Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 23
#20 - Liz e Casal


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar se perguntando porque eu estou postando um capítulo hoje. (Ou não, sei lá. Mas eu vou falar de qualquer jeito, então...)
É o seguinte: hoje é o meu aniversário!!!! OwO
Uhuuul, Sascha Nevermind agora é uma mulher ADULTA! Dezoito aninhos hihihi (adulta só em idade, porque a cabeça, né...) Enfim, vou postar hoje para comemorar meu aniversário, e porque vai que sábado eu estou bebendo, dirigindo e sendo presa? (que mentira, Sascha... Para de fazer as leitoras acharem que você bebe algo que não seja Toddynho...) E também, todas as autoras que eu conheço postam no dia do aniversário, e como eu não sou divergente...
Estou me sentindo tão velha '-' Não estou preparada psicologicamente para ter 18.
*cof cof*
Eenfim, é por isso S2 E também porque eu estou louca para o capítulo 21 chegar logo =3
"Ah, Sascha, então sábado você posta o capítulo 21?"
Não exatamente... Eu também estou aproveitando essa oportunidade para mudar o dia de postagem para quinta, ou pelo menos tentar. Aí eu fico com meus fins de semana livres. ^^ No entanto, como eu estou realmente pilhada para postar esse capítulo logo, se eu conseguir acabar o que estou escrevendo até sábado, eu posto ele. Mas o novo dia ainda vai ser quinta!
Anh, ok, chega de falar...

Obrigada a quem comentou no último capítulo:
#Loneliness
#Guelbs
#Vlad Ember
#Sassu
#Kashir
#Monkey D Amanda
#Yui Chan
#Julia Marques
#Misty Heartfilia (Becca-chan)
#Beatriz Carvalho

Obrigada amores da minha vida *-----*
E se você não comentou no outro capítulo porque achava que eu só ia postar o próximo sábado, comenta que eu te perdoo ;p

Nesse capítulo tem narração da Liz, a melhor amiga de vocês S2 Eu sei que vocês amam ela hahaha (to muito zuera hoje)
E a música, acho que combina e não combina com o capítulo... de qualquer forma:
~Still Into You - Paramore (http://www.kboing.com.br/paramore/1-1236223/)

Até lá embaixo!



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POV Liz

Entrei na cozinha dançando e cantarolando, assustando Kid, que mexia em algo dentro de uma tigela, perto da pia. Diante de seu olhar surpreso, eu pus a mesa para o café da manhã e me servi com um copo de chá verde – estava de dieta – antes de me sentar a mesa e sorrir, satisfeita. Ele me encarou em silêncio por alguns segundos, antes de sorrir levemente.

– Alguém acordou feliz esta manhã.

Assenti, concordando.

– Estou achando que uma coisa muito boa vai acontecer comigo dentro de pouco tempo. – comentei, fingindo estar distraída.

Kid não me perguntou o que era, como pensei que faria. Esperei alguns segundos, mas tudo que fez foi sorrir um pouco mais e continuar mexendo o conteúdo da tigela. Por fim, fiz bico, indignada.

– Não vai me perguntar o que acho que vai acontecer?

– Provavelmente não é algo sobre o qual eu queira falar. – respondeu simplesmente.

Ignorando-o, anunciei:

– Acho que o Soul vai me pedir em namoro logo, logo!

Novamente, Kid não demonstrou a animação que eu esperava, apenas expirou com força e ignorou o que eu tinha dito. Bebi um gole do meu chá, irritada, antes de reclamar:

– Eu estou tentando conversar! Não tem como ser um pouquinho mais sociável não?

Ele me encarou, erguendo um pouco as sobrancelhas.

– E você quer que eu me anime para conversar sobre o Soul? – revidou.

Bom, tinha aquilo, também. Kid não ia muito com a cara do Soul e tals. No começo, os dois até se davam mais ou menos bem, mas meu parceiro começou a ficar com o pé atrás quando descobriu que eu ficava com o Soul. A rivalidade cresceu depois que a Maka entrou na Shibusen, e desde o baile, qualquer sala onde os dois estivessem juntos ficava com ares de zona de guerra.

