Swett Imprinting - Short fic escrita por Manu Matos
Notas iniciais do capítulo
Oi gente...
sei que faz muito tempo, mas agora eu vou mesmo terminar de postar todas as minhas fics, e essa vai ser a primeira, esse é o penultimo capítulo...
então não deixem de comentar...
Jake Pov
Naquele dia eu e Bella sabíamos que tínhamos o que falar, mas também sabíamos que de nada adiantaria, ela estava muito magoada e machucada. A confiança que eu tinha conquistado no começo de nossa amizade tinha sido quebrada, e eu tinha ainda de recuperá-la antes de poder recuperar ela.
Por isso depois de um momento cheio de tensão, e silencioso desconfortável Bella me convidou para comer algo e ficamos falando de coisas bobas, como filmes e seriados idiotas que assistíamos em Forks, até que a mãe de Bella, Renne chegou. Ela tinha um ar cansado e parecia doente.
– Senhora Dwyer? – cumprimentei.
– Mãe, esse é o Jake, ele é filho do Billy Black. – Bella olhou preocupada para a mãe. – Ele veio ver como eu estava.
– Muito prazer Jake. – disse ela, e ergueu a mão para mim. – Me chame de Renné. – ela sorriu mais havia curiosidade no seu olhar.
– Eu vou fazer o jantar. – Bella falou olhando entre mim e sua mãe. – Me ajuda Jake? – apesar de ser uma pergunta, eu sabia que era uma ordem.
– Claro. – fui seguindo ela até sua cozinha. – Sua mãe não me parece tão bem. – comentei, enquanto ouvia passos na escada.
– Phil apesar de estar melhor, ainda está instável. – Bella, olhou para cima, onde eu poderia ouvir a porta abrindo, e segundos depois fechando. Bella parecia estar concentrada em pensamentos, tinha um olhar melancólico, e eu só quis a abraçar e dizer que ficaria tudo bem.
– Ele vai ficar bem! – falei sem me segurar.
– Eu... não sei. – ela parecia insegura.
– Claro que vai. – lancei meu melhor sorriso para ela, tentando a acalmar. – Logo ele vai estar bem, ele e sua mãe vão ficar bem e você vai voltar para Forks. – dei o sorriso brilhante para ela, até ver a careta que ela fez. – Que foi? – perguntei preocupado.
– Jake... – ela não continuou, ela fechou os olhos, eu tive de perguntar.
– Bella, que foi? – a cada momento eu me preocupava mais.
– Eu... eu... não vou voltar para Forks. – eu não podia acreditar no que tinha ouvido, eu estava em choque.
Eu iria perder Bella para sempre? Ela me odiava tanto assim?
– Sinto muito Jake. – ela me olhou com um olhar perdido.
– Por que? – perguntei.
– Forks só me traz péssimas lembranças. – ela tinha um olhar perdido. Eu sabia que uma parcela das lembranças tristes dela, eram comigo, e outras eram dele.
– Eu achei que você tinha superado... – murmurei mais para mim, do que para ela.
– Eu também. – ela falou tão baixinho que eu quase não ouvi, foi ai que percebi, que era realmente por minha causa.
– Me dê uma chance Bella. – implorei.
– Para quê? – ela me olhou, seus olhos uma mistura de medo e curiosidade.
– Eu pretendo ficar aqui durante uma semana... – falei sem tirar os olhos dela – e eu peço que esqueça o que viu. – eu pude ver que ela iria me interromper, então rapidamente continuei. – Quando a semana acabar eu te contarei tudo, toda a verdade, sem mais mentiras e segredos. – ela me olhava surpresa. – Eu só peço essa semana. – me dê essa semana de felicidade! Implorei em meus pensamentos.
– Uma semana Jake. – ela disse com um sorriso hesitante.
– Uma semana! – eu sorri...
Fazia exatamente uma semana desde que eu viera a Jaksonville atrás de Bella, uma semana livre de preocupação, segredos, matilhas, lobos e vampiros. Só eu e Bella, do modo como eu sempre quis.
Phil estava lentamente melhorando, e eu via que isso aliviava Bells, sua mãe ainda parecia abatida, por isso eu e Bela faiamos o possível para ela se distrair e, como Bella dizia, sorrir.
Na ultima semana, havia levado Bella para parques de diversão, para o cinema, restaurante... tivemos encontros que eu me lembraria para sempre.
Eu não a beijara, nem uma vez...
Eu me segurava, aguentando a ânsia de estar cada vez mais perto, de tantas maneiras...
Mas eu vi como ela ficava quando a tocava, o arrepio que eu sentia, ela o fazia também, mas sua hesitação ao meu toque era o suficiente para me afastar. Eu queria que ela fosse feliz, que ela sentisse o mesmo prazer que eu. Que ela desejasse o mesmo que eu.
