Passava das onze da noite, levei Jenny até a casa dela e voltei, nada do Damon, estava frio, tomei um banho quente, vesti meu pijama todo branco com alguns detalhes em rosa, todo de algodão, me enrolei no cobertor e fui até a sala, me sentei e fiquei assistindo a um filme de terror a qual não sei o nome, até ouvir a porta se abrir.
- Damon, caramba eu já estava ficando preocupada.
- Oi Lena, desculpa - ele me olhou - Lena, você esta parecendo essas esposas que esperam os maridos até tarde - ele riu e eu o fuzilei, só então reparei na caixa roxa que ele estava segurando.
- O que é isso? - perguntei.
- Isso é o seu presente de aniversario atrasado, houveram alguns probleminhas e eu tive que ir busca-lo - ele riu.
 Me levantei e fui até ele, ele me entregou a caixa roxa que não pesava quase nada, a levei até o sofá, me sentei e abri a caixa, vi um lindo filhote de cachorro, um Maltês muito pequeno, todo branco, mal parecia real.
- Eu sei que você sempre quis um cachorro, mas a Miranda nunca deixou, agora que você mora comigo resolvi lhe dar um, da raça que você sempre gostou.
- Damon - fiquei sem palavras, apenas me levantei e me sentei no colo dele, o enchendo de selinhos - eu adorei Damon, muito obrigada, de verdade, foi o melhor presente de todos.
- Duvido que foi melhor que a Land que está na garagem.
- Qual é Damon, é um cachorro, meu sonho, sem comparações.
- Uma cachorra - ele me corrigiu - qual vai ser o nome dela?
- Lola  - falei rapido, esse sempre fora o nome dos meus cachorros de pelucia - Damon, ela é tão linda - peguei a pequena cachorra que dormia em uma almofada rosa clara e fiquei a alisando até Nate aparecer.
- O que é isso? - ele apontou para Lola.
- Um cachorro, não está vendo animal - falou Damon revirando os olhos.
- Animal é você Salvatore - bufou Nate - Elena, um cachorro? sério? já não basta o Damon? tinha que ter outro? - tentei ao maximo segurar o riso, mas falhei.
- Parem vocês dois. - falei quando parei de rir. - Nate não fala assim do Damon, pois graças a ele você não está naquela clinica, e tem um lugar para morar, um belo lugar - disse apontando para a sacada.
- Claro, que seja - ele voltou para o quarto.
 Fiquei mais um tempo aproveitando minha cachorra, depois fui para o meu quarto, sim o meu quarto, pois a unica condição de morar com o Damon seria eu ter o meu quarto e ele o dele, e dormiriamos juntos nos finais de semana, pois se não eu teria a vida que nunca quis, marido e mulher, só de pensar um arrepio surgiu em minha nuca. Peguei um edredom e o coloquei ao lado da minha cama de casal, coloquei Lola e o seu elefante cor de rosa, me deitei na cama e não demorou para eu pegar no sono.
  Acordei no dia seguinte animada, Lola estava do outro lado do quarto, na porta do banheiro, a peguei e a coloquei em sua cama improvisada, tomei um banho demorado e me vesti, escolhi uma calça listrada preta e branca, um top de alsa preto e branco e uma jaqueta branca, uma bota de cano curto preta de salto alto, Damon e Nate já tinham saido estava apenas Lola e eu, tomei meu café da manhã que Olga, a empregada de Damon preparou e voltei ao quarto, fiquei olhando Lola, e resolvi leva-la para o trabalho comigo, peguei um lençol e a enrolei, a coloquei em uma bolsa maior que eu não precisasse fechar, peguei minhas coisas e fui até a garagem, coloquei a bolsa de Lola no banco do carona, entrei no carro e dirigi até a Eleanor's.
 Assim que cheguei, fui direto para minha mesa, Lola dormia perfeitamente dentro da bolsa, isso me fez lembrar que tenho que sair para comprar as coisas dela. Estava acabando meus novos modelos quando a Eleanor me chamou.
- Elena - ela sorriu ao me ver - sente-se por favor. - fiz o que ela disse - Elena, Blair me falou o que você fez ontem, fico muito agradecida.
- Que isso Eleanor, eu sentia mesmo falta da Blair, mas aquelas amigas dela...
- Meninas mimadas, apenas isso. Elena, hoje eu tive que demitir a Fanny, e agora eu estou sem assistente... - ela deu uma enorme pausa e então voltou a falar - eu gostaria que você fosse minha nova assistente, pois eu te conheço desde pequena, sei que se dedica ao trabalho, e eu confio plenamente em você Elena, seu salario aumentaria, você entraria mais tarde, mas teria que viajar comigo quando necessário, ir a todos os eventos... - ela pausou novamente.
 Analisei a oferta, eu não tenho filhos, não tenho um relacionamento sério, não tenho nada a perder.
- Eleanor, eu aceito o emprego.
- Que alivio Elena - ela sorriu - então amanhã mesmo você já pode ocupar a sua sala, e hoje você pode ir embora.
- Ah que bom, tenho muitas coisas para fazer - me levantei - obrigada Eleanor.
- Nada querida, até amanhã.
 Sai da sala dela, peguei minhas coisas e minha bolsa com Lola dentro, enquanto saia Fanny me fuzilava, mas a ignorei. Fui até o estacionamento entrei e coloquei Lola no banco do passageiro, resolvi ligar para Alison, para almoçarmos juntas.
- Alô?
- Alison?
- Sim, oi Elena.
- Oi - sorri - Você está muito ocupada?
- Não querida, o que foi?
- Nada, estava pensando em sairmos para almoçar, que tal?
- Seria ótimo Elena, mas a Mel não foi para a creche hoje, tem problema se eu a levar?
- Não, claro que não, vou adorar ver essa pequena, aproveito e mostro minha bebê pra ela.
- Bebê?
- Sim, te mostro quando chegar - sorri.
 Marcamos o lugar e a hora, e eu fui para o PetShop comprar as coisas da Lola. Comprei uma caminha de zebrinha branca e preta, os potinhos, brinquedos, ração, tudo o que ela precisaria, depois fui para o lugar que combinei com Alison.
- Elena - ela se levantou quando cheguei.
- Oi - sorri e a abracei, coloquei a cadeira com Lola na cadeira e peguei Mel no colo - oi princesa  - dei um beijo estralado em sua bochecha redonda - você gosta de au-au? - perguntei e ela fez que sim com a cabeça, e um sorriso fofo nos labios.
 Peguei Lola da bola e a coloquei na mão de Mel, seus olinhos brilharam ela apoiou a cabeça em Lola e fez carinho, meu coração derreteu vendo isso.
- Alison, acho que vai ter que arranjar um cachorrinho para a Mel - ri e Alison suspirou.
- Elena, você só me apronta - rimos.
 Nós almoçamos e depois eu voltei para o Palace. Damon já estava lá, eu contei para ele sobre o meu novo emprego, ele não gostou muito da idéia de eu ter que viajar sempre com a Eleanor, mas me apoiou. Nós ficamos a tarde toda no sofá assistindo a filmes de terror e comendo doces. Agora tudo parecia perfeito, tudo está se encaixando.