Segundo Kid, Soul era relaxado, impertinente e desinteressado. Segundo Soul, Kid era orgulhoso, arrogante e metido. E a minha opinião sobre aquilo era que meu quase namorado e meu quase irmão não deviam se odiar.

Ainda assim, tentei continuar no assunto. Estava animada demais com aquilo para simplesmente deixar para lá.

– Só pensei que você ia gostar de saber, Kid. O Soul namorar comigo te ajuda, não é?

A expressão do Kid mudou totalmente, de distraída para irritada e em seguida se suavizando num sorriso bobo. Por fim, ele disse:

– Liz, eu não vejo as coisas desse jeito.

– Desse jeito? – perguntei, meio sem entender.

– Não acho que o que Soul faz ou deixa de fazer seja da minha conta, não mais. Agora somos só eu e ela.

Fiz “humm”, sem entender bem a lógica do Kid. Ele era desligado demais, na minha opinião.

Talvez fosse porque ela era minha amiga, ou talvez fosse porque parceiros costumam ser próximos mesmo, mas eu nunca havia desconfiado que a Maka gostava do Soul. Pelo menos não de verdade, e não antes do dia do baile. Os dois brincavam e implicavam bastante, sim, mas aquilo podia ser só amizade. E o Soul convidou a Maka para o baile – o que realmente quase me fez ter um treco – mas disse que era o primeiro baile dela. Eu não via muito problema, nesse caso. Não ia reclamar por causa daquilo, até porque eu estaria no baile também, e a Maka teria um baile bem divertido indo com um amigo. Eu até a ajudei a escolher o vestido!

Na minha cabeça, o único prejudicado foi o Kid, que não teve chance de convidá-la, mas eu o convenci a me acompanhar no baile. Assim, teria uma chance de ficar perto dela e, quem sabe, algo especial acontecesse se ele a convidasse para dançar. Mas Kid não teve essa oportunidade, e alconteceu algo especial numa dança sim, mas com o Soul.

Juro que, se não fosse a Maka ter se afastado, eu teria ido até lá e arrastado o Soul pelos cabelos.

Eu já havia reparado que o Soul parecia interessado na Maka, mas nunca havia falado nada. Aquele quase beijo mudou isso. Eu não iria aceitar meu ficante atrás de outra, e muito menos estava disposta a perder o Soul. Quando a Maka saiu para ir ao banheiro com a Tsubaki, chamei o Soul para dançar e o levei á varanda para conversar. Fui sincera, disse que já havia percebido algo entre ele e a Maka (mais entre ele do que ela, mas tudo bem), e não iria desistir. Acabamos ficando lá, e como toda ficada com o Soul, foi maravilhosa. Ele tinha um jeito de me segurar que era firme, seu toque me excitava e seu beijo era intenso, como se fosse o primeiro – ou o último. Eu nunca me cansava, e sempre ficava sem ar. Ele era meu cara ideal.

Decidi que ia ficar de olho na Maka quando voltasse a mesa, porque não sabia ao certo o que esperar dela. Por mais que eu nunca tivesse desconfiado, sempre notei algo meio estranho na sua relação com o Soul, mas foi ela que evitou o beijo. Merecia um voto de confiança. Porém ela não voltou do banheiro, a cada minuto que passava sem aparecer Soul ficava mais nervoso e quanto mais nervoso ele ficava, mais irritada eu ficava. Tive vontade de matar alguém quando Soul foi embora – só porque estava preocupada! Como se a Maka não soubesse se virar melhor sozinha do que ele!

