Lorien Remains escrita por MH Lupi


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo do dia :)



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Já tinha agarrado minhas armas quando a minha atenção foi desviada pras luzes azuis e vermelhas em cima dos quatro carros. Vejo canos pretos se precipitarem das janelas, apontadas para mim.

FBI.

Deixe-se capturar. Você já fugiu uma vez. Vai fugir de novo.

Lute. Quem garante que você terá a sorte de escapar outra vez?

CALADO!

CALADO VOCÊ! SABE O QUE ACONTECEU DA ÚLTIMA VEZ!

E lá estava eu de novo. Discutindo mentalmente comigo mesmo. A palavra “louco” ecoava na minha mente enquanto eu tentava montar um estratégia.

Só tem que se livrar do carro de trás, então tudo vai ficar mais fácil.

Ou, podia explodir tudo. Seria mais divertido.

Gostei da idéia!

Eu também! Obrigado.

Sério... O que tá acontecendo comigo?

Acelero e bato no carro à minha frente. Aproveito o momento de distração deles e atiro na roda direita do de trás, estraçalhando o meu para-brisa traseiro. Vidro corta minha visão. O carro deles derrapa e capota. Freio bruscamente e os três outros me ultrapassam instantaneamente.

Troco de marcha e acelero outra vez.

Um tiro vem do nada, raspa no meu ombro direito e faz um buraco no pára-brisa. O sangue escorre pelo meu corpo e mancha a camisa, que eu tinha acabado de comprar, e meu casaco.

Vejo pelo retrovisor os carros virando com tudo em minha direção, com dois caras malucos atirando com suas AK's. Continuo acelerando e desviando dos outros carros que vinham em minha direção, batendo na maioria, arrancando retrovisores aqui e ali.

Ei! Não me culpem! Eu passei quase oito anos sozinho! Ninguém me ensinou a dirigir!

Tá, talvez as aulas de auto-escola do colégio que eu fui mês passado tenham me ajudado um pouco... Um pouco!

Bato numa última caminhonete grande e ambos derrapamos pra fora da pista. Pulo do carro no último segundo antes dele entrar com tudo na floresta. Floresta... sempre tenha alguma perto pro caso de você estar sendo perseguido.

Minhas costelas voltam a doer a medida em que o meu sangue deixa meu corpo através do ferimento no meu ombro e do novo corte na minha cabeça. Argh, isso parece tão mais fácil nos filmes...

Tento me levantar e descubro que desloquei o ombro. Oh, isso não podia ser mais perfeito.

O barulho das buzinas dos carros dos humanos faz com que eu não desmaie ali.

Me levanto e vou lentamente pro meio do mato. Bato meu ombro em uma das árvores e ele volta ao lugar. A dor não parece tão grande depois de fazer isso tantas vezes.

Escuto os passos dos agentes um pouco atrás. Uma questão de metros.

Subo numa árvore baixa, não deve ter mais de quatro metros e meio. Me escondo em meio a vegetação e fico imóvel.

Dois agentes param abaixo de mim.

–A trilha dele termina aqui – um deles fala.

–Como assim termina? – o outro pergunta.

–Ué, ela acaba! Quantas definições de “termina” você conhece?

Eles olham em volta e depois pra cima, quase pra mim.

–Sabemos que está aí! – o primeiro grita, apontando a arma pra cima – Se entregue e nada vai acontecer.

O outro aponta a arma exatamente pra mim. Ótimo.

Pego minha adaga e a lanço com o braço esquerdo no segundo agente, acertando exatamente no meio do peito. Ambos olham pra adaga por um segundo antes do agente-dois desmaiar.

O primeiro atira em mim com sua .40 S&W, erra todas as balas. Atiro nele com a minha e acerto o único disparo direto na sua barriga. Ele cai no chão cinco segundos depois.

Pulo da árvore e sinto o impacto nas minhas costelas. Retiro minha adaga do corpo do agente e volto a fugir. Sinto algo perfurar minha perna esquerda, exatamente atrás da coxa, e caio ajoelhado no chão, mordendo minha língua para não gritar.

O agente-um acaba de atirar em mim, mas ele errou o alvo, tenho quase certeza que ele queria acertar minhas costas... Ele não devia ter errado. Eu não errarei.

Pego minha pistola e atiro em sua cabeça. Ele cai de novo na folhagem, definitivamente morto dessa vez.

Recomeço a fuga novamente. Mancando e sangrando em dois lugares.

Depois de um tempo eu sei que os despistei. Agora eu tenho tempo pra descansar um pouco.

Me sento encostado em uma árvore menor, com as raízes formando um acento perfeito, e minha perna agradece. Ela não vai ficar tão feliz por muito tempo.

Derramo um pouco da água da garrafa que eu guardo em meu casaco em minha mão.

Crianças, não repitam isso em casa, ok?

Enfio um dos dedos no buraco em minha perna e quase grito de dor. Consigo achar a bala dentro dela e rapidamente a tiro, a arrastando pela carne.

Toda minha mão está ensanguentada quando eu acabo. Mas claro que, com toda a sorte que eu tenho, não tinha acabado ainda.

Posso ouvir uma voz feminina de trás das árvores:

–Você é escorregadio menino.


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