcialmente por cima dela. Trocaram carícias ousadas e mais urgentes. Tinham esquecido sobre a briga, sobre tudo. Certo momento ele parou de beijá-la, sua respiração era irregular.

– Seus tios nos deram privacidade, mas acabam de voltar. – Informou. – Vou para casa me arrumar para o baile, volto logo para você. – Ela assentiu e ele a deixou deitada na cama.

Helena bateu na porta de seu quarto e entrou.

– Quer conversar sobre a confusão de hoje? - Perguntou.

– Quero esquecê-la, tia. – A tia pigarreou.

– Não quer mesmo falar sobre Edward? - Ela olhou para a tia e suspirou.

– Não. Vou me arrumar para o baile. – Levantou-se e foi para o banheiro tentando ignorar o fato de Edward Cullen ter brigado por ela mais cedo.

Bella arrumou algumas coisas e colocou em sua mochila. Ela colocaria no carro de Damon e do baile iria para a casa dos Cullen. Pensou que talvez Damon não quisesse mesmo ir depois da briga para lá, mas ela tentaria convencê-lo.

Helena e Bella se ajudaram na produção para o baile e estavam arrasando em seus vestidos. Helena como era a esposa de um professor, estava mais que convidada. Ela estava deslumbrante em seu vestido preto, todo liso, com mangas longas com um caimento em um dos ombros que o deixava a amostra. Bella vestia também um vestido logo em um rosa cremoso tomara que caia. A parte de cima era toda trabalhada em renda com detalhes brilhantes e da cintura para baixo liso. Por cima ela usou um bolero da mesma cor do vestido. Assim como o de Helena o seus cabelos estavam meio presos. Quando Damon chegou ficou deslumbrado. Realmente achou-a divina e não conseguiu expressar em palavras.

– Damon? - Helena o despertou depois dele ficar por um longo tempo em pé a frente de sua sobrinha sem nada dizer.

– Ah, sim... – Bella sorriu admirando-o em seu terno azul escuro. – Você está magnífica.

– Obrigada. Você também está. – Ele sorriu.

– Trouxe isso para a minha acompanhante. – Ele ergueu a caixa transparente que mostrava um corsage com uma grande flor branca e uma menor lilás por cima. – Bella sorriu com o gesto de Damon. – Deixe-me colocar.

– Claro. – Bella ergueu a mão esquerda e Damon prendeu o pequeno buquê em seu pulso. – Perfeito. – Ela elogiou.

– Sim, perfeito. – Damon acariciou a sua mão.

– O baile estava lindo, muitos jovens divertiam-se com os amigos. Bella aproveitou todos os momentos, pois ela se conformara que depois do baile a sua vida não iria mais ser a mesma. Klaus deixou bem claro que eles se encontrariam. A sua vida estaria arruinada.

Ela não pode deixar de perceber que Edward não fora ao baile. Ele como todos os professores poderiam ir se quisessem, mas claramente tinha achado melhor não ir. Não deixou de lamentar por isso, por estar fazendo toda essa bagunça. Mas... Era o seu ultimo entretenimento, então tinha que viver aquele momento ao máximo. Dançou quase todas as músicas com Damon às vezes com Stefan e fez questão de dançar uma música com Mike e Riley que faziam par com suas amigas Leah e Emily.

Quando chegou o momento mais esperado das líderes de torcida, o anuncio do rei e da rainha, Bella ficara muito surpresa. Alarac subiu ao palco para fazer o anuncio, Riley e Bella foram escolhidos. Ela se encolheu e realmente não queria subir ao palco quando Riley foi pegá-la para irem juntos.

– Oh... Não. – Disse sem jeito.

– Vamos Bella, você é a rainha. – Bella olhou para Damon e ele sorriu.

– Você tem receber a coroa, te esperarei aqui. – Ele piscou. Ela sabia que se Damon fosse um estudante ganharia fácil a coroa. Bella aceitou a mão de Riley e foram ao palco sob aplausos. Alarac os coroou e passou a faixa para eles.

– Muito obrigado, pessoal. Este é o meu ultimo ano colegial e guardarei boas lembranças de todos. – Riley falou ao microfone e deu espaço para Bella.

– Isso foi mesmo muito inesperado. Cheguei como caloura este ano e termino sendo coroada. Muito obrigada pela ótima recepção. – Todos aplaudiram e Bella correu para Damon, mas no caminho foi parabenizada por todos.

– Isso foi magnífico. Claro que você mereceu – Helena falou ao abraçá-la.

– Você está mesmo linda hoje, querida. – Stefan a abraçou também.

– Obrigada. – Ela estava muito corada naquele momento.

– Ao seu dispor minha alteza. – Damon se curvou diante dela. Bella o achou muito elegante mesmo mostrando humildade diante dela.

– Pare com isso, Damon. – Suas bochechas estavam queimando. Ele pegou sua mão e a beijou.

