POV Damon.
 Faz uma semana que eu tento ir para Bulgaria, mas Miranda faz de tudo para não dar certo, preciso fazer algo que ela não imagine, eu preciso tirar a Elena de lá, sabe se Deus o que estão fazendo com ela, como será que ela está? quando fecho os olhos tudo que vejo são seus lindos olhos castanhos e seu sorriso que ilumina, ah minha Elena, como eu queria te abraçar agora.
- Sr. Damon, tem uma correspondencia para o Sr.
- De quem Amalia? - peguei a carta que ela me entregara.
- Não tem nome.
- Certo, obrigado.
 Ela saiu e eu abri a carta, comecei a le-la e imediatamente, reconheci aquela letra tão pequena e infantil, era uma carta da Elena: Damon, como eu queria ter ficado com você naquela casa, e não ter voltado nunca para Manhattan, me desculpe pelo que eu fiz aquela noite, me desculpe pelo caminho que tomei, bom agora estou pagando por isso não é? estou aqui, nesse lugar, que definitivamente não é o meu, queria saber se você algum dia me perdoaria, e viria me tirar daqui, me levar de volta a Nova York, para Manhattan, ou qualquer outro lugar, queria saber se algum dia vai ler essa carta, quem diria não é? eu escrevendo uma carta, pois é, quero um celular, é sério. Bom Damon, saiba que se estiver lendo essa carta eu vou ter esperança que você virá, é isso, espero que veja, saiba que eu te amo Damon. Ela me ama? Elena realmente me ama? ah pequena, eu vou, pode ter certeza que eu vou, eu tenho que ir, mas como? Miranda não sai do meu pé, vou precisar de ajuda, e já sei de quem, coloquei a carta no bolso da calça, peguei minha jaqueta de couro e sai andando, ignorando Miranda e Giuseppe que estavam na sala de estar, o elevador chegou a garagem, vi a ferrari ali, a saudade aumentou, entrei no carro de Elena e fui cantando pneu, agora o tempo é valioso, preciso tirar ela de lá.
  Cheguei na Eleanor's, e logo entrei passando pela recepcionista, por sorte Eleanor me adorava, ter protegido Blair no ensino médio teve suas vantagens.
- Damon, que surpresa você aqui.
- Oi Eleanor, como está?
- Vou bem, e você?
- Não muito bem.
- O que houve?
- Eleanor, eu vou precisar de um favor seu.
- Claro querido, o que precisar.
- Não sei o que a Miranda lhe disse sobre a Elena, mas ela está totalmente errada, ela não conhece a própria filha, mas eu conheço, e eu vou precisar da sua ajuda para traze-la de volta.
- Damon, a Miranda mandou a Elena para a Bulgaria pois ela estava usando drogas, e tenho certeza que a Miranda sabe o que é o melhor para a filha dela.
- Estamos falando da mulher que já se casou inumeras vezes e deixou a filha sob cuidados de babas, ela não sabe nada sobre a Elena.
- Damon, o que quer que eu faça?
- Quero que de um jeito da Miranda sumir da cidade por uns dias, chame-a para viajar, fazer compras em Paris, não sei, mas eu preciso que ela saia da cidade.
- Posso tentar, não sei se ela vai aceitar.
- Só de você tentar já fico feliz.
- Ah Damon, o que não faço por você - ela sorriu, deu um tapa leve em meu ombro e discou o numero de Miranda. - Miranda, querida olá... Sim tudo vai bem e por ai?... Ah que ótimo, bom já que está tudo bem, que tal um pulinho em Paris pra compras? como nos velhos tempos, você e eu, que tal?... Ah ótimo, podemos ir esta noite mesmo, estou precisando relaxar, nada como Paris... Perfeito, nos vemos mais tarde, até mais querida... - ela desligou o celular e me olhou sorrindo - Nós vamos essa noite, mas voltaremos depois de amanhã, pois ela tem compromisso.
- Eleanor, você é um anjo que salvou a vida da Elena, muito obrigado, mas agora tenho que ir, porque tenho mais coisas a fazer, você nem imagina o quanto estou agradecido.
- Não agradeça, sempre torci por vocês dois, espero que consiga.
- Eu também - rimos - Obrigado mais uma vez Eleanor - a abracei e sai em passos largos até o carro.