Então Tsubaki recebeu uma mensagem da Maka, avisando que tinha saido mais cedo com o Kid, quase ao mesmo tempo que ele me mandou uma pedindo para voltar pra casa de táxi. Eu fiquei tão feliz, e tão aliviada ao mesmo tempo. Sempre soube que o Kid gostava da Maka mas não tinha coragem de fazer nada a respeito, e torcia sinceramente pela felicidade dele. Além disso, se a Maka saiu com o Kid, não devia gostar do Soul, então eu não tinha motivos pra me preocupar tanto com ela.

E assim o baile passou. Tsubaki e Black estavam num climão, Patty deu uns pegas no Jason, eu dancei até não poder mais e quando chegamos em casa, pouco depois da meia noite, Kid ainda não havia chegado. Parecia ter sido divertido – para todos nós. A não ser, talvez, para o Soul.

Kid estava estranho no outro dia, todo bobo e alegrinho, rindo a toa, mas meio fechado comigo, e sem querer dizer o porque. Soul não me ligou nem respondeu minha mensagem de bom dia diária, e quando tentei ligar, só dava caixa postal – o mesmo para a Maka. E se eu não confiasse na minha irmã, poderia jurar que ela estava de ressaca. Eu precisava conversar com a Maka, com o Soul, até com o Kid, mas não sabia muito bem o que dizer. Então, sai pra correr, e acabei encontrando minha “amiga”.

Maka me disse que estava apaixonada pelo Soul. Simples assim.

Eu perdi o controle quando ouvi isso, e até disse coisas bem cruéis, mas quem pode me culpar? A Maka largou o Soul sozinho no baile para sair com o Kid, e eu tinha certeza absoluta de que os dois ficaram. E ela ainda vem me dizer que gosta do Soul? Do meu ficante, que já estava “comigo” a quase um ano, quando ela mesma havia o largado por outro? Por favor, né. Eu não teria ficado mais indignada se ela tivesse vomitado nos meus sapatos. A partir daí, Maka não era mais minha amiga.

Foi meio difícil convencer o Soul a sair comigo no domingo – ele estava cansado do baile e de um jogo de basquete. Mas eu já havia falado com a Maka que iria sair com ele, então depois de dar mil motivos diferentes e dizer qualquer coisa que eu achasse que o tiraria de casa, consegui. Não foi tão legal, Soul parecia distante e irritado, mas era o meu Soul, ainda assim. Eu entendia. Não tinha como ficar de bom humor todo dia.

Soul ficou meio assim durante toda a semana, embora parecesse bem mais animado comigo, e tenha voltado a me tratar como antes da Maka aparecer. Eles pareciam brigados, se falavam o mínimo possível e eram frios um com o outro. Em compensação, Kid e Maka estavam cada vez mais próximos, e ele estava cada vez mais feliz. Eu estava super feliz pelo meu irmão postiço, mas não entendia nada do que estava acontecendo. Maka me dizia que gostava do Soul e que não ia se afastar dele, mas em seguida se afastava e agia como se mal o conhecesse. Não conseguia parar de imaginar que ela só queria causar confusão.

Mas agora tudo estava se acertando. Soul parecia ter desistido da Maka de vez, e era óbvio que ela e Kid estavam apaixonados um pelo outro. E pra completar, Soul havia me perguntado qual o número do meu anel, o que muito provavelmente significava um pedido de namoro logo, logo. Pra mim, aquilo iria ajudar o Kid, também, já que seria mais difícil a Maka ter um recaída.

Mas achei que talvez fosse indelicado falar aquilo, então mudei de assunto:

– Kid, o que você está fazendo?

– Waffles. – respondeu.

Expirei com força, chateada.

– Você é horrível! Sabe que estou de dieta!

Ele apenas sorriu para mim, sem se importar muito.

– Eu não estou.

Revirei os olhos e continuei bebericando meu chá, e me preparando psicologicamente para comer biscoitos cream cracker enquanto Kid e Patty comiam waffles. Kid logo acabou com a massa, colocando-a na máquina e, em seguida, vindo sentar na minha frente, parecendo meio sem graça.

– Liz, preciso de um conselho.