E hoje era o dia... depois de dias de prazer... hoje meu destino seria selado, mesmo que Bella, não me aceitasse de volta, eu não conseguiria ficar longe dela.
Eu tinha acabado de acordar, e o sol mal nascera. Não que eu tivesse dormido muito, com toda essa história, minha ansiedade não me deixaria dormir, e com minha audição eu pude ouvir a noite, Bella não tinha dormido bem. Se mexera a noite toda e eu ouvi ela dizer meu nome mais de um vez.
Normalmente isso me deixaria animado e esperançoso, mas a dor, o medo e a insegurança em sua voz, me impedia de ter qualquer alegria com ela sonhar comigo.
Eu tomei um banho e quando desci, percebi que Bella já estava de pé. Ela fazia o café, e eu me sentei na mesa, me sentindo confortável com a cena, eu queria isso para nós, num futuro próximo.
– Bom dia. – disse com um meio sorriso.
– Bom dia, Jake. – ela me deu um pequeno sorriso, antes de um silêncio desconfortável cair entre nós. Acredito que ela estava tão nervosa e ansiosa quanto eu sobre o dia de hoje, queríamos falar sobre o que aconteceria, mas também tínhamos medo.
– Bom dia crianças. – Renné falou, nos assustando, mas também tirando a pressão do momento.
– Bom dia. – respondemos juntos, fazendo Renné dar um pequeno, e raro sorriso.
– O que vão fazer hoje? – toda manhã durante os dias em que eu estava hospedado em sua casa.
– Acho que nada. – respondi quando ficou obvio que Bella não faria. – tenho que arrumar as minhas coisas antes de ir embora.
– Você já vai? – pergunto Renné.
– Sim. – eu ainda olhava para Bella, que mastigava o lábio e olhava para baixo. – Vou pegar o avião hoje a noite.
– É uma pena. Vamos sentir sua falta. – eu não tinha certeza se Renné tinha percebido a minha presença. Mas sorri em resposta mesmo assim. – Bella eu vou ficar hospital, mas vou deixar dinheiro. Eu não sei se vou te ver novamente hoje Jake, então... – ela me abraçou, um abraço forte. E eu não pude deixar de retribuir, apesar de Renné me parecer um pouco aviada, talvez por causa do que estava acontecendo, não pude deixar de sorrir. Eu sentia falta e poder abraçar a minha mãe. – Ela te ama, você sabe não é? – eu me surpreendi ao ouvir a voz sussurrada dela.
– Talvez. – eu sorri.
Logo Renné se foi, nos deixando sozinhos e desconfortáveis.
– Você...
– Nós... – falamos juntos.. Eu sorri e olhei para ela.
– Pode falar.
– Você gostaria de ir em algum lugar? – ela perguntou corada. – Antes de partir, eu quero dizer.
– Eu gostaria de ir andar na praia, se não se importa. – eu falei um pouco amuado, por ela ter trazido o fato de eu ir embora.
– Tudo bem. – Ela acenou com a cabeça.
Duas horas depois eu observava Bella deitada na areia. Ela estava linda e tudo o que eu queria era ficar ao lado dela pelo resto de minha vida...
– Você vai me falar o que aconteceu? – Bella perguntou baixinho.
Eu sabia que a semana toda ela tinha tido vontade de saber o que eu tinha lhe prometido contar. Mas ela sempre parecia com medo.
– Eu não sei como dizer, entende? – eu olhei implorando.
– Só diga a verdade! – ela ficou vermelha.
– O problema é que não sei se você iria acreditar em mim. – murmurei, e ela não pareceu ter ouvida, porque ela me olhou com uma sobrancelha erguida. Eu tinha pensado muitas vezes em como eu contaria a Bella a verdade, e nunca tinha terminado de um modo... satisfatório, não para mim pelo menos. – Você se lembra da primeira vez que nos vimos? – perguntei, ainda sem muita ideia de como eu poderia explicar a ela o que eu era.
– Sim... – ela ficou com um olhar pensativo. – Na fogueira com o pessoal da escola. – Ela olhou para ele. – Você estava lá com o Sam e alguns outros garotos. – Ela me olhou e eu acenei indicando para ela continuar. – Eu te convidei para andar na praia comigo... – eu dei um pequeno sorriso, eu gostava dessa parte da história. – Então você me contou o que... me contou algumas lendas da tribo. – Ela ficou quieta e eu sabia que era porque ela iria dizer “me contou o que ele era”, durante um tempo eu me perguntei se eu é quem tinha contado o que ele era.
– Você se lembra sobre o que eram essas lendas? – perguntei tentando esquecer Edward Cullen.
– Você falou sobre os frios... – ela começou. – O que isso tem haver? – ela perguntou um pouco irritada.