– Sinto-me honrado de estar no baile com a rainha. – Ele se ergueu sorrindo. – O que deseja fazer agora? Mais uma dança?

– Sim, mais uma dança. – Ela aceitou.

E eles se entregaram novamente ao momento. Não havia Klaus, ninguém entre eles.

– Quer sair um pouco? - Damon falou ao seu ouvido quando dançavam uma musica lenta. Aquela simples pergunta estava carregada de promessas e ela captou.

– Quero. – Damon a pegou pela cintura e levou-a para fora. Quando colocaram os pés do lado de fora ele a beijou de forma avassaladora como tinha tido vontade desde o momento que a vira quando foi pegá-la. Os beijos que trocaram eram longos e cheios de paixão.

– Stefan nos chama. – Damon falou entre os últimos beijos.

Estava claro que Damon estava se rendendo. Ele não conseguiria resistir por muito tempo mais. Se ficasse com Bella a sós, a tomaria.

– Temos que ir. – Falou a contra gosto, mas Bella também sabia que tinham que ir.

– Ficará com os Cullen também, não é? – Ela lembrou-se da briga dele com Edward.

– Ficarei sim. Por você. – Ele disse. Engoliria aquele Cullen, porque o que importava era Bella. Ela sorriu satisfeita.

Seguiram para a casa dos Cullen e seus tios já estavam lá. Quando Edward a viu entrar em seu vestido de baile, perdeu o ar. Como poderia manter-se controlado diante dela como sua família pedira depois da briga com Damon, se ela teimava em provocar-lhe essas sensações? Bella estava simplesmente divina. Damon o encarou apenas uma vez e depois o evitou. Stefan e Helena se acomodaram em um quarto. Ficou decidido pelo próprio Damon que ele revezaria o quarto com Bella, iria para a cama quando ela acordasse, mesmo porque era a sua vez mais a de Carlisle e Esme de ficarem em vigília. Damon não gostou nada quando Edward ofereceu o seu quarto para ela e logo deu a sugestão do revezamento.

Bella vestiu sua calça de moletom e uma blusa de flanela, pois estava frio e foi dormir debaixo de um edredom aconchegante, mas toda a alegria adquirida no baile lhe escapou feito água entre os dedos. Pensava novamente em Klaus e em seu plano maquiavélico. Queria dormir e acordar sabendo que tudo aquilo que estava vivendo fora apenas um pesadelo. Ela conseguiu dormir uma hora depois e teve sonhos confusos.

Um deles ela se via dançando com Damon no baile, mas Damon de repente desaparecia diante dos seus olhos. Ela ficou confusa e desesperou-se. Procurou-o por todos os lados, tentou enxergá-lo entre as outras pessoas, mas não o encontrou. Porém, ficara paralisada quando Edward apareceu entre os casais que dançavam, com um terno giz muito elegante e sorria para ela. De certa forma sentiu-se mais tranquila, era como se tudo fosse dar certo. Edward aproximou-se dela ainda sorrindo e a fitou.

– Você esta linda, meu amor. – Disse com ternura e então a beijou. Bella ficou apavorada no primeiro momento, mas depois o beijo dado por Edward aqueceu seu coração e ela se viu retribuindo. Mas aquilo não estava certo, não parecia certo. Ela amava Damon e nunca poderia fazer aquilo com ele. Afastou Edward dela ele o olhou confuso. – Qual o problema princesa? – Ele tentou aproximar-se novamente e ela o deteve.

– Ed, não. – Quando ele insistiu em beijá-la ela virou-se para correr foi quando sentiu-se desequilibrar. Tentou apoiar-se em algo, seus braços procuravam algo sólido fazendo algumas coisas próximas a ela caírem e fazerem barulho. não estava enxergando nada e sentiu seu corpo no chão.

– Ai! – Gemeu alto com o impacto que teve. Sentiu alguém abrir a porta e tirar o lençol que estava em volta do seu corpo.

Bella olhou para cima e deu de cara com Edward. Seus olhos arregalaram com a surpresa de vê-lo ali depois de ter tido um sonho inapropriado com ele.

– Estava no corredor quando ouvi você gemer. Esta tudo bem? – Perguntou preocupado.

– Sim. – Ele a ajudou a levantar.

– O que aconteceu? – Ela enrubesceu. Nunca que iria falar que estava sonhando com beijos trocados entre os dois.

– Eu tive um pesadelo e me assustei, o que me fez desequilibrar. – Ele a olhou intrigado. - Será que os outros ouviram? – Perguntou em um sussurro. Ele sorriu.

– Ouviram. – Ele balançou a cabeça e riu.

– O que foi?

– Emmet achou graça. – Ela apertou um pouco os olhos.

– Rá! – Falou para ele ouvir. Edward ainda sorrindo pegou as coisas que caíram e as colocou no lugar. – Obrigada.

