Trinta longos minutos se passaram, Jenny não me deu nenhuma pista de onde era, e ainda para ajudar havia transito. Finalmente chegamos, o motorista abriu a porta para mim e pude ver Damon parado com um sorriso de orelha a orelha me puxando pela mão.

- Feliz aniversario.

- Damon, o que é isso? - perguntei, pois o lugar não parecia uma boate.

- Seu dia Lena.

 Damon me guiou pela porta, era um salão enorme, e as luzes estavam meio apagadas, vi todos os amigos do colégio, e pessoas proximas, da minha familia ou algo do tipo, senti alguem pegar minha mão livre.

- Oi filha - era meu pai, ele estava sorridente.

- Oi - sorri. - o que é isso?

- Em dezenove anos, eu nunca estive em uma festa de aniversario sua, nunca pude lhe dar um presente, nem pude dançar com você na sua festa de quinze anos, por isso, agora que tenho você em minha vida, vou realmente compensar tudo, começando por uma festa, e a nossa dança. - ele sorriu e me conduziu até o meio do salão, e a musica começou.

 Ele dançou uma valsa inteira comigo, meus olhos ardiam em meio as lagrimas, ninguem nunca tinha feito nada do tipo para mim, eu nunca tive uma festa surpresa, mal tive a festa de quinze anos, e não tive um pai, agora tenho tudo isso. A musica acabou, ele sorriu e me abraçou.

- Obrigada pai. - o abracei forte, e ele fez o mesmo, ficamos um tempo abraçados.

 Depois ele me soltou, e eu fui comprimentar os convidados, falei com todos, e depois Damon me puxou para um canto.

- O que achou?

- Está tudo incrivel, você ajudou?

- Muito, os convidados basicamente todos foram eu que chamei, ele estava meio perdido.

- Imagino... Obrigada Damon.

- De nada Lena, você merece tudo de bom que está tendo.

 Ficamos alguns segundos em silencio, ele me analisou, pegou minha mão e me fez dar uma volta.

- O que achou do vestido?

- Nada a ver comigo, mas ele é lindo.

- Ah Elena, chega dessa fase dark, você não tem mais motivos para isso, eu sei que ai dentro ainda existe quela Elena fofa, carinhosa, amorosa, e eu queria muito que você deixasse ela sair.

- Não conte com isso Damon, não é uma noite de alegria, que vai apagar anos de dor. - dei as costas e sai andando.

  Senti alguem me puxar pela cintura, olhei assustada e era Klaus, com seu sorriso lindo.

- Parabéns Elena - ele me abraçou forte, fazendo meus pés sairem do chão.

- Obrigada Klaus... Só uma pergunta, quem te convidou?

- Jenny, ela sabia que eu era seu amigo, e se lembrou de mim.

- Que bom que ela se lembrou - o abracei leve - aproveite a festa.

 Sai andando, e vi Alison sorrindo e vindo me abraçar.

- Feliz aniversario querida, tudo de bom.

- Obrigada Alison - peguei Mel de seus braços - de presente eu quero um beijo dessa princesa - Mel deu um sorriso e me deu um beijo na bochecha - que linda.

- Agora, vai aproveitar sua festa Elena. - Alison pegou a Mel, e eu voltei até onde estava Jenny.

 Ela já estava bebendo, e ao seu lado Chuck, com a garrafa de vodka colocando num copo para mim, nós bebemos alguns copos de vodka com energético, e estava realmente bom, Chuck me puxou para o meio da pista e nós dançamos, vi Nate puxar Jenny, e nós ficamos dançando boa parte da noite.

- Incrivel, com uma festa e você já se vende Elena - ouvi a voz doce e sombria atrás de mim, me virei, e todos pararam de dançar, os que estavam proximos.

- Me vender? eu nunca me vendi, nem pelo carro que você me deu, só que ele foi sem valor sentimental, essa festa, tem valor sentimental das pessoas que em uma semana e meia, fizeram muito mais que você em dezoito anos.