Sorri maldosamente, aproveitando a oportunidade de dar o troco pelos waffles, e disse:

– Ah, sério? Eu não preciso.

Kid revirou os olhos, mas estava tão obviamente nervoso que eu não consegui parecer má por muito tempo, acabei sorrindo e batendo de leve no topo da sua cabeça.

– Então, guri, o que você quer?

– É sobre a Maka. – ele avisou logo.

– Conversar sobre o Soul não pode, mas sobre a Maka, pode? – reclamei, cruzando os braços. Era muita injustiça!

Kid ergueu as sobrancelhas.

– Pensei que você quisesse me ajudar com ela. Você até me ofereceu ajuda no domingo do baile, Liz.

– Sim, sim, mas você recusou. – rebati. – E até agora está se virando muito bem sozinho. Algo errado entre vocês?

Kid negou com a cabeça, o que me deixou meio aliviada. Eu nunca conseguia identificar se era satisfação pela felicidade do Kid ou alívio por saber que a Maka continuava “longe” do Soul. De qualquer modo, as duas opções eram boas, então não me importava tanto assim.

– Eu quero pedir a Maka em namoro. – Kid explicou, corando um pouco e dando um sorriso bobo, aquele ar de sonhador apaixonado no rosto. – E queria que fosse algo especial, mas não tenho a mínima idéia do que fazer. Você é uma garota, será que não pode me dar umas dicas do que as garotas gostam?

Apenas fiquei o olhando por alguns instantes. Então, abri o maior sorriso do mundo. O Kid ia pedir a Maka em namoro! Ele finalmente ia se feliz pra sempre!

Me joguei por cima da mesa, agarrando um surpreso Kid pelo pescoço e o abraçando com força.

– Não acredito nisso! Nossa, Kid, parabéns! Ai, vocês vão ser muito felizes juntos, combinam tanto!

Ele riu de leve, afagando minhas costas.

– Pensei que não gostasse dela.

Me afastei um pouco, olhando em seus olhos e fazendo um muxoxo.

– Ah, não gosto muito, mesmo. Já estou até vendo que vou ter que aturar ela aqui em casa, vou te perder nas nossas maratonas de filme nos domingos e nunca mais vou ser uma prioridade. Você vai ficar ainda mais tempo no telefone com a Maka, vai ser proibido de sair ou fazer algo ás vezes e quando brigarem, vou ficar super perdida, porque tudo o que eu falar mal dela enquanto você está com raiva dela, vai te deixar com raiva de mim quando fizerem as pazes. Mas, - completei, sorrindo docemente. – até um cego pode ver como ela te mudou.

Ele corou mais ainda, e eu não pude evitar sorrir.

– Como assim? – perguntou.

Me sentei direito na cadeira, lançando-lhe um olhar de lado.

– Você nunca sorriu tanto quanto desde que começou a gostar dela, e depois que vocês começaram esse lance, parece que está de bom humor o tempo inteiro. Você está mais simpático e mais sociável, também, e eu nunca te vi corar tanto. Passa o tempo todo no mundo da lua, sorrindo sozinho que nem um bobo... Ai, Kid, é tão óbvio que você a ama!

Apesar do rosto da cor de um tomate, Kid estava com aquele sorriso bobo de novo.

– Não posso negar isso.

– Então eu também não posso ficar sem te ajudar. – completei.

– Obrigada.

Encarei a mesa um pouco, imaginando como Kid poderia pedir a Maka em namoro. Tudo que vinha na minha cabeça era aquela cena clássica, o cara entrando na sala de aula de terno, com rosas numa mão e chocolates na outra. Aí um amigo prestativo – quem? Black*Star? – coloca uma música romântica para tocar e o cara se declara e pede a menina em namoro. Mas eu achava que a Maka não gostaria daquilo. Ela era meio tímida, iria ficar sem graça.

Por fim, aconselhei:

– Faça algo mais discreto, mas que tenha algum significado só de vocês. Sabe, algo especial, mas não force muito, já que a Maka é tímida, e... bem, seja você mesmo. – dei de ombros. – Parece estar dando super certo.

