Swett Imprinting - Short fic escrita por Manu Matos


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente...
sei que faz muito tempo, mas agora eu vou mesmo terminar de postar todas as minhas fics, e essa vai ser a primeira, esse é o penultimo capítulo...
então não deixem de comentar...



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Jake Pov

Naquele dia eu e Bella sabíamos que tínhamos o que falar, mas também sabíamos que de nada adiantaria, ela estava muito magoada e machucada. A confiança que eu tinha conquistado no começo de nossa amizade tinha sido quebrada, e eu tinha ainda de recuperá-la antes de poder recuperar ela.

Por isso depois de um momento cheio de tensão, e silencioso desconfortável Bella me convidou para comer algo e ficamos falando de coisas bobas, como filmes e seriados idiotas que assistíamos em Forks, até que a mãe de Bella, Renne chegou. Ela tinha um ar cansado e parecia doente.

– Senhora Dwyer? – cumprimentei.

– Mãe, esse é o Jake, ele é filho do Billy Black. – Bella olhou preocupada para a mãe. – Ele veio ver como eu estava.

– Muito prazer Jake. – disse ela, e ergueu a mão para mim. – Me chame de Renné. – ela sorriu mais havia curiosidade no seu olhar.

– Eu vou fazer o jantar. – Bella falou olhando entre mim e sua mãe. – Me ajuda Jake? – apesar de ser uma pergunta, eu sabia que era uma ordem.

– Claro. – fui seguindo ela até sua cozinha. – Sua mãe não me parece tão bem. – comentei, enquanto ouvia passos na escada.

– Phil apesar de estar melhor, ainda está instável. – Bella, olhou para cima, onde eu poderia ouvir a porta abrindo, e segundos depois fechando. Bella parecia estar concentrada em pensamentos, tinha um olhar melancólico, e eu só quis a abraçar e dizer que ficaria tudo bem.

– Ele vai ficar bem! – falei sem me segurar.

– Eu... não sei. – ela parecia insegura.

– Claro que vai. – lancei meu melhor sorriso para ela, tentando a acalmar. – Logo ele vai estar bem, ele e sua mãe vão ficar bem e você vai voltar para Forks. – dei o sorriso brilhante para ela, até ver a careta que ela fez. – Que foi? – perguntei preocupado.

– Jake... – ela não continuou, ela fechou os olhos, eu tive de perguntar.

– Bella, que foi? – a cada momento eu me preocupava mais.

– Eu... eu... não vou voltar para Forks. – eu não podia acreditar no que tinha ouvido, eu estava em choque.

Eu iria perder Bella para sempre? Ela me odiava tanto assim?

– Sinto muito Jake. – ela me olhou com um olhar perdido.

– Por que? – perguntei.

– Forks só me traz péssimas lembranças. – ela tinha um olhar perdido. Eu sabia que uma parcela das lembranças tristes dela, eram comigo, e outras eram dele.

– Eu achei que você tinha superado... – murmurei mais para mim, do que para ela.

– Eu também. – ela falou tão baixinho que eu quase não ouvi, foi ai que percebi, que era realmente por minha causa.

– Me dê uma chance Bella. – implorei.

– Para quê? – ela me olhou, seus olhos uma mistura de medo e curiosidade.

– Eu pretendo ficar aqui durante uma semana... – falei sem tirar os olhos dela – e eu peço que esqueça o que viu. – eu pude ver que ela iria me interromper, então rapidamente continuei. – Quando a semana acabar eu te contarei tudo, toda a verdade, sem mais mentiras e segredos. – ela me olhava surpresa. – Eu só peço essa semana. – me dê essa semana de felicidade! Implorei em meus pensamentos.

– Uma semana Jake. – ela disse com um sorriso hesitante.

– Uma semana! – eu sorri...

Fazia exatamente uma semana desde que eu viera a Jaksonville atrás de Bella, uma semana livre de preocupação, segredos, matilhas, lobos e vampiros. Só eu e Bella, do modo como eu sempre quis.

Phil estava lentamente melhorando, e eu via que isso aliviava Bells, sua mãe ainda parecia abatida, por isso eu e Bela faiamos o possível para ela se distrair e, como Bella dizia, sorrir.

Na ultima semana, havia levado Bella para parques de diversão, para o cinema, restaurante... tivemos encontros que eu me lembraria para sempre.

Eu não a beijara, nem uma vez...

Eu me segurava, aguentando a ânsia de estar cada vez mais perto, de tantas maneiras...

Mas eu vi como ela ficava quando a tocava, o arrepio que eu sentia, ela o fazia também, mas sua hesitação ao meu toque era o suficiente para me afastar. Eu queria que ela fosse feliz, que ela sentisse o mesmo prazer que eu. Que ela desejasse o mesmo que eu.