– Disponha. – Ele sorriu, mas depois ficou sério. – Você tem tido muitos pesadelos? – Ela foi pega de surpresa novamente. Sim, ela estava tendo muitos pesadelos, mas não iria contar.

– Ah... Não. – Mentiu. Ela sabia que ele não tinha acreditado.

– Tudo bem ter pesadelos... Seria uma reação natural a tudo o que esta vivendo, mas como não está... É ótimo. – Ok, porque estava com a sensação de que Edward sabia sobre os seus pesadelos? Que loucura! Mas é claro que ele não sabia, ele só poderia saber se pudesse ler a sua mente o que era impossível. – Vou deixa-la dormir. Durma bem. – Ele deu um meio sorriso e se foi.

Bella até que tentou, mas não poderia mais dormir. Meia hora depois, uma hora antes de amanhecer ela já estava na sala de estar assistindo a um seriado de comédia. Mas não estava mesmo prestando atenção, estava pensando no sonho, o qual louco ele tinha sido. Estava mesmo perdendo a sanidade, logo, logo estaria alucinando.

Viu Damon, Carlisle e Esme entrarem. Damon ficou um pouco com ela, mas depois dela insistir muito ele foi descansar. Rosalie, Emmet e Edward fariam a ronda da manhã. As coisas estavam mais severas entre eles. O cuidado e a vigilância aumentaram muito. Helena e Stefan levantaram e Bella os ajudou no café da manhã. Logo Alice, Jasper estavam na cozinha também em um café da manhã tranquilo. Não demorou muito para Esme. Carlisle e Damon aparecerem.

– É como se estivéssemos em uma fortaleza. – Bella disse para Stefan ao seu lado. Eles estavam na parte lateral da casa, de onde podiam ver o lago. Estava tão frio que Bella sentia seus pelos eriçados.

– Gostaria mesmo que estivéssemos em uma. – Respondeu.

– Todos estão se empenhando muito. – Disse tristemente sabendo que Klaus estava ganhando. – Emmet, Rosie e Ed... Estão lá fora. – Ela engasgou ao falar o nome dele, mas ao imaginar todos se sacrificando por ela... Achava tão sem sentido... Ainda mais depois que soube da “mutação” que ela tem o que faz os vampiros se dedicarem tanto.

– Faríamos tudo por você, querida. – Stefan lhe deu um sorriso sincero. – Por que não entra? Está muito frio para você. – Bella concordou e entrou.

Alice estava sentada no sofá com a cabeça parcialmente abaixada, seus olhos estavam cerrados e parecia estar muito concentrada. Jasper estava em pé atrás do sofá. Damon encostado em uma janela de braços cruzados parecendo preocupado. Esme e Carlisle estavam sentados no outro sofá em silêncio como os outros. Helena deveria estar no quarto

– O que esta acontecendo? – Perguntou a Damon.

– A bruxa esta tentando ver uma brecha. Tentando de todos os lados. Ele deve deixar algo ou alguém descoberto em um momento e aí o pegamos. – Queria que fosse tal fácil como parecia ao ouvir Damon. Bella sentiu seu celular vibrar, era uma mensagem. Podia-se ler:

“Espero que tenha se divertido muito no baile. Porque não nos encontramos para que me conte tudo? Encontros românticos são melhores ao crepúsculo. Espero-te este horário no café. K”.

Ela sorriu amarga pensando em como Klaus poderia ser terrivelmente galante e ao mesmo tempo desprezível. Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o local marcado. O único café da cidade era o da Esme e ele estava marcando lá? O que aquilo significava? Era uma ameaça a Esme e ao Jasper?

– Algo sério? – Damon a despertou de seus questionamentos.

– Assunto de meninas. – Ela forçou um sorriso.

Esme e Jasper estavam prestes a sair para irem ao Café. E era óbvio que tinha que ir com eles.

– Esme, vocês irão ao Café hoje? – Bella perguntou analisando o que poderia fazer.

– Sim, querida.

– Será que posso ficar com vocês à tarde?

– Não sei querida. Não seria melhor ficara aqui com os outros?

– Melhor você não sair por aí por algum tempo. – Damon intrometeu-se.

– Mas eu quero muito sair de casa. Estou me sentindo claustrofóbica. – Exagerou na interpretação. Damon rolou os olhos. – E lá posso me distrair.

– Te levo a tarde então. – Ele falou.

– Obrigada, aceitarei a carona, mas não precisará ficar. – Damon a olhou intrigado. – Esme e Jasper estarão lá.

– Nunca é demais. – Ele insistiu. Certo, aquilo não a levaria a nada. Damon certamente estava convencido de que deveria ficar e ela não o removeria dessa ideia.

– Tudo bem. – Aceitou achando melhor. Não sabia o que Klaus estava aprontando, mas com certeza ele não aparecia assim para todo mundo ver em plena luz do dia. Ou apareceria?