Kid riu, e concordou, me agradecendo.

– Obrigada. Você é uma ótima parceira, Liz. Eu prometo não te dar as costas totalmente se a Maka aceitar namorar comigo.

– Totalmente! – repeti, rindo. – Mas ok, ela vai aceitar, e vocês podem me ignorar o quanto quiserem.

Ele assentiu e se levantou para olhar os waffles, e logo voltou para a mesa, trazendo uma travessa cheia e um vidro de mel para colocar por cima. E deixou bem na minha frente.

– Liz, como seu parceiro... Aliás, como seu amigo, posso te dar um conselho também?

Ergui os olhos dos waffles, encarando Kid. Ele estava bem sério, de repente, então concordei.

– Claro. O que é?

– Não me leve a mal, mas... Porque não desiste do Soul?

Arregalei os olhos, incrédula. Ele disse isso mesmo?

– Não posso desistir do Soul, Kid! Não depois de tudo que já passamos, e depois de tudo que já aguentei. Eu o amo!

Kid assentiu, suspirando cansado, então continuou.

– Sim, eu sei... Mas eu não consigo parar de pensar que talvez ele não te ame de volta. E você merece algo melhor que isso.

– Ele me ama, sim! – reclamei, ultrajada.

– Desculpe, Liz, mas... Eu estou com a Maka a uma semana e mal posso esperar para pedi-la em namoro. Você e o Soul estão juntos a quase um ano e além de não terem nada sério, ele deu em cima de uma amiga sua. Algo está errado nisso, com certeza.

– Claro que está. – reclamei, cruzando os braços. – Você, é obvio. Não devia ficar se metendo na minha vida.

– Eu só quero o melhor para você.

– Não me lembro de ter pedido a sua opinião.

Kid me encarou por um segundo, parecendo magoado, mas eu não ia pedir desculpas. Ele não podia simplesmente ficar dando pitaco na minha vida e esperar que eu agradecesse por aquilo. Eu podia muito bem tomar minhas próprias decisões. E logo em seguida a Patty entrou na cozinha, fomos tomar café e não tocamos mais no assunto.

Mas, bem no fundo, eu concordava com o Kid. Aquilo não era justo.

***

POV Maka

Eu estava sentada na ponta da cadeira, tamborilando com os dedos na mesa e olhando para a porta da sala. Nem Kid nem Tsubaki haviam aparecido ainda, e eu estava só com o Soul, sentada no meu lugar.

Se bem que “estar com Soul” é só um modo de falar, já que o garoto estava ouvindo algo nos fones, com os pés em cima da mesa, e não parecia estar realmente ali. Bom, de qualquer modo, eu estava impaciente. Impaciência e sono não era uma combinação legal.

Maka: Você ainda não chegou na sala. ¬¬

Kid: Estou indo =)

Maka: Estou indo ñ é estou aq u,u

Kid: Isso td é vontade de me ver? Rsrsr

Maka: Kkkkk bobo. To falando serio. Eu so vim p escola hj por causa de vc.

Parei, corando ao notar o que eu havia acabado de enviar. Kamisama! Não acredito que mandei mesmo uma coisa dessas!

Respirei fundo, tentando me acalmar e, quem sabe, acalmar as veias do meu rosto também, bem no momento em que Soul abriu um olho para mim, me estranhando.

– Você está bem?

– Sim, claro, muito bem... – respondi, me abanando com a mão. – E você?

– Também... – replicou, em dúvida, como se eu fosse louca.

Não tive tempo para brigar com ele, uma nova mensagem chegou.

Kid: Que bom, princesa, pq eu vou pra escola todo dia só pra te ver ;)

– Não, Maka, você está bem mesmo? – Soul perguntou de novo.

– Aham! – respondi, a voz esganiçada de felicidade. – Estou perfeita! Agora vai ouvir sua Megabeth, vai.