E hoje era o dia... depois de dias de prazer... hoje meu destino seria selado, mesmo que Bella, não me aceitasse de volta, eu não conseguiria ficar longe dela.

Eu tinha acabado de acordar, e o sol mal nascera. Não que eu tivesse dormido muito, com toda essa história, minha ansiedade não me deixaria dormir, e com minha audição eu pude ouvir a noite, Bella não tinha dormido bem. Se mexera a noite toda e eu ouvi ela dizer meu nome mais de um vez.

Normalmente isso me deixaria animado e esperançoso, mas a dor, o medo e a insegurança em sua voz, me impedia de ter qualquer alegria com ela sonhar comigo.

Eu tomei um banho e quando desci, percebi que Bella já estava de pé. Ela fazia o café, e eu me sentei na mesa, me sentindo confortável com a cena, eu queria isso para nós, num futuro próximo.

– Bom dia. – disse com um meio sorriso.

– Bom dia, Jake. – ela me deu um pequeno sorriso, antes de um silêncio desconfortável cair entre nós. Acredito que ela estava tão nervosa e ansiosa quanto eu sobre o dia de hoje, queríamos falar sobre o que aconteceria, mas também tínhamos medo.

– Bom dia crianças. – Renné falou, nos assustando, mas também tirando a pressão do momento.

– Bom dia. – respondemos juntos, fazendo Renné dar um pequeno, e raro sorriso.

– O que vão fazer hoje? – toda manhã durante os dias em que eu estava hospedado em sua casa.

– Acho que nada. – respondi quando ficou obvio que Bella não faria. – tenho que arrumar as minhas coisas antes de ir embora.

– Você já vai? – pergunto Renné.

– Sim. – eu ainda olhava para Bella, que mastigava o lábio e olhava para baixo. – Vou pegar o avião hoje a noite.

– É uma pena. Vamos sentir sua falta. – eu não tinha certeza se Renné tinha percebido a minha presença. Mas sorri em resposta mesmo assim. – Bella eu vou ficar hospital, mas vou deixar dinheiro. Eu não sei se vou te ver novamente hoje Jake, então... – ela me abraçou, um abraço forte. E eu não pude deixar de retribuir, apesar de Renné me parecer um pouco aviada, talvez por causa do que estava acontecendo, não pude deixar de sorrir. Eu sentia falta e poder abraçar a minha mãe. – Ela te ama, você sabe não é? – eu me surpreendi ao ouvir a voz sussurrada dela.

– Talvez. – eu sorri.

Logo Renné se foi, nos deixando sozinhos e desconfortáveis.

– Você...

– Nós... – falamos juntos.. Eu sorri e olhei para ela.

– Pode falar.

– Você gostaria de ir em algum lugar? – ela perguntou corada. – Antes de partir, eu quero dizer.

– Eu gostaria de ir andar na praia, se não se importa. – eu falei um pouco amuado, por ela ter trazido o fato de eu ir embora.

– Tudo bem. – Ela acenou com a cabeça.

Duas horas depois eu observava Bella deitada na areia. Ela estava linda e tudo o que eu queria era ficar ao lado dela pelo resto de minha vida...

– Você vai me falar o que aconteceu? – Bella perguntou baixinho.

Eu sabia que a semana toda ela tinha tido vontade de saber o que eu tinha lhe prometido contar. Mas ela sempre parecia com medo.

– Eu não sei como dizer, entende? – eu olhei implorando.

– Só diga a verdade! – ela ficou vermelha.

– O problema é que não sei se você iria acreditar em mim. – murmurei, e ela não pareceu ter ouvida, porque ela me olhou com uma sobrancelha erguida. Eu tinha pensado muitas vezes em como eu contaria a Bella a verdade, e nunca tinha terminado de um modo... satisfatório, não para mim pelo menos. – Você se lembra da primeira vez que nos vimos? – perguntei, ainda sem muita ideia de como eu poderia explicar a ela o que eu era.

– Sim... – ela ficou com um olhar pensativo. – Na fogueira com o pessoal da escola. – Ela olhou para ele. – Você estava lá com o Sam e alguns outros garotos. – Ela me olhou e eu acenei indicando para ela continuar. – Eu te convidei para andar na praia comigo... – eu dei um pequeno sorriso, eu gostava dessa parte da história. – Então você me contou o que... me contou algumas lendas da tribo. – Ela ficou quieta e eu sabia que era porque ela iria dizer “me contou o que ele era”, durante um tempo eu me perguntei se eu é quem tinha contado o que ele era.

– Você se lembra sobre o que eram essas lendas? – perguntei tentando esquecer Edward Cullen.

– Você falou sobre os frios... – ela começou. – O que isso tem haver? – ela perguntou um pouco irritada.

