I Wish escrita por Lalita, Kate B


Capítulo 9
Hello Tom/ Beauty and te beast


Notas iniciais do capítulo

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Alice POV.

Eu tinha conseguido, Tommo estava nesse mundo. Comigo. E eu nunca mais ia deixá-lo ir sem mim. Ele iria me ajudar. Peguei meu mapa as chaves grandes do castelo e meu celular que nesse momento já tinha uma utilidade. Chamei meu carro com um assovio e ele veio.

-Tommo, é você mesmo, meu deus, que saudade que eu tinha de você, eu achei que nunca mais ia te ver. – eu disse indo correndo para abraçá-lo, ele mantinha uma expressão confusa em seu rosto, ele não estava entendendo nada, estava como eu no meu primeiro dia nesse mundo.

- Onde que a gente está? E como você veio parar aqui? Ontem eu estava com você e a gente tava falando de um monte de coisas, ontem foi seu aniversário e você some um dia seguinte do dia de seu aniversário? Você tem minhoca na cabeça garota? E como você descobriu esse lugar? – ele falava desesperadamente, estava muito estranho.

-como assim? Um dia após meu aniversário? Meu aniversário já passou há quase uma semana. - que estranho, será que o tempo não passava do mesmo jeito que passava naquele mundo?

- você ta mesmo muito estranha. – ele disse.

- entra naquele carro, a gente vai para minha “casa” e eu te explico tudo. Conto-te toda a história, pode ser assim? – eu disse fazendo aspas com as mãos após dizer casa.

- e foi assim que você veio parar aqui, eu precisava de você comigo, eu não aguentava mais viver nesse castelo gigante sem ninguém comigo. – eu disse olhando para ele que fazia uma cara de confuso ainda.

- e como a gente sai daqui? – ele perguntou.

- eu não sei, eu sei que eu tenho que ajudar essas pessoas. Vai ver é assim que a gente sai, eu tenho que cumprir a missão que meus pais deviam cumprir.

- posso te contar uma coisa, que eu só lembrei agora? – ele perguntou, eu disse que sim. – eu conheço esse lugar, agora eu me lembrei de onde. Meu pai uma vez me disse que meu avô era o Chapeleiro Maluco, antes de sair de casa. – Tom tinha perdido o pai, todos pensavam que ele havia largado a família, mas Tommo não acreditava nisso, procurou por ele por um bom tempo. Mas sua mãe já sabia de tudo. – minha mãe me contou a história, meu avô, era o Chapeleiro Maluco. Ele desrespeitou a rainha de copas, então ela mandou que cortassem a cabeça dele, meu pai era o herdeiro do titulo de Chapeleiro Maluco, ela também disse que Noan era meu primo, pois o avô dele era a lebre, que também morrera com a cabeça na guilhotina, a família da lebre não sabe de nada disso, e minha mãe também achou melhor não contar nada, pois assim evita mais gente para esse mundo, e evita de mais mulheres preocupadas com seus maridos. Ela tinha uma foto de meu avô. – ele me mostrou a foto de seu avô que tirara do bolso de sua jaqueta jeans, que ficava por cima do uniforme da escola. A semelhança era incrível.

-parece seu irmão gêmeo. – eu peguei a foto incrédula, logo alguém bate na porta. – Acho que tem alguém na porta. – era uma mulher muito preocupada com sua filha que havia sido raptada pelo lobo da vila, sua mão estava tremendo e ela chorava muito. – espere só um minuto, eu vou pegar meu casaco e já estou indo lá. – chamei Tom, e a gente foi até lá, a moça nos acompanhou ate sua vila. Era um lugar um tanto humilde, todos mantinham uma expressão preocupada, todos os que estavam na rua, pois quase toda vila estava trancada em suas casas.

- ele destruiu muitas coisas, alem de raptar minha filha. – disse a senhora.

- como sua filha chama? – perguntei observando tudo e segurando forte a mão de Tom, por um lado eu também estava um pouco assustada.

- Julia, Julia Eduarda, mas todos da vila a chamam de chapeuzinho vermelho, pois antes de sua avó ser engolida pelo lobo, fez uma Capa vermelha para ela, e ela sempre usa a capa. – ela explicou.

- vocês nunca viram o lobo? – perguntei.

- Nunca vimos seu rosto nítido, mas nós já o vimos ir embora pelo bosque. – ela disse e também contou a história de dona Lívia, uma amiga dela. Seus três filhos gêmeos completaram 18 anos e saíram de casa, resolveram cada um fazer sua própria casa no bosque. Mas o bosque é onde fica a casa do lobo, então, no dia seguinte que saíram de casa encontramos a casa de palha de um dos irmãos desmoronada, a casa de madeira de outro deles destruída e a casa de tijolos do outro, acabada. A única coisa que acharam dos três irmãos foi sangue, uma quantidade considerável de sangue em cada casa destruída.

- nós vamos achá-lo, pode deixar com a gente.  Disse Tom. Eu concordei, nós fomos para casa e voltamos ao anoitecer, pois nos disseram que ele sempre aparece ao anoitecer, fomos para o bosque.

Ouvi alguma coisa. - disse Tom me empurrando para trás de uma árvore e indo para a outra do meu lado.