– É Megadeth. – ele suspirou, antes de fechar os olhos novamente. Voltei minha atenção pro celular.

Maka: Kamisama, garoto S2 Você merece uma bala dps dessa *--*

Kid: Prefiro outra coisa ;)

Maka: O///O

Kid: Hahaha, calma... quer sair comigo hj a noite?

Maka: Vc fala cm se a resposta ñ fosse obvia ;) Mas eh quinta, ñ tem problema?

Kid: Porque teria?

Maka: Dia de semana. Amanha tem aula... ;(

Kid: Vc eh muito nerd rsrs Não vejo nenhum problema. Se vc achar que vai te atrapalhar, dou aulas particulares dps ;)

Maka: Sabia que estou com dificuldade na materia do Stein? ;9 Ei, e onde vamos?

Kid: Surpresa! Rsrsr

Maka: Se for de comer, eu pago ^^

Kid: Ta doida? Eu to te convidando, vc não pode pagar!

Maka: Xiu ai q da ultima vez vc q pagou. U,U

Kid: Sim, e vou pagar de novo.

Maka: Se vc ñ chegar em 5 seg eu pago. ;)

Kid: Droga. 8 seg ;)

Maka: Apostado ;)

Pousei o celular na mesa, com a tela virada para baixo, e comecei a contar, os olhos fixos na porta da sala. Um, dois, três... Quando falei “oito”, Kiddo apareceu na porta, deslizando antes de parar e arfando. Ele tinha vindo correndo até ali?

Quando me dei conta disso, comecei a rir, e ele subiu as escadas até onde eu estava, acenando com a cabeça quando Soul abriu um olho para ver quem era. Kiddo se apoiou na mesa, no meu lado oposto ao Soul, e sorriu pra mim.

– Ganhei.

– Ganhou nada. – rebati, sorrindo. – Era chegar aqui em cima, e não aqui na sala.

– Não tinha nada disso na aposta, Maka. – Kid ergueu as sobrancelhas. – Não seja uma má perdedora.

– Na verdade, - comecei, sorrindo vitoriosamente. – nós não especificamos isso. Então, acho que foi empate. Nesse caso, que tal racharmos?

Kiddo revirou os olhos, mas acabou concordando, a contragosto.

– Tudo bem, sua teimosa. Me lembre de não apostar nada mais com você. – reclamou. – Aliás, porque seu cabelo está torto?

Ri, prendendo um bocejo, e comentei:

– Você não acha que assim eu fico melhor?

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Isso é uma armadilha para você implicar comigo, não é? Você fica linda de qualquer jeito.

– Obrigada. – agradeci, sorrindo. – E quem disse que é uma armadilha? Eu realmente gosto do meu cabelo assim.

– É a primeira vez no ano que vem com ele de lado. – rebateu.

Ergui as sobrancelhas, notando que ele estava certo – Kid havia reparado tanto assim em mim todo esse tempo? Uma pontinha de orgulho se instalou no meu peito, e acabei confessando:

– Eu estou com sono, se eu tentar fazer qualquer coisa que exija muito do meu cérebro hoje eu morro.

Tá, não tinha nada a ver com o assunto, percebi, surpresa. Enquanto me perguntava pra que eu tinha dito isso, Kid riu e perguntou:

– Não dormiu de noite?

– Na verdade, não muito. – admiti. – Nada depois das duas e meia da manhã.

Ele me encarou, surpreso e preocupado.

– Eu estava brincando! Você deve estar caindo de sono.

– Nem tanto. – dei de ombros, segurando outro bocejo. Kid riu de mim, mexendo numa mecha do meu cabelo.

– É, dá pra ver. Porque não ficou em casa dormindo, princesa?

Sorri suavemente para ele, ás vezes os garotos eram tão bobos.

– Você não leu minhas mensagens?