 Me lembrei dos seguranças que a Miranda colocou atrás de mim, vou ter que dar um jeito neles. Voltei ao Palace, revirando minhas coisas consegui um pouco de dinheiro, não vou poder usar meu cartão e nem pegar dinheiro no banco, mas vou dar um jeito. Consegui quinhentos dolares, para a passagem faltaria dois mil, vou precisar do Stefan, mas antes preciso escrever uma resposta a Elena.
  Elena, eu não tenho o porque te perdoar, eu até me sinto culpado por isso, mas estou prestes a me redimir, estou fazendo de tudo para ir ai te buscar, mas sua mãe sempre da um jeito de eu não conseguir, mas dessa vez eu vou conseguir, então espero que em breve eu consiga estar ai ao seu lado, te tirando desse lugar, e vou levar o seu celular ok? eu estou com saudade, e eu também te amo Elena, muito, me espere, pois eu irei, não importa quanto tempo demore, eu vou, da pessoa que sempre irá lutar por você, até não ter mais forças, eu te amo.
 Levei até o correio mais proximo com os dados que haviam no envelope, espero que chegue até ela. Depois de enviar a carta fui até a universidade de Stefan, quem sabe ele possa me ajudar.
- Damon, oi.
- Oi Stefan.
- O que houve?
- Stefan, eu preciso de dois mil dolares.
- Você não tem? para o que Damon?
- Eu vou viajar, e não posso usar meus cartões.
- Damon, se está planejando ir buscar a Elena, pode esquecer, a Miranda está fazendo o certo.
- Certo? você acha certo uma pessoa te julgar sem saber seus motivos? te acusar de ser uma coisa que você não é? de praticamente te sequestrar? você acha isso realmente certo Stefan? a Elena não é uma viciada, eu sei que não, e se você não for me ajudar, eu darei um jeito, e eu juro que se dessa vez a Miranda descobrir eu mato você, porque só você está sabendo.
- Tudo bem Damon, você quem sabe, eu te empresto o dinheiro, e espero que esteja certo sobre a Elena. - ele pegou as chaves do carro e nós fomos até o banco, ele tirou o dinheiro e deu em minhas mãos. Depois disso fui até o aeroporto, pois nada pode ser virtualmente, comprei uma passagem para a Bulgaria, voltei ao Palace e Miranda estava saindo, esbarrei nela enquanto entrava no apartamento.
- Damon, você pode estar com raiva de mim, mas eu estou fazendo o certo pela minha filha.
- Miranda, você não conhece a sua filha, não sabe nada, porque enquanto ela crescia você viajava pelo mundo com algum de seus ex maridos, você acha que conhece a Elena, mas não conhece, você mal sabe o dia do aniversario dela, você acha que está certa em prende-la sem seus amigos? sua familia? isso é o certo para você?
- No final, ela irá me agradecer.
- Duvido muito. - dei as costas e fui até o meu quarto.
  Em uma pequena mala coloquei algumas roupas, fui até o quarto da Elena, peguei algumas roupas e coisas que ela provavelmente iria querer muito, seu celular, algumas fotos dela e de suas amigas, e encontrei dinheiro, o guardei, sabe se Deus quando poderemos voltar. Me deitei na cama, mesmo sabendo que não conseguirei dormir, mas vou sair pela madrugada, assim os dois seguranças não irão me ver. Ah Deus, em algumas horas eu vou poder ve-la, abraça-la, beija-la e dizer o quanto a amo, minha pequena Elena.

POV Elena.
 Uma semana se passou, nenhuma resposta de Damon, isso me deixou um pouco chateada, a carta pode não ter chego, mas pelo menos agora não me sinto tão sozinha, Nate vem aqui para ficar conversando comigo todos os dias, ele é uma boa pessoa, mesmo depois de toda a sua história de vida, com as drogas, me admira ele ser tão boa pessoa. Me deitei na cama após tomar um relaxante banho, me encolhi e abracei o travesseiro, meus olhos se fecharam e tudo o que me vinha na cabeça eram aqueles olhos azuis e aquele sorriso, ah aquele sorriso que me causava arrepios, aquele sorriso sedutor e carinhoso, aquele sorriso que apenas Damon Salvatore tem, como quero ver esse sorriso novamente, o mais rapido possivel, ah como eu quero meu Damon aqui, comigo, agora, nunca precisei tanto dele quanto agora, daria tudo para voltar a semana que passamos naquela casa.