- eca – eu sussurrei me referindo a algo nojento que havia caído em meu ombro. Olhei para cima na tentativa de achar de onde veio isso, e dei e cara com um animal de quase dois metros de altura, com dentes caninos afiados, olhos totalmente pretos, orelhas grandes e peludas, como todo o resto de seu corpo, ele mantinha seus olhos vidrados em mim, seu focinho sentia meu cheiro o que parecia o deixar mais esfomeado, ele rosnava para mim. Estava realmente bravo por estarmos na floresta. Ele fez uma cara de dor, e caiu ao meu lado adormecido. Logo havia percebido que Tom havia atirado nele com a arma que havia desejado que ele tivesse, se alguém iria me salvar queria que fosse Tom.

- você está bem? – ele correu para meu lado preocupado comigo, pegou em minha mão e me deu um abraço.

- sim, eu estou bem. - eu disse abraçando ele também. Ele havia jogado a arma no chão. Senti seu perfume e logo me acalmei. – bom, temos que tirá-lo daqui. – tirei meu mapa do bolso da minha jaqueta, ele brilhava em um lugar não tão longe de nós, desejei um carro grande para caber ele. E lá estava o carro que havia desejado. O colocamos lá dentro, e deixei Tom nos levar até lá, ele estava a um bom tempo querendo dirigir meu carro.

Chegamos a uma casa um tanto grande. Colocamos o lobo em uma cama de um quarto qualquer e o vigiamos, a arma que desejara era de urso, o efeito passaria rapidamente, fomos olhar a casa para procurar a garota, não havia sangue em lugar nenhum ela estava em alguma parte, escutamos um barulho vindo de uma porta, abrimos, tinha uma escada que dava para um porão escuro. – socorro! – escutamos alguém gritar, corremos para lá. Era a garota, a tal chapeuzinho vermelho, ela era minha amiga, bem que eu estranhei o nome, “julia Eduarda” eu tenho uma amiga chamada assim, ela é da minha sala. Soltamo-la que foi embora pelo caminho que dizia que dava para sua casa. Voltamos para ver o lobo. Tom se enfiou em minha frente. – Ei! Quem tem os poderes mágicos sou eu. Vou à frente. - Ele estava deitado, só que ele já não era o monstro lobo, ele havia virado...

- Steve? – disse Tom. Era ele mesmo, ele tinha sangue em volta da boca, seus cachos castanhos estavam bagunçados e ele ainda tinha os caninos afiados para fora da boca, e suas orelhas peludas saiam de seus cabelos. – como assim? – continuou.

- A Bela e a Fera. Ele é a fera, e uma das meninas é a bela. – parei um pouco para pensar em quem poderia ser a Bela. Logo lembrei que Nati havia me dito que Steve a beijara na porta de sua casa, só podia ser. – Natalia. – peguei meu mapa novamente. O mapa estava brilhando em uma parte, em baixo havia escrito “prisão de reino das maravilhas.” Mas marcava em meu reino, era isso, meu reino era o país das maravilhas. Mas o que Natalia estava fazendo em uma prisão? – temos que ir. – disse pegando na mão de Tom.

- espera, e se ele acordar. – fechei os olhos, e quando abri os olhos, em volta da cama de Steve havia uma jaula de aço e ele estava preso a ela com algemas, também de aço.

-pronto. - disse o puxando.

Chegamos lá.

- vamos caçá-la – disse Tommo, pegando em minha mão e me puxando para o corredor do prédio velho, eu gritei o nome de Natália, escutei um grito de resposta vindo do final do corredor.  Corri para lá junto de Tom. Natalia estava encolhida em um canto da sua cela empoeirada, seus olhos verdes estavam arregalados ela estava com uma expressão de medo, seus cabelos loiros estavam um tanto bagunçados, seus lábios que eu lembrava que era rosa naturalmente estavam brancos, ela estava pálida, ela estava com o rosto inchado de tanto chorar. Desejei que o portão de sua cela abrisse, tiramo-la de lá e a levamos a Steve.

- você o conhece? – perguntou Tom ela disse que sim e me perguntou se podia encostar-se a ele. – claro. – desejei que as coisas de aço sumissem. Ela o abraçou, o olhou e deixou uma lagrima escapar.

- como fui deixar que isso acontecesse com você? – ela disse, aproximou seu rosto do dele e o beijou assim ele acordou. Seus caninos sumiram junto as suas orelhas e os pelos, o sangue que saia de sua boca havia sido limpado, e suas roupas que estavam rasgadas, consertadas, ele abriu os olhos que já estavam verdes a olhavam ele sorriu com seus dentes de verdade. Seu sorriso era lindo. Eles nos agradeceram e nós voltamos para meu castelo, já estava bem escuro.

- Dorme comigo, eu tava com saudade de você. – disse a Tom fazendo carinha de cachorrinho. Ele disse que sim, eu coloquei minha camisola rosa e curta, ele tirou sua camisa e sua calça jeans e se deitou do meu lado me abraçando forte. Deu-me um beijo no rosto e disse: - boa noite minha baixinha. - ele amava me chamar assim.


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Notas finais do capítulo

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