- Fizeram mais? quem você acha que pagou suas escolas? suas festinhas, suas viagens, suas extravagancias, seu luxo, quem você acha que pagou Elena? - ela estava alterada, sua voz mais alta.

- E o amor, cadê? eu estou esperando por ele até hoje. - ela ficou em silencio. - Por favor, retire-se da minha festa, você não foi convidada.

- Elena, o que foi? - meu pai apareceu ao meu lado com Alison.

- Não foi nada pai, eu já resolvi isso.

- Elena, vai mesmo expulsar sua mãe da sua festinha? - disse Miranda.

- Você não foi convidada Miranda - disse Alison..

- E quem você pensa que é, para dizer se fui ou não?

- A organizadora da festa.

- E a mãe que eu não tive - realmente, essa foi para afetar a Miranda, para doer nela, para ela sentir a dor que eu senti nesses anos todos.

- Certo Elena... O seu presente será entregue pela manhã, até mais - ela virou as costas e saiu andando.

 Depois que ela saiu Alison me levou para me sentar um pouco, eu fiquei muito nervosa, me trouxeram agua, e Damon veio falar comigo.

- Elena, você está bem?

- Estou, agora estou. Mas vamos animar, porque hoje é a minha noite, e nem a Miranda vai estraga-la.

- Isso - ele sorriu e pegou minha mão.

 Me levou para o meio da pista e nós dançamos, o restante da noite. Passava das três da manhã, grande parte dos convidados já tinham ido embora.

- Elena, espero que tenha gostado da festa - disse Alison parando ao meu lado enquanto me despedia do ultimo convidado.

- Alison, eu não tenho nem como agradecer, eu realmente amei a festa, foi perfeita.

- Elena, eu achei tão lindo você dizer a mãe que eu nunca tive, sei que nunca poderei ser realmente sua mãe, mas eu vou estar aqui como uma quando você precisar.

- Ah Alison - a abracei forte.

- Agora vamos, pois está tarde, quer que nós te levamos até sua casa?

- Damon já falou que seria muito perigoso chegar a essa hora no Brooklyn, então eu vou para o apartamento dele.

- Elena, você precisa se mudar de lá, urgente.

- Vou procurar um lugar melhor, e que caiba no meu orçamento.

- Você sabe que sei pai serve para isso também.

- Vou pensar no assunto - sorri.

 Me despedi dela, do meu pai e de Paul, e depois fui para o carro do Damon junto com ele. Damon dirigiu até o Palace, nós subimos para o apartamento dele, ele se jogou no sofá e e também, ficamos os dois em silencio, me levantei e fui até a varanda da sala, o vento frio de Nova York soprava em meus cabelos.

- O que foi? - ele disse me abraçando por trás.

- Nada, só estava pensando em como minha vida mudou nesse ultimo mês.

- Você merece tudo o que está acontecendo, e muito mais Elena. - ficamos um longo tempo em silencio - Bom eu sei que há uma grande chance de você recusar, mas vem morar aqui comigo, por favor.

- Tudo bem Damon, eu venho morar com você. - ele sorriu.

- É sério?

- Sim, mas eu não posso deixar o Nate sem lugar para ficar, e o emprego dele não vai dar para bancar o apartamento, e ele não tem pai para banca-lo.

- Elena - ele respirou fundo, e demorou para continuar a falar - se para você vir morar comigo, eu tiver que aturar aquele idiota do Nate no meu apartamento, tudo bem.

- Sério? - sorri - Ah Damon, obrigada - pulei em seu pescoço e ele sorriu.

- De nada Lena, amanhã mesmo já traremos suas coisas para cá ok? não quero você morando no Brooklyn, lá não é o seu lugar, Manhattan é o seu lugar, sempre foi.

- Isso é verdade, mas eu nunca me importei com isso.

- Eu sei, e esse é um dos vários motivos para eu te amar. - ele me deu um selinho demorado. - Vem, vamos dormir.

- É, dormir, porque hoje eu estou morta.

- Amanhã a gente faz outras coisas, e depois de amanhã, e depois - ele foi beijando meu pescoço e rindo até o quarto.