Kid parou parou de mexer na minha mechinha de cabelo e me encarou, os olhos sérios e profundos de repente. Pisquei para ele, sem graça, e Kiddo mordeu o lábio inferior e franziu a testa de leve, o olhar se suavizando, de um jeito que me fez querer beijá-lo ali mesmo. Ele estava me hipnotizando, era a única explicação.

– Cara, eu tô vendo isso mesmo? – Soul falou, de repente.

Mas ele não estava falando de nós. Estava falando de Tsubaki e Black*Star, que entravam na sala, atraindo a atenção de todos. Mas dessa vez, não era por causa de nenhuma zoeira do Black. Era porque ele estava enlaçando a parceira pela cintura, e ela estava com a mão no embro dele. Os dois estavam sorrindo, e pareciam muito felizes. Tão felizes que eu diria que... estavam... apaixonados?

Troquei um olhar rápido com Kiddo, percebendo que ele estava pensando o mesmo que eu. Um sorriso se abriu lentamente no meu rosto, e quando os dois chegaram onde estávamos perguntei, após um segundo de silêncio:

– Então... é o que eu estou pensando?

Tsu-chan assentiu, orgulhosa, e Black anunciou:

– Hoje é um dia triste para as mulheres do mundo, pois o grande Black*Star está comprometido!

– Desde ontem, amor. – Tsubaki corrigiu, satisfeita.

– Isso. Desde ontem! – anunciou novamente.

Abri mais ainda o sorriso, então me levantei da cadeira, rápido, e corri até eles, abraçando a ambos enquanto dava pulinhos de alegria.

– Não acredito! Ai meu Deus, parabéns! Vocês estão namorando, cara, isso é incrível! Tsubaki, sua vaca, porque não me contou? – perguntei, me afastando um pouco e sorrindo.

Ela encolheu os ombros, rindo um pouco.

– Eu queria ver a sua reação. E foi impagável!

– Minha súdita ficou radiante! – Black brincou, piscando para mim.

– Parabéns aê, cara. – Soul disse, se levantando para dar um “toca aqui” no Black. – Você sabe que deu uma sorte desgraçada, né? Achar alguém que suporte você...

Black só riu, e enquanto eu dava outro abraço em Tsubaki, ouvi Kid falando:

– Nossa, Black, meus parabéns...

Me virei, e Kid estava com uma cara estranha, como se não acreditasse muito naquilo. Soul sorriu de lado, maldoso, e perguntou:

– Porque essa cara, Kid? Problemas para aceitar o namoro da Tsubaki com o Black?

O tom dele era, sem dúvidas, duvidoso. Ergui as sobrancelhas para o Soul, surpresa com o que ele estava insinuando, mas Kid se limitou a sorrir.

– Na verdade sim, Soul. Não pensei que eles seriam o primeiro casal a oficializar. – respondeu, então abriu mais o sorriso. E olhou diretamente para mim.

Corei um pouco e desviei o olhar, sorrindo também.

– Ah, eu pensei... – admiti, olhando rapidamente para Tsubaki, que piscou para mim. – Os dois fazem um casal tão cute!

– Tô vendo que a arroizada na praia ontem deu resultado. – Soul brincou com Black.

Kid me olhou de novo, e fiz bico pra ele. A nossa arroizada não contava!

Fiz Tsubaki prometer que ia me contar tudo nos mínimos detalhes depois, e logo o Stein chegou. Kid disse para todos que ia voltar para o seu lugar, e quando ele passou por mim, segurei a sua mão e a puxei de leve.

– Não quer ficar aqui hoje? – convidei, sem graça.

Ele sorriu, mas negou.

– Se eu ficar, não vou conseguir prestar atenção na aula.

Então Kiddo me deu um beijo na testa, que me fez corar um pouco, e desceu. Sentei de novo e acompanhei-o com o olhar, até reparar na Liz. Ela estava olhando bem pra mim, e quando viu que eu notei, ela... Sorriu?


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo, pessoal!
Todo mundo xingou a Liz? Ou fizeram as pazes?
De qualquer modo, ta aí o capítulo ^^
Kisus e até a próxima! ;*