– Não foi só sobre os frios que eu falei Bella. – falei um pouco magoado por ela só ter prestado atenção sobre essa parte do que eu tinha falado. – Lembre-se. – eu quase implorei.
– Você falou sobre... – ela franziu o cenho antes de continuar. – sobre lobos. – Ela disse por fim. – Você disse que eles eram os inimigos naturais dos vampiros. – Ela parecia ficar cada vez mais confusa. E eu não pude deixar de achar fofa sua careta. – O que isso tem haver com você ficar me ignorando e depois eu te ver com... - ela parou e eu vi ela fechar os olhos como se estivesse com dor. Eu não me contive, peguei sua mão e a puxei para mim.
– Você não sabe o quão arrependido eu estou por isso tudo. – por um momento ela ficou tensa antes de amolecer contra mim.
– Eu não intendo Jake. – ela murmurou baixinho.
– Eu sei. – disse contra seus cabelos. Eu podia sentir o cheiro de morango vindo de seu cabelo, e decidi o que eu tinha que falar. – Bella, eu sei que você não quer me falar sobre os Cullens, e o que eles eram... – senti ela tentar me afastar, mas eu a segurei contra mim. – espere e me escute. Eu sei o que eles eram!
– Não sei do que... – ela começou a me interromper.
– Eu sei que eles eram vampiros. – ela me olhou chocada, talvez eu tenha sido meio brusco.
– Vai dizer que você acredita nas lendas agora. – ela falou tentando ser irônica, mas sua voz tremia. Não segurei meu sorriso. Eu tinha sido inacreditavelmente ingenuo.
– Eu não só acredito Bell. Eu vivo nessas lendas. – eu disse por fim.
– O que quer dizer? – ela me olhava com medo.
– Nas lendas de meu povo os lobos eram os guardiões, os salvadores de nosso povo. – eu comecei, não queria que ela tivesse medo de mim. Eu jamais poderia suportar se ela pensasse que eu era um monstro.
– Eles protegiam a tribo dos vampiros – Bella disse se afastando e depois olhou para meu rosto.
Eu estava com medo desse momento, de dizer a palavra que poderia mudar tudo. Ficamos em silêncio enquanto ela pensava. – Vampiros não são a única coisa que existem não é? – perguntou baixinho.
– Não, não são. – eu concordei.
– O que você é? – ela perguntou sem tirar os olhos do meu rosto.
– Eu sou um guardião Bella, sou um espirito lobo. – eu sabia que não era a resposta que ela queria.
– Um lobisomem? – ela perguntou. Eu só assenti. Ela ficou quieta por alguns minutos. – Desde quando?
– Desde o dia em que te pedi em namoro. – falei triste de como tinha terminado o meu dia perfeito.
– Você nunca ficou doente, não é? – ela me olhava quase que acusatória, e sabia que ela estava se lembrando de sua preocupação.
– Eu era muito perigoso para poder ficar perto das pessoas – admiti.
– Porque não me contou?
– Eu fui proibido. – eu ainda estava com muita raiva de Sam por essa ordem.
– Por quem? – ela me olhava duvidosa.
– Sam. – eu não iria mentir para ela.
– E desde quando você recebe ordens de Sam. – falou ela.
– Ele é... era meu Alfa. – eu tinha esquecido por um momento que eu não fazia mais parte daquele bando. Bella me olhava curiosa. – Ele é o chefe, e tem o poder de nos obrigar a obedecê-lo.
– Tipo um vampiro que pode ler os pensamentos? – ela perguntou com os olhos brilhando.
– Vampiros não tem poderes. – falei, estranhando “ele” não ter explicado isso para ela.
– Edward podia. – ela falou baixinho. Como assim?
– O quê? – perguntei quase gritando.
– Ele podia ler os pensamentos. – ela falou um pouco mais alto.
– Ele lia os seus pensamentos? – perguntei um pouco irritado.
– Não, ele nunca conseguiu. – Eu quase soltei um suspiro de alivio.
– Mais algum deles tem poderes? – eu vi que ela ficou apreensiva por falar. – Não pretendo criar um guerra com eles Bella, só não quero ser passado para trás. – fui verdadeiro. Enquanto eles ficassem longe de La Push e de Bella eu não me meteria com eles.
– Alice pode ver o futuro, e Jasper pode sentir e manipular os sentimentos dos outros. – disse ela baixinho, e eu não pressionei. Eu não tinha certeza do que falar a seguir, e acho que ela também.
– Por que está me contando isso agora? – ela perguntou.
– Por que tem mais uma parte da lenda sobre os lobos que eu ainda não te contei. – comecei.
– E o que é? – ela me olhou com aquele olhar de medo e curiosidade tão característico dela.
– O imprinting...
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O que acharam?