– Não foi só sobre os frios que eu falei Bella. – falei um pouco magoado por ela só ter prestado atenção sobre essa parte do que eu tinha falado. – Lembre-se. – eu quase implorei.

– Você falou sobre... – ela franziu o cenho antes de continuar. – sobre lobos. – Ela disse por fim. – Você disse que eles eram os inimigos naturais dos vampiros. – Ela parecia ficar cada vez mais confusa. E eu não pude deixar de achar fofa sua careta. – O que isso tem haver com você ficar me ignorando e depois eu te ver com... - ela parou e eu vi ela fechar os olhos como se estivesse com dor. Eu não me contive, peguei sua mão e a puxei para mim.

– Você não sabe o quão arrependido eu estou por isso tudo. – por um momento ela ficou tensa antes de amolecer contra mim.

– Eu não intendo Jake. – ela murmurou baixinho.

– Eu sei. – disse contra seus cabelos. Eu podia sentir o cheiro de morango vindo de seu cabelo, e decidi o que eu tinha que falar. – Bella, eu sei que você não quer me falar sobre os Cullens, e o que eles eram... – senti ela tentar me afastar, mas eu a segurei contra mim. – espere e me escute. Eu sei o que eles eram!

– Não sei do que... – ela começou a me interromper.

– Eu sei que eles eram vampiros. – ela me olhou chocada, talvez eu tenha sido meio brusco.

– Vai dizer que você acredita nas lendas agora. – ela falou tentando ser irônica, mas sua voz tremia. Não segurei meu sorriso. Eu tinha sido inacreditavelmente ingenuo.

– Eu não só acredito Bell. Eu vivo nessas lendas. – eu disse por fim.

– O que quer dizer? – ela me olhava com medo.

– Nas lendas de meu povo os lobos eram os guardiões, os salvadores de nosso povo. – eu comecei, não queria que ela tivesse medo de mim. Eu jamais poderia suportar se ela pensasse que eu era um monstro.

– Eles protegiam a tribo dos vampiros – Bella disse se afastando e depois olhou para meu rosto.

Eu estava com medo desse momento, de dizer a palavra que poderia mudar tudo. Ficamos em silêncio enquanto ela pensava. – Vampiros não são a única coisa que existem não é? – perguntou baixinho.

– Não, não são. – eu concordei.

– O que você é? – ela perguntou sem tirar os olhos do meu rosto.

– Eu sou um guardião Bella, sou um espirito lobo. – eu sabia que não era a resposta que ela queria.

– Um lobisomem? – ela perguntou. Eu só assenti. Ela ficou quieta por alguns minutos. – Desde quando?

– Desde o dia em que te pedi em namoro. – falei triste de como tinha terminado o meu dia perfeito.

– Você nunca ficou doente, não é? – ela me olhava quase que acusatória, e sabia que ela estava se lembrando de sua preocupação.

– Eu era muito perigoso para poder ficar perto das pessoas – admiti.

– Porque não me contou?

– Eu fui proibido. – eu ainda estava com muita raiva de Sam por essa ordem.

– Por quem? – ela me olhava duvidosa.

– Sam. – eu não iria mentir para ela.

– E desde quando você recebe ordens de Sam. – falou ela.

– Ele é... era meu Alfa. – eu tinha esquecido por um momento que eu não fazia mais parte daquele bando. Bella me olhava curiosa. – Ele é o chefe, e tem o poder de nos obrigar a obedecê-lo.

– Tipo um vampiro que pode ler os pensamentos? – ela perguntou com os olhos brilhando.

– Vampiros não tem poderes. – falei, estranhando “ele” não ter explicado isso para ela.

– Edward podia. – ela falou baixinho. Como assim?

– O quê? – perguntei quase gritando.

– Ele podia ler os pensamentos. – ela falou um pouco mais alto.

– Ele lia os seus pensamentos? – perguntei um pouco irritado.

– Não, ele nunca conseguiu. – Eu quase soltei um suspiro de alivio.

– Mais algum deles tem poderes? – eu vi que ela ficou apreensiva por falar. – Não pretendo criar um guerra com eles Bella, só não quero ser passado para trás. – fui verdadeiro. Enquanto eles ficassem longe de La Push e de Bella eu não me meteria com eles.

– Alice pode ver o futuro, e Jasper pode sentir e manipular os sentimentos dos outros. – disse ela baixinho, e eu não pressionei. Eu não tinha certeza do que falar a seguir, e acho que ela também.

– Por que está me contando isso agora? – ela perguntou.

– Por que tem mais uma parte da lenda sobre os lobos que eu ainda não te contei. – comecei.

– E o que é? – ela me olhou com aquele olhar de medo e curiosidade tão característico dela.

– O imprinting...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?