POV Damon.
Fiquei um dia todo esperando alguem ir me soltar, não entendo como aquele colar foi aparecer na minha jaqueta, eu não o peguei, e acredito que a Elena também não tenha pego, ou pegou? será que ela faria isso só para se vingar de mim? Não! Estava deitado na cama de solteiro olhando para o teto, quando ouvi um homem dizer meu nome.
– Damon Salvatore, retiraram a queixa. - ele abriu a cela e eu sai, peguei meus pertences e fui até a saida da delegacia, Miranda estava lá.
– Miranda, porque demorou?
– Porque eu tive que resolver alguns problemas.
– Certo, viu quem deu queixa?
– Damon... Fui eu.
– O que? você? porque? - fiquei incredulo, porque ela faria isso comigo?
– Damon, eu precisava resolver uma coisa, e você me impediria, por isso dei queixa, me desculpe.
– Claro, para eu não dar problemas é só mandar me prender não? é bem mais facil assim - sorri com ironia - Cadê a Elena?
– Damon, os problemas que eu resolvi foram com a Elena, ela estava usando drogas.
Drogas? eu achei que era apenas o cigarro, Elena, porque fez isso? minha menina, tão maluca.
– Mas onde ela está? quero ve-la.
– Damon, você não vai poder ve-la por um tempo, ela está internada.
– Você a internou? - gritei e ela se assustou, nunca tinha ficado assim na frente dela - Onde você a internou Miranda? eu quero ir ver ela, agora.
– Ela está na Bulgaria Damon, não adianta tentar ir ve-la.
– Bulgaria? Miranda você ficou louca? você internou sua propria filha na Bulgaria? agora entendo porque a Elena se envolveu com isso, e entendo o porque dela dizer que nunca teve uma mãe. - sai andando até um taxi que estava parado, não sei o que vou fazer, mas preciso tirar a Elena de lá, o mais rapido possivel.

POV Elena.
Acordei com uma mulher ao meu lado, era a mesma de ontem e eu nem sabia seu nome, ela me deu um remédio, e eu relutante o engoli, agora vou ser tratada como uma viciada? pois bem, eu não sou viciada, se eu fosse aquele pacote já teria acabado. Fiquei o dia todo dentro daquele quarto claro e estranho, tudo o que consegua pensar era em Damon, será que um dia ele virá me buscar? prefiro acreditar no sim.
– Srta. Gilbert, tem uma ligação.
– Quem é?
– Sua mãe.
– Ah claro, aproveita e manda ela para o inferno - me deitei na cama e fiquei passando os canais.
Na hora do jantar a enfermeira voltou ao quarto, ela trouxe meu jantar no quarto, mas eu não sinto fome.
– Tem algo que eu possa fazer por você Srta. Gilbert?
– Pode me trazer papéis? canetas? eu preciso ir trabalhando enquanto estou aqui.
– Vou ver se posso trazer. - ela sorriu e saiu.
Em alguns minutos ela voltou, me entregou um bloco de folhas em branco, canetas, lapis, borrachas, assim pelo menos posso fazer os modelos enquanto fico aqui. Comecei a fazer o desenho, mas fui interrompida.
– Oi, você é a americana?
– Acho que sim - levantei a sombrancelha, e ergui a cabeça e vi um homem entrar, ele era alto, seus olhos eram azuis e lindos, seu cabelo castanho claro.
– Sou Nate Archibald.
– Elena Gilbert.
– Você veio de onde?
– Manhattan, e você?
– Los Angeles.
– Está aqui a quanto tempo?
– Alguns meses, me envolvi com quem não devia.
– Entendo.
– Você quer conversar? vi que ficou os dois ultimos dias aqui.
– Pra ser sincera, só quero ficar sozinha.
– Se quiser conversar, eu estou por ai - ele sorriu e saiu.
Voltei ao meu desenho, eu fiz alguns vestidos, e então resolvi escrever uma espécie de carta ao Damon, claro que ninguem vai me deixar mandar, mas quem sabe.

Damon, como eu queria ter ficado com você naquela casa, e não ter voltado nunca para Manhattan, me desculpe pelo que eu fiz aquela noite, me desculpe pelo caminho que tomei, bom agora estou pagando por isso não é? estou aqui, nesse lugar, que definitivamente não é o meu, queria saber se você algum dia me perdoaria, e viria me tirar daqui, me levar de volta a Nova York, para Manhattan, ou qualquer outro lugar, queria saber se algum dia va ler essa carta, quem diria não é? eu escrevendo uma carta, pois é, quero um celular, é sério. Bom Damon, saiba que se estiver lendo essa carta eu vou ter esperança que você virá, é isso, espero que veja, saiba que eu te amo Damon.

Depois a enfermeira voltou para falar comigo, eu estou melhor depois de ter escrito a carta.
– Srta. Gilbert, quer mais algo?
– Poderia te pedir um favor?
– Claro.
– Pode enviar esta carta? - entreguei a ela.
– Não posso, sua mãe me proibiu, mas eu vou tentar, pois não acho que a Srta. Esteja realmete viciada como sua mãe disse, eu já trabalho aqui a vinte anos, já vi muitos viciados em todos os tipos de drogas, e sei seus comportamentos, e sei que você não é como eles.
– Obrigada - sorri, sim há esperança.
– Bom, Srta. Eu levarei ao correio pela manhã, e espero que chegue.
– Sim, eu também espero.
– Boa noite - ela sorriu e saiu.
Fiquei assistindo The Walking Dead até acabar pegando no sono.
Lá estava ele, lindo e andando até mim, seus olhos brilhavam, e eu estava quase correndo até ele, ele me pegou pela cintura e me girou.
– Elena, eu te amo, não vou deixar mais nada te tirar de mim.
– Damon, me leva daqui, por favor.
– Vem pequena, vamos embora. - ele me pegou no colo e saiu andando comigo até a saida.
Acordei um pouco nervosa, olhei para os lados e eu ainda estava no mesmo quarto ridiculo, sem Damon, sozinha, por quanto tempo terei que aguentar esse lugar? essa dor? essa solidão? eu preciso sumir daqui, o mais